
aka FUGINDO PARA VIVER
direção: Geoff Burrowes
roteiro: Dennis Shryack, Michael Blodgett
Alguém se lembra deste aqui? Anda meio esquecido atualmente, mas RUN é um pequeno thriller de ação do início dos anos 90, divertido à beça, que traz Patrick Dempsey como um estudante de direito que faz qualquer coisa pra ganhar uma graninha extra para ajudar a pagar seus estudos. Por isso, aceita logo de cara o serviço de levar um Porsche até outra cidade para entregá-lo ao seu dono. No meio do caminho, o carro apresenta alguns defeitos e é preciso parar na cidade mais próxima para consertá-lo. Tendo algumas horas pra matar, Dempsey descobre um cassino clandestino onde resolve fazer um dinheiro a mais no poker. O problema é que um de seus adversários toma uma antipatia pelo nosso protagonista e resolve arranjar briga e, acidentalmente, escorrega, bate a cabeça e morre. Acontece que o sujeito é filho do chefão da máfia local, que coloca uma recompensa pela cabeça do mancebo. Agora Dempsey está numa grande enrascada, se escondendo de todas as formas possíveis numa cidade estranha, tendo a máfia e alguns policiais corruptos à sua cola! Eita plot danado de bom!

Patrick Dempsey era um desses “astros de sessão da tarde” naquela época, e RUN talvez seja seu trabalho mais diferentão, voltado pra outro público, mas também é um de seus melhores desempenhos! Nunca o considerei um ator virtuoso, mas longe de ser ruim, e aqui até exagera demais em alguns momentos, mas consegue ser convincente na sua situação desesperadora, além de mostrar as mudanças que seu persongem sofre. Do jovem ousado e arrogante ao sujeito cativante que torcemos até o fim! Nada muito profundo ou reflexivo, obviamente, mas quem procura apenas um bom passatempo e ação sem frescuras vai conseguir encontrar algo interessante por aqui. O roteiro cria as situações movimentadas e frenéticas que o filme precisa pra dar certo e o diretor Geoff Burrowes comanda tudo com mão firme, de maneira funcional, dando ao espectador exatamente aquilo que busca.
A cena do estacionamento que culmina com o carro da dupla policial corrupta despencando de uma certa altura é muito bem construida, do mesmo modo que o climax final. Não sei se chega a ser uma pena o Burrowes nunca mais ter dirigido coisa alguma, até porque sua direção não é nada acima do padrão daquela época, embora seja acima da média para o padrão atual, mas enfim, se houvesse garantia de outros filmes no nível de RUN, então com certeza foi uma pena o cara nunca mais ter dirigido!