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15.5.10

HALLOWEEN 5 (1989), de Dominique Othenin-Girard

Fiquei puto ontem à noite, pois quando terminei de ver HALLOWEEN 5 escrevi um texto bacana sobre o filme e de repente o notebook desligou e perdi o texto. Acabei escrevendo tudo de novo, mas não é a mesma coisa. Pra piorar a situação, o filme é bem ruinzinho…

Já haviam me alertado que a partir do quinto capítulo de HALLOWEEN, a série começaria a desandar. Realmente, se for levar em conta este aqui, eles devem ter razão. O filme inicia com o final do anterior – assim como o segundo começa com o desfecho do original (nos bons tempos de John Carpenter) – e mostra de forma verossímil como Michael Myers conseguiu sobreviver aos acontecimentos que fecham o quarto filme. Logo depois, o de sempre, Myers arranja uma faca bem afiada e retorna a Haddonfield para matar sua sobrinha e todos que entram em seu caminho. Mas a coisa não funciona muito bem em HALLOWEEN 5.

Mostrar detalhadamente como Myers sobrevive já começa com uma decisão infeliz. É totalmente desnecessário e retira o tom sobrenatural do personagem. No início do quarto filme, um sujeito apenas diz que Myers sobreviveu à explosão que aparentemente o matou no segundo, e isso basta. Não tem porque mostrar. É apenas uma das várias mancadas e incoerências que vamos acompanhando no decorrer do filme.

A ligação psíquica entre Myers e sua sobrinha, que culminou no magnífico desfecho do quarto filme, é muito mal utilizada aqui. Os personagens são extremamente burros, não da forma divertida como sempre temos no gênero, mas de maneira que ofende a inteligência do espectador. Até mesmo o Dr. Loomis age como um completo idiota em alguns momentos. Aliás, o próprio Donald Pleasence está meio deslocado e pouco à vontade no personagem que viveu tantas vezes. A atuação da garotinha Danielle Harris é a única que posso elogiar, embora a personagem não escape da estupidez.

O suspense é outro problema sério, porque o diretor Dominique Othenin-Girard parece não ter a mínima noção de construção atmosférica e de como fazer suspense. A sequencia do celeiro é uma teste de paciência. É tão demorada que quando Myers finalmente resolve entrar em ação, a cena já perdeu a força. O único momento que apresenta algum esforço criativo e que me causou alguma tensão é perto do final. Jamie (Harris) se vê sozinha sob a mercê do serial killer na casa, agora abandonada, onde Myers vivia quando era pequeno e cometera os seus precoces assassinatos. Especialmente a cena na tubulação da roupa suja, cujas filmagens foram muito complexas. O resultado é bom, mas não é suficiente pra compensar o restante que é muito fraco.

Já estou até desanimado em continuar essa peregrinação à série HALLOWEEN…