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16.12.12

PETER JACKSON, FAÇA-ME O FAVOR...

Só não é o filme mais asqueroso de 2012 porque este ano tivemos CLOUD ATLAS, dos irmãos Wachowski e Tom Tykwer.

O HOBBIT é um repeteco de tudo que vimos em SENHOR DOS ANÉIS, de maneira ainda mais pavorosa. As mesmas soluções simplistas e preguiçosas, as mesmas tomadas aéreas que enchem o saco, a mesma trilha sonora, os mesmos discursos "edificantes" a cada cinco minutos, as mesmas batalhas mal filmadas, mal editadas, mal decupadas, mal encenadas, a mesma falta de noção de mise en scène... tudo que irritou ao longo de três filmes o sujeito conseguiu acumular em um só. E vem mais dois por aí.

De bom, a curta presença do Christopher Lee.

E pra que inovação tecnológica, os tais 48 quadros por segundo, se o diretor é um incompetente? No dia que o senhor Jackson for capaz de filmar algo do nível de qualquer um desses filmes aí abaixo, voltamos a falar sobre o assunto.


CONAN, O BÁRBARO (1982), John Millius


EXCALIBUR (1981), John Boorman


KRULL (1983), Peter Hyates


CONAN, O DESTRUIDOR (1984), Richard Fleischer


PRINCIPE GUERREIRO (1982), Don Coscarelli


GUERREIROS DO FOGO (1985), Richard Fleischer


A ESPADA E OS BÁRBAROS (1982), de Albert Pyun


WILLOW NA TERRA DA MAGIA (1988), de Ron Howard


YOR, O CAÇADOR DO FUTURO (1983), de Antonio Margheriti


SHE (1982), Avi Nesher

HERCULES 87 (1983), Luigi Cozzi

CÍRCULO DE FERRO (1978), de Richard Moore


DEATHSTALKER, O GUERREIRO INVENCÍVEL (1983), de James Sbardellati


SORCERESS (1982), de Jack Hill


O MATADOR DE DRAGÕES (1981), de Matthew Robbins


ATOR, A ÁGUIA GUERREIRA (1982), de Joe D'Amato

RAINHA GUERREIRA (1985), Hector Olivera
OS BÁRBAROS (1987), Ruggero Deodato

E muitos outros...

2.7.12

TOQUE RÁPIDO

REVISÃO DE ALIEN³ (1992)


Queria ter escrito umas coisinhas sobre ALIEN³ antes de postar algo sobre PROMETHEUS, mas precisava rever e não deu tempo. E como vocês devem ter reparado, tempo tem se tornado muito escasso ultimamente (e as atualizações aqui no blog vão continuar lentas por mais um tempinho ainda, até tudo voltar ao normal). Bom, depois de uns quinze anos, finalmente revi este primeiríssimo trabalho de David Fincher como diretor, que só aceitou o cargo após alguns nomes (Renny Harlin, Walter Hill, que é o produtor) abandonarem o barco durante a pré-produção. Aliás, é um filme que até hoje possui uma carga de polêmicas de bastidores, problemas com o roteiro (que fora reescrito trocentas vezes), interferências dos executivos dos estúdios pra cima do Fincher, e o resultado final, por muito tempo, foi considerado a ovelha negra da série, até, é claro, surgir o quarto filme, que assumiu esse posto…

Hoje, tenho certeza de que ALIEN³ é uma obra equivocadamente subestimada. Tá certo que não chega a ser melhor que os dois filmes anteriores, dirigidos pelo Ridley Scott e James Cameron, respectivamente, mas basta aquelas cenas da baratona alienígena perseguindo os personagens pelos corredores apertados da prisão espacial para colocá-lo entre os melhores filmes de horror dos anos noventa. É uma autêntica aula de tensão e horror atmosférico, que se aproxima bastante do filme de 78, embora seja o mais sombrio e melancólico exemplar da série. O final deve ter feito muitos fãs ferrenhos deixarem as salas de cinema da época xingando a mãe do diretor, mas eu adoro e acho que fecha a trilogia de maneira sublime. Mas, inventaram de fazer um quarto filme… agora preciso rever também antes de crucificar o francês maluco que dirigiu.

