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17.1.12
12.12.11
EM NOME DO REI, aka In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale (2007)
Resolvi fazer uma revisão de EM NOME DO REI antes de conferir a continuação, lançada recentemente lá fora no mercado de DVD, estrelado por um dos action heroes favoritos do blog, Dolph Lundgren. Mas mantenham a ansiedade por mais alguns dias, em breve faço o post de EM NOME DO REI 2, que aparentemente não possui qualquer ligação com este aqui. Por enquanto, fiquemos com o filme de 2007 que se revelou uma bela surpresa! Na minha cabeça, era uma tralha ruim de doer, mas divertido à beça pelos motivos errados. Na verdade, continua sendo isso mesmo, mas as suas virtudes se destacaram com mais ênfase dessa vez.
Ok, falar em virtudes num filme do Uwe Boll talvez seja um exagero, mas eu gosto de EM NOME DO REI! A história é simples, os diálogos são de rachar o bico de tão ridículos, tem muita ação, um elenco impressionante de rostos famosos fazendo cara de “que roubada que eu me meti!” e, claro, a direção do alemão maluco, pretensiosa até o talo, achando que está filmando um episódio da série O SENHOR DOS ANÉIS! Porra, Boll, coloque-se no seu lugar! Isso aqui é muito MELHOR que o O SENHOR DOS ANÉIS!!!
Baseado em um jogo de video game, pra variar, a trama é uma típica aventura de fantasia comum, sem nenhuma complexidade, com um Rei precisando defender seu reino de uma mago maléfico e seu exército de Krogs, criaturas semelhantes aos Orcs, abalando a vida de um simples fazendeiro, que entra na situação para se tornar herói, mudar o seu destino e se descobrir como alguém muito mais importante do que esperava. Relevando a desnecessária longa duração, o negócio é meio que desligar o cérebro e embarcar neste universo criado pelo Boll e, naturalmente, observar os sub-astros de Hollywood pagando mico…
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Boll aprova! |
Estes dois últimos merecem um parágrafo à parte. Quando Reynolds surge em cena, vemos um ator deixar claro o quão empolgado ele está por fazer parte do filme. O sujeito mal se mexe na cadeira e cospe as falar com um desânimo subversivo... é de dar pena! A maior parte do tempo, Reynolds fica sentado ou deitado, mas até que participa um pouco de umas sequências de batalha. Aliás, sua participação é até maior do que eu esperava, especialmente depois da primeira aparição, com o olhar de arrependimento, mas louco pra receber o cheque logo e voltar pra casa. Mas a canastrice rola solta mesmo é com Ray Liotta! O sujeito está engraçadíssimo e bem à vontade! Diferente de Reynolds, percebe-se que Liotta se diverte com seu personagem, soltando aquelas gargalhadas que só ele faz... não tem como não se divertir com ele.
Eu só não consigo entender de onde tiraram que o Uwe Boll é, ou foi, o pior diretor do mundo! Tá certo que fez ALONE IN THE DARK e HOUSE OF THE DEAD, mas pera lá! O cara também fez BLOODRAYNE, TUNNEL RATS, POSTAL e outros, que não são obras primas, mas demonstra um diretor com colhões e que sabe o que faz. Existem vários diretorzinhos de estúdios americanos que não chegam aos pés do Boll. São tão sem personalidade que nem são lembrados na hora de apontar o pior diretor da atualidade.
As sequências de guerra e confronto corpo a corpo de EM NOME DO REI, por exemplo, não fazem feio diante das realizadas pelos grandes estúdios. São bem elaboradas e executadas, embora não tenha muito sangue. Mas é realizado à moda antiga e sem frescuras, quase não se vê CGI sendo desperdiçado… No meio da batalha na floresta, há um longo travelling que mostra a extensão da batalha, com vários figurantes e muita noção de espaço e arquitetura de ação. Perto de algumas coisas que vi no cinema nos últimos anos, isso aqui é uma aula de direção.
Vamos ver agora como o Dolph Lundgren se sai sob a direção do Boll. Se for tão divertido quanto este aqui, já fico muito satisfeito.
30.9.11
DRIVE (2011)

Já estava de olho em DRIVE desde que saíram as primeiras notícias de que o dinamarquês Nicolas Winding Refn trabalharia em solo americano e seria responsável por um “car chase movie” na linha deste aqui. Embora ainda não tivesse feito nada exatamente dentro do gênero ação, os filmes anteriores de Refn serviam não apenas para colocá-lo entre os diretores de ponta da sua geração, como também davam indícios do que o sujeito seria capaz com um material desses em mãos. Logo, veio o prêmio de melhor direção no festival de Cannes e, com isso, a ansiedade com que DRIVE era aguardado estava justificada. O meu prognóstico super otimista foi ultrapassado esta semana, quando assisti a este filme antológico, que já está no topo dos meus favoritos de 2011.

