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11.11.11

OUTLAND - COMANDO TITÂNIO (1981)


O novo xerife chega à uma cidade mineradora e já começa a demonstrar serviço. Descobre irregularidades no trabalho de mineração, bate de frente com o dono do lugar, é ameaçado de morte, pistoleiros são contratados para se livrar dele num duelo mortal… é basicamente a trama de OUTLAND, uma típica história de um western americano como tantos outros. A grande sacada é que se trata de uma ficção científica que se aproveita perfeitamente de todo um conjunto de elementos do faroeste num cenário espacial futurista. Combinação pra lá de bacana!

A ação se passa em um dos satélites de júpiter, onde existe uma colônia de mineração explorada por uma grande corporação interessada em aumentar a produção à todo custo. Pra isso, promove o contrabando de uma droga extremamente forte que acelera a capacidade produtiva do ser humano por determinado tempo, mas depois ferra com o cérebro do sujeito. O’niel, vivido por Sean Connery totalmente badass, é o novo chefe de polícia do lugar que se depara com a situação e procura desmascarar toda a operação, tendo que enfrentar Mark Sheppard (Peter Boyle), o chefe do tráfico, e vários operários gananciosos.

Quando dois assassinos profissionais de fora são contratados para apagar O’Niel, a chegada da nave é acompanhada através dos painéis digitais espalhados pelo local, estabelecendo uma fascinante ligação com o western de Fred Zinnemann, MATAR OU MORRER: o xerife espera seus algozes e recusa-se a fugir, enquanto a cidade recusa-se a ajudá-lo. A mesmíssima coisa acontece aqui, com as devidas diferenças tecnológicas.

A direção de Peter Hyams - pai do promissor John Hyams - opta por sequências de ação bem contidas, sem grandes exageros, até verossímeis dentro do possível. A ação toda é concentrada na própria situação pelo qual o nosso cowboy espacial precisa enfrentar e a tensão que isso causa no público. Mas quando chega a hora do confronto, o filme também não decepciona. OUTLAND segue a linha das ficções científicas dos grandes estúdios do final dos anos 70/início dos 80, como ALIEN, e alguns cenários parecem saídos de 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO. A diferença é que não temos um monstro extraterrestre à solta, nem computadores com um parafuso à menos querendo assumir o controle de tudo. Aqui, mesmo no espaço, o grande perigo é o próprio homem.

10.1.10

UNIVERSAL SOLDIER: REGENERATION (2009), de John Hyams

Eu só espero que Van Damme justifique sua decisão de não participar de THE EXPENDABLES com bons filmes de ação como este SOLDADO UNIVERSAL: REGENERATION, terceiro filme da franquia que se iniciou em 1992 (com um dos melhores filmes estrelado pelo baixinho). Acho muito difícil ele manter o nível e aposto que não vai fazer nada melhor que o filme do Stallone, mas seus últimos trabalhos foram bons passatempos, que continue assim pelo menos.

O segundo filme da série é uma porcaria que não deveria ter saído do papel. Já este derradeiro é diversão garantida com altas sequências de ação muito bem dirigidas por John Hyams, filho do diretor Peter Hyams (trabalhando aqui como diretor de fotografia). Lá pelas tantas, há um plano sequencia muito bem realizado demonstrando que o diretor possui um certo talento pra coisa, com Van Damme em um corredor estreito matando geral os terroristas sem piedade alguma, com uma brutalidade pulsante, com a camera indo e vindo e o ator num trabalho intenso... a típica cena que Van Damme reclamou em JCVD que estava velho demais para fazer.

Dolph Lundgren também dá o ar da graça, mas como estava muito ocupado fazendo não sei o que, acabou participando apenas para uma cena de luta bacana com o baixinho e algumas situações soltando frases reflexivas de meia tigela para dar um tom de complexidade ao seu personagem. O ator se comprometeu com o projeto durante 5 dias de filmagens. Mas o quebra pau entre ele e Van Damme faz toda diferença e é sem dúvida um dos grandes momentos do filme.

A trama, que eu até agora não contei (e também não faz muita diferença) é tão frágil que poderia prejudicar o filme facilmente, e se resume num grupo de terrorista na Ucrânia, nas instalações da usina nuclear de Chernobyl, com um objetivo besta qualquer, o qual sequestra os filhos do presidente e promete mandar tudo pelos ares. O problema é que eles possuem um soldado especial que vale por 100 homens, interpretado pelo lutador de Vale Tudo Andrei Arlovski. Quem já viu o primeiro filme sabe o quero dizer com “soldado especial” e eu não preciso ficar explicando. Se você ainda não viu, assista e vai entender. Todas as tentativas dos "mocinhos" são frustradas porque nenhum exército aguenta com o homem.

É aí que Van Damme entra em cena com o personagem Luc Deveraux do primeiro filme, para invadir o local, matar todos os caras maus e ainda enfrentar o sujeito como uma espécie de chefão final desse vídeo game cinematográfico. Pra saber como o Lundgren entra nessa estória vocês terão que ver, só digo que vale a pena, principalmente pra quem deseja apenas relaxar e assistir a um bom filme de ação sem frescuras. SOLDADO UNIVERSAL REGENERATION é altamente recomendado.