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19.3.09

TWO LOVERS (2008), de James Gray

Espero que ninguém esteja com medinho em relação a este novo trabalho do James Gray por não ter ligação ao universo do crime, ao gênero policial dos filmes anteriores. TWO LOVERS, além de ser tão poderoso quanto seus outros trabalho, serve pra confirmar várias coisas, entre elas o talento do diretor, que hoje é na minha opinião um dos cinco grandes cineastas americanos surgidos nos anos 90. Serve também pra definir os seus temas prediletos já abordados anteriormente.

Ele não perde a oportunidade de discutir questões como a família, fidelidade e o peso da herança cultural. E assim como antes, há um tom melancólico impresso em cada sequência de uma forma rara no cinema estadunidense. Não é a toa que ele é considerado o diretor mais francês entre os americanos, principalmente na forma de compor, montar, pontuar, movimentar a câmera, trabalhar com os atores, etc.

E muito em TWO LOVERS se deve ao excelente trabalho de todos seus atores. Joaquin Phoenix está ótimo encarnando Leonard, um rapaz que mora com os pais, depressivo e desequilibrado por uma desilusão amorosa do passado. Gwyneth Paltrow, que está belíssima, e Vinessa Shaw, completam o triangulo amoroso da trama. Ainda temos Isabella Rossellini sublime como a mãe do rapaz.

Em suma, a partir de um simples fato, que soa até mesmo clichê (homem se relaciona com duas mulheres ao mesmo tempo), Gray desenvolve um belo filme dilacerante, um verdadeiro estudo do romantismo exacerbado e de sentimentos puros em situações da vida cotidiana, observado com uma intensidade dramática surpreendente.


OBS: Nada a ver com o post, segue uma dica preciosa d'um blog de alto nível e novinho em folha: Cine Demência, editado pelo Leopoldo Tauffenbach. Prestigiem.