Uma das melhores coisas é Ryan Gosling, até porque eu tinha minhas dúvidas se o ator poderia mesmo se passar de anti herói badass que aparentemente seu papel exigia. Mas o cara convence fácil! Taciturno na maior parte do tempo e brutal quando precisa ser, não fica longe, no aspecto “casca grossa”, de um Michael Caine em GET CARTER, Steve McQueen em OS IMPLACÁVEIS, ou Lee Marvin em POINT BLANK. Gosling é boa pinta, mas conseguiu encontrar uma maneira de utilizar suas feições como uma máscara de pedra - e um palito de dente no canto da boca ajuda - para dar um ar impassivo, expressivamente inexpressivo. E é um grande personagem, sempre calmo e caladão, um ás no volante, dublê de filmes em cenas perigosas envolvendo carros e, quando lhe apetece, motorista de fuga para assaltantes.


O elenco ainda possui Bryan Cranston, de BREAKING BAD, que vive uma espécie de mentor para Gosling… não que ele precise, mas apenas o tolera como tal. Ron Perlman, excelente, surge como um gangster sádico e Albert Brooks, geralmente associado a filmes mais leves, surpreende como um mafioso sanguinolento carniceiro, parceiro de Perlman. O lado feminino tem a musa ruiva, Christina Hendricks, que poderia se passar como a femme fatale que balança o coração do protagonista, mas este só tem olhos para a sua vizinha, Carey Mulligan, que está muito bem. O dois dividem o elevador, ele a vê no supermercado com o filho, pequenas situações que fazem surgir uma relação interessante, até descobrir que ela é casada com um cara prestes a sair da prisão...e paro por aqui com a história.



Mas posso garantir que não vão faltar sequências de perseguições que são verdadeiras aulas de tensão, especialmente a cena de abertura, que é uma obra prima! Todas elas demonstram com precisão as habilidades e inteligência do protagonista, que se mantém com a face de pedra, mesmo sob pressão extrema. Mas em momento algum DRIVE se transforma num exemplar de ação convencional, então não esperem nada muito alucinante em termos de ação. O filme é todo construído num ritmo extremamente lento, praticamente sem climax, silencioso, atmosférico… um primor! O Refn dirigiu VALHALLA RISING, então vocês sabem o que esperar. Há uma cena que vai da mais pura sensibilidade e ternura ao extremo da violência gráfica em questão de segundos, mas tudo é preparado com um absurdo trabalho temporal, segurando a tensão ao máximo.



DRIVE faz parte de uma categoria incomum do gênero, uma espécie de “arthouse de ação”, e aí podemos incluir um GHOST DOG, de Jim Jarmusch, alguns filmes do Takeshi Kitano, por exemplo, pra vocês terem uma noção do que eu quero dizer. É também uma ode a determinado cinema dos anos 70 e 80, com uns certos toques estilísticos que acentuam esse aspecto, como a fonte neón cor de rosa dos créditos iniciais e a belíssima trilha sonora de música eletrônica e vocais femininos que ecoa onde menos se espera. Um neo noir que remete à TAXI DRIVER, de Martin Scorsese, THE DRIVER, de Walter Hill e até THIEF, de Michael Mann.


Particularmente, acho bacana apontar esse universo de referência reciclável, mas o mais legal é notar, apesar de tudo, como DRIVE é peculiar. A princípio, Neil Marshall era cotado para comandar o filme. Eu até gosto de algumas coisas do britânico, mas ele e o Refn são diretores de propostas totalmente diferentes e, convenhamos, a história que é pra lá de batida, resultaria em nada além de um genérico filme de ação barulhento nas mãos do Marshall. Definitivamente não chegaria nem perto do que Refn desenvolve por aqui, e não estou dizendo que um é melhor que o outro, mas o fato é que Refn o fez com uma força detalhística e cinematográfica impressionante, com grande estilo, classudo, atmosférico, contemplativo, fascinante e é só isso que importa. Espero ansiosamente agora pra vê-lo lançado nos cinemas daqui. Faço questão de rever na telona.
20.8.08
HELLBOY II - THE GOLDEN ARMY (2008)

diretor: Guillermo del Toro
roteiro: Guillermo del Toro
Não li uma história em quadrinhos sequer do Hellboy e praticamente tudo que conheço sobre o personagem foi através do cinema. Digo isso pra vocês saberem que o meu nível de exigência com o herói é zero. Quando paro pra ver um filme como HELLBOY, minha única exigência é com a minha diversão, sem me preocupar se as fidelidades e os elementos que o processo de transposição de HQ para o cinema estão de acordo. Se por um lado, sou um ignorante em relação ao personagem, por outro sou um grande apreciador da obra do homem que realizou os dois filmes do herói: Guillermo del Toro.
Em O LABIRINTO DO FAUNO, Del Toro chegou no ápice no sentido de colocar pra fora todo universo de fantasias e criaturas que estavam enjaulados em sua cabeça esperando uma oportunidade pra virar um deslumbre cinematográfico. Esse universo é incrivelmente aproveitado em HELLBOY. Digo mais uma vez: não sei se nos quadrinhos o mundo de Hellboy é tratado com tamanha variedade de criaturas e cenários mitológicos, mas tenho certeza que para o cinema, Del Toro deixou sua marca e explorou ao máximo suas obsessões pela fantasia, principalmente neste HELLBOY II.
Pra melhorar ainda mais a favor de Del toro, e pra nossa obviamente, o diretor demonstra uma excelente capacidade de realizar cenas de ação, de pancadaria, sabendo utilizar efeitos de computação gráfica e todos os recursos que têm em mãos não deixando o filme esfriar em momento algum, embora ainda haja um excesso de gracinhas desnecessárias do roteiro e romances melosos, o que não chega a incomodar tanto, mas às vezes enchem o saco.
A cena em que Hellboy e o Dr. Krauss (um dos personagens mais fascinantes do filme) enfrentam o tal Exército de Ouro é grandiosa e digna para provar que Del Toro, dentro de seu cinema específico, é um dos melhores e, provavelmente, a escolha certa de Peter Jackson para a adaptação de O Hobbit, que particularmente não vejo graça alguma, mas nas mãos do diretor de HELLBOY, pode ser que a coisa funcione de forma mais interessante como é o caso deste aqui, que está longe de ser perfeito, mas atende tranquilamente a exigência que faço quando vou ver um filme como este.

roteiro: Guillermo del Toro
Não li uma história em quadrinhos sequer do Hellboy e praticamente tudo que conheço sobre o personagem foi através do cinema. Digo isso pra vocês saberem que o meu nível de exigência com o herói é zero. Quando paro pra ver um filme como HELLBOY, minha única exigência é com a minha diversão, sem me preocupar se as fidelidades e os elementos que o processo de transposição de HQ para o cinema estão de acordo. Se por um lado, sou um ignorante em relação ao personagem, por outro sou um grande apreciador da obra do homem que realizou os dois filmes do herói: Guillermo del Toro.
Em O LABIRINTO DO FAUNO, Del Toro chegou no ápice no sentido de colocar pra fora todo universo de fantasias e criaturas que estavam enjaulados em sua cabeça esperando uma oportunidade pra virar um deslumbre cinematográfico. Esse universo é incrivelmente aproveitado em HELLBOY. Digo mais uma vez: não sei se nos quadrinhos o mundo de Hellboy é tratado com tamanha variedade de criaturas e cenários mitológicos, mas tenho certeza que para o cinema, Del Toro deixou sua marca e explorou ao máximo suas obsessões pela fantasia, principalmente neste HELLBOY II.

A cena em que Hellboy e o Dr. Krauss (um dos personagens mais fascinantes do filme) enfrentam o tal Exército de Ouro é grandiosa e digna para provar que Del Toro, dentro de seu cinema específico, é um dos melhores e, provavelmente, a escolha certa de Peter Jackson para a adaptação de O Hobbit, que particularmente não vejo graça alguma, mas nas mãos do diretor de HELLBOY, pode ser que a coisa funcione de forma mais interessante como é o caso deste aqui, que está longe de ser perfeito, mas atende tranquilamente a exigência que faço quando vou ver um filme como este.

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