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14.4.13

MOMENTO MUSICAL

Além de ser o meu diretor favorito, a cada dia me convenço de que John Carpenter também foi, ou é, o maior compositor de trilhas sonoras a partir dos anos 70.













Versão atualizada da main theme de FUGA DE NOVA YORK:









 E a minha favorita: 

28.12.11

ATERRORIZADA, aka The Ward (2010)


Não sou de acompanhar fervorosamente todas as novidades e tudo que sai nos cinemas, mas até que este ano consegui assistir a bastante coisas legais, diferente dos últimos anos… Um fato que é importante destacar, na minha opinião, foi o retorno do mestre John Carpenter na direção de longas. Acabei não escrevendo nada sobre THE WARD na época que vi, mas para fechar 2011 com chave de ouro no DEMENTIA 13, o filme escolhido foi justamente este aqui.

O subestimado FANTASMAS DE MARTE, trabalho anterior do velho Carpinteiro, é de 2001 e chegou a passar nos cinemas. Uma pena não termos tido o mesmo privilégio de ver THE WARD na tela grande. Até mesmo lá fora, entrou e saiu do circuito discretamente. Convenhamos, não é nenhuma obra prima, apesar de ser dirigido por um sujeito experiente que já nos brindou com uma porrada de obras maravillhosas. Mas é muito melhor que a grande maioria dos filmes de terror que entram no circuito frequentemente, mas resolveram lançar diretamente em vídeo aqui no Brasil, com o título de ATERRORIZADA.


Amber Heard entra na pele de uma jovem que é trancafiada numa instituição mental após a suspeita de ter causado um determinado incêndio. A trama se passa nos corredores dessa instituição, nos anos 60, onde a protagonista conhece outras garotas internadas e se vê numa situação estranha na qual pacientes desaparecem misteriosamente e elementos sobrenaturais poderiam estar manifestando-se. Ou seria apenas coisas da cabeça da moça?

Lembro que discutindo o filme com amigos na internet, alguém soltou que THE WARD seria uma espécie de A ILHA DO MEDO mesclado a GAROTA INTERROMPIDA. Não lembro se disseram isso de maneira negativa ou positiva, mas pensando bem é uma boa definição. Eu, particularmente, gosto bastante do filme, é um horror divertido de acompanhar, mesmo concordando que seja um trabalho menor do diretor, com soluções equivocadas em vários momentos, alguns caminhos que há quinze anos seria difícil de se ver num filme de John Carpenter. Senti falta das trilhas que o próprio diretor criava para as suas produções. Acho que ajudaria a tornar o filme mais “seu”.


Mas não quer dizer que não tenha ingredientes que fazem lembrar que estamos diante de uma obra do homem. Me pego admirando alguns planos, a maneira como trabalha o suspense, os detalhes dos cenários claustrofóbicos, a forma como constrói a tensão e putz! O velho Carpenter está de volta! Que se danem os sustos e a previsibilidade do roteiro, o clima geral é totalmente old school. Não lembro do Carpenter debruçando sobre o universo feminino como aqui, mas o cuidado com a mulherada é o mesmo que lhe é característico e o elenco corresponde à altura, especialmente Heard que carrega com segurança seu papel.

THE WARD lembra um desses filmes B clássicos de mistério psicológico, disfarçado de terror moderno, mas sem abrir mão de um certo anacronismo. É o tipo de filme que não teria como competir com o terror feito pra moçada do circuito comercial. Carpenter não é para o paladar do público jovem de hoje e, pra ser sincero, isso pra mim pouco importa… assistir em casa ou no cinema, fico satisfeito mesmo é pelo velho Carpenter ter voltado à ação, brincando de horror, mesmo sem o vigor de um THE THING ou ELES VIVEM, porque aí também já seria querer demais depois de quase uma década… mas o sujeito ainda tem estatura para pegar um material besta como este aqui e proporcionar 90 minutos de horror com qualidade.

31.10.11

HALLOWEEN (1978)

 
Em 2010 comentei quase todos os filmes da série HALLOWEEN. O primeiro deixei de fora porque, como já disse antes, não sou muito chegado em escrever sobre as obras primas já celebradas que existem por aí, prefiro comentar umas coisas obscuras e de qualidade duvidosa. Acho mais divertido. E eu considero HALLOWEEN, do John Carpenter, um filminho simplesmente GENIAL, mas para finalizar o mês especial de horror (que foi bem fuleiro, na verdade), vou arriscar alguns comentários, já que revi pela milésima vez há alguns dias.

