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15.6.11

ALMIGHTY THOR (2011)

Este aqui é complicado… Não sei nem por onde começar. Mas tudo bem, vamos pela história, que não possui qualquer relação com os quadrinhos do Deus do Trovão, mas já sabemos de antemão que se trata de mais uma produção da The Asylum, então não é surpresa alguma. Em ALMIGHTY THOR, Loki (Richard Grieco) não é irmão de Thor (Cody Deal), mas uma espécie de feiticeiro que surge sem muita explicação e usa seus poderes e umas criaturas que parecem cachorros misturados com dinossauros, feitos em um CGI bem fuleiro, para destruir Asgard em busca de um tal martelo da invencibilidade!

Odin, antes de ser morto (ah, não se preocupem com spoilers), se livra do martelo através de um portal mágico. Seu filho, Thor, junto com uma guerreira local, consegue passar pelo portal e vem parar aqui na terra, onde tenta encontrar o artefato para derrotar Loki!

Sim, até parece ser um filmaço, mas não se engane pela minha descrição, nem pelo poster ou trailer. ALMIGHTY THOR é uma porcaria extremamente mal dirigida, com efeitos especiais pobres, um roteiro risível, atuações constrangedoras, pós produção mal acabada, etc. Claro que tudo isso são detalhes que dão um charme às produções da The Asylum e divertem aqueles que sabem apreciar esse tipo de tralha. O problema é a “seriedade” com a qual a coisa é levada. O filme é arrastadíssimo, chato e sem graça… e nem cabe aqui a desculpa da falta de dinheiro da produção. Falta mesmo é bom senso dos realizadores…

As cenas da batalha do início dão vergonha alheia. A noção de tempo, espaço e continuidade é lançada às favas e é preciso ter estômago pra aceitar alguma coisa. Quando a trama passa a transcorrer na Terra, a impressão é de que o filme vai melhorar. Mas infelizmente consegue ficar pior!!! É uma encheção de linguiça que tem certa graça no início pela situação ridícula, do tipo tão ruim que chega a ser bom, mas depois meia hora assistindo a mesma coisa, fica difícil… De tempos em tempos temos umas ceninhas de ação, mas são rápidas e não dá pra animar muito a vida do espectador.

Das poucas centelhas de genialidade (sim, temos algumas, haha!), uma delas é este plano acima, onde Thor parte pra cima de Loki com uma UZI!!!! O martelo não é suficiente?! Esse era o espírito que o filme deveria manter do início ao fim, mas não consegue… Quem consegue é Richard Grieco, o único que parece à vontade, percebeu a bomba que se meteu e não está nem aí, apenas ri de si mesmo. Cody Deal faz um Thor patético, abobalhado, bunda mole e chorão…difícil, muito difícil…

Mas ainda assim, prefiro ALMIGHTY THOR do que o THOR do Kenneth Branagh!
PS: A direção é de Christopher Ray, filho do Fred Olen Ray!

29.8.09

Filmes recentes...

Alguns filmes da nova safra que eu andei vendo, começando com esta belezinha chamada THE HURT LOCKER (2008). Precisou de uma visão feminina para sair um filme realmente bom sobre a guerra do Iraque, talvez porque Kathryn Bigelow não esteja tão preocupada em denúncias ou panfletagens, é mais provável que seu sucesso seja porque o núcleo narrativo se concentra apenas no drama dos homens que estão lá realizando seus trabalhos. É uma visão muito interna da guerra. Basicamente, o enredo se resume em documentar a rotina de um esquadrão anti bombas do exército americano em Bagdá, um trabalho que coloca em risco a vida de muitos homens, principalmente quando um dos protagonistas do filme, um perito em desarmar bombas, é um sujeito que está pouco se lixando em correr riscos desnecessários. Bigelow trabalha o tema minuciosamente, mas as seqüências nunca caem para o didatismo de uma forma negativa, ela utiliza esta ferramenta para criar uma atmosfera de tensão das mais eficazes e a cada bomba desarmada ou situação que envolva uma carga de ação se torna uma verdadeira aula de cinema. Melhor e o mais ousado filme sobre a esta guerra estúpida.

