18.6.12

PROMETHEUS E CUMPRIUS!


Com o perdão da piadinha infame do título do post, mas cumpriu com folgas! PROMETHEUS é sensacional! Deve ser o melhor trabalho de Ridley Scott desde… quando? BLADE RUNNER, há trinta anos? E curiosamente marca o retorno do sujeito ao gênero que o consagrou (e ao universo ALIEN, que ajudou a criar, dirigindo o primeiro da série). Mas o que deve ser levado em consideração é que PROMETHEUS, cuja trama transcorre antes do filme de 1979, é um exemplar que caminha com as próprias pernas e não depende absolutamente em nada da franquia na qual está inserida. Utiliza de alguns elementos dos quais estamos familiarizados, mas desenvolve algo completamente novo, com seus próprios mistérios, personalidade e reflexões. E parece que isso não entra na cabeça da moçada que vem se decepcionando com o resultado. Metem o pau no roteiro, nas perguntas deixadas sem respostas (e talvez esperassem surgir na tela os famigerados aliens de dentes afiados babando aquela gosma transparente)... Tem defeitos? Tem. Mas como é bom poder conferir na tela grande um sci-fi cerebral que, ao menos em sua primeira metade, tenta  propor questões filosóficas, indagações metafísicas sobre a origem do homem, seguindo a tradição de clássicos da ficção científica existencialista, como 2001, do Kubrick, e SOLARIS, do Tarkovski, sem se preocupar em entregar respostas e soluções fáceis. Numa época em que a má vontade do público em botar a cachola para funcionar parece ser a regra, PROMETHEUS chega em boa hora para afrontar.


E como disse o amigo Leandro Caraça, “O filme começa como Kubrick e termina como uma produção zilionária do Roger Corman”. Então para quem reclama da falta de urgência, na segunda metade o filme chuta o balde e abre espaço para o bom e velho horror espacial, com direito a ataques de criaturas desconhecidas, personagens se ferrando bonito, inesperada dose de violência e sangue, suspense atmosférico de primeira qualidade, um clima tenso e crescente que culmina em deflagradoras sequências de ação… A cena que a personagem da Noomi Rapace precisa fazer uma cesária forçada, por exemplo, é de prender a respiração e se contorcer na poltrona! E quando as duas mocinhas (Noomi e Theron), ao final, tentam escapar de um esmagamento, correndo na mesma direção que a colossal nave alienigena está rolando (ao invés delas fazerem uma curva de 90º, um desvio óbvio), estava tão absorvido na ação em toda sua grandiosidade, que nem me importei com a imbecilidade das personagens (e se eu quiser realismo, vou assistir a um documentário).


Dizer que a parte técnica de PROMETHEUS é impecável, é chover no molhado. O visual é arrebatador do início ao fim; os efeitos especiais são deslumbrantes; o design de produção, de som, 3D, e o caralho à quatro, tudo em perfeita sincronia de acordo com as nossas necessidades sensoriais. No elenco (que é muito bom), destaco o desempenho da sueca Noomi, que faz uma protagonista forte e expressiva, além de ter uma beleza exótica de encher os olhos; e o Michael Fassbender, ator magnífico, que apesar de ser o andróide sem emoção da parada, consegue ser, de longe, o personagem mais tridimensional e interessante.


O veredito: Ignore por uns instantes a série ALIEN e suas baratas espaciais e aprecie PROMETHEUS sem moderação, um belíssimo sci-fi como há muito tempo não tinhamos, que te coloca para pensar e, de quebra, diverte à valer! Ridley Scott deve ter surpreendido até seus detratores com PROMETHEUS (que não fica devendo em relação às suas obras mais aclamadas, OS DUELISTAS, ALIEN e BLADE RUNNER), filmando com um rigor cinematográfico extraordinário que muita gente não esperava. Agora, quando o assunto for ficção científica, espero que o sujeito seja levado em consideração entre os grandes diretores do gênero.

