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22.12.12

I JUST WANTED TO SHOCK THE AUDIENCE





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16.8.10

INCEPTION E JOE D'AMATO COM NAMORADA

Além de OS MERCENÁRIOS, assisti apenas a mais dois filmes no fim de semana. No sábado fui ao cinema conferir o novo trabalho do Nolan, que recebeu o nome de A ORIGEM, o qual até agora não entedi o porquê do título. Mas só isso que fiquei sem entender, porque apesar de tanto comentário sobre a complexidade do enredo, o filme acabou se revelando super simples de se acompanhar, mas tentando desesperadamente ser algo bem mais complicado do que é. E como não entender um filme que para a cada 5 minutos para explicar o que se passa? Nolan tem uma síndrome de grandeza muito prejudicial também, que deixa seu trabalho cheio de excessos ao longo de 2h30 de duração. Mas há dentro de A ORIGEM uma pequena trama que se vista com muita boa vontade e tolerancia, até que dá pra se divertir. Como eu sou o tolerante pra burro, não acho o filme ruim. Mas que 1 hora a menos cortados na sala de edição faria um bem danado ao filme, isso pode ter certeza que faria!

Poucas namorada são tão perfeitas quanto a minha. Além de me acompanhar em clássicos de ação oitentistas, adora um bom spaghetti western e filmes de kung fu! Ontem fiz uma revisão com ela do maravilhoso EMANUELLE IN AMERICA, do mestre Joe D’Amato!!! Lesbianismo, sexo explícito, snuff movie e até um cavalo excitado. E não é que ela gostou?! Já escrevi sobre o filme aqui.

22.9.09

Reaproveitamento...

Dois textinhos antigos, que foram utilizados numa outra oportunidade, achei jogado num canto do meu computador, resolvi reaproveitá-los...

IMAGENS DE UM CONVENTO (Immagini di un Convento, 1979), de Joe D'Amato

Joe D’Amato é um cara legal. Quem já viu ou ouviu falar de seus filmes, sabe muito bem a razão (lógico, funciona se você for fã de cinema extremo, se não, nem se arrisque). Seus filmes normalmente são recheados do que há de mais pervertido, sádico e violento que o cinema teve a ousadia de mostrar.

IMAGENS DE UM CONVENTO não fica atrás, além de ter todos os elementos perturbadores que fazem parte do catálogo de D’Amato, ainda possui um roteiro interessante e uma fotografia trabalhada, obviamente dentro dos padrões financeiros da produção, já que seria difícil arranjar alguma grande companhia para financiar um filme que profana os conceitos da igreja católica, mostrando freiras sedentas de sexo, muita sacanagem e uma cena de estupro com sexo explícito.

Como de costume em um nunsploitation, a trama se passa num convento. A paz e a serenidade são quebradas com a chegada de um rapaz, que é uma espécie de encarnação do mal, e basta sua presença para que comece a safadeza e as freiras coloquem as "aranhas pra brigar”, até chegar num ponto alucinante de erotismo explícito com várias cenas interessantes como a do padre que caminha pelo corredor enquanto todas as freiras tentam seduzi-lo, mostrando as “periquitas” e se masturbando. Uma estátua do demo torna-se um dos personagens principais sempre simbolizando a presença do tinhoso e influenciando as perversões das freiras.

Tudo isso e mais um pouco, tornam IMANGENS DE UM CONVENTO um dos nunsploitation's dos mais subversivos e um dos melhores trabalhos do diretor italiano que nunca se preocupou em criar o choque visual, nem que seja pela violência extrema como em BUIO OMEGA, ANTROPOPHAGUS, ou pelo erotismo e sexo explícito como PORNÔ HOLOCAUSTO, EMANUELLE NA AMÉRICA, e muitos outros.

MACUMBA SEXUAL (1983), de Jess Franco

Após vários anos no exílio, Jess Franco retornou a Espanha no inicio dos anos 80 e encontrou liberdade total para realizar MACUMBA SEXUAL. O filme é estrelado pela esposa e musa do diretor, a exuberante Lina Romay, interpretando a namorada do bigodudo Antonio Mayans numa viagem de férias pelas Ilhas Canárias. Franco explora muito bem as belezas naturais do local, suas praias, paisagens bucólicas e o deserto. E é em toda essa ambientação que Romay começa a ter sonhos alucinantes e delírios lisérgicos quando é possuída por uma Rainha Negra, encarnada pela transexual Ajita Wilson.

A experiência de assistir MACUMBA SEXUAL é das mais interessantes pra quem já curte o trabalho do diretor. A trama não importa tanto, mas a elaboração visual das imagens oníricas e o surrealismo dos delírios e sonhos da protagonista são deslumbrantes, além do acompanhamento musical totalmente insólito. E como de praxe, todas as situações que Lina Romay se encontra tornam-se motivos pra tirar a roupa. Franco adora homenagear sua atriz/esposa explorando cada detalhe de seu corpo, as vezes a sensação é a de que ele quer entrar dentro dela com a câmera. Mas o grande destaque entre os protagonistas fica a cargo de Ajita Wilson, a transex negra de beleza exótica, com uma atuação bastante expressionista.

3.11.08

PORNO HOLOCAUST (1981), de Joe D'Amato


No início da década de oitenta, o diretor italiano Joe D’Amato realizou alguns filmes sob o sol do Caribe e ficou conhecida como a sua fase caribenha (bem criativo). Como sempre, a “agenda lotada” do diretor fez com que ele filmasse vários filmes ao mesmo tempo, seguindo a risca o lema “quanto mais, melhor” e com Porno Holocaust não foi diferente. Realizado junto com Erotic Nights of Livind Deads, D’Amato aproveita-se do mesmo elenco, das mesmas locações e quase o mesmo tema para criar uma obra que mistura sexo explícito com horror.

Mas o roteiro e o seu tema não importam tanto. A trama é risível e provavelmente só existe porque D’Amato ainda não queria se dedicar ao pornô absoluto de seus últimos filmes. Deveria haver uma história que pudesse intercalar uma cena de sexo com outra, sendo assim, o filme trata de um grupo de cientistas (um deles interpretado pelo grande George Eastman, embora não participe de nenhuma cena de sexo) que acaba numa ilha para estudar os danos causados por uma radiação, e eis que surge um mutante deformado meio zumbi que inicia uma onda de mortes na tal ilha, e que serve apenas para criar o elemento horror, mas acaba gerando não mais que gargalhadas.

Não dá pra levar a sério um mutante com aquela maquiagem, mas é divertido acompanhar seus ataques repentinos que permitem boas doses de gore, além de seus ataques tarados contra as mulheres. Mas a diversão não para por aí, ainda temos as tórridas cenas de sexo explícito e que, ironicamente, é onde a direção de D’Amato se sai melhor em Porno Holocausto. A cena onde duas mulheres colocam as aranhas pra brigar num tronco à beira da praia é extremamente bem filmada aproveitando-se da iluminação natural e da beleza das praias caribenhas.

24.10.08

EMANUELLE IN AMERICA (1977), de Joe D'Amato


Quando se fala em Emanuelle, muita gente vai se lembrar da famosa série erótica onde a personagem infestava as mentes dos pré-adolescentes que ficavam até altas horas das madrugadas de sábado para assistir o Cine Privé da Band. Bons tempos aqueles, mas não é exatamente desta Emanuelle que hoje vamos falar, mas sim, da misteriosa e sensual Black Emanuelle vivida pela musa Laura Gemser, que encarnou a personagem pela primeira vez no filme Emanuelle Nera, de Bitto Albertini.

Com o passar dos anos, vários diretores utilizaram a personagem em seus filmes, e sempre com Gemser interpretando seu papel e nem exigia muito dela. Laura Gemser tinha uma beleza exótica magnífica e explodia em sensualidade. Bastava tirar a roupa e dizer as falas que os enquadramentos dos planos e uma ótima fotografia ficavam a cargo de um resultado satisfatório. O nosso famigerado Joe D’Amato foi um desses diretores que trabalhou com a personagem em diversos filmes, inclusive tomou Laura Gemser como musa nos mais variados tipos de produção.

Emanuelle in América é um dos melhores exemplos desta parceria entre D’Amato e Gemser. A história gira em torno de uma repórter que investiga o submundo do sexo entre milionários excêntricos até se encontrar no meio do perigoso universo dos snuff movies (filmes que mostram assassinatos reais de seus intérpretes). A trama se passa com certa lentidão, onde temos muitas cenas de nudez e sexo entre as investigações. Vale lembrar que algumas cenas são de sexo explícito (sem a Gemser, óbvio), detalhe que faz parte de uma das principais características de D’Amato, sempre em busca do choque visual, misturando tais cenas com tramas de suspense ou terror, como em Porno Holocausto e Erotic Nights of Living Deads, por exemplo.

D’Amato chega a filmar uma mulher excitando um cavalo em uma reuniãozinha dos milionários (da mesma forma que fez em sua versão de Calígula), embora não mostre o ato sexual da mulher x cavalo, é um dos momentos mais impressionantes do filme junto, é claro, com as famosas cenas de snuff movie, que são de um realismo extraordinário e causou muita polêmica na época. Foi quando surgiu a lendária história que D’Amato havia conseguido cenas de Snuff com a máfia russa! Genial!

