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28.2.13

AMERICAN NINJA V (1993)

Ufa! Finalmente chegamos ao quinto e último filme da série AMERICAN NINJA! Já não aguentava mais escrever sobre sujeitos de pijama levando cacetada. Até porque depois do segundo filme, o nível da franquia cai absurdamente, com exceção do quarto capítulo, que ainda possui alguma graça.

Mas vamos lá. AMERICAN NINJA V possui duas peculiaridades principais:

a) É o único filme da série que não possui qualquer ligação direta com os demais episódios;

b) É o pior filme da série.

A questão “a” implica que agora tenhamos um novo protagonista. Ou seja, um outro americano que, por um acaso, possui conhecimento de ninjitsu. Portanto, David Bradley não repete seu personagem, Sean Davidson, mas um tal de Joe Kastle que o filme não faz muita questão de explicar suas origens, sua personalidade, mas acaba não fazendo muita diferença, já que versatilidade não está no repertório do ator em questão. É o Bradley... Ele poderia fazer Hamlet ou o Conde Drácula que seu desempenho seria praticamente o mesmo.
David Bradley se esforçando para demonstrar uma expressão de regozijo.
A maneira como seu personagem entra na aventura, por exemplo, é simplesmente ridícula. Sabemos que Kastle mora num barco e treina karatê... e é só. Então, o Pat Morita, eterno Sr. Miyagi, que havia sido seu mestre ninja, lhe pede para cuidar de seu sobrinho durante um período de férias. Kastle também tem um encontro meio romântico marcado com uma garota que também possui um barco. Bem maior que o dele, aliás. Como os roteiristas deveriam estar passando por um periodo de bloqueio criativo, calhou da moça ser a filha de um cientista que precisa de uma motivação a mais para construir uma arma secreta para o vilão do filme. O sujeito não quer construir tal coisa, portanto, essa motivação acaba sendo o sequestro da sua filha. E, vejam só, que sorte, o sequestro acontece bem no meio do encontro com o protagonista!
Bradley e o moleque precisam agora resgatar a moça. Isso consiste em entrar escondido no avião que a moça está sendo levada - novamente para um país subdesenvolvido qualquer - lutar contra vários ninjas de roupa colorida, ensinar o moleque o caminho do ninjitsu, enfrentar o James Lew vestido de M. Bison e salvar o dia!
À primeira vista, pela descrição acima, AMERICAN NINJA V não parece corresponder tanto a questão "b", a de ser um exemplar tão ruim. Já comentei filmes que parecem bem piores, mas que acabam divertindo exatamente pelo grau de ruindade. O que acontece aqui é a presença do então ator mirim Lee Reyes, o tal garoto que o Bradley precisa ficar de olho, mas que acaba entrando na aventura. O moleque é um pé no saco! Não tem carisma, não tem química com o herói, não serve de alívio cômico, só prestou mesmo para me irritar profundamente.
E é o FILME INTEIRO o moleque enchendo a paciência. A gota d’água foi a sequência que Bradley decide interromper a missão de salvar a moça e o cientista, que poderiam morrer a qualquer momento, para ensinar o moleque a lutar. O pior é que logo na cena seguinte, o puto já está lutando como um verdadeiro mestre e enfrenta vários capangas ao mesmo tempo! Sinto muito, mas é ridículo até para os meus padrões. AMERICAN NINJA V não dá... Talvez daqui uns vinte anos eu dê outra oportunidade.

20.2.13

AMERICAN NINJA IV: THE ANNIHILATION (1990)

AMERICAN NINJA sem Michael Dudikoff é o mesmo que pizza sem Coca-Cola. Não dá jogo. Não teve David Bradley que o substituísse. Sendo assim, resolveram trazer o homem de volta para o quarto filme da série. Na verdade, parece que haviam algumas obrigações contratuais e Dudikoff não teve como escapar. Mas só a sua presença neste aqui já coloca AMERICAN NINJA IV muito acima do episódio anterior.

No entanto, se notarem o cartaz aí ao lado, vão perceber que aparecem juntos o Michael Dudikoff E o David Bradley. Já que, infelizmente, o Steve James dessa vez não estava disponível, mantiveram o Bradley no elenco.

