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14.9.09

DISTRICT 9 (2009), de Neill Blomkamp

Apenas algumas impressões, já que um bando de amigos já iniciou o trabalho de elogiar este filme que deve estrear nos cinemas brasileiros em outubro. Eu só peço licença para me juntar ao bando: DISTRICT 9 é um FILMAÇO!

O estreante Neill Blomkamp pegou a brilhante premissa de seu curta ALIVE IN JOBURG, de 2005, e transformou neste longa que tem o neo-zeolandês Peter Jackson na produção. A trama transcorre vinte anos após a chegada de alienígenas no nosso planeta, mas a invasão é tratada de uma maneira inusitada em DISTRICT 9. Os seres do espaço chegam numa nave que bateu o motor, na cidade de Johannesburg, África do Sul, e a sua população, milhares de extraterrestres, estão fracos, doentes e desnutridos. A solução encontrada pelos governos é a criação de um espaço para que os visitantes possam habitar. Passado os vinte anos, o local virou uma verdadeira favela, com direito a tráfico de drogas (comida de gato é que deixa os ET’s chapados) e esconderijo de armas espaciais!

Oprimidos e rejeitados por nós, humanos, o governo resolve transferir os milhares de alienígenas para uma área mais afastada da cidade e é nesta situação que o filme é narrado, com uns 80 % em forma de pseudo documentário, com entrevistas e câmeras de reportagens buscando o maior realismo possível. Os mais ortodoxos não se preocupem com o formato. Poucas vezes vi, nos últimos anos, certos cacoetes do cinema moderninho usados com tanta eficiência e inteligência, e isso não inclui somente a direção, mas também a utilização sóbria dos efeitos em CGI, enfim, tudo bem amarrado, ótimo roteiro, personagens, bons atores, não somos poupados de uma boa dose de violência extrema, crítica social muito bem inserida, etc... FILMAÇO!

E finalmente temos um exemplar cuja trama envolve um acontecimento de tamanha magnitude, típica de um filme de verão americano, com um impacto de proporções globais, e nada da intervenção dos Estados Unidos na qual estamos acostumados a ver em quase todos os casos deste tipo. Nada de Casa Branca explodindo ou Estátua da Liberdade indo a baixo, muito menos aquele patriotismo babaca de sempre. É algo a se estranhar, no melhor sentido possível.