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25.3.11

DEMENTIA 13 em Blu-Ray

Não, o meu blog ainda não virou filme. Mas o primeiro longa de Francis Ford Coppola, de 1963, e que dá o seu título a este blog, vai receber em Abril uma versão totalmente restaurada para o lançamento no formato em alta definição. Em um dos meus primeiros posts, há uns três anos, eu explicava de onde vinha o título do blog.  Acho que para um espaço que possui a proposta que temos aqui, era um título legal... hoje já não acho, mas agora é tarde, não vou mudar.
 
DEMENTIA 13 foi produzido em 1963 pelo grande Roger Corman, quando este dirigia THE YOUNG RACERS na Irlanda (em locações de pequenos paises europeus sai muito mais barato do que filmar em locações nos Estados Unidos) e o jovem Coppola era seu assistente de direção. Para DEMENTIA 13, Coppola reaproveitou o cenário e os atores do filme de Corman.

O número 13 do título aparece porque já existia um filme de 1955 chamado DEMENTIA. A realização de Coppola não é uma obra prima do cinema de horror, mas é um bom filme carregado de clima, estética gótica estilo Mario Bava, um pouco de violência e já demonstrava a criatividade do diretor que viria ainda fazer obras primas como o A CONVERSAÇÃO e APOCALYPSE NOW. Chegou a ser lançado em DVD no Brasil numa versão vagabunda ripada de um VHS, que valeu para matar a curiosidade tanto dos fãs do terror, quanto para os admiradores do diretor.

Agora, a edição em Blu Ray vai ser obrigatória, em widescreen e etc. Não deve chegar no Brasil, infelizmente... mas fica aí uma boa dica.

8.11.09

Filmes recentes...

TETRO (2009), de Francis Ford Coppola

Isso sim eu chamo de um verdadeiro retorno (E não o YOUTH WITHOUT YOUTH, de 2007)! Coppola coloca muito sentimento neste belíssimo trabalho e filma com o coração. Tetro (Vincent Gallo) é um escritor que resolveu cortar ligações com sua família, cujo pai é um grande maestro, e foi viver na Argentina, até que, passado alguns anos, recebe a visita de seu irmão mais novo que possui uma fixação enorme no mais velho. E é claro que isso vai gerar muita reação em torno dos personagens, com todo o passado intocado e misterioso que Tetro procurou esquecer e esconder voltando à tona...

Fotografado num preto e branco lindíssimo, com alguns momentos coloridos e beirando ao surrealismo, o visual, no cenário argentino, acaba sendo um dos grandes destaques do filme, mas desta vez a estória também possui um grande valor, um drama familiar muito bem conduzido por Coppola. É o primeiro roteiro original que o diretor escreve desde A CONVERSAÇÃO, de 1974, e resgata alguns temas auto biográficos. Provavelmente seu projeto mais pessoal. TETRO é tocante, dos melhores que o diretor já fez em muito, muito tempo e um dos meus favoritos de 2009.

MOON (2009), de Duncan Jones

Aquele poster todo retrô não estava para brincadeira. MOON é ficção científica das boas, essencialmente à moda antiga e se inspira na maior sci fi de todos os tempos, 2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, de Staley Kubrick, para narrar a estória de um astronauta solitário que trabalha numa estação espacial lunar depois que desenvolveram uma nova fonte de energia extraída do nosso satélite natural.

O filme é surpreendentemente simples e muito bem sustentado por Sam Rockwell interpretando o astronauta visto em praticamente todas as cenas. Mexe com questões atuais, mas os efeitos especiais discretos e o visual minimalista e retrô reforçam ainda mais o tom “kubrickiano” do filme, principalmente com a presença de GERTY, uma espécie de HAL atualizado para os nossos dias e que Kevin Spacey empresta a sua voz.

OS SUBSTITUTOS (Surrogates, 2009), de Jonathan Mostow

Fraquinho como entretenimento, mas não tão ruim quanto eu imaginava, e consegue colocar pra refletir um bocado sobre algumas questões (nem que seja durante o filme, ou uns 5 minutos após, porque depois disso OS SUBSTITUTOS já se torna descartável). No futuro as pessoas não saem mais de casa. Ao invés disso, utilizam andróides que são verdadeiras imagens projetadas da maneira como uma pessoa gostaria de ser vista. Bruce Willis, por exemplo, é um agente da CIA tentando resolver um caso. Ele é velho, barrigudo e feio, mas seu “substituto” – como são chamados – tenta parecer um galã de cinema com um cabelinho ridículo.

