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5.2.10

Hoje tem CINE TERROR NA PRAIA

Oportunidade única e sensacional aos meus conterrâneos! Hoje inicia uma mostra organizada pela trupe de Rodrigo Aragão, diretor de MANGUE NEGRO, onde serão exibidas produções locais de gênero fantástico, além de outras atrações. Confira a programação a baixo. O Dementia 13 estará presente, com certeza!

5 de fevereiro, sexta-feira
20h00 Guarapari Trash Part I: Águas da Vingança • Cachorro do Mato • Balada Sangrenta • Peixe Podre • Chupa Cabras
22h00 Recurso Zero Produções: Gato • Junho Sangrento • O Assassinato da Mulher Mental • Minha Esposa É um Zumbi
23h30 Sessão Maldita: À Meia-Noite Levarei Sua Alma

6 de fevereiro, sábado
20h00 Guarapari Trash Part II: Águas da Vingança 2: A Vingança • Cachorro do Mato 2 • Peixe Podre 2 • O Massacre da Espada Elétrica • Eve
21h00 Sessão Seu Osório
22h00 Estranho Sul: Quarto de Espera • Quiropterofobia • Cortejo Negro • João Ninguém • Sessão das Oito • Zombio
23h30 Sessão Maldita: Zombie

7 de fevereiro, domingo
20h00 Sangue Capixaba: Vampsida • Rito de Passagem • A Lenda de Proitner
21h30 Premiados CineFantasy: Manual Practico del Amigo Imaginário • Forecast • Porque Hay Cosas Que Nunca Se Olvidan • El Hombre de la Bolsa • DVD • A Última Noite • Romance

17.11.09

Aventuras sangrentas de um cinéfilo capixaba na capital paulista...

O fim de semana em SP foi uma experiência fascinante. Os três dias de oficina de maquiagