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16.11.12
REVENGE (1990)
Lembrei que assisti a REVENGE. Foi logo depois que o Tony Scott pulou de uma ponte há poucos meses. Quem me acompanha sabe que tenho costume de “homenagear” diretores/atores recém falecidos, vendo ou revendo um de seus trabalhos e postando alguns comentários e tal. Escolhi este aqui, primeiramente, porque é um dos filmes menos comentados do Scott e, segundo, porque meu velho amigo Daniel Vargas vivia me enchendo, dizendo que se tratava de um dos melhores filmes do “Toninho”. E não é que o sujeito tinha razão?
Até o Kevin Costner não decepciona em REVENGE, interpretando um piloto de caça da marinha americana que resolve se aposentar e ir para o México onde tem um amigo rico, chamado Tibey, também conhecido por Tiburón, vivido pelo monstro Anthony Quinn. Parece ser um sujeito legal e já não me recordo direito de onde surgiu a amizade entre os dois, já que Quinn é bem mais velho, mas a todo momento há um pressentimento ruim em relação a Tibey, sempre rodeado por guarda-costas de óculos escuros, e seu temperamento estranho.
Agora, eu preciso mencionar um detalhe fundamental em toda história. Um pequeno detalhe que, se não existisse, REVENGE seria apenas um drama sobre um jovem ex-piloto e sua amizade com um velho gangster que vive no México. Esse fator é aquilo que destrói os corações dos homens e apesar de todos efeitos malígnos que possam existir a seu respeito, não conseguimos viver sem. Estou falando de MULÉ!!! E das boas! O lance é que Tibey possui uma jovem esposa, encarnada pela Madeleine Stowe, que na época de adolescente era dessas atrizes que fazia meu coração parar… Hoje anda sumida. O último dela que vi foi aquela tralha com o Stallone que comentei aqui outro dia. Enfim, Stowe resolve se engraçar justamente com o jovem amigo de seu marido.
Estão me acompanhando? Vocês já devem ter adivinhado o tipo de situação que pode rolar entre esses personagens. O marido é um velho, ela é jovem e gostosíssima e com vontade de dar, e aí aparece um bonitão na pele de Kevin Costner (ui!)… é muito conflito dramático para um filme do Toninho. Mas se mesmo assim vocês ainda não estiverem entendendo o que eu quero dizer, as imagens abaixo falam por mim:
Pois é, eles não se aguentam. Mesmo depois de relutar, os pombinhos fazem de tudo e mais um pouco. E eu ficava falando “Não faça isso, Kevin Costner, eu sei que ela é de matar, mas isso literalmente vai acontecer com você se o marido descobre!“. Mas aí entra naquele paradoxo masculino… o que é melhor, comer a Madeline Stowe e ser espancado até a morte pelos cupinchas do marido ou não comer e passar o resto de seus dias imaginando como teria sido uma foda com a Stowe, por mais arriscado que seja? Mas, como disse antes, se o sexo entre os dois não acontecesse, REVENGE não teria motivos de existir. Obviamente, depois de comer Madleine Stowe, Costner é descoberto, espancado e deixado para morrer no deserto. Mas o que vocês esperavam? Ele comeu a mulher do Anthony Quinn!
A partir daí, poderíamos utilizar aquela anedota mais que batida de que “a vingança é um prato que se come frio”. Mas não vamos usar. Quero fugir dos clichês! No entanto, Tony Scott conduz lentamente sua narrativa, o que não significa que seja chato, ao contrário, é isso que me admira em REVENGE. Toninho sempre tachado pelos detratores de clipeiro e etc, constrói aqui um filme de duas horas, lento pra cacete, mas que mantém um grau de tensão do início ao fim. A segunda metade o filme se transforma num western moderno… isso me faz lembrar que Toninho tinha intenções de refilmar MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA, do Bloody Sam, uma atitude desnecessária, concordo, mas contrariando o mundo inteiro, fiquei curioso para saber o que saíria de suas câmeras, já que nos últimos trabalhos só entregara bons filmes. Agora que tinha acertado a mão, resolveu pular da ponte, uma pena.
Mas, estou divagando. Kevin Costner, todo arrebentado no deserto mexicano, é encontrado por um sujeito que leva-o a uma curandeira. Meses depois, já consegue agir dentro de seus planos, que não é exatamente se vingar, mas tentar encontrar Madeline Stowe, que não deve ter recebido um tratamento diferente do dele. Claro que, no caminho, esbarra com alguns capangas que lhe esmurraram e não custa nada retribuir a gentileza. Meu único problema com REVENGE é perto do final, o reencontro entre Quinn e Costner. A atitude dos dois é honrosa e ambos reconhecem seus erros. E isso é ótimo. Não vou dizer o que acontece. Mas eu esperava um pouco mais de… ação! Achei bunda mole da parte do Toninho nos fazer esperar tanto tempo para um climax tão sem graça (e minha reclamação não tem nada a ver com as atitudes dos personagens).
Aliás, Costner está muito bem. Não acho que seja um grande ator, mas sempre funcionou com esse tipo de personagem e nunca esteve tão bad-ass como aqui. E Anthony Quinn é um gigante da atuação. Consegue ser a simpatia em pessoa e o demônio no mesmo personagem. O filme ainda conta com a presença de John Leguizano e do sumido Miguel Ferrer. E temos Madeleine Stowe fazendo o que sabe fazer de melhor: sendo gostosa.
PS: Dois dos melhores filmes do ano assistidos: KILLER JOE, do Friedkin, e HOLY MOTORS, de Leos Carax. Provavelmente escreva algo sobre o primeiro. Mas ambos são recomendadíssimos!
4.5.12
MISSÃO PERIGOSA, aka Avenging Angelo (2002)
Quem olha esse cartaz com o Stalone fazendo cara feia e apontando uma arma, corre o risco de pensar que se trata de um pequeno filme de ação obscuro e pouco comentado, que talvez mereça uma redescoberta ou algo do tipo. Na verdade, MISSÃO PERIGOSA está longe disso e se não foi redescoberto, espero que continue assim! O filme não passa de uma comediazinha romântica das mais cretinas, não muito diferente dessas coisas horrorosas estreladas pela Sandra Bullock ou Jennifer Aniston e algum galã da atualidade… argh! Ou talvez seja pior!
Lembro quando chegou nas locadoras e, na época, não tive a mínima vontade de ver, mas como admirador do Stallone, quero conferir TUDO que o sujeito já fez. O problema são essas bagaceiras realizadas numa certa fase negra, início da década passada, e que antecede o maravilhoso ROCKY 6 (que colocou o Stallone de volta nos eixos). São três ou quatro exemplares, no máximo, mas cada um de dar vergonha alheia... alguém se lembra daquela produção no qual o Sly é piloto de corrida?! Aquilo é o cúmulo do ridículo para quem é ícone de toda uma geração fanática pelo cinema de ação oitentista.
E já que perdi meu tempo vendo essa baboseira, vou perder mais ainda escrevendo algumas palavras que deve servir de alerta ao fiel amigo leitor que ainda não assistiu a porcaria que temos aqui. A trama é centrada na personagem da Madeleine Stowe, uma ricaça meio maluca que descobre que é filha de um mafioso (Anthony Quinn) assassinado recentemente e agora possui um guarda costa (Stallone) 24 horas na sua cola para protegê-la de outros mafiosos. Aos poucos, ele se apaixona por ela e… putz, o sujeito devia estar realmente precisando de dinheiro pra entrar numa dessa.
MISSÃO PERIGOSA aposta exatamente na interação e química dos protagonistas, que passam o filme inteiro dentro de uma mansão conversando bobagem, tentando criar situações engraçadas e falhando enormemente nesse sentido. Todas as fórmulas patéticas das comédias românticas “água com a açúcar” estão lá, só que com um ator do calibre do Stallone marcando presença pra enganar a moçada, atrair marmanjos que esperavam algo totalmente diferente. O cartaz e o título nacional não ajudam em nada.
E o pobre Anthony Quinn, coitado, décadas de dedicação ao cinema, entregando memoráveis atuações em clássicos de grande importância, acabando a carreira nessa fita vagabunda. As filmagens ainda aconteciam quando o ator morreu. Lastimável… Depois dessa, só revendo algum RAMBO, ROCKY ou COBRA para me desintoxicar… e pensar que ainda não assisti a refilmagem de GET CARTER, estrelada pelo Sly! Ui!

E já que perdi meu tempo vendo essa baboseira, vou perder mais ainda escrevendo algumas palavras que deve servir de alerta ao fiel amigo leitor que ainda não assistiu a porcaria que temos aqui. A trama é centrada na personagem da Madeleine Stowe, uma ricaça meio maluca que descobre que é filha de um mafioso (Anthony Quinn) assassinado recentemente e agora possui um guarda costa (Stallone) 24 horas na sua cola para protegê-la de outros mafiosos. Aos poucos, ele se apaixona por ela e… putz, o sujeito devia estar realmente precisando de dinheiro pra entrar numa dessa.
MISSÃO PERIGOSA aposta exatamente na interação e química dos protagonistas, que passam o filme inteiro dentro de uma mansão conversando bobagem, tentando criar situações engraçadas e falhando enormemente nesse sentido. Todas as fórmulas patéticas das comédias românticas “água com a açúcar” estão lá, só que com um ator do calibre do Stallone marcando presença pra enganar a moçada, atrair marmanjos que esperavam algo totalmente diferente. O cartaz e o título nacional não ajudam em nada.
25.11.09
O ÚLTIMO GRANDE HERÓI (Last Action Hero, 1993), de John McTiernan

Um dos motivos que me fez gostar tanto de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI foi a condução narrativa através do ponto de vista de um garoto, com seus 13/14 anos, movie geek, apaixonado pelo bom e velho cinema de ação da mesma forma que muitos de nós éramos na mesma época. Que garoto não gostaria de vivenciar a libertação dos reféns em DURO DE MATAR acompanhado de John McLane, ou ter ido a marte em uma aventura sensacional com Douglas Quaid em O VINGADOR DO FUTURO? É esse tipo de sensação que o filme proporciona (O EXTERMINADOR DO FUTURO II é um bom exemplo também, mas não o faz como análise, mas como elemento dramático).





31.10.08
CONSCIÊNCIAS MORTAS (1943), de Willian A. Wellman
Bom filme o Consciências Mortas (43), de Willian A. Wellman, cuja reputação é totalmente justificável. Trata-se de um western com forte apelo ético, anti-linchamento, provavelmente levantou algumas sobrancelhas na época do lançamento. Hoje não funcionaria nem como panfleto, mas ainda induz à reflexão sobre leis e justiça (principalmente neste país de merda onde vivemos). Mas deixando de lado as questões sociais, sobra ao filme cinema de puríssima qualidade. São apenas 75 minutos, mas muito bem enxugados e que valorizam as composições visuais de Wellman, além de trazer no elenco grandes nomes como Henry Fonda, Dana Andrews e Anthony Quinn em bons momentos de suas carreiras.
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