Mas vamos à trama. Bradley começa AMERICAN NINJA IV como suposto protagonista. Do capítulo anterior pra cá, de alguma maneira, seu personagem, Sean Davidson, se tornou um agente do governo americano. É, então, enviado a mais um país subdesenvolvido qualquer para resgatar um grupo de soldados americanos que foi capturado por ninjas comandados por um sádico e ganancioso militar britânico que toca o terror no local. E para mostrar a incompetência do Bradley, não demora muito para ele ser capturado e colocado junto com os reféns que ele deveria resgatar...
É aí que o governo americano convoca alguém que sabe das coisas. Um herói de verdade. É aí que entra o bom e velho Joe Armstrong de Dudikoff. O sujeito chega no local, arrebenta com todos os ninjas que aparecem à sua frente, se junta a um bando de rebeldes vestidos de figurantes da série MAD MAX, invade a base de treinamento ninja, encara o mestre ninjitsu que nunca pode faltar, derruba o poderoso vilão, resgata todo mundo que o Bradley deveria resgatar, inclusive o Bradley, e caminha em direção ao por do sol. The End.
A direção de AMERICAN NINJA IV ficou sob a responsabilidade do mesmo indivíduo do filme anterior, Cedric Sundstorm. Pelo visto, ele aprendeu com seus erros. De uma forma geral, as sequências de ação até que não são ruins. Claro, elogio uma evolução do Sundstorm na direção mesmo tendo consciência de que falta muito feijão para o sujeito ser um Sam Firstemberg. No entanto, o filme possui algumas lutas bem encenadas, uma boa dose de tiros e explosões, alta contagem de corpos que vão dar conta de divertir o público certo.
Só para dar um exemplo, há uma cena em que um grupo de ninjas ataca Dudikoff. No meio da luta, dois ninjas seguram os braços do herói enquanto um terceiro lhe atira uma flecha. O protagonista simplesmente segura o objeto com os DENTES! E não é só isso! Com um movimento de cabeça, ainda com a flecha presa na arcada dentária, ele consegue “apunhalar” o pescoço de um dos ninjas! Expliquem-me, como não gostar de um filme que possui uma cena dessas?

Em comparação com os dois primeiros AMERICAN NINJA, este aqui ainda perde feio, mas, como podem notar, tem lá sua graça, especialmente depois que Dudikoff entra em cena. O quinto filme volta a ser do David Bradley. E volta a ser uma grande decepção também...

16.2.13

AMERICAN NINJA III: BLOOD HUNT (1989)


Já começamos mal neste aqui pela ausência do Sam Firstenberg na direção, que não era lá um John Woo, mas pelo menos comandou os dois filmes anteriores muito bem à sua maneira. E também sentimos falta do protagonista Joe Armstrong, encarnado pelo Michael Dudikoff, que resolveu dar um tempo para não ficar tão marcado pela série. Só que o sujeito se deu mal. Além de não conseguir deslanchar na carreira (a não ser em produções de baixo orçamento), dificilmente não terá seu nome associado à série AMERICAN NINJA.

Mas antes fossem apenas esses os principais problemas de AMERICAN NINJA III. O filme é decepcionante em vários sentidos possíveis.


De qualquer forma, cá estamos. Chegamos ao terceiro filme da saga dos ninjas americanos, dirigido agora por um tal de Cedric Sundstrom. Você leu direito, eu escrevi ninjas no plural. Porque o lugar de Joe é ocupado agora por Sean Davidson, vivido por David Bradley, que na infância viu seu pai ser assassinado e acabou sendo criado por um mestre ninjitsu e agora é o novo ninja americano. A história transcorre com ele já adulto, indo a uma ilha paradisíaca para disputar um torneio de artes marciais, sem saber que, na verdade, um magnata da indústria farmacêutica pretende encontrar o lutador mais forte para que possa carregar uma arma biológica em seu corpo.

Ah, um detalhe importante. O bandido comanda um exército de ninjas, é claro!

Sean mal faz sua primeira luta no torneio e já se torna alvo. Por algum motivo, o vilão ignora a presença de Curtis Jackson no local, obviamente muito mais forte. Sim! Ao menos Steve James marca presença por aqui. Além dele, temos um lutador americano todo amigão a quem Jackson se refere como Júnior e uma ninja japonesa que trabalha para o magnata, mas decide virar casaca e ajudar Bradley e sua turma.


A trama se desenvolve de maneira bem tola, como nos dois episódios anteriores. Mas por conta de alguns fatores, a coisa não corre muito bem. O diretor e o astro dos outros filmes realmente fazem falta, mas as cenas de luta também comprometem a diversão, são bem amadoras e sem graça, o filme não possui aquela energia das sequências de ação como em AMERICAN NINAJ I e II e não tem mais a química entre os personagens. A coisa pode ficar ainda pior quando se faz uma maratona com todos os filmes em sequência. Assistir a este terceiro logo após os dois clássicos que o precedem é pedir para se aborrecer.

Será que o pessoal da Cannon precisava mesmo de mais título AMERICAN NINJA? E por que colocar um sujeito que ninguém conhecia na época como protagonista numa série que, naquela altura, era famosa, fez bastante sucesso? David Bradley até realizou alguns filmes legais mais tarde, como HARD JUSTICE, mas nunca conseguiu substituir o Dudikoff...


Caramba! Faria mais sentido se pegassem apenas o personagem do Steve James e fizessem uma aventura só pra ele... mesmo que não tivesse mais um "ninja americano".

Enfim, AMERICAN NINJA III só não é a ovelha negra da série porque o quinto capitulo consegue ser muito pior. Aqui, pelo menos, temos Steve James badass distribuindo tiros e porrada em ninjas. O que já vale uma espiada para quem é fã do sujeito ou completista da série.