16.6.12

ALIENS - O RESGATE (1986)


James Cameron é fã de carteirinha de ALIEN - O OITAVO PASSAGEIRO (1979), de Ridley Scott, e precisou colocar em prova sua capacidade e talento, que não eram tão claros naquele período, para ter seu nome escrito na cadeira de diretor desta continuação. Ainda estamos em 1980, passado apenas um ano do lançamento do original, os produtores já começam a viabilizar a idéia de uma sequência. O problema maior é encontrar um script que justificasse mais um filme.

Os produtores David Giler e Walter Hill chegaram ao pobre Cameron através do roteiro de O EXTERMINADOR DO FUTURO (que ainda não havia sido realizado) e resolveram marcar um encontro para trocar idéias. Lá pelas tantas, depois de algumas doses de whisky, comentaram o desejo de realizar a continuação de ALIEN e Cameron se interessou subitamente. Após vários roteiros recusados, James Cameron, que mal havia dirigido PIRANHA 2 e trabalhou apenas na parte técnica de algumas produções de ficção, conseguiu colocar na mesa dos executivos uma história que finalmente chamou-lhes a atenção. O roteiro ainda não estava pronto (e muita coisa foi mudada com outras pessoas metendo o bedelho), mas já era meio caminho andado; a base desse script eram idéias que o diretor estava desenvolvendo para um filme chamado MOTHER.

No entanto, era um risco colocar nas mãos de James Cameron a direção de um filme que exigia muito investimento, muita estrutura, muita coisa que aquele sujeitinho ainda não havia trabalhado. Ninguém podia assegurar que ele era realmente capaz de administrar todo o aparato que seria colocado em suas mãos. A prova de fogo foi o filme que Cameron estava realizando, ainda em fase de pré-produção. Se conseguisse ser bem sucedido, teria o emprego na continuação de ALIEN. Mas todos nós sabemos que O EXTERMINADOR DO FUTURO foi um sucesso, então…


ALIENS recebeu este título (e não ALIEN 2) porque em 1980, um italiano chamado Ciro Ippolito produziu, escreveu e dirigiu uma “sequência picareta” de ALIEN chamado ALIEN 2, com a trama se passando na terra. Mas ALIENS é um nome que se encaixa perfeitamente ao filme de Cameron, pois uma das principais diferenças do original é que, desta vez, Ripley (Sigourney Weaver) terá de enfrentar um exército de aliens ao invés de um único como no primeiro filme.

Sendo assim, o diretor de AVATAR tomou um caminho diferente ao de Ridley Scott. O primeiro filme da série era um exercício de claustrofobia, atmosférico ao extremo e trabalha muito bem o suspense. Sem dúvidas é um dos filmes contemporâneos mais eficazes nesse sentido. Já o filme de James Cameron segue uma proposta que impõe um ritmo mais frenético à narrativa, com bastante ação, tiroteios, explosões, correrias, muita carnificina, etc (Cameron estava trabalhando também no roteiro de RAMBO 2 antes de começar este aqui, talvez estivesse muito focado nesses elementos…). O mais impressionante disso é que o respeito de Cameron pelo original é fundamental para balancear o tom entre os dois filmes. ALIENS possui atmosfera suficiente para permanecer ao lado de ALIEN e possui ação de tirar o fôlego suficiente para garantir a proposta de Cameron.

A trama de ALIENS se passa 57 anos após os acontecimentos do primeiro filme. Ripley desperta do seu sono criogênico depois de ter sua nave encontrada pela companhia pela qual trabalhava; toma conhecimento de que toda sua família morreu; mal se recupera e já é persuadida para retornar ao planeta alienígena numa missão para averiguar a situação dos colonos que habitam o planeta, já que a comunicação com eles fora interrompida. Ela se faz de difícil, etc, mas acaba aceitando e desta vez terá ajuda de um grupo de fuzileiros carregando um grande poder de fogo.


