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22.8.11

21.5.11

MAX HAVOC: CURSE OF THE DRAGON (2004)

Quase acabando de dissecar a filmografia do Isaac Florentine. Faltam apenas mais dois filmes, este MAX HAVOC e OPERAÇÃO FRONTEIRA, com o Van Damme. Tudo que o diretor realizou depois, eu já comentei por aqui. E aí, chega de Florentine por um bom tempo!

Como eu estou me dedicando bastante, eu não poderia passar batido por MAX HAVOC, mesmo não sendo um filme do Florentine! Quem dirigiu foi o nosso estimado Albert Pyun! Mas eu explico porque ele entra neste ciclo do diretor e de forma bem resumida: sempre foi algo habitual um projeto do Pyun dar errado, se transformar numa bobagem horrível, produtores se arrependendo totalmente por terem colocado dinheiro nas mãos dele. Com MAX HAVOC é a mesma coisa.

Geralmente eu costumo defender os filmes do Pyun, por pior que sejam, mas no caso deste aqui, eu não pretendo nem tentar! É uma bela merda mesmo. E onde entra o Florentine nessa história? Bom, depois de notarem a qualidade do resultado filmado por Pyun, os produtores tiveram a idéia de chamar o Florentine para tentar salvar alguma coisa. O israelense acabou fazendo apenas aquilo que sabe de melhor: cenas de porrada! Cerca de 10 minutos do filme, todas elas sequências de luta, foram realizadas pelo Florentine. Digamos que isso não salvou absolutamente nada em MAX HAVOC, mas pelo menos temos umas ceninhas de luta bem bacana (desperdiçadas numa porcaria de filme).

Pyun ainda teve sérios problemas que envolviam o orçamento do filme e as autoridades da ilha na qual foi utilizada para produção, Guam. Mas essa história é mais complexa…

Então, temos aqui uma obra ambientada num universo paradisíaco, com uma tremenda ajuda financeira do próprio governo local e não são poucas as cenas em que se gastam longos minutos para explorar a beleza natural do lugar. E isso sem qualquer relação com a narrativa… só pra mostrar mesmo o quanto Guam é bonita e atrair turista. Sim, MAX HAVOC é um filme propaganda!

Se bem que o personagem título é um fotógrafo e quando isso ocorre ele está sempre "trabalhando", o que justifica as cenas claramente “encomendadas”. Max Havoc é um ex-lutador de kickboxer que tenta levar uma vida pacata tirando suas fotos, mas acaba atraído pelo mundo do crime quando uma pequena estátua de dragão oriental é roubada. A estátua passa por algumas mãos até chegar a uma negociante de artes, ao mesmo tempo, o dono da peça, um chefão do submundo do crime vivido por ninguém menos que David Carradine, envia seus capangas para recuperá-la. Max se vê no meio da situação quando tenta proteger a moça e vingar a morte de seu ex-treinador, Richard Roundtree, morto por causa da estátua…

O filme não chega a ser ofensivo de tão ruim, mas está muito longe de ser bom. Pra mim, não serviu nem como diversão descompromissada. Na verdade, me peguei cochilando diversas vezes. Mas um dos pontos legais são os rostos familiares, como Caradine, Roundtree e até Carmen Electra, desfilando pelo filme. Mickey Hardt, que vive o protagonista, até que não é mal como ator de ação. Já disse que as lutas são legais, mas nada de impressionante também… Com mais ação e pancadaria, talvez MAX HAVOC fosse um pouquinho mais estimulante.

14.3.11

RADIOACTIVE DREAMS DE VOLTA...

...trazendo novidades sobre o diretor mais incompreendido (?!) da história do cinema!

Fender está te esperando por lá!