G.I. JOE - A ORIGEM DO COBRA (2009), baseado nos bonecos que eu brincava quando ainda era moleque, é diversão abobalhada. Poderia ter se saído muito melhor? Talvez, mas poderia ser bem pior também. O roteiro é o clichezão de sempre, com um cientista maluco, uma poderosa arma em mãos, uma base/esconderijo submarino e o grupo de heróis tentando salvar o mundo. Os diálogos são fraquíssimos, há um excesso de flashbacks para encher lingüiça, os atores são ruins, mas e daí? o bom é que é rápido, tem muita ação, climão de desenho animado dos anos oitenta, sem muita frescura. Toda a sequência de ação em Paris é bem bacana. Desligue o cérebro um bocado e divirta-se.

SE BEBER, NÃO CASE (The Hangover, 2009) conta a estória de quatro sujeitos que vão à Las Vegas para realizar a despedida de solteiro de um deles. Acordam no outro dia sem se lembrar de nada e justamente o futuro marido está desaparecido. Os outros três terão que reconstruir os fatos da noite anterior para entender o que aconteceu e encontrar o amigo sumido. E aí se vão 100 minutos de situações engraçadíssimas envolvendo, entre tantas coisas, um bebê, uma striper, um tigre, um japonês mafioso que sai pelado de dentro do porta malas e até mesmo o Mike Tyson! Além do ótimo roteiro, o elenco é outro grande destaque. Uma das melhores comédias que eu vi este ano.

Os dois últimos filmes que eu irei comentar são exatamente o extremo oposto um do outro. TOKYO SONATA (2008) é um grande filme, último trabalho do mestre Kiyoshi Kurosawa, um dos meus diretores orientais favoritos ainda em atividade ao lado de Takashi Miike, Takeshi Kitano, Tsai Ming Liang, Ji-woon Kim, Johnnie To e alguns outros que eu não devo estar me lembrando. No filme, Kurosawa desconstrói uma família japonesa a partir dos conflitos internos de cada membro, como o pai, por exemplo, que perde o emprego e tenta manter escondido da mulher e dos dois filhos.

O que me impressiona nos filmes deste cara, além da estética apurada, é como ele possui uma maneira tão singular de fazer cinema, independente do material. Um drama familiar com este aqui possui os mesmos elementos e estilo narrativo que “seus” filmes de terror. E “seus” é com aspas mesmo, porque os filmes de terror de Kurosawa possuem características que o diferem de qualquer outro diretor, exatamente porque não utiliza os elementos que o cinema de terror costuma utilizar. Posso até estar exagerando, mas arrisco a dizer que o grande nome do horror atual é o de Kiyoshi Kurosawa. Mas isso é argumento para uma análise mais aprofundada que eu não pretendo fazer e nem poderia. Sobre TOKYO SONATA ainda, só digo que é um dos melhores filmes de 2009, sem duvida alguma.

E se o filme acima é um dos melhores do ano e este aqui é extremo oposto, então já deu pra sacar qual é a do MEGA SHARK VS GIANT OCTOPUS (2009). Não, infelizmente desta vez não é o caso de filme que de tão ruim chega a ser bom. E olha que eu adoro as tralhas que de tão toscos, mais divertidos e engraçados ficam. Aqui a coisa é feia! Tem que ser muito, mas muito fã da produtora The Asylum para gostar de uma bagaceira como esta. Mas vamos lá. Eu não ligo para as atuações péssimas (Lorenzo Lamas e Debbie Gibson?! Demais!), nem para os furos e estupidez de roteiro, muito menos para efeitos especiais horríveis, estilo o seriado do Hércules que passavam no SBT. O problema é que o filme simplesmente não cumpre o que promete! O título já supõe que os dois animais se enfrentarão, mas a batalha praticamente não acontece, é pura enrolação durante todo o filme, e quando finalmente parece que vai ter o quebra pau, antes que você consiga dizer “papibaquígrafo”, a luta já acabou. Claro que a Asylum, não ia conseguir bancar o filme que eu pensava que seria, mas não imaginei que chegasse a este ponto.

Mas nem tudo está perdido. Ao mesmo tempo em que temos aqui um dos piores filmes do ano, temos também uma das cenas mais geniais e que pode ser visto no vídeo abaixo. Enjoy, folks!