14.10.08

A MORTE SORRIU PARA O ASSASSINO (1973)

aka LA MORTE HA SORRISO ALL'ASSASSINO
diretor: Joe D'Amato
roteiro: Joe D'Amato, Claudio Bernabei, Romano Scandariato

Mais um belo exemplar do puro e simples cinema do grande diretor, embora subestimado pela maioria, Joe D’Amato, em um filme de início de carreira (pra quem realizou mais de 190 filmes, o sexto ou sétimo filme ainda é início de carreira, não?). D’Amato, até então, havia realizado apenas westerns, algumas comédias e um filme de guerra, se não estou enganado. Não cheguei nem perto de ver nenhum deles ainda, infelizmente, mas um dia chego lá. A morte Sorriu para o Assassino é o primeiro filme de terror que D’Amato dirigiu e trata, basicamente, de uma mulher que chega a uma mansão com amnésia após sofrer um acidente com a carruagem que a conduzia. Logo, vários assassinatos misteriosos se iniciam na mansão e seus arredores.

O roteiro do próprio D’Amato (juntamente com Claudio Bernabei e Romano Scandariato) não se contenta em apenas explorar uma vertente do horror e acaba fazendo uma mistureba muito louca com vários elementos que tangem o sobrenatural e o real, onde temos uma mulher que volta a vida, embora seu organismo esteja fisicamente morto, e o espírito da mesma mulher que vaga assustando as pessoas, tudo jogado em cena sem qualquer coesão ou preocupação temporal. Ainda temos Klaus Kinski de corpo presente interpretando um médico que “descobre demais” e acaba tendo vida curta dentro do filme. Mas sua presença é marcante com aquele rosto expressivo. É um dos meus atores favoritos, principalmente porque, além de ser excelente, não tinha frescura, trabalhava com diretores do nível de um Herzog, mas não deixava de atuar em bagaceiras de Jess Franco.

Com sua experiência na direção de fotografia (e trabalhar como tal aqui também, mas creditado com seu nome de nascença, Aristides Massaccesi) e ter um estilo próprio já desenvolvido, D’Amato conseguiu construir um de seus filmes mais atmosféricos e bem acabado visualmente mesmo que ainda não recorra de todos os elementos que o tornaria famoso, como as temáticas ousadas e o forte apelo sexual (na verdade, o filme é bem ousada pra época, mas D’Amato faria coisas muito mais subversivas em trabalhos seguintes, e não faltam cenas de nudez por aqui). Mas o que não se pode reclamar é da violência. O filme possui várias seqüências onde o gore reina supremo e, em algumas delas, D’Amato se aproveita estéticamente para dar um tom mais artístico à sua obra.

15.9.08

ROSSO SANGUE (1981)



aka ABSURD; HORRIBLE; MONSTER HUNTER; ANTROPOPHAGUS 2; ZOMBIE 6
direção: Joe D'Amato
roteiro: George Eastman

Depois da “apresentação” que fiz há alguns posts sobre o diretor Joe D’amato, finalmente vamos tratar de um filme dirigido por ele. Dos mais de 190 filmes que o sujeito realizou, Absurd não faz parte daquela listinha de 10 a 15 filmes de boa categoria que o diretor conseguiu realizar ao longo de sua extensa carreira. Ou seja, Absurd é lixo dos brabos, feito às pressas, provavelmente ao mesmo tempo com outra produção, roteiro risível e atores que parecem nem saber que tipo de filme estavam fazendo, ou seja, diversão garantida!

Antes de entrar no filme, um curioso fato desta produção é o número de títulos que recebeu pelo mundo afora. Dependendo do lugar e dos cortes da censura, o título mudava drasticamente. Absurd é o que eu mais gosto, mas também tem Rosso Sangue, Horrible, Zombie 6 (!) e até mesmo Antropophagus 2, com a picaretagem de tentar relacioná-lo com a história do canibal grego do filme Antropophagus que D’Amato dirigira 2 anos antes.

Enfim, esses italianos são demais! O roteiro de Absurd é de Luigi Montefiore. Para quem não sabe, é o nome verdadeiro de George Eastman, ator fetiche de D’Amato. Aqui ele interpreta também um grego (aí está a relação com o Antropophagus) que aparece logo na primeira seqüência fugindo de um padre (Edmund Purdom). Após tentar pular a cerca de uma mansão, acaba com a barriga perfurada pela ponta de uma lança da cerca e caminha para dentro da mansão com as tripas pra fora.