16.1.11

BAD BIZNESS (2003), de Jim Wynorski & Albert Pyun

Alguém conhece Bob E. Brown? Eu também não conhecia até ver seu nome nos créditos como diretor deste filme. Ali em cima eu coloquei os de dois grandes mestres do cinema de baixo orçamento americano, porque foram os verdadeiros realizadores. E vocês devem estar pensado, “Puxa vida! Pyun e Wynorski se reuniram para fazer um filme! Que maravilha”. Pois é, o que deveria trazer alegria aos fãs de filmes B, não passa de  frustração para os apreciadores e também para a carreira desses dois diretores, principalmente a do Pyun. Na verdade, isso aqui nunca chegou a ser uma parceria. O que aconteceu, de forma bem resumida, foi que Pyun realizou este filme para o produtor Andrew Stevens, que achou a maior porcaria que ele já tinha visto na vida! Cortou 45 minutos do que o Pyun havia filmado e contratou Wynorski para preencher os espaços em branco... pra quem viu o documentário POPATOPOLIS, sabe do que o homem é capaz. Em três dias, Jim encerrou suas atividades tendo filmado mais da metade do filme.
Não saberia dizer o que ficou das filmagens do Pyun, mas tenho certeza que sei exatamente quando é 100% Jim Wynorski:
Desta mistura, Pyun + Wynorski, surgiu o pseudônimo Bob E. Brown. Ninguém quis ser o pai da criança, Wynorski não utilizou nem mesmo o seu pseudônimo habitual para casos deste tipo... O problema é que o trabalho milagroso de Jim não foi capaz de salvar a fita, que é um lixo completo!
Olhando para a arte da capa do DVD, faz pensar que BAD BIZNESS é uma espécie de thriller urbano de ação, com este ator fazendo tipão “gangsta” e uma mulher gostosona com pose sexy. Mas eu garanto que isso tudo não passa de picaretagem das mais sem vergonha... a boa notícia é que realmente existem várias mulheres gostosas fazendo pose sexy durante todo o filme, com e sem roupas (cortesia do velho Jim em seus três dias de filmagem). A má notícia é que mesmo assim o filme continua sendo uma merda.
Então podem esquecer o thriller urbano de ação, o filme é sobre um serial killer de mulheres que anda fazendo suas vítimas dentro de um luxuoso hotel em algum país tropical, onde os protagonistas, um casal seguranças do hotel, tentam resolver os crimes usando camisas havaianas. As cenas de investigação, suspense, diálogos e situações com algum propósito dramático são risíveis em todos os sentidos! Os atores não contribuem em nada também... 
A única coisa que realmente segura um homem à frente da tela são as mulheres nuas. Não passa 10 minutos sem que haja uma cena de sexo, inclusive há uma sequência com a robusta Julie K. Smith, uma das minhas preferidas do cinema B. Já que a única coisa a se elogiar no filme é a beleza das atrizes em trajes mínimos, temos logo no início um strip-tease com a bela Mia Zottoli... já atriz principal, Traci Bingham, não mostra seus atributos em nenhum momento, mas fica desfilando pelo filme com vestidos curtos, colados e decotados, isso quando não está com a habitual camisa havaiana...
Sei que estou parecendo um tarado, mas preciso confessar que eu sempre gostei de thrillers eróticos, desses que passava no Cine Prive da Band nos anos 90 (hoje eu não sei que tipo de filme eles colocam). Acho que eu era dos poucos adolescentes que assistia aos filmes sem me preocupar em apenas “trabalhar o braço”. Eu realmente gostava de seguir a trama! Bem, o que temos aqui em BAD BIZNESS é exatamente um thriller erótico saudosista, só que o único elemento a ser elogiado são alguns peitos de fora e as ceninhas de sexo mal fingido. De resto, o filme é bem ruim...
Ah, e o sujeito que estampa a capa, com pinta nigga gangsta, não aparece nem 5 minutos em cena... Dou nota 01 (um) de 05 (cinco) para o filme, pela presença de Julie K. Smith:

1.8.10

RADIOACTIVE DREAMS ATUALIZADO

Publicação em inglês da entrevista com a atual musa de Albert Pyun, Victoria Maurette, realizada pelo parceiro Osvaldo Neto, que havia saído no Boca do Inferno anteriormente.

