Fui ver qual é a desse Netflix, já que o primeiro mês era gratuito. O acervo deles até agora é ridículo, mas até que a idéia de poder contar com o site pra ver filmes é interessante, economiza tempo e espaço (de armazenamento de filmes baixados). Logo, a primeira busca que fiz foi “Jean-Claude Van Damme”. O resultado mostrou uns cinco filmes e A IRMANDADE era o úncio que nunca havia assistido. Mandei brasa. Eu sempre li críticas ruins a respeito deste aqui, tanto que fui conferir esperando a bomba! E, quem diria, não é que me surpreendi? Longe de ser dos melhores filmes do belga, o filme conseguiu me divertir com uma historinha “sessão da tarde” que mistura artes marciais e aventura estilo INDIANA JONES.
Van Damme interpreta Rudy, um ladrão de artefatos arqueológicos valiosos, que decide ir a Israel tentar encontrar seu pai, um famoso arqueólogo, que desapareceu misteriosamente no país. As investigações de Rudy resultam na descoberta de uma ordem secreta religiosa cujo plano diabólico é achar um tesouro escondido nos subterrâneos de Jerusalém, além de acionar uma bomba com poder sufucuente pra mandar a cidade pelos ares! Imaginem o que o baixinho apronta! Em determinado momento, o personagem de Van Damme se fantasia de judeu ortodoxo, correndo pra todo lado com costeletas encaracoladas, é de rachar o bico! Só isso já valeria o filme…
Ah, mas temos também algumas figuras importantes compondo o elenco. Alguém aí conhece um senhor chamado Charlton Herston? Pois é, podem não acreditar, mas o Bem Hur faz uma participação. Não sei como conseguiram isso, se o cara estava gagá e resolveu aceitar ou se a carreira dele já estava tão no fundo ao ponto de precisar se sujeitar a um filmeco de ação com o Van Damme pra receber um cheque. De qualquer maneira, quem ganha é o público que se diverte com o sujeito pagando mico! Brian Thompson também surge em cena, obviamente fazendo o papel de vilão.
É evidente que A IRMANDADE não deixa de merecer a má fama que tem. Eu mesmo tenho que reconhecer isso. O roteiro é ruim de doer e cria algumas situações totalmente desnecessárias que só servem pra atrapalhar o ritmo, alguns diálogos são extremamente ridículos, sem contar que o protagonista é um piadista bobo, que fica fazendo gracinhas estupidas durante o filme inteiro. Pessoalmente, consegui relevar os problemas e me deixei levar pela trama. Já não esperava muita coisa mesmo… A quantidade de ação e pancadaria, embora não sejam filmadas com a devida classe, se inserem bem à história e fazem o filme valer a pena também.
Só fico meio aborrecido pelo diretor Sheldon Lettich, que realizou algumas obras clássicas do Van Damme, como DUPLO IMPACTO e LEÃO BRANCO. É o segundo filme dele que comento aqui no blog que não está a altura do que fez no início da carreira. THE HARD CORPS foi um desperdício completo, pelo menos A IRMANDADE garantiu a diversão. Mas não é o tipo de filme que recomendo a qualquer um, a não ser que você seja fã ferrenho do Van Damme e por algum motivo ainda não viu. Mas se você não tiver absolutamente NADA para assistir e este filme cair de repente na sua mão, pode funcionar como um bom passatempo descartável.
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8.1.12
3.6.09
COBRA (1986), de George P. Cosmatos

Além do mais, estamos falando de COBRA, sim, aquele filme que marcou a sua infância e a de muita gente que neste momento deve estar relembrando os tempos em que Stallone, Arnoldão, Van Damme e Steven Seagal (!) eram vistos semanalmente na TV aberta. E olha que eu nem preciso ir tão longe (também não sou tão velho, peguei o final dos anos 80 adiante e nesta época, estes caras aí foram os responsáveis pela minha formação em cinema de ação). Mas este tom nostálgico que envolve filmes e televisão eu deixo para o Leandro Caraça, que realmente consegue transmitir essa sensação com muito mais emoção em seu blog.

Naquela época, Stallone não precisaria sair mendigando trabalho ou implorando para que algum estúdio comprasse seus roteiros. Ele já havia se firmado como um modelo de herói de ação dos anos oitenta desde RAMBO e o diretor do segundo filme da franquia, George P. Cosmatos, reuniu-se novamente com o ator pra realizar esta espécie de Rambo urbano, numa das minhas definições mais cretinas...

Engraçado que no meio dos malucos batucando, eu reparei um tiozinho careca, usando um terno, segurando dois machados. Fiquei imaginando o porquê daquilo e que tipo de ser humano seria aquele de entrar num lugar desses vestido assim pra ficar batucando machados. Vai entender...







Um dos momentos mais interessantes é no final, no confronto entre Cobra e o psicopata de Brian Thompson, que provoca o homem da lei dizendo que ele não pode matá-lo, mas quando for preso, será liberado, ou coisas do tipo. Claro que Stallone, em toda sua ética fascista, vai soltar uma frase de efeito como “Aqui é onde a lei termina... e inicia a minha”! Genial.



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