E só pra provar o efeito que este filme teve, basta observar o seu sucesso comercial. Com um orçamento de cerca de 300 mil dólares, arrecadou uns 60 milhões, tornando-se a produção independente mais lucrativa do cinema americano na época. Ou, como sabemos, basta assistir e comprovar que se trata de uma das experiências mais fascinantes dentro do gênero.

A trama, se formos parar pra analisar, é um fiapinho de nada sobre um assassino maluco e mascarado à solta numa pequena cidade na noite de Halloween, aterrorizando adolescentes. O que acontece é que essa historinha foi transformada, nas mãos de John Carpenter, numa verdadeira aula de cinema, com uma assustadora coreografia de câmeras, iluminação, trilha sonora, em uma sucessão de planos/imagens que absorve o espectador num universo de horror de maneira única.

HALLOWEEN
cria um dos principais ícones do slasher americano, o serial killer Michael Myers, que é apresentado neste primeiro filme como um garoto que, no Dia das Bruxas, resolveu pegar uma faca e descobrir como era sua irmã mais velha... por dentro. Tudo filmado num plano sequência de grande força visual, com uma câmera subjetiva onde nós adquirimos o olhar do precoce assassino. Após dez anos de confinamento num manicômio, Michael foge e retorna para Haddonfield para aterrorizar e fazer novas vítimas. Uma delas é Laurie, Jamie Lee Curtis, que consegue sobreviver, mas na sequência descobrimos que ela é a irmã de Myers. O meu personagem favorito da série é o Dr. Loomis, encarnado pelo grande Donald Pleasence. O sujeito caça Michael Myers como Van Helsing caça vampiros, porque após anos e anos de estudos como psiquiatra de Michael, Loomis parece ser o único com a noção de perigo que é ter o Myers à solta zanzando por aí e a forma como demonstra isso com o seu desempenho expressivo é sensacional. Não só neste, mas em quase todos os filmes da série em que o personagem aparece.

Mas o grande destaque de HALLOWEEN e que o eleva ao status de clássico é mesmo a direção de Carpenter, com todo o trabalho de câmera e apuro visual, que eu não canso de elogiar, proporcionado por uma das principais influências do diretor: Dario Argento. Sim, tanto pelo uso da câmera subjetiva quanto pela estilização visual das cores e iluminação, fica claro, especialmente aqui, que Carpenter toma algumas características de Argento para formar seu estilo próprio - pega muita coisa emprestado de Howard Hawks também, inspiração óbvia do Carpinteiro. E o resultado visto na tela, somado à estranha e minimalista trilha sonora, cria um clima de puro horror e tensão, praticamente estabelecendo um padrão para este tipo de produto. Quase todos os elementos que conhecemos dos slasher movies nasceram aqui, em HALLOWEEN. E, para finalizar, todos os HALLOWEEN’s em estrelinhas:

HALLOWEEN (1978) * * * * *
HALLOWEEN II (1981) * * * *
HALLOWEEN III (1983) * * * *
HALLOWEEN IV (1988) * * *
HALLOWEEN V (1989) *
HALLOWEEN VI (1995) * *
HALLOWEEN H20 (1998) * *
HALLOWEEN – RESSURREIÇÃO (2002) *
HALLOWEEN – O INÍCIO (2007) * * *
HALLOWEEN II (2009) Nunca vi

29.3.11

THE WARD - Créditos iniciais

Olha, eu sou meio chato e ritualístico com alguns filmes. Por exemplo, THE WARD é um dos mais aguardados por mim, realizado por um dos meus diretores favoritos de todos os tempos. Então, assista aos creditos iniciais por sua conta, até porque fiz o favor de postar aqui... mas eu mesmo não vou assistir!

19.8.10

PRÍNCIPE DAS SOMBRAS (Prince of Darkness, 1987), John Carpenter

Revi PRÍNCIPE DAS SOMBRAS só pra não esquecer nunca de como John Carpenter filma bem pra cacete e por isso é um dos meus diretores favoritos! O filme é a parte do meio de uma espécie de trilogia do apocalipse realizada pelo diretor, iniciada por THE THING e fechada com À BEIRA DA LOUCURA, onde um grupo de estudantes e cientistas são convocados para investigar um misterioso recipiente com um líquido verde guardado durante séculos dentro de uma igreja abandonada. Não demora muito para que o mal se espalhe, os assassinatos comecem a acontecer, tudo com muito clima e atmosfera densa, sempre acompanhado da excelente trilha criada pelo próprio Carpenter.