E um textinho sobre DOLLMAN, que eu escrevi.

Sei que o diretor Albert Pyun possui poucos admiradores, mas eu e o Osvaldo vamos tentar manter o RADIOACTIVE DREAMS atualizado com mais frequência.

8.4.10

Novo Pyun e entrevista com a Maurette

Enquanto não posto nada por aqui, vocês podem clicar neste link para conferir o texto que escrevi no blog Radioactive Dreams sobre BULLETFACE, o último filme do Albert Pyun lançado recentemente em DVD em terras estrangeiras. 
A bela moça que ilustra o post é a argentina Victoria Maurette, nova queridinha do Pyun, que diz só querer trabalhar com ela daqui pra frente. E, de fato, é bem talentosa. Para conhecer um pouco mais sobre a Maurette, não deixem de ler também a entrevista que o Osvaldo Neto fez com ela e foi publicada no Boca do Inferno.

28.2.10

Albert Pyun - Site Oficial e algumas palavras

Desabafo do Pyun em um fórum de discussões postado em seu blog há uns dias:

"Here's my answer about being hated by critics and moviegoers in general.

First, I must say that since I was 8 or 9, I always dreamed of making movies. Not be a director, or get paid a lot of money or achieve any level of recognition and fame. I just loved making movies and exploring interesting ideas in those films. In that way, i guess I'm more like a painter or sculpture or even musician. I just do it for the love of it.

Because my Father was in the military, I spent my early years traveling around the world and during that time i saw mostly foreign films without the benefit of sub-titles or dubbing (thank god). so I learned to appreciate movie storytelling from an almost purely visual and sound design way.

I learned that stories could be told via composition, color, textures and light. And I really came to enjoy that form of storytelling. Where plot and character are revealed over time and I especially loved how movies back in the 60's like 2001: A Space Oydssey and the Bergman type films left everything open to a viewers own interpetition of story and character.

I loved how Godard, Belson and others really experimented with form and content. That was an exciting time for me in the cinemas. Every film seem to be so mind blowingly original. The Leone westerns were such a thrilling departure from the westerns coming out of Hollywood. I love that the dialogue was slightly out of sync, that the acting was so stylized.

In the early 70's I loved movies like Zabriske Point, El Topo, The Devils by Ken Russell.

So those films inspired me and shaped my filmmaking point of view."


Pyun nos sets de NEMESIS.

Seu site oficial já está no ar. E em breve, surpresas exclusivas!

19.2.10

Notas de um carnaval cinematográfico - Parte 2: OMEGA DOOM (1996), de Albert Pyun

O segundo filme do carnaval cinematográfico Dementia 13 é outro trabalho de Albert Pyun, uma ficção científica inusitada e interessante, estrelada pelo grande Rutger Hauer. Mas não se preocupem! Este é o último filme do Pyun que eu vou postar por enquanto...

