Mostrando postagens com marcador frank miller. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador frank miller. Mostrar todas as postagens

10.4.09

THE SPIRIT (2008), de Frank Miller

Quando estou com uma espectiva baixa, eu acabo gostando de certos filmes por algum motivo ou outro, acho que acontece com todo mundo. Mas eu estava com uma expectativa tão baixa para THE SPIRIT, mas tão baixa, que nem fazendo força pra gostar eu consegui retirar algo interessante do filme. Frank Miller simplesmente perdeu a noção de seu espaço. Já foi um dos grandes criadores do ramo dos quadrinhos, mas dar uma de diretor depois de ter feito um “estágio” com Robert Rodriguez em SIN CITY, valha-me Deus!

THE SPIRIT não funciona pra nada, absolutamente nada! E ainda ofende os fãs do personagem criado por Will Eisner. É um retrocesso total do avanço rumo à maturidade que as adaptações de HQ’s em Hollywood estava alcançando com filmes como IRON MAN, THE DARK KNIGHT e WATCHMEN. É um completo desastre...

Os personagens são mal explorados, mal desenvolvidos, mal dirigidos, na verdade, a direção, de um modo geral, parece não existir. Miller simplesmente ligou a câmera com os atores em frente de um fundo verde e os deixou proferindo as falas decoradas de um roteiro vagabundo que o próprio Miller escreveu. E os pobres atores nem se esforçaram pra tentar amenizar o papel ridículo que estavam fazendo...

E que desperdício! Tantas beldades num filme... se pelo menos o Miller tivesse culhões pra fazer algo mais picante com as atrizes que tinha em mãos. O máximo foi uma bundinha de nem dois segundos da Eva Mendes. E o pobre Samuel L. Jackson – que eu adoro fazendo um papel caricato – está ridículo no pior sentido possível. E não digo nada do atorzinho que interpreta o Spirit (que eu não sei o nome, nem estou com vontade de olhar no google).

As cenas de ação também não ajudam em nada, não conseguem quebrar o ritmo da série de vergonha alheia. A única coisa que poderia ajudar é o visual (mas não se engane, caro leitor, até isso prejudica o andamento). Miller parece tão encantado com os artifícios estéticos que esquece que tem um roteiro narrativo a executar. Fora que este estilo adotado em THE SPIRIT, além de já estar batido, não tem sentido algum de haver, a não ser para desviar a atenção do publico (já que os quadrinhos de Eisner não possuem este visual), diferente de um SIN CITY, por exemplo, que utiliza para se aproximar com a estética da própria graphic novel adaptada.

Pura sorte não ter conseguido assistir a essa bomba no cinema...

Miller fingindo que é diretor de cinema.