TIM BURTON SEM SURPRESAS: SOMBRAS DA NOITE (Dark Shadows, 2012)


Primeiro, uma afirmação indiferente. DARK SHADOWS é o melhor trabalho de Tim Burton em muitos anos. Indiferente porque isso não quer dizer nada quando nos referimos a um diretor que há mais de dez anos vem lançando filmes de nível fraco (PLANETA DOS MACACOS, FÁBRICA DE CHOCOLATE, ALICE) à exemplares simpáticos sem muita expressão (PEIXE GRANDE, SWEENEY TODD) e que encontram-se à milhas de distância de seus grandes feitos dos anos noventa (EDWARD – MÃOS DE TESOURA, MARTE ATACA, CAVALEIRO SEM CABEÇA e, principalmente, ED WOOD, uma obra prima excepcional).

Dito isso, DARK SHADOWS também é uma baita perda de tempo.

Baseado na antiga série de TV dos anos sessenta, criada pelo mestre Dan Curtis, e com Johhny Depp em mais uma parceria com Burton, DARK SHADOWS conta a história de um vampiro libertado de seu caixão, após ficar quase duzentos anos aprisionado, em plena década de 70. Enquanto se adapta ao mundo “moderno”, tenta reerguer o prestígio e fortuna de sua família, se vingar da bruxa que o amaldiçoou, além de se apaixonar por uma moça cujas feições são idênticas à da sua amada de dois séculos atrás. O problema é que a trama aborda tudo isso (e muito mais) sem conseguir definir um foco e acaba possuindo alguns momentos com um pouco de interesse (Depp tentando se adaptar) e outros extremamente pedantes, numa narrativa bagunçada que me aborreceu muito. E o final, o climax, a “batalha” entre o vampiro e a bruxa, é filmada com uma peguiça desanimadora, cheia de soluções equivocadas… Onde se meteu o Tim Burton que sabia fazer cenas legais de ação como a do final de A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA?!

Apesar disso tudo, para ser o "melhor" trabalho do diretor em muitos anos, deve ter alguma coisa boa. Temos o visual bem feitinho de sempre; Johnny Depp se repetindo mais uma vez, embora funcional; Eva Green, que é um colírio (temos uma bela participação do Chistopher Lee também); as músicas e algumas fagulhas do velho Tim Burton contador de fábulas, como o prólogo é digno das antigas produções da Hammer… pena que ele não consiga fazer essas qualidades durar muito tempo na tela.

14.6.11

BURKE AND HARE (2010)

Eu não ando muito ligado nas comédias atuais, mas resolvi me arriscar neste aqui porque a) me pareceu ser um bom caso do típico humor britânico; b) além do tipo de humor, me pareceu ter uma mescla interessante com mistério e terror; c) tem o Simon Pegg, que é dos poucos rostos do gênero que acho bacana atualmente e d) o motivo principal, é que BURKE AND HARE é o retorno de John Landis à direção depois de não sei quantos anos sem fazer algo para cinema.

Duas escolas de anatomia na cidade de Edimburgo, por volta de 1820, competem pelo posto de melhor instituição, uma liderada pelo Dr. Monro (Tim Curry) e outra pelo Dr. Knox (Tom Wilkinson), que se vê obrigado a adquirir corpos por meios ilegais, já que Dr. Monro consegue um monopólio sobre a oferta de cadáveres na cidade. É aí que entram Burke (Pegg) e Hare (Andy Serkis), dois malandros que estão dispostos a tudo para ganhar uns trocados, o que incluí conseguir alguns defuntos para o Dr. Knox, mesmo que nem sempre encontrem o artefato sem vida.

O filme é ligeiramente baseado em histórias verdadeiras, inspiradas em assassinatos reais da época, e possui um tema interessante para criar situações engraçadas. Pena que na prática a coisa não funcionou tão bem pra mim. BURKE AND HARE não é ruim ao ponto de você desistir no meio do filme, mas também não possui nada de mais para chegar ao fim como uma experiência agradável. É longo demais e perde tempo com situações desinteressantes (como o romance de um dos protagonistas) e, já que estamos falando de algo assumidamente dentro do gênero comédia, falha por ser sem graça na maior parte do tempo. Não existem sequências memoráveis que ficam marcadas na mente, a não ser a curta cena onde Christopher Lee dá as caras.