O que se segue a partir daí é suspense intenso da melhor qualidade com altas doses de ação em cenários de ficção científica e atmosfera dark inspirados nas artes de H. R. Giger e intensificados pela ótima trilha sonora de James Horner; a contagem de corpos é altíssima, muitos fuzileiros matando aliens, sendo mortos também pra dar uma balanceada, embora o número de aliens seja bem maior, até chegar a um ponto em que Sigourney Weaver questiona James Cameron sobre o filme estar muito violento, ter muitas armas, e essas baboseiras, mas a resposta do diretor já demonstrava um sujeito que não se deixa levar por frescuras de ator: “Então vamos fazer uma cena que um Alien lhe ataca e você tenta bater um papinho com ele”.


Além de Weaver, que recebeu uma indicação ao Oscar pela sua atuação, o restante do elenco merece uma atenção à parte. Temos Michael Biehn voltando a trabalhar com o diretor, Lance Henriksen fazendo um andróide para o desespero de Ripley (quem não se lembra de Ian Holm no primeiro filme?), Bill Paxton como alívio cômico involuntário, Paul Reiser, William Hope, Jenette Goldstein e outras feras que compõem um excelente time. E é curioso como grande parte deles são subestimados atualmente.

A versão que revi e recomendo fortemente é a estendida, na qual James Cameron realiza um estudo humano muito interessante com a personagem de Sigourney Weaver e ajuda bastante na compreensão de seus atos, no instinto materno com o qual ela acolhe e protege a garotinha, única sobrevivente dos colonos, enxergando a oportunidade de ter uma família novamente, já que a verdadeira se perdeu ao longo dos 57 anos. O confronto final entre Ripley e a alien rainha toma proporções épicas visto dessa forma. A protagonista tentando proteger sua “filha” e a criatura também com um instinto de proteção pelos seus ovos.

Get away from her, you bitch!


Sobre a rainha e seu aspecto visual impressionante, vale destacar os incríveis efeitos especiais da equipe comandada pelo genial Stan Winston. É um troço realmente assustador! Não só ela, mas todos os aliens aparentam bem mais flexibilidade, agilidade e realismo em relação ao alien solitário do primeiro filme, embora o conceito de Giger ainda permaneça intacto. É a prova de que o talento manual de um verdadeiro gênio dos efeitos especiais sempre vai superar o resultado de um CGI.

Aliens é um filme inovador nos quesitos técnicos, afirmativa que pode ser reaproveitada em qualquer texto sobre os filmes dirigido pelo Cameron. Todas as suas obras seguintes revolucionaram o cinemão americano comercial de alguma maneira, seja nos efeitos especiais, sonoros ou até mesmo na forma como contar uma história, transformando seus trabalhos em experiências únicas para o público. Este aqui não foge à regra. É um espetáculo em todos os sentidos.

13.6.12

ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (1979)


Ainda não assisti a PROMETHEUS, mas revi ALIEN - O OITAVO PASSAGEIRO. Serve?

Em 1974, o jovem Dan O’Bannon escrevia um roteiro de ficção científica que acabou se transformou em filme, DARK STAR, dirigido pelo então marinheiro de primeira viagem, John Carpenter. Eu adoro o filme, mas O’Bannon parece não ter ficado muito satisfeito com o resultado. A trama, entre outras coisas, é sobre a tripluação de uma pequena nave atormentada por um alien feito de bola de praia… é de rolar de rir!

Então o sujeito resolveu pegar alguns elementos de DARK STAR para escrever um novo roteiro. Além disso, O’Bannon aproveitou sua aproximação com o artista H.R. Giger da época em que estavam preparando a adaptação de DUNA, que seria sob a direção de Alejandro Jodorowski, para trabalhar na concepção visual desse novo projeto. Ainda teve o dedo de Walter Hill na produção… Então qualquer coisa que saísse dessa combinação de mentes seria, no mínimo, interessante, mas calhou de sair ALIEN, ou seja, um dos maiores clássicos do horror espacial.

