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4.2.09

THE READER (2008), de Stephen Daldry

O Stephen Daldry numa hora dessas deve estar se achando o rei da cocada. Mas com todo esse hype que a Academia criou em cima dele, seria difícil pensar diferente. Três filmes no currículo, três indicações a melhor diretor e duas de melhor filme. O pior é que ele nem vale isso tudo. Ok, é um diretor razoável, tem sua personalidade, quem sou eu pra ficar falando alguma coisa?

E THE READER até que não é ruim. Tem um argumento interessante (que eu não quero contar), boas atuações – mas nada impressionante (a não ser a ousadia da Kate Winslet, toda murcha, aparecer nua em vários momentos) – uma ótima fotografia, trilha sonora, direção de arte e toda parte técnica funcionado legal. Daldry até que se dá bem com planos abertos, lúgubres e contemplativos, mas na direção de atores a coisa fica feia.

Nada que estrague muito a diversão do espectador menos exigente, mas vou tentar explicar o que me incomodou: acho que o problema está na encenação, no comportamento dos atores em cena (não quero dizer atuações ruins), como se os personagens não estivessem vivenciando os acontecimentos, mas sim atuando para uma câmera. Há uma certa falsidade na relação personagem x realidade virtual, por mais que os atores se esforcem. Diferente do teatro, por exemplo, onde a falsidade está enraizada no instantâneo contato com o público. O cinema não. A linguagem cinematográfica permite dar um tom realista que o teatro não pode.

Vamos encurtar a parada: THE READER é mais um desses filmes banais, um pouquinho acima da média, mas vai ter muita gente achando lindo, poético, rasgando elogios exacerbados. Num tô nem aí! Sou muito mais rever THE WRESTLER ou GRAN TORINO...