Depois de ficar famoso mundialmente interpretando um andróide em BLADE RUNNER, decidiram que Hauer era perfeito no papel de figuras futuristas ou robôs solitários em sci-fi’s de orçamentos modestos, por isso sua carreira é marcada por, eventualmente, participar deste tipo de produção. SPLIT SECOND, LINHA VERMELHA, HEMOGLOBINA e este OMEGA DOOM são alguns bons exemplares. Hauer é um cyborg (uma das obsessões de Pyun) que chega a uma cidade devastada e praticamente deserta e se depara numa disputa entre duas facções robóticas disputando um tesouro escondido em algum ponto dos escombros. O tal tesouro consiste em armamento pesado deixado pelos humanos antes da guerra – que reduziu a população mundial a uma porcentagem mínima – e servirá na batalha final das máquinas contra os homens. O filme inicia com a primeira batalha. Na visão de Pyun, a guerra é uma montanha de corpos sob um crepúsculo avermelhado, um visual sensacional e minimalista que só poderia ter saido da cabeça do diretor. Hauer é imparcial, não sabemos seu objetivo com clareza, mas aos poucos suas atitudes começam a remeter a YOJIMBO, de Akira Kurosawa, ou POR UM PUNHADO DE DÓLARES, de Sergio Leone. Especialmente este último (Leone é o diretor favorito do Pyun). OMEGA DOOM é pura metalinguagem. Pyun é um diretor que sempre procura experimentar em seus filmes, e aqui ele estrutura toda narrativa com elementos clássicos que fazem referências ao western. Enquadramentos, duelos, trilha sonora, impressionante. Flerte com outro gênero dessa maneira só tinha visto nos filmes de John Carpenter. Longe de mim comparar os dois diretores, mas é um resultado e tanto que temos aqui neste sentido. No entanto, de uma forma geral, OMEGA DOOM é bastante lento, conta toda sua trama num mesmo ambiente, as cenas de ação não são muito inspiradas como em NEMESIS ou MEAN GUNS, embora tenha seu charme, é um típico filme de Albert Pyun, com toda estranheza que seus fãs adoram. A versão que eu tenho desse filme é a que saiu no DVD nacional junto com FÚRIA CEGA, outro filmaço com o Hauer, uma releitura moderna e ocidental do mítico Zatoichi. Há tempos que não vejo essa belezinha, mas vou fazer isso qualquer hora dessas. Já OMEGA DOOM, não faço a menor idéia se foi lançado por aqui numa edição avulsa, mas esta versão vale a pena só de estar no formato certo…

18.2.10

Notas de um carnaval cinematográfico - Parte 1: MEAN GUNS (1997), de Albert Pyun

Algumas notas do meu carnaval cinematográfico, começando com este filmaço do Albert Pyun. Em MEAN GUNS, o rapper Ice T personifica um gangster que procura uma nova forma de diversão. A idéia consiste em agrupar todos os seus inimigos em uma prisão de segurança máxima vazia, prendê-los, distribuir uma boa quantidade de armas, munição, tacos de baseball e, finalmente, assistí-los matando-se uns aos outros num verdadeiro caos. Apenas os últimos três sobreviventes poderão deixar o local e ainda levar uma quantia de dinheiro.

Acreditem, é com esse mote quase surreal que o famigerado Albert Pyun trabalha um de seus filmes mais intensos em termos de ação e que dá um banho em grande parte dos exemplares do gênero feito em Hollywood atualmente. MEAN GUNS é atrevido, subversivo, violento e estilizado, é desse filmes que assistimos com certo prazer estranho.

Genial a cena de abertura, com Ice T estampando a tela inteira com seu rosto enquanto discursa ao som de um mambo muito louco. Aos poucos somos apresentados a alguns personagens que terão mais ênfase neste jogo sádico, especialmente o Highlander Christopher Lambert que já se posiciona com sua canastrice cativante como aquela típica figura que vamos torcer para sobreviver até o fim, embora aqui não haja mocinhos, são todos seres ligados ao mundo do crime precisando matar para viver, seguindo a filosofia olho por olho e etc, sem piedade pelo próximo, simples assim. E Lambert não deixa barato.

Impressiona também o rigoroso senso estético do diretor, um visual saturado que remete às câmeras de video de baixa resolução, elementos gráficos que desfilam pela tela para para criar a expressão daquele mundo paralelo pelo qual os personagens foram forçados a vivenciar. É até fácil defender o Albert Pyun em MEAN GUNS dos detratores que o consideram entre os piores diretores no ramo, pois se trata de um dos seus trabalhos mais inspirados, principalmente com o auxílio visual e a trilha de Tony Riparetti, seu fiel colaborador, achando que o som do mambo cairia muito bem por aqui. Mas só ajuda a reforçar o tom estranho que o filme possui.