Ao contrário de vários amigos, não compartilho do mesmo desprezo pelo Ridley Scott. Não é mestre, mas quando acerta, demonstra que realmente sabe o que faz. Especialmente nesse início de carreira, o sujeito estava em estado de graça! OS DUELISTAS, BLADE RUNNER e este aqui são obras de grande vigor cinematográfico… o problema é quando lembramos de coisas como ATÉ O LIMITE DA HONRA ou o novo ROBIN HOOD.


Mas em ALIEN, a coisa é diferente! Scott se aproveita da força visual, o primor estético concebido por Giger, os efeitos especiais, trilha sonora, para trabalhar o tenso climão claustrofóbico dos corredores escuros e cenários fechados em um crescente suspense. Sei que todo mundo está careca de saber sobre tudo isso, mas até hoje me encanta os detalhes e escolhas que Scott faz para a construção do horror. Todas as cenas dos ataques do alien, por exemplo, se baseiam muito mais na atmosfera do que a brutalidade. Se existe um filme que transcende o sentido de horror atmosférico, é este aqui. Dessa maneira encontramos cenas brilhantes, como a que o personagem de Tom Skerritt, Dallas, adentra os apertados dutos de ventilação da nave Nostromo, em busca do invasor indesejado. É tudo questão de manutenção de luz, sombras e noção de como utilizar os cenários... o alien mesmo mal aparece durante todo o filme. E mesmo assim, Scott tem nas mãos o suficiente para fazer a platéia tremer na base. Hoje nem tanto, é verdade, ainda mais com tantas reprises, mas ainda é uma realização de fazer inveja a muito filmezinho de terror da atualidade.

Algumas sequências são célebres. A visita de parte da tripulação à nave alienígena abandonada cheio dos famigerados ovos estranhos; Ian Holm se revelando após a violenta pancada na cabeça desferida por Yaphet Kotto; Sigourney Weaver de calcinha se preparando para a peleja final; e claro, o sensacional parto de John Hurt, dando à luz a uma lombriga de dentes afiados. Sem contar o aspecto incrível do monstro espacial, que me deixava arrepiado quando era criança.

E vou parando por aqui, fiz esse post apenas para comentar brevemente a revisão deste filmaço na semana em que estréia o retorno de Ridley Scott ao universo ALIEN. Tempo se tornou algo precioso nesses dias e ficou complicado de postar. Depois tudo volta ao normal… Amanhã republico meu post sobre ALIENS, de James Cameron, para quem ainda não leu.

4.6.12

THE RAID (2011)

Stallone, meu caro, sinto muito dizer isso, mas você e sua trupe de truculentos vão ter um puta trabalho se quiserem que OS MERCENÁRIOS 2 seja a melhor fita de ação de 2012. Um sujeitinho lá da Indonésia, sem músculos avantajados e cara de bom moço, simplesmente passou a rasteira em seu elenco “testosteronado” e, na queda, aproveitou para dar uma joelhada no queixo de cada um! Sejamos sinceros, por mais que OS MERCENÁRIOS 2 seja a produção mais aguardada por mim este ano, acho praticamente impossível que consiga superar, ou até mesmo igualar, o espetáculo deflagrador de ação chamado THE RAID!

Após o sucesso de MERANTAU, o diretor Gareth Evans e o astro Iko Uwais (o tal "sujeitinho"), resolveram se juntar novamente em um produto com orçamento mais abastado e mais recurso, cujo título seria BERANDAL. No meio desse processo, algo deu errado e informações sobre o que esses caras estariam aprontando se tornaram escassas. Até que surgiram as primeiras notícias de THE RAID, um filme completamente diferente do que estava previsto, embora as imagens e o trailer já comprovassem que teríamos algo de “arrebentar a boca do balão”. Só não esperava que fosse tanto! 



