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7.2.09

TAXIDERMIA (2006), de György Pálfi

Só fui assistir agora essa bizarrice do cinema húngaro, bastante elogiado nas mostras onde passou em 2006, e que nunca pintou nos circuitos comerciais. Mas era óbvio que isso aconteceria, basta assisti-lo pra saber a razão...

TAXIDERMIA é dividido em três partes. Narra a história de três homens da mesma família, mas em gerações e épocas distintas, criando um insólito painel da história da Hungria. O primeiro é um soldado que vive agregado a uma família no final da Segunda Guerra, em um local inóspito no interior do país, e possui estranhos hábitos como o de passar o fogo de uma vela sobre o seu corpo, até que seu pênis solte uma labareda de chamas! Yeah! O filme é bizarro a este ponto.

O filho dessa figuraça é o protagonista do segundo ato, que nasceu com um rabo de porco, é obeso e campeão dessas competições onde é vencedor quem consegue ingerir uma quantidade maior de alimentos em menos tempo. Uma coisa muito nojenta de se ver e as cenas onde os competidores vomitam normalmente enquanto batem um papinho nos intervalos das disputas quase me fizeram colocar o almoço pra fora também...

A terceira parte é a melhor, mais interessante e profunda. O filho do comilão torna-se um magricela com um rosto cadavérico e expressivo cuja profissão é taxidermista e possui sua própria loja onde empalha os animais e outros seres, por mais mórbidos que sejam, e busca uma espécie de imortalidade através de uma definitiva obra de arte macabra que é encenada por György Pálfi com uma habilidade incrível, um realismo impressionante que daria inveja a Joe D’Amato. Aqui o filme parte para o extremo do absurdo com imagens de autópsia, mutilações, remoção de órgão, manipulações do corpo humano que surpreenderia até David Cronenberg.