Após a frustração de ter trabalhado com grandes estúdios e o fracasso comercial de OS AVENTUREIROS DO BAIRRO PROIBIDO, Carpenter resolveu voltar ao ofício de forma independente neste pequeno filme de terror, filmado em apenas 30 dias, mas conduzido com a sua competência habitual, que constrói uma série de grandes imagens e seqüências. Poderia citar vários pontos altos do filme, mas que coisa mais genial aqueles últimos 15 minutos!!! Difícil soltar a respiração depois de presenciar tudo aquilo...

No elenco, Carpenter escalou o músico Alice Cooper, alguns atores que havia trabalhado em seu filme anterior, como Victor Young, mas o grande destaque é Donald Pleasence, mais uma vez trabalhando com Carpenter, no papel do padre. É sempre um prazer vê-lo interpretando esse tipo de personagem.

John Carpenter fez filmes melhores, mas se tivesse feito apenas PRÍNCIPE DAS SOMBRAS, já teria sido um diretor notável.

3.5.10

HALLOWEEN III: SEASON OF THE WITCH (1982), de Tommy Lee Wallace

O assassinato de um sujeito que dera entrada num hospital totalmente fora de si e repetindo sem parar “eles vão nos matar!”, leva um médico e a filha do defunto a iniciarem uma investigação em uma pequena cidade que vive sob as rédeas de Conal Cochran, presidente da Silver Shamrock Corporation, fábrica de máscaras de Halloween. A investigação revela um plano maquiavélico no qual consiste em matar o máximo de crianças possíveis através de um antigo ritual de sacrifício envolvendo um exemplar da Stonehenge roubada e as tais máscaras de Halloween produzidas na fábrica.

E alguém aí provavelmente deve estar se perguntando: onde andará Laurie Strode, o Dr. Loomis e o psicopata Michael Myers enquanto tudo isso acontece?


Bem, se eu não tivesse certas informações também poderia jurar que peguei o filme errado. Poucas coisas em HALLOWEEM III têm relação com a série original, como a famosa e a excelente trilha sonora, por exemplo. O filme também não é um slasher como os anteriores, não há nenhum assassino mascarado atrás de jovens babás ou casais fazendo safadeza em florestas no meio da noite. Está mais para uma ficção científica com elementos de terror, com direito a cientista maluco, planos diabólicos e tudo mais.

Com Myers morto em HALLOWEEN II (ops, era um spoiler isso, esqueci de avisar, foi mal aê), John Carpenter teve a idéia de lançar a cada ano, no período do Halloween, um filme de terror diferente que envolvesse esta data tão popular para os americanos. O primeiro diretor escalado nesta empreitada foi Joe Dante, que, no entanto, acabou se envolvendo em outro projeto. Quem dirigiu este aqui foi um habitual colaborador de Carpenter, um autêntico "faz tudo", Tommy Lee Wallace.

É óbvio que o público não comprou a idéia! Queriam ver Myers de volta em mais um slasher aterrorizante e não um terror onde máscaras corroem cabeças de crianças (!!!) e que não tivesse absolutamente nada a ver com os filmes anteriores. Portanto, já no filme seguinte os produtores se renderam e em HALLOWEEN 4 Myers retornou do mundo dos mortos (e aparentemente o Dr. Loomis também... ainda não pude ver este).


Mas afinal, qual é o problema com HALLOWEEN III? E eu respondo: absolutamente NENHUM! Trata-se de um filme genial! Temos um enredo interessante, Tom Atkins como protagonista, robôs em forma humana que arrancam cabeças, mortes criativas, boa dose de violência, efeitos especiais de maquiagem desenvolvidos pelo genial Tom Burman, a trilha sonora assinada pelo Carpenter, a única questão é mesmo o fato de carregar no título o nome HALLOWEEN e pertencer a série de alguma maneira. Não fosse esse pequeno detalhe, tenho certeza que teria um pouco mais de reconhecimento. Óbvio que o título não atrapalhe o resultado, mas a repercussão negativa da época parece que obscureceu o filme e hoje é pouco comentado. Mas um dos melhores exemplares do terror oitentista e que merece muito ser visto.

