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10.9.09

mais dois filmes do feriadão...

RATOS - A NOITE DO TERROR (Rats - Notte di Terrore, 1984), de Bruno Mattei

Sempre ouvi dizer que RATOS é um dos piores filmes que existe e, realmente, ao assistir a esta bagaceira, tudo ali reforçava a fama de tralha velha que a obra havia conquistado. Mas é fácil driblar a problemática. Primeiro: o diretor é o Bruno Mattei, também considerado um dos piores diretores de todos os tempos. Então já conhecemos o terreno onde estamos pisando, ninguém vai sentar para assistir ao filme pensando que vai ver algo do nível de um Mario Bava ou Dario Argento, certo? Esqueça qualquer tipo de virtuose cinematográfica. Segundo: arranje algumas bebidas, uns petiscos, chame uns dois amigos que tenham bom humor e que gostem pelo menos um pouco de filmes de terror sem grandes pretensões.

Bom, foi assim que eu me deparei com RATOS. A diversão é garantida e é impossível não ficar tirando sarro das situações risíveis criadas pelo roteirista Claudio Fragasso, as atuações ridículas do elenco e de todo trabalho técnico da produção que parecia não ter dinheiro nem pra bancar um lanchinho para a equipe depois das filmagens. A trama se passa num futuro pós apocalíptico, quando um grupo de personagens que parecem ter saído dos filmes MAD MAX acaba numa cidade abandonada onde resolve passar a noite, mas algo terrível acontece: eles são atacados por ratos!!!

E tome baldes de ratos de borracha pra cima dos atores! Está certo que o Bruno Mattei não queria que sua obra virasse motivo de chacota, mas é bem melhor que tenha se tornado essa comédia involuntária divertidíssima que virou do que uma simples porcaria sem degustação que não serve para nada.

INFERNO CARNAL (1977), José Mojica Marins


Belo filme do Mojica este INFERNO CARNAL, mas que funcionaria bem melhor se fosse um curta, ou até mesmo um média, mas que não tivesse a encheção de linguiça durante a metade do filme. Ou talvez seja mais um exemplar que deveria ser assistido sob as condições que eu citei acima sobre RATOS. Mas ainda assim gostei bastante deste trabalho meio esquecido do diretor brasileiro.

O próprio Mojica interpreta um cientista ricaço que dá mais atenção aos seus experimentos do que para sua esposa que o trai com seu melhor amigo. Os dois pombinhos então resolvem assassinar o marido para ficarem com sua fortuna. Mas em vez de matar de uma vez, o casal apenas joga um ácido na cara do sujeito e coloca fogo em seu laboratório. O cientista acaba sobrevivendo e prepara uma lenta e dolorosa vingança!

INFERNO CARNAL não chega nem aos pés de algum filme da série estrelada pelo Zé do Caixão ou alguns dos trabalhos do Mojica anterior a este, mas ainda assim possui bons momentos, como as cenas de Helena Ramos toda desinibida mostrando sua nudez ou o desfecho sádico que faz a alegria dos fãs do homem.