6.2.10

DRIVEN TO KILL (2009), de Jeff King

O ano passado foi muito bom para Steven Seagal. Agenda musical lotada, reality show estreando na TV e seus três filmes, produções direct to video, foram acima da média, sem contar que ele filmou a sua participação no próximo trabalho de Robert Rodriguez, o mais que esperado MACHETE. Os detratores vão continuar falando mal, tudo bem, nós já nos acostumamos com isso. Mas, para os fãs de Seagal, 2009 foi uma ótima oportunidade para poder conferir bons filmes do sujeito: DRIVEN TO KILL, THE KEEPER e A DANGEROUS MAN. Mais do que isso, independente de ser estrelado por Seagal, foram três bons filmes de ação à moda antiga, com roteiros legais e simples e sem as frescuras das grandes produções.

Claro que a presença de Seagal conta muito e é difícil imaginar esses papéis na pele de outro astro. Em breve eu comento sobre THE KEEPER e A DANGEROUS MAN, podem me cobrar. Por enquanto, vamos ficar com o DRIVEN TO KILL, que embora o título na tradução literal seja “dirigindo para matar”, em nenhum momento alguém pega um carro e sai dirigindo com a intenção de tirar a vida de alguém... Eu tenho a impressão de que os realizadores resolveram adotar um título que faça referencia a filmes antigos do Seagal, como HARD TO KILL. Acho até que gastaram um bom tempo na pós produção pensando em qual verbo, adjetivo, etc, poderiam colocar antes do “to kill”. Finalmente, apesar de não fazer sentido algum ao filme, todos aceitaram o “driven”. Pra mim está ok! Brincadeiras à parte, o "driven" pode estar no sentido de impulsionado, sacou? Impulsionado a Matar! Um belo título para um filme de ação! hahaha!

De qualquer maneira, mesmo não atingindo o nível de seus primeiros trabalhos, DRIVEN TO KILL, dirigido de forma séria por Jeff King (que já havia trabalhado com o ator antes), é o mais próximo que se pode esperar neste sentido. Provável que seja o trabalho mais consistente de Seagal desde que entrou de vez na onda dos filmes que vão direto para o vídeo.
Seagal tatuado, concentrado em suas escrituras e tomando chá de alecrim...
O homem interpreta um escritor muito bem sucedido especializado em romances policiais que vive tranquilamente numa cidadezinha qualquer. Embora assine como Jim Vincent, possui sangue russo correndo nas veias, seu verdadeiro nome é Ruslan e fora um perigoso membro da máfia russa em outra cidade qualquer no passado (eu realmente não me lembro em quais cidades o filme se passa, só sei que foram filmadas no Canadá, onde certamente estavam tentando recriar cidades americanas, ok?).


Seagal tem aqui, além de uma boa performance, com direito a sotaque estrangeiro muito mal acentuado por sinal, uma rara mudança de visual com os braços tatuados e sem o famoso rabinho de cavalo. Percebe-se que Seagal está fazendo um esforço para melhorar seus trabalhos DTV, porque o nível de alguns filmes haviam baixado demais e era preciso uma tolerância extrema para gostar de coisas como FLIGHT OF FURY, por exemplo... e olha que eu sou um dos maiores fãs do homem que vocês vão encontrar por aí. Defendo até as mais absurdas porcarias que ele faz, mas às vezes é difícil!

Enfim, em DRIVEN TO KILL ele realmente constrói um personagem, apesar de suas limitações. É claro que acaba sendo a velha figura de sempre, mas já dá uma diferença. Para dificultar ainda mais o desafio da atuação, seu personagem possui um relacionamento distante da filha que vive com a mãe (na cidade onde era mafioso), hoje casada com um advogado milionário que tem “vilão” escrito na testa! Com sua filha prestes a casar, Ruslan precisa comparecer e fazer o papel de pai durante a cerimônia, conversar com seu futuro genro pra saber suas intenções com sua filha, etc...

Mexeram com a filha do homem errado!

O problema inicia quando a casa onde todos estão é invadida por mascarados e uma desgraça acontece. Casamento cancelado! Ruslan agora precisa reviver na pele o seu passado para descobrir a merda que aconteceu, isso inclui os ingredientes de sempre da boa e velha fórmula de um Steven Seagal's movie: brigas em bar, braços quebrados, vidros estraçalhados, muito tiro e até usar os corredores de um hospital como um verdadeiro campo de guerra... o que mais posso querer em um filme do sujeito?

Mais sobre Seagal e seus filmes aqui.

10 comentários:

  1. É, com louvor, o melhor filme em anos do Seagal. Sem frescura, truculento e direto ao assunto, com direito ao bom e velho estereótipo dos estrangeiros malvados de sotaques horrendos, sempre vilões divertidos.

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  2. Esse filme é muito divertido! O detalhe que eu mais gostei é que Seagal tem cara de russo tanto quanto o Sidney Magal!!! Cara, ele poderia fazer papel de cigano, sei lá, mas russo... nem aqui nem na Sibéria! Mas, de qualquer forma é o melhor filme dele em tempos...

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  3. Pô que legal, se eu não lesse sobre o filme aqui nem sonharia com a possibilidade dele ser bom. Já vou colocar pra baixar!

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  4. Steven Seagal é o meu astro de ação preferido. É gratificante ver bons filmes desse cara. Esse Driven To Kill eu não conhecia, mas vou baixar agora mesmo.

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  5. fala perrone, mais um filme pra machos, Seagal realmente é um dos melhores atores de filmes de ação, embora tem alguns que são rasoaveis, li o seu texto sobre o filme ASSASSINO A PREÇO FIXO e dei muita risada nessa parte: "Quando assisti com meu pai, ele soltava umas expressões do tipo, “Esse Charles Bronson ‘tá’ muito viado”. E eu tinha que explicar que não é bem assim. Que é mais uma admiração no sentido de preencher algum vazio de suas almas. Bishop exerga sua juventude no garoto enquanto Steve vê uma figura paterna que não teve enquanto seu pai estava vivo. Mas aí o meu velho achava mais ainda que eles fossem homossexuais. Mas tudo bem." kkkkkkkkkkkkkkkkkk sem comentários, abraços

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  6. Não há melhor na distribuição de chapada!

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  7. Hahaha, fala Artur, esse texto meu é bem antigo... de outro blog ainda. Acho que vou dar uma republicada por aqui qualquer hora dessas, hehe.

    E concordo contigo Pedro!

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  8. O Titulo nacional desse é Conduzido para Matar.

    Que bom saber que ainda existem defensores do master Steven por ai!

    Esse é o unico filme em que ele não é um policial ou agente, o cara é do mal mesmo!

    E seus ultimos filmes deram uma melhorada e tanto. Justiça Urbana, O Jogador, Conduzido, The Keeper e A Dangerous Man são todos excelentes!!!!! Justiça Urbana é uma pequena obra prima.

    Parabens pelo blog, e continue postando sobre esses grandes filmes que muitas vezes são ignorados pelos outros.

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  9. Valeu pelo comentário!
    Em breve vou postar sobre The Keeper e A Dagerous Man.

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  10. Achei esse filme o maximo!

    Nikita

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