Por outro lado, John Landis mantém a mão firme para o suspense e em alguns momentos envolvendo uma atmosfera mais densa o filme ganha um pouco de força. Não deixa ainda de ser meia boca o resultado final, mas prefiro um Landis ou John Carpenter fazendo filmes menores como este do que vê-los "coçando o saco em casa".

24.4.10

GARY SHERMAN EM DOSE DUPLA (OU MAIS UMA DA SÉRIE "TIRANDO O ATRASO")

Risquei dois trabalhos deste ótimo diretor da minha listinha de filmes (quem não tem uma?). Apesar de ser mais conhecido pela sua contribuição na década de 1980, foi no início dos anos 70 que o americano Gary Sherman estreou na direção comandando uma produção britânica, DEATH LINE (1972), bastante elogiado na época. Já em seu país natal, o filme foi distribuído pela AIP e rebatizado como RAW MEAT. Infelizmente teve pouca bilheteria e passou muito tempo esquecido pelo público. No Brasil chegou a ser lançado em VHS como METRÔ DA MORTE

A trama envolve um casal americano em Londres, investigação policial de pessoas desaparecidas e o mito de uma colônia de canibais numa antiga área do metrô da capital inglesa. Tudo muito bem amarrado num roteiro instigante que conta com a presença de vários personagens interessantes, como o chefe da polícia interpretado pelo sempre fenomenal Donald Pleasence, cínico, sarcástico, impagável. Há também uma minúscula participação de Christopher Lee. Sua cena é tão pequena que dá a impressão de que ele devia estar passando pelos sets para dar um “alô” pra moçada e acabou convencido de fazer a ponta. Não deixa de ser curiosa.

Embora seja seu primeiro filme, Sherman marca DEATH LINE com um notável trabalho atmosférico e beleza visual grotesca realmente deslumbrante para os fãs de terror, com direito a vários longos planos que mostram detalhes de corpos esquartejados no covil dos canibais.

Segundo algumas entrevistas, nunca foi a intenção de Sherman se tornar um diretor de filmes de terror, tanto que logo após DEATH LINE ele tentou partir para romances dramáticos, mas ninguém queria comprar as idéias do mesmo cara que havia realizado tal filme de horror britânico. Seu nome já estava enraizado no gênero. No cargo de diretor, ficou sem trabalho o resto da década de 1970.
Em 1981, teve de render-se novamente ao terror e realizou DEAD & BURIED, que foi o outro trabalho de Gary Sherman que assisti recentemente. O filme, que no Brasil recebeu o título de OS MORTOS VIVOS, se passa numa pequena cidadezinha costeira americana e é uma inteligente releitura de filmes de zumbis e seitas misteriosas. Não é coincidência um dos roteiristas ser o Dan O’bannon... E os efeitos de maquiagem ficaram a cargo do genial Stan Winston.

Não temos grandes nomes reconhecidos pelo público no elenco, a não ser a pequena presença de Robert Englund, o eterno Freddy Krueger. Mas todos estão muito bem, principalmente James Farentino que vive o xerife da cidade.
A direção de Sherman é mais contida nesta sua segunda experiência, mas não deixa de ter imagens inesquecíveis. A cena da enfermeira sádica enfiando uma agulha no olho de um paciente que precisava ser eliminado é sensacional. Uma pena que algumas sequências noturnas sejam muito escuras, mas dá um charme atmosférico interessante. Até certa altura de DEAD & BURIED, embora eu estivesse gostando bastante, não conseguia enxergar porque se tornou cult entre alguns fãs do gênero, até que veio o plano final arrebatador e aí eu compreendi o porquê. Filmaço mais que obrigatório! Aliás, DEATH LINE também. É uma pena que Gary Sherman esteja sumido atualmente...