Mas não é exatamente isso que acontece hoje com a internet, sites de relacionamentos, Second Life e salas de bate papo virtual? Quem te garante que a pessoa que se descreve como uma morena, linda, olhos cor de mel e se chama Joyce num chat, não é na verdade um sujeito gorducho, careca, querendo sacanear com uns trouxas? É, isso acontece...

O CAÇADOR (The Chaser, 2008), de Na Hong-jin

Meu amigo Herax, sempre antenado, já havia nos alertado sobre esse filme coreano há tempos, mas acabei deixando passar. Agora que começaram a comentar sobre ele é que resolvi conferir. É um filme impressionante sobre um ex-policial que virou cafetão e precisa dar uma detetive quando algumas de suas “empregadas” começam a desaparecer.

A narrativa é bem intensa e frenética, tudo é muito bom, mas é um pouco longo e chega em um determinado ponto que eu precisei dar umas bocejadas. Mas nada que incomode. O ator Kim Yun-seok, que faz o cafetão, é um puta ator e a atmosfera de violência marca bastante. O final é de deixar qualquer espectador indignado (no bom sentido).

THE SNIPER (2009), de Dante Lam

Bem mais ou menos este aqui, um filme policial focado em três atiradores de elite. Um instrutor da polícia, seu aprendiz e o vilão, um ex-policial que agora joga no outro time. As intenções do diretor até que são boas, mas ele parece meio perdido entre quais dos três personagens deve dar mais atenção, acaba tudo muito vazio, por mais que se tente construir detalhes que acrescente algo a eles. Algumas sequências de ação são muito boas e é a única coisa que presta mesmo no resultado final. Não chega a ser ruim, mas poderia ser bem melhor.

Hoje ainda devo assistir ZOMBIELAND. Depois digo o que achei.

17.5.09

Top 10 Cannes

Copiando a idéia de outros blogs, segue uma lista dos meus dez vecedores de Cannes favoritos (em ordem cronológica) e rapidamente comentados:

A DOCE VIDA (La Dolce Vita, 1960), de Federico Fellini: A nova Babilônia sob a visão de Fellini. 

O LEOPARDO (Il Gattopardo, 1963), de Luchino Visconti: Um diretor da linhagem de Visconti não encontraria um universo mais adequado para filmar do que neste seu épico da decadência humana. 

BLOW UP (1966), de Michelangelo Antonioni: Os italianos comandam. Aqui temos uma das maiores aulas de gramática cinematográfica da sétima arte.

A CONVERSAÇÃO (The Conversation, 1974), de Francis Ford Coppola: Exercício de direção dos mais expressivos embalado num thriller de espionagem sensacional.

TAXI DRIVER (1976), de Martin Scorsese: A obra prima suprema de Scorsese.

APOCALYPSE NOW (1979), de Francis Ford Coppola: Robert Duvall e o cheiro de napalm pela manhã já se tornou clássico absoluto. E ainda temos Martin Sheen, Dennis Hopper... Marlon Brando!!!

PARIS, TEXAS (1984), de Win Wenders: Um dos trabalhos mais inspirados de quando Wenders ainda era um bom diretor.

BARTON FINK (1991), de Joel & Ethan Coen: O que há de melhor nos Coens em toda sua essência.

PULP FICTION (1994), de Quentin Tarantino: Estabeleceu a nova era do cinema nos anos 90.

DANÇANDO NO ESCURO (Dancer in the Dark, 2000), de Lars Von Trier: Digam o que quiser, este filme carrega um poder que me desconserta a cada revisão. 

12.8.08

DEMENTIA 13


De onde raios saiu esse nome Dementia 13? É o que alguns de vocês devem estar se perguntando, ou não? Além de ser um nome bacana para um blog que possui uma proposta como este aqui, Dementia 13 é o título de um dos primeiros filmes do diretor americano Francis Ford Coppola.

O filme foi produzido em 1963 pelo grande Roger Corman, quando este dirigia The Young Racers na Irlanda (Corman é o rei das produções de baixo orçamento e filmar em locações de pequenos paises europeus sai muito mais barato do que filmar nos Estados Unidos) e o jovem Coppola era seu assistente de direção. Para Dementia 13, Coppola reaproveitou o cenário e os atores do filme de Corman.

O número 13 do título aparece simplesmente porque já existia um filme de 1955 chamado Dementia. A realização de Coppola não é uma obra prima do cinema de horror, mas é um bom filme carregado de clima, estética gótica estilo Mario Bava, um pouco de violência e já demonstrava a criatividade do diretor que viria ainda fazer obras primas como a trilogia O Poderoso Chefão, A Conversação e Apocalypse Now. Chegou a ser lançado em DVD no Brasil numa versão vagabunda ripada de um VHS, mesmo assim vale como curiosidade tanto para os fãs do terror, quanto para os admiradores do diretor.