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23.8.13

THE LOST EMPIRE (1985)


Antes de se tornar um dos diretores mais conspícuos do cinema classe B pós-80's, Jim Wynorski ganhava experiência e bagagem cinematográfica trabalhando como roteirista, escrevendo artigos sobre filmes de gênero em publicações como a Fangoria e estando sempre envolvido em várias produções do mestre Roger Corman. Quando chegou o momento de realizar seu primeiro trabalho como diretor, pegou os clichês de seus filmes favoritos e juntou com as suas obsessões próprias. O resultado é THE LOST EMPIRE, um sci-fi muito louco que mistura ninjas assassinos, artefatos mitsticos, um feiticeiro decano, terras desconhecidas, mulheres peitudas com figurinos provocantes e um elenco bem batuta!


O enredo é tão divertido quanto bagunçado e acho que não valeria a pena ficar explicando. Mas só prá dar um gostinho, digo que três beldades vão parar numa ilha comandada por um feiticeiro chamado Dr. Sin Do para descobrir porque o irmão de uma delas foi assassinado por um bando de ninjas. Lá acontece um torneio de artes marciais, ao mesmo tempo mulheres são mantidas escravas e, por fim, o Dr. possui planos diabólicos de combinar algumas pedras preciosas antigas que lhe darão poder para conquistar o mundo!



É Jim Wynorski prestando homenagem às coisas que tanto ele quanto nós adoramos no cinema grind house e exploitation. Percebe-se em THE LOST EMPIRE influências do próprio Corman, mentor de Wynorski e produtor de vários de seus filmes (incluindo este aqui), Jack Hill, Russ Meyer (pelas várias cenas de peitos de fora), e até filmes de espionagem estilo 007. Jim nunca foi um diretor estiloso, mas sempre demonstrou habilidade para filmar cenas marcantes, sexys e engraçadas, além de muita personalidade para trabalhar com vários rostos famosos dos filmes B. Analisando a carreira do sujeito, percebe-se um sutil amadurecimento no trabalho de direção, mas é incrível como Jim já tinha pulso firme pra fazer o que queria já nesta primeira experiência atrás das câmeras.


Outro detalhe que salta aos olhos neste debut é a quantidade de celebridades do cinema independente que conseguiram juntar em THE LOST EMPIRE. Isso é que dá ter Roger Corman como padrinho. Do lado feminino, várias musas do cinema classe B que nunca tiveram receio de tirar a blusa, como Melanie Vincz, Raven De La Croix (que trabalhou com Russ Meyer), Angela Aames, Linda Shayne e a deusa exuberante Angelique Pettyjohn. Na ala carrancuda temos Blackie Dammett (também conhecido por ser pai de Anthony Kiedis, vocalista da banda Red Hot Chilli Peppers), o fortão Robert Tessier e o grande Angus Scrimm, que faz o vilão Dr. Sin Do.

Hoje, Jim Wynorski já possui computada uma filmografia com mais de noventa títulos. Nem todos são bons, muito menos obrigatórios. Mas para quem se interessa por cinema independente de gênero, THE LOST EMPIRE é imperdível.

Mais alguns screenshots:






13.1.10

BIOHAZARD (1985), Fred Olen Ray

Filme de início de carreira de Fred Olen Ray, o homem por trás de uma porrada de bagaceiras deliciosas como HOLLYWOOD CHAINSAW HOOKERS e que possui no currículo mais 100 filmes como diretor. BIOHAZARD é uma mistura muito bizarra de sci-fi e terror, realizado de modo independente, com atores péssimos, produção tosca, mas com muita disposição em divertir um grupo específico de cinéfilos que adora os filmes que de tão ruins, tão mal feitos, se tornam ótimas diversões.

Às vezes prefiro sentar no sofá e desfrutar uma porcaria sem pretensão alguma, realizado sem orçamento, como é o caso de BIOHZARD, do que ir ao cinema ver esses filmes que se levam a sério, superproduções das quais foram investidos rios de dinheiro, mas não chegam aos pés de tranqueiras que não possuem preocupação em atrair um grande público ou ganhar o Oscar de efeitos especiais (nada contra a este tipo de filme também).


BIOHAZARD é um charme! Não são poucas as vezes que aparece um microfone nos cantos da tela, ou então algum assistente de produção querendo fazer um ponta onde não devia, entre outros momento de rachar o bico. Se há algum elemento de qualidade é o trabalho de maquiagem de Jon McCallum. O próprio Fred é maquiador, mas prefere deixar nas mãos de pessoas mais competentes este serviço fascinante e o resultado aqui é muito bacana.

Segundo o próprio diretor, BIOHAZARD é uma espécie de episódio da série de TV Outer Limits combinado com bastante gore em efeitos de maquiagem. O filme é sobre uma experiência em um laboratório que dá errado, liberando uma criatura de outro mundo que causa o terror na cidadezinha onde o filme se passa. Genial a cena em que um mendigo pendura um pôster do filme ET, do Spielberg, encontrada no lixo, e a criatura, na primeira oportunidade que tem, rasga e pisa em cima! hahaha

A criatura, só para constar, tem o tamanho de um garoto de cinco anos. Na verdade, quem estava dentro da fantasia era realmente um garoto de cinco anos, o filho de Fred, segundo me informou o Osvaldo Neto, maior especialista em Fred Olen Ray e Jim Wynorski que eu conheço. No elenco, um bando de desconhecidos que devem ser amigos do diretor, exceto a exuberante Angelique Pettyjohn, já velha conhecida desde os produtos B do fim dos anos 60. Tenho certeza que os cuecas de plantão vão gostar de algumas cenas com ela exibindo seus belos atributos mamários...