As cenas de ação remetem a um John Woo dos pobres, mas com muita desenvoltura. Se não estou enganado, este aqui é um dos únicos filme que o diretor teve liberdade total (e também é um de seus preferidos ao lado de BRAINSMASHER). O que poderia ser uma historinha de ação como outra qualquer, Pyun transforma num belo experimento estético.  

MEAN GUNS foi lançado no Brasil em VHS como JOGO DE ASSASSINOS pela PlayArt. Apenas torço para que obras do Pyun e de outros diretores talentosos, mas subestimados, sejam lançadas por aqui em DVD… mas ainda há uma extrema falta de cultura cinematográfica por parte dos distribuidores, infelizmente.

29.1.10

THE SWORD AND THE SORCERER (1982), de Albert Pyun

Não se preocupem, este ainda é o Dementia 13 de sempre, voltado para o lado obscuro do cinema, mas com um visual mais claro... aquele fundo preto, embora eu goste bastante, estava me dando dor nos olhos quando eu lia os textos. Então espero que não se importem, porque ainda temos muitas surpresas para serem comentadas, começando com mais uma pérola do Albert Pyun.

Fui logo de uma vez para o seu filme de estréia, que eu nunca tinha assistido, embora o gênero aventura/fantasia tenha sido um dos meus prediletos durante a infância. E como não me lembro de ter postado sobre algum Sword & Sorcerer movie aqui no Dementia 13, por que não começar com aquele filme cujo título nomeou o gênero?

O herói com sua espada cheia de surpresas...

Os anos oitenta deixaram um vasto acervo de exemplares deste estilo que tratava de tempos longínquos e misturava realidade e fantasia em aventuras alucinantes que maracaram época. A maioria encontra-se esquecida atualmente ou não chegou sequer a ser conhecida pelo jovem público de hoje que prefere, obviamente, tocar uma bronha para um SENHOR DOS ANÉIS a descobrir filmes como EXCALIBUR, KRULL, THE BEASTMASTER ou até mesmo algo mais trash, como DEATHSTALKER. Filmes infinitamente superiores do que aquela viadagem de Frodo...

O feiticeiro Xusia mostrando a Cromwell seu novo esmalte de unha.

Mas infelizmente, e até curioso isso, THE SWORD AND THE SORCERER acabou no ostracismo, como tantos filmes do gênero. Merecia ter-se tornado no mínimo um clássico! Além de ser uma ótima aventura, com bastante humor, mulheres nuas bem à vontade, violência gratuita e efeitos especiais à moda antiga de primeira qualidade, o filme foi um enorme sucesso comercial levando em conta seu orçamento discreto. Para ter uma noção, CONAN, em toda sua magnitude, lançado no mesmo ano e com capital mais espaçoso que este aqui, arrecadou apenas dois milhões a mais. Nada mal para o estreante diretor.

Segundo o produtor Brandon Chase, valeu a pena arriscar com Pyun na direção. Haviam cinco anos que os roteiristas Tom Karnowski, John V. Stuckmeyer e o próprio Pyun estavam trabalhando na idealização do projeto. Nada mais justo deixar que o jovem diretor de 26 anos colocasse em prática os “ensinamentos” lhe passado pelo mestre Akira Kurosawa. Claro que pelo resultado na tela em muitos de seus filmes parece que quem lhe ensinou foi o Ed Wood, mas Pyun mandou bem em muitos detalhes de SWORD AND THE SORCERER, especialmente no ritmo ágil que garante diversão, assumindo uma postura de aventura B com bastante graça.

Não podia faltar, não é mesmo?

A trama é basicamente uma estória de vingança. Temos o rei Cromwell (Richard Lynch, sinônimo de vilão) tentando conquistar um reino cujo exército é invencível. Mas com a ajuda de Xusia, um feiticeiro monstruoso e muito poderoso, consegue vencer a batalha e fazer daquele local o seu reino maligno. A estória continua anos mais tarde, quando Talon (Lee Horsley), o filho do Rei assassinado que conseguiu escapar naquela altura, se torna um guerreiro mercenário e lidera um grupo de saqueadores que realiza jornadas de cidade em cidade. Quando retorna ao antigo reino de seu pai, Talon resolve se vingar daquele que matou seus pais, libertar o povo da tirania e ainda conquistar o coração da princesa.

O conselheiro de Cromwell chegando por trás...

Richard Lynch deve ter aqui um de seus melhores desempenhos. É desses atores que parece estar sempre dando tudo de si mesmo que esteja envolvido na maior das porcarias, o que acaba valendo a pena pela sua presença sempre marcante nas fitas dentre as quais participa. Não foi preciso aqui, pois se trata de um ótimo filme, embora a sua presença seja crucial.

Já Lee Horsley, que dá vida ao herói, possui trejeitos que me lembram muito o grande Errol Flynn. Demasiado canastrão que sabe se impor em cena, inclusive a semelhança física entre os dois reforça esses devaneios meus...

Alguns dos pontos de maior relevância, entretanto, são os efeitos especiais e maquiagem. Logo no início, na caverna onde Cromwell ressuscita, há uma parede de rostos que adorna a tumba do feiticeiro cuja concepção visual é muito interessante. O próprio Xusia é um ser repugnante com um aspecto monstruoso bem legal. Brilhante também a trilha sonora David Whitaker e a fotografia de Joseph Mangine que realçam muito bem a atmosfera das locações e ambientações.

Eca!

Podemos dizer que Albert Pyun iniciou a carreira com o pé direito. Teve liberdade total para ousar, possuía muita gente boa trabalhando na produção e parte técnica, um excelente ator como Richard Lynch no elenco e não desperdiçou a oportunidade de realizar um belíssimo filme. Uma pena que seus trabalhos seguintes não tiveram a mesma repercussão. Mas há quem goste. Eu estou aguardando ansiosamente por cada filme. Existem pelo menos quatro previstos para serem lançados este ano, incluindo TALES OF ANCIENT EMPIRE, sequência de THE SWORD AND SORCERER que estava nos planos dos produtores desde aquela época...

7.12.09

CYBORG - O DRAGÃO DO FUTURO (Cyborg, 1989), de Albert Pyun

Finalmente adquiri o DVD de CYBORG – O DRAGÃO DO FUTURO; não perdi tempo e já coloquei na agulha para rodar e matar a saudade de mais uma pérola que fazia minha cabeça quando era um guri. Ah! E minhas lembranças não me traíram! Continua um deleite... Queria ter escrito sobre ele antes, pois já faz algumas semanas que eu assisti, mas o tempo apertou demais e acabei vendo pouquíssimos filmes. Espero que nos próximos dias tudo se regularize.

CYBORG é mais uma variação do subgênero “pós-apocalíptico”; filmes em que vislumbramos o futuro da pior maneira possível, com suas cidades destruídas por alguma catástrofe natural ou não, geralmente com um punhado de pessoas que já perderam a noção de humanidade tentando sobreviver ao caos, enfrentando as piores desgraças... e você aí reclamando da vida.

No futuro, a peste devastou com a população mundial e a esperança do que resta da humanidade é a segurança de uma cyborg detentora da cura e que precisa chegar a Atlanta, único local com estrutura para trabalhar com o material que provavelmente vai restaurar a ordem no mundo.

Mas existem grupos anarquistas que preferem deixar tudo como está. É o caso da gangue do maquiavélico Fender, que faz de tudo para impedir que a moça de lata chegue ao seu destino. Aí que entra o nosso herói, Gibson (sim, os nomes dos personagens são marcas de guitarras!), na pele do belga Jean Claude Van Damme, um mercenário que se propõe a ajudar, embora seja motivado por um instinto vingativo, rixa do passado entre ele e o Fender, o qual é muito bem explorado nos flashbacks do protagonista.

Dirigido pelo mestre dos B movies, Albert Pyun, que nunca escondeu sua predileção pelo universo pós apocalíptico e cyber punk, deve ter adorado trabalhar com todos esses elementos neste que é considerado o seu melhor filme (embora ele não tenha gostado de trabalhar com o baixinho). A principio, Pyun havia sido contratado pela Cannon para que levasse à telona o filme do Homem Aranha! Ao mesmo tempo, filmaria ainda, para a mesma produtora, a continuação de MESTRES DO UNIVERSO, aquele filme no qual Dolph Lundgren encarna o He Man. Sendo assim, foram construídos cenários, figurinos ultra bacanas (como podem observar na imagem acima) e todo o aparato necessário para as duas produções.

Sabemos que nenhum desses dois filmes chegou a ser filmado. Depois que a Cannon cancelou os projetos, Pyun apresentou uma estória que aproveitaria muito bem toda aquela estrutura e assim surgiu CYBORG. No entanto, o filme ainda chegou a ser promovido na TV carregando o nome MASTERS OF UNIVERSE 2: CYBORG!!!

O filme é bem curto, não chega a uma hora e meia, mas a ação é constante. Difícil esquecer algumas cenas antológicas, como toda aquela sequência que antecede a crucificação do protagonista – e Van Damme esparcado esperando seu oponente passar debaixo para dar o bote é genial – e a maneira em que se livra da cruz com toda aquela fúria me marcou bastante há vinte anos atrás. Hoje ainda reserva grande força para quem embarca tranquilamente na trama e neste tipo de diversão.

Além do baixinho, que se sai muito bem em cena, vale destacar o ator Vincent Klyn, o vilão Fender, que possui uma puta presença ameaçadora e poderia muito bem ter sido melhor aproveitado no cinema. O único outro filme que o ator participou e que me vem à mente no momento é NEMESIS, também do Pyun (claro que deve ter feito outros, mas estou com preguiça de ir ao imdb pesquisar, então descubra você, se estiver tão curioso assim).

Bah, eu posso estar sendo um nostálgico exagerado, mas CYBORG é um grande filme, ótimo veículo de ação para o Van Damme, de quem eu nutro uma enorme admiração desde pequeno, muito bem dirigido pelo Albert Pyun (ok, talvez eu esteja realmente exagerando!), ótimos cenários, atmosfera perfeita, efeitos especiais old school que chuta a bunda de qualquer CGI atual, trilha sonora marcante, etc e tal, mesmo sabendo que para a nova geração tudo isso não passa de uma tranqueira sem qualquer interesse...

Outros textos do Albert Pyun: VIAGENS RADIOATIVAS e NEMESIS

OBS: Enquanto postava, me lembrei que o Klyn também participou de CAÇADORES DE EMOÇÃO. Ele faz um dos mal-encarados que leva porrada na praia do Keanu Reeves e do recém falecido Patrick Swayze...

27.10.09

TALES OF AN ANCIENT EMPIRE - Clip 4

Here we go...


TALES OF AN ANCIENT EMPIRE - Clip 3

Como podem ver, eu praticamente me tornei um representante do Albert Pyun no Brasil, hehehe! E este aqui é o terceiro trecho que ele me mandou de TALES OF AN ANCIENT EMPIRE. Segundo ele, é um teste pra saber se a cena está muito escura ou se está legal...



Em breve vou postar comentários sobre alguns filmes antigos dele que eu tenho aqui para ver. Aguardem cambada!

26.10.09

TALES OF AN ANCIENT EMPIRE - clip 2

Mais um trechinho exclusivo de TALES OF AN ANCIENT EMPIRE, filme de aventura e fantasia dirigido pelo Albert Pyun.



Enjoy!