29.4.10

HALLOWEEN II - O PESADELO CONTINUA (Halloween II, 1981), de Rick Rosenthal

Primeiro, uma confissão: da série HALLOWEEN original (e não essa bobagem do Rob Zombie, cujo segundo não me dei nem o trabalho de assistir ainda) os únicos filmes que realmente vi foram os dois primeiros. O do John Carpenter é uma belezura, puta aula de suspense, trabalho atmosférico sensacional, além da utilização magistral de vários elementos que serviram de base para toda uma cadeia de filmes de terror que brotou nos anos 80. Estou sempre revendo. Aliás, toda a obra do velho Carpinteiro deveria ser vista e revista incontáveis vezes...

A continuação de HALLOWEEN, até onde me lembro, foi um dos primeiros filmes de terror que assisti, antes até do que o original. Mas para um pirralho medroso isso não fez diferença alguma, borrei de medo de qualquer forma. Hoje, revendo depois de tanto tempo, continuo achando um bom filme, inferior ao primeiro, mas não deixa de possuir sua força dentro do gênero.

Escrito pelo próprio John Carpenter em parceria com a sua colaboradora, Debra Hill, HALLOWEEN II continua no mesmo ponto onde o primeiro filme termina. Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), depois de quase comer capim pela raiz nas mãos do louco varrido Michael Myers, vai parar num hospital praticamente deserto sobre o qual o filme transcorre como seu cenário principal. Enquanto isso, o Dr. Loomis (Donald Pleasence), que descarregou seu 38 em Myers, procura o corpo do sujeito, o qual simplesmente levantou, fugiu e desapareceu. O roteiro ainda aproveita para criar um laço familiar entre Myers e Laurie para botar mais lenha na fogueira.

Logo no início, seguimos os passos de Myers espreitando entre aquelas casinhas americanas sem muros. Essas sequências já apresentam o tom do filme, cheio de câmeras subjetivas e uma lentidão quase poética que faz todo sentido em relação ao seu assassino. Michael Myers é daqueles que nunca correm atrás de suas vítimas, deixando o espectador com os nervos à flor da pele com suas perseguições perturbadoras. Enquanto a criatura desesperada sai quebrando tudo pela frente numa correria desenfreada, Myers segue dando seus passinhos calmamente e, exceto os "mocinhos", sempre alcança o alvo onde menos se espera.

Uma das melhores cenas de HALLOWEEN II se caracteriza justamente pela situação acima (tirando o desfecho, claro), quando Laurie corre freneticamente pra não ter a carcaça perfurada e tem de esperar o elevador abrir a porta enquanto Myers vem tranquilo em sua direção. Se ele tivesse apertado os passos um pouquinho, teria cortado mais uma garganta para a sua coleção, mas não seria também uma cena magnífica de puro suspense que simboliza a essência de um dos grandes elementos do slasher movie.

Acho que elogiar a direção de Rick Rosenthal é um tanto equivocada. Não sou o mais indicado a falar sobre o assunto, mas li em alguns lugares que após várias discussões e muitas diferenças de opiniões, Carpenter meteu um pé na bunda de seu diretor e assumiu o posto. Não seria surpresa se ele tivesse dirigido a cena do elevador, mas realmente HALLOWEEN II tem muito de John Carpenter. Se foi mesmo o Rosenthal que dirigiu a maioria das cenas, meus sinceros elogios a ele. Fez um ótimo trabalho!

Só sei que em 2002, Rosenthal dirigiu HALLOWEEN: RESURRECTION, cuja cara não é nada promissora...

Jamie Lee Curtis retorna ao papel que praticamente a lançou no cinema, mas fica meio apagada, até porque sua personagem é uma moribunda na cama do hospital em grande parte do filme. Quem se destaca mesmo é o sempre genial Donald Pleasence em performance inspirada e muito participativo.

Em tempos de HALLOWEEN’s de Rob Zombie, SEXTA FEIRA 13, de Marcus Nispel, e outras tralhas pretenciosas que aparecem nos cinemas atualmente, fico com qualquer slasher menor dos anos 80. Agora que revi esta segunda parte da série iniciada pelo Carpenter, vou procurar assistir logo as partes seguintes que ainda não tive o prazer (ou desprazer) de conferir.

12.6.09

Ainda sobre o velho Carpinteiro...