O sujeito vai parar no hospital e logo descobrimos que ele é praticamente imortal. Suas células se regeneram numa velocidade surpreendente. Sabemos um pouco do seu passado através do padre que veio da Grécia atrás do sujeito que desapareceu no mar europeu e foi parar lá no Estados Unidos! Calma, não procure entender os porquês, esse tipo de rombo tem aos montes no decorrer do filme. O fato é que o sujeito acorda de uma hora pra outra e por onde passa deixa um rastro de sangue.

George Eastman foi um dos atores mais subestimados do cinema italiano. Em qualquer produção que estivesse sua presença era marcante (e não é só por causa da altura!), até mesmo numa tralha como esta aqui sua atuação surpreende. Em termos de técnica, seu trabalho está acima do próprio filme em que participa. Suas expressões completamente insanas funcionam principalmente quando a violência rola solta e nisso não temos do que reclamar em Absurd.

Até que a atmosfera de suspense não é tão ruim com a fotografia do próprio D’Amato creditado com seu nome verdadeiro: Aristide Massaccesi. Mas a trilha sonora não ajuda em nada! Enche o saco e chega uma hora que fica irritante, apesar do filme possuir várias seqüências antológicas que proporcionam um impacto visual de violência extrema que agradam os fãs tranquilamente, como na cena em que Eastman ataca uma enfermeira perfurando sua cabeça com uma furadeira cirúrgica, ou quando um pobre açougueiro perde o escalpo com uma serra de cortar carne e claro, a seqüência onde o louco varrido coloca uma mulher dentro do fogão para assá-la viva!

O roteiro sem sentido e pobre resume-se apenas na proposta de D’Amato e Eastman em juntar algumas idéias sádicas e de violência com o objetivo de divertir seus fãs. Tenho a certeza que nas mãos de um diretor mais cuidadoso e um roteirista profissional, Absurd renderia um filme com um acabamento muito superior e uma narrativa com um sentido coeso dentro do possível, mas perderia toda a vulgaridade da direção de D’Amato que possui um charme singular. A cena final com a menina ensangüentada segurando a cabeça é pra entrar para a história do cinema de horror europeu.

3.9.08

Joe D'amato

Não se pode exigir qualidade de todas as produções do diretor italiano Joe D’Amato. Aliás, qualidade é algo que o sujeito não preza mesmo. O que devia ser mais importante pra ele é a quantidade. Que digam os mais de 190 filmes no currículo! D’Amato, cujo nome verdadeiro era Aristide Massaccesi, filmava uns oito filmes por ano e às vezes mais de um ao mesmo tempo! Dentro desse amontoado de filmes, cuja direção era assinada com vários pseudônimos diferente, salva-se mesmo uns 15 filmes.

Mas então o cara era uma droga como diretor? Sim! Em muitos casos, o resultado de seu trabalho não era muito diferente de bosta de cavalo, então por que raios eu gosto deste diretor? Porque Joe D’Amato tinha o que muitos diretores não têm: culhões! Ele foi um dos cineastas mais ousados, corajosos e picaretas de seu tempo e toda e qualquer idéia, por mais perturbadora, iconoclasta, sádica e imoral que tivesse, era aproveitada em seus filmes.

Até aqui, este texto seria a introdução de uma análise que eu iria fazer do filme Rosso Sangue, aka Absurd, aka Antropaphagus 2, de 1982, mas resolvi deixar pra escrever mais tarde. Joe D’Amato vai ser figurinha constante no Dementia 13, seja com suas tralhas de baixa categoria, seja com seus filmes mais famosos.

Eis aí mais alguns motivos para gostar de Joe D’Amato:

• O canibal grego Nikos, interpretado por George Eastman, eleva seu nível de sadismo ao máximo na cena em que mastiga um feto em Antropophagus (1980).

• No mesmo filme, depois ter a barriga perfurada e as tripas colocadas pra fora, Nikos resolve nada mais nada menos que colocar tudo de volta pra dentro. Literalmente, o sujeito “se come”.

• D’Amatao dá uma aula de direção filmando uma autópsia extremamente realista no romance necrófilo Buio Omega (1979).

• Cenas de Snuff Movies de Emanuelle na América (1977). Diz a lenda que D’Amato conseguiu imagens reais de snuff’s com mafiosos russos! Hahaha!

• Mistura de sexo explícito com terror e suspense em filmes como Pornô Holocausto (1981), Emanuelle na América (1977) e Erotic Nights of Living Deads (1980).

• Realizou um dos filmes mais importantes do subgênero Nunsploitation (aqueles onde as freiras são protagonistas), Immagini di un convento (1979), com mais doses erotismo e atacando a igreja católica de todas as formas possíveis.

• Dirigiu Klaus Kinski em A Morte Sorriu para o Assassino (1973).

D'Amato morreu em 1999 em plena atividade e muitos outros momentos poderiam ser destacados, obviamente...