diretor: David Ayer
roteiro: James Ellroy, Kurt Wimmer e Jamie Moss
Eu li por aí que muita gente não gostou de STREET KINGS, então fui assistir sem esperar muito e acabei me surpreendendo. Obviamente não se trata de um filme que preza pela originalidade e alguns diálogos dão aquela sensação de “putz, já vi isso em outro filme”, e por mais que o diretor David Ayer possua algumas afetações típicas dos atuais realizadores de filmes policiais, ele consegue um resultado equilibrado impondo um ritmo que mantém o espectador ligado do início ao fim.
Ayer já trabalhou como roteirista de filmes policiais como Dia de Treinamento, mas neste aqui resolveu ficar somente atrás das câmeras. É apenas seu segundo trabalho como diretor. O roteiro ficou por conta de Kurt Wimmer, Jamie Moss e do escritor James Ellroy (autor de Dália Negra) que o escreveu ainda nos anos noventa. Durante esse período, vários diretores estiveram ligados ao projeto como Spike Lee, David Fincher e Oliver Stone.
A trama é bastante elaborada, como de praxe dos materiais que vem de Ellroy, e não adianta eu ficar dissertando sobre ela. Como eu disse no início, não há nada de muito original e algumas situações poderiam ser melhores resolvidas e acabam saindo forçadas, mas não deixa de ter bons momentos de tensão e ação com uma boa dose de violência – o que realmente ganha muitos pontos comigo – como na cena onde Keanu e Evans vão na casa dos traficantes ou o impagável final quando Whitaker dá um show de atuação e depois cai na porrada com Keanu.