Filmografia em estrelinhas:

DARK STAR (1974) * * *
ASSAULT ON PRECINCT 13 (1976) * * * *
HALLOWEEN (1978) * * * *
THE FOG (1980) * * *
FUGA DE NOVA YORK (Escape from New York, 1981) * * * * *
O ENIGMA DO OUTRO MUNDO (The Thing, 1982) * * * * *
CHRISTINE (1983) * * *
STARMAN (1984) * * *
OS AVENTUREIROS DO BAIRRO PROIBIDO (Big Trouble in Little China, 1986) * * * *
PRÍNCIPE DAS TREVAS (Prince of Darkness, 1987) * * * *
ELES VIVEM (They Live, 1988) * * * * *
MEMÓRIAS DE UM HOMEM INVISÍVEL (Memoirs of a Invisible Man, 1992) * * *
BODY BAGS (1993), segmentos: GAS STATION * * *; HAIR * * *
À BEIRA DA LOUCURA (In the Mouth of Madness, 1994) * * * *
A CIDADE DOS AMALDIÇOADOS (Village of the Damned, 1995) * * * (Precisando urgentemente de uma revisão)
FUGA DE LOS ANGELES (Escape from L.A., 1996) * * * *
VAMPIRES (1998) * * *
FANTASMAS DE MARTE (Ghosts of Mars, 2001) * * *
MASTERS OF HORROR - CIGARETTE BRURNS (2005) * * * *
MASTERS OF HORROR - PRO-LIFE (2006) * *

CHRISTINE (1983), de John Carpenter

John Carpenter é um dos meus diretores favoritos, mas o único filme (para cinema) do homem que eu ainda não havia visto inteiro (apenas algumas partes na tv há anos) era esta ótima adaptação do livro de Stephen King sobre o carro (um Plymouth Fury 1958) possuído por um espírito maligno. Considerando a carreira do diretor, CHRISTINE é um filme menor, sem dúvida. Não vamos compará-lo com um THE THING ou FUGA DE NOVA YORK, mas ainda assim é muito divertido, e funciona perfeitamente como uma pequena obra de terror sem grandes pretensões. Entretanto, é inegável a força visual de Carpenter, com mão firme para orquestrar som e imagem de maneira única. Muita gente reclama que os personagens não são explorados ou que o diretor se perde na escolha do foco narrativo quando ocorre a transformação do nerd (o ótimo Keith Gordon) num moço arrogante e apaixonado pelo carro amaldiçoado. Mas é preciso muita má vontade para que esses detalhes estraguem o prazer de ver o filme.

10.3.09

Ao longo de oito anos, John Carpenter sentou na cadeira de diretor apenas para realizar seus dois episódios da série Mestres do Horror: CIGARETTE BURNS e PRO-LIFE. Sua última produção para cinema foi o subestimado FANTASMAS DE MARTE em 2001. Parece que, finalmente, o sujeito vai voltar ao trabalho e nos últimos meses já foram anunciados quatro filmes para alegria dos fãs. Não sei até que ponto o diretor está tão determinado, mas se pelo menos dois destes filmes realmente ficarem prontos, eu já me dou por satisfeito.

THE WARD: provavelmente, será o primeiro a sair. Ainda está em fase de pré-produção, segundo o IMDB, e trata-se de uma história de fantasmas. THE WARD é uma produção independente e possui até atriz, Amber Heard, para viver uma personagem que é assombrada por fantasmas em uma instituição mental. E instituição mental + John Carpenter lembra À BEIRA DA LOUCURA, então pode ser que saia coisa boa daqui...

L.A. GOTHIC: Os responsáveis pelo roteiro de GIALLO, novo filme de Dario Argento, estão pegando firme neste aqui cuja trama apresenta cinco histórias que se interligam quando um ex-padre tenta proteger sua filha adolescente das forças sobrenaturais do lado obscuro na cidade de Los Angeles. A trama aparenta ser muito interessante e nas mãos do Carpinteiro deve render, mas nessa leva de filmes, L.A. GOTHIC foi o primeiro a ser anunciado e chegaram a confirmar que as filmagens aconteceriam em março do ano passado... será que sai?

THE PRINCE: John Carpenter dirigindo um filme de gangster é de matar uns dez guardas (como dizia minha avó)! Sem muitas informações, é de longe o mais curioso dos quatro filmes, principalmente depois da declaração do próprio roteirista dizendo que se trata de um filme “brutal, sombrio e violento até o final". Estamos na torcida para que saia do papel e ganhe a visão do velho Carpinteiro.

RIOT: Até pôster já saiu e com data prevista para este ano ainda. Mas no IMDB a previsão passou para 2011, não sei porquê. O roteiro envolve uma prisão, rebelião de presidiários, etc. E ainda temos Nicholas Cage vivendo um condenado à prisão perpétua que ajuda um jovem, participante de um programa de prevenção ao crime, durante a rebelião que se instaura no local. Se RIOT for metade que ASSALTO A 13º DP foi, já está bom demais!