A coisa funciona do seguinte modo: Uma equipe da força policial invade um edifício que serve de quartel para um poderoso barão das drogas. O sujeito tem um guarda costa que é o cão chupando manga (o louco filho da puta à esquerda na imagem acima, conhecido como Mad Dog) uma porrada de capangas e muito dinheiro para pagar qualquer indivíduo nos andares abaixo que possa empunhar um facão para protegê-lo. No lado policial, temos Rama, vivido pelo Uwais, que é apenas um integrante da equipe. Sabemos que Rama é o personagem central porque o filme abre com ele se despedindo da esposa grávida antes de ir ao trabalho… e claro, depois que ele começa a mostrar suas habilidades em resolver situações extremas, fica óbvio que o sujeito é especial. 


Ok, a premissa soa bastante simples… e é! Não significa que seja simplória. O filme abre um leque de detalhes, situações e reviravoltas à medida em que avança. Nada muito exagerado ou complexo, até porque não é o tipo de filme que tem tempo de explorar situações extra-dramáticas. Toda a narrativa é contruída em prol de sequências de ação, e parece tomar gosto pela coisa porque permanece nesse estado de tensão e adrenalina até os últimos segundos de projeção.  

É um belo exemplar de ação quase ininterrupta, que prende a atenção sem soar repetitivo em momento algum. A idéia de uma cena mais calma em THE RAID, por exemplo, é quando os personagens policiais estão escondidos em algum ponto em que podem ser descobertos a qualquer instante, mantendo o suspense sempre ativo. São poucas as cenas que respiramos aliviados até que comece mais pancadaria. E quando o filme acaba você ainda fica olhando os créditos subirem, com a cabeça meio rodando e corpo exausto, observando a quantidade de paramédicos que a produção utilizou para cuidar dos dublês…   



Por falar em dublês machucados e pancadaria, é preciso elogiar, e muito, o trabalho do diretor Gareth Evans e do coreógrafo de lutas, Yayan Ruhian. Esses caras têm uma noção absurda de como filmar sequências de porrada, posicionando a câmera no lugar ideal, escolhendo os enquadramentos e ângulos perfeitos, o corte ideal na montagem, com a única finalidade de obter o máximo de impacto de cada cena, de cada plano, de cada cotovelada na cara!

Da mesma maneira os atores trabalham em perfeita sincronia, encenando os combates com um realismo brutal e quedas que devem ter deixado os dublês de cama num hospital por algumas semanas. Sem contar que THE RAID é violentíssimo! É osso quebrado, facadas mostradas em detalhes cirúrgicos, tiro na cara, machadadas e muita joealhada e cotovelada na fuça que, se não forem reais, então eu não sei como fazem…



O próprio Ruhian entra na brincadeira no papel do guarda costa sanguinário que comentei lá em cima, o Mad Dog. O sujeito é o BICHO e o confronto final que  protagoniza é algo inacreditável, desgastante e subversivo!!! Uma das coisas mais bacanas é quando Mad Dog se prepara para essa a luta, se posicionando entre seus dois oponentes. Isso mesmo, são dois “mocinhos” contra o vilão fodão que decide ir totalmente contra o clichê do bandido sujo ou covarde, enquanto o herói está sempre em desvantagem. Mad Dog gosta do desafio de uma boa luta, algo admirável e cada vez mais raro, especialmente no cinema de ação ocidental.
 



Ainda bem que ainda temos esses orientais mostrando como fazer ação de alta qualidade. E parece que o próximo passo da equipe será uma continuação, pegando as idéias base do que seria BERANDAL e transformando em THE RAID II. Vamos aguardar, porque este aqui já nasceu clássico. THE RAID é uma obra prima que eleva o cinema de ação para um próximo nível e acho muito difícil ser alcançado tão rápido. E mesmo assim, Hollywood já se pronunciou e está preparando um remake. Tenho até pena do que vá sair.