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8.3.10

CAÇADORES DE EMOÇÃO (Point Break, 1991), de Kathryn Bigelow

Em homenagem a Kathryn Bigelow, a primeira mulher a ganhar o oscar de melhor diretor(a), com o filmaço THE HURT LOCKER, gostaria de relembrar um dos meus filmes favoritos comandado por ela. Não tive tempo de rever, então vai pelas recordações que tenho. Eu sei que CAÇADORES DE EMOÇÃO possui vário pontos piegas e ainda tem Keanu Reeves como protagonista (o papel teria sido mais aproveitado se Johnnie Depp tivesse aceitado), mas de qualquer forma é um puta filme policial de ação!!! Tirando o Reeves, temos um elenco bem forte formado por Patrick Swayze, John C. McGinley e, meu preferido, Gary Busey, que está magnífico; além das pontas de Vincent Klyn, Tom Sizemore e até o Anthony Kiedis, vocalista da banda Red Hot Chili Peppers.

O roteiro é bem óbvio, sobre um agente do FBI (Reeves) que se infiltra numa tribo de surfistas para descobrir os responsáveis por uma onda de assalto a bancos. Os criminosos utilizam máscaras de presidentes americanos para esconder o rosto nos assaltos. Durante as investigações, Reeves inicia uma forte amizade com o personagem de Swayze, um surfista emblemático que sonha encontrar a onda perfeita e é o principal suspeito dos assaltos. O filme inteiro acompanhamos um Keanu Reeves cada vez mais em dúvida sobre o que faz. Mesmo com a trama já manjada, não é a intenção de Bigelow fazer surpresas com o público em sacadas espertinhas de roteiro. O filme é envolvente na forma pela qual ela constrói com precisão a relação perigosa entre os dois sujeitos, trabalhando narrativamente o gênero policial e acrescentando boas doses de ação. Por mais que seja um filme torto em vários momentos, CAÇADORES DE EMOÇÃO marcou muito minha cinefilia quando tinha esse filme gravado em VHS e não passava mais de quinze dias sem assisti-lo. Não estou exagerando, eu era garoto e devia ter muito tempo de sobra na época... Desde que comprei o DVD não parei para vê-lo ainda. Tenho até um certo receio pela probabilidade dele ter envelhecido mal, mas qualquer hora dessas eu arrisco.

UPDATE: Acabei de rever! Continua o mesmo filmaço que assistia quando era um putinho.

7.12.09

CYBORG - O DRAGÃO DO FUTURO (Cyborg, 1989), de Albert Pyun

Finalmente adquiri o DVD de CYBORG – O DRAGÃO DO FUTURO; não perdi tempo e já coloquei na agulha para rodar e matar a saudade de mais uma pérola que fazia minha cabeça quando era um guri. Ah! E minhas lembranças não me traíram! Continua um deleite... Queria ter escrito sobre ele antes, pois já faz algumas semanas que eu assisti, mas o tempo apertou demais e acabei vendo pouquíssimos filmes. Espero que nos próximos dias tudo se regularize.

CYBORG é mais uma variação do subgênero “pós-apocalíptico”; filmes em que vislumbramos o futuro da pior maneira possível, com suas cidades destruídas por alguma catástrofe natural ou não, geralmente com um punhado de pessoas que já perderam a noção de humanidade tentando sobreviver ao caos, enfrentando as piores desgraças... e você aí reclamando da vida.

No futuro, a peste devastou com a população mundial e a esperança do que resta da humanidade é a segurança de uma cyborg detentora da cura e que precisa chegar a Atlanta, único local com estrutura para trabalhar com o material que provavelmente vai restaurar a ordem no mundo.

Mas existem grupos anarquistas que preferem deixar tudo como está. É o caso da gangue do maquiavélico Fender, que faz de tudo para impedir que a moça de lata chegue ao seu destino. Aí que entra o nosso herói, Gibson (sim, os nomes dos personagens são marcas de guitarras!), na pele do belga Jean Claude Van Damme, um mercenário que se propõe a ajudar, embora seja motivado por um instinto vingativo, rixa do passado entre ele e o Fender, o qual é muito bem explorado nos flashbacks do protagonista.

Dirigido pelo mestre dos B movies, Albert Pyun, que nunca escondeu sua predileção pelo universo pós apocalíptico e cyber punk, deve ter adorado trabalhar com todos esses elementos neste que é considerado o seu melhor filme (embora ele não tenha gostado de trabalhar com o baixinho). A principio, Pyun havia sido contratado pela Cannon para que levasse à telona o filme do Homem Aranha! Ao mesmo tempo, filmaria ainda, para a mesma produtora, a continuação de MESTRES DO UNIVERSO, aquele filme no qual Dolph Lundgren encarna o He Man. Sendo assim, foram construídos cenários, figurinos ultra bacanas (como podem observar na imagem acima) e todo o aparato necessário para as duas produções.

Sabemos que nenhum desses dois filmes chegou a ser filmado. Depois que a Cannon cancelou os projetos, Pyun apresentou uma estória que aproveitaria muito bem toda aquela estrutura e assim surgiu CYBORG. No entanto, o filme ainda chegou a ser promovido na TV carregando o nome MASTERS OF UNIVERSE 2: CYBORG!!!

O filme é bem curto, não chega a uma hora e meia, mas a ação é constante. Difícil esquecer algumas cenas antológicas, como toda aquela sequência que antecede a crucificação do protagonista – e Van Damme esparcado esperando seu oponente passar debaixo para dar o bote é genial – e a maneira em que se livra da cruz com toda aquela fúria me marcou bastante há vinte anos atrás. Hoje ainda reserva grande força para quem embarca tranquilamente na trama e neste tipo de diversão.

Além do baixinho, que se sai muito bem em cena, vale destacar o ator Vincent Klyn, o vilão Fender, que possui uma puta presença ameaçadora e poderia muito bem ter sido melhor aproveitado no cinema. O único outro filme que o ator participou e que me vem à mente no momento é NEMESIS, também do Pyun (claro que deve ter feito outros, mas estou com preguiça de ir ao imdb pesquisar, então descubra você, se estiver tão curioso assim).

Bah, eu posso estar sendo um nostálgico exagerado, mas CYBORG é um grande filme, ótimo veículo de ação para o Van Damme, de quem eu nutro uma enorme admiração desde pequeno, muito bem dirigido pelo Albert Pyun (ok, talvez eu esteja realmente exagerando!), ótimos cenários, atmosfera perfeita, efeitos especiais old school que chuta a bunda de qualquer CGI atual, trilha sonora marcante, etc e tal, mesmo sabendo que para a nova geração tudo isso não passa de uma tranqueira sem qualquer interesse...

Outros textos do Albert Pyun: VIAGENS RADIOATIVAS e NEMESIS

OBS: Enquanto postava, me lembrei que o Klyn também participou de CAÇADORES DE EMOÇÃO. Ele faz um dos mal-encarados que leva porrada na praia do Keanu Reeves e do recém falecido Patrick Swayze...