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12.4.11

HATCHET II (2010)

Não achei HATCHET II tão divertido quanto o primeiro, mas tem vários bons momentos e vale uma conferida pra quem gostou dessa homenagem ao slasher oitentista feita pelo diretor Adam Green. Tenho gostado do trabalho desse cara. Não é nada impressionante, mas até agora não vi um filme ruim. Além desses dois filmes da série HATCHET (o primeiro chegou ao Brasil com o título TERROR NO PÂNTANO), eu vi FROZEN, cujas impressões eu coloquei aqui.

HATCHET II inicia no exato momento em que o filme anterior acaba, só muda a atriz principal, agora com Danielle Harris (atriz mirim nos anos 80, participou da série HALLOWEEN) interpretando a única sobrevivente do massacre no pântano cometido pelo Victor Crowley, uma espécie de entidade brutamontes e deformada que volta do mundo dos mortos para se vingar dos causadores de sua morte. Se quiserem saber mais sobre o personagem assistam ao primeiro!


Temos um problema neste aqui com o ritmo. Depois de um começo promissor, a coisa demora pra voltar a entrar no trilho, é preciso esperar um bocado pra começar a boa e velha matança de personagens descartáveis. E no quesito “mortes violentas e criativas”, o primeiro também vence fácil. Claro que ver um sujeito ter sua cabeça decepada com as próprias tripas lhe apertando o pescoço é sempre legal… mas de uma forma geral, as mortes acontecem rápidas demais, com poucas exceções, embora sempre com muito gore e exagero. E o filme é bem curtinho, não chega a 90 minutos e a enrolação logo depois do início faz com que o final, as mortes e até a construção de uma atmosfera de suspense sejam feitas às pressas. Não chega a incomodar, mas poderia ser melhor.

O primeiro também tinha a vantagem de mostrar várias mulheres nuas. Aqui, temos duas ceninhas, no máximo.


O bom é que Tony Todd não faz apenas uma apariçãozinha rápida como no filme anterior. Aqui ele é um dos principais personagens e está ótimo, como sempre! Dá pra se divertir com seus discursos e canastrice enquanto esperamos o banho de sangue. No elenco, temos também a presença de Tom Holland, que nos anos 80 dirigiu dois clássicos do horror naquele período, A HORA DO ESPANTO e BRINQUEDO ASSASSINO, e o grandalhão R.A. Mihailoff, que já encarnou o Leatherface em O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3, do Jeff Burr.

Como já disse, se colocado em comparação com o primeiro, o nível cai um pouco, mas motivos para conferir HATCHET II é o que não falta, nem que seja como um passatempo sem compromisso num domingão à tarde sem nada pra fazer. Apenas uma observação, como na minha resenha de HATCHET vários amigos demonstraram a sua indignação perante à obra, a esses eu recomendo distância deste aqui!

E HATCHET III vem aí!

28.1.11

TERROR NO PÂNTANO (Hatchet, 2006), de Adam Green

No texto sobre FROZEN, também dirigido por Adam Green, eu disse que daria uma chance a este filme aqui... percebi que havia algo neste cineasta que pudesse diferenciá-lo da grande maioria dos demais diretores “especialistas” americanos do gênero em atividade. E os amigos Herax e Otávio ainda chegaram a reforçar a idéia de que valia a pena conferir. E valeu mesmo, o filme conseguiu me fisgar de imediato. Logo nos primeiros minutos temos Robert Englund em uma pequena participação como um caçador de crocodilos – junto com o filho (do personagem, não do Englund) – sendo estraçalhados por um brutamonte deformado! Um filme que começa assim, deve valer a pena...

TERROR NO PÂNTANO tem uma trama bem simples que mistura clichês clássicos do gênero, um tom de humor que lembra UMA NOITE ALUCINANTE, com elementos da série SEXTA FEIRA 13 e etc. Ben é o nosso protagonista, um sujeito parecido com um “emo”, só que mais velho, que vai até o “carnaval” de Mardi Gras com um grupo de amigos para tentar se distrair e esquecer o fim de seu relacionamento, mas não consegue naquele ambiente pecaminoso e ofensivo. Pra quem não sabe, esta festa de Mardi Gras é aquela onde as moças se sentem mais confortáveis e mostram os peitos em troca de um colarzinho colorido... esses “emos” são meio estranhos mesmo.

 
De qualquer forma, ele consegue convencer um de seus amigos a fazer uma programação inusitada. Ao invés de ficar olhando para peitinhos a cada 3 passos nas ruas onde a festa acontece, algo bem chato, realmente, Ben arranja um passeio de barco para conhecer um local cuja lenda diz ser amaldiçoado. E lá vão eles, com mais um grupo de pessoas, se deparam uma autêntica maldição, a típica história da casa isolada no meio do pântano onde no passado um violento crime ocorreu envolvendo Victor Crowley, um menino deformado e agora seu espírito vingativo (ou será o próprio?) está a solta destroçando qualquer pessoa que se aproxime do local... por aí vai.

Tenho certeza que se TERROR NO PÂNTANO fosse realizado no início da década de 80, Victor Crowley seria um desses ícones do slasher e o filme, óbvio, seria um clássico! As mortes são lindas, exageradas, violentíssimas, criativas e, o melhor de tudo, sem efeitos de CGI. 100% de maquiagem à moda antiga e muita groselha para sujar o cenário! O desfecho também é legal. Os cinéfilos mais extremos, com certeza vão perceber que não há nada de mais, no entanto, para um filme americano de horror recente, chega a ter um grau de ousadia.

De bônus, além de Robert Englund, temos a presença de Richard Riehle e do grande Tony Todd.

Em 2010 foi lançado o segundo filme da série, também dirigido pelo Green. Espero que ele consiga manter o mesmo nível e o  excelente climão de slasher movie oitentista realizado fora de época.

14.12.09

TERRITÓRIO INIMIGO (Enemy Territory, 1987), de Peter Manoogian

Quem não se lembra desse clássico dos anos 80, preciosidade que colecionou bastante poeira nas locadoras nos tempos áureos do VHS e até hoje continua obscuro? TERRITÓRIO INIMIGO é um b movie excelente que segue a mesma linha de WARRIORS, de Walter Hill, com um grupo de pessoas tentando sobreviver à mercê de gangues sedentas por sangue! Aqui isto acontece literalmente, já que a gangue em questão se autodenomina “The Vampires”.

Na trama, um corretor de seguros precisa recolher a assinatura de uma cliente que vive num condomínio do subúrbio de Nova York. Chegando lá, acaba mexendo com quem não devia e coisa toma proporções enormes quando acidentalmente um membro da tal gangue dos Vampiros acaba levando um tiro. É como se o protagonista entrasse num universo paralelo, dominado por esses seres estranhos. O sujeito recebe ajuda de um funcionário da companhia telefônica que estava no prédio, o qual também passa a ser perseguido. TERRITÓRIO INIMIGO se resume na tentativa dessas duas figuras em conseguir, a qualquer custo, sobreviver e fugir do local cercado pelos Vampires.

No elenco temos Gary Frank, que permanece no anonimato do grande público mesmo trabalhando no cinema até hoje. Ele interpreta o corretor de seguros que entrou na enrascada; até que trabalha direito e consegue passar o estado de espírito de seu personagem: um desesperado que precisa salvar seu emprego realizando este serviço e se vê, de repente, tendo que lutar e até matar para não acordar com a boca cheia de formiga. É, o filme faz refletir até que ponto seu trabalho vale a pena quando sua própria vida está em jogo. Ray Parker Jr. é o parceiro involuntário que cai de gaiato na mesma enrascada ao tentar ajudar o pobre corretor. Sua atuação não é lá grande coisa e há tempos desistiu da carreira de ator. Em compensação, é um ótimo compositor e é dele a música tema de OS CAÇA FANTASMAS!

O filme ainda conta com o grande Tony Todd, como o líder dos Vampiros, Stacey Dash e Frances Foster. A grande surpresa do filme é o Jan-Michael Vincent interpretando um veterano inválido do Vietnã, armado até os dentes, fazendo discursos impagáveis para os protagonistas. Os seus momentos são dignos de antologia e já valeriam o filme inteiro!

A direção é por conta de Peter Manoogian, “capacho” do produtor Charles Band, que produziu todos os filmes do diretor, inclusive este aqui. O trabalho de mise en scène é interessante para o estilo e convence tranquilamente o espectador que espera apenas 90 minutos de pura diversão. O filme cumpre muito bem esta tarefa com atmosfera densa em cenários apertados, diálogos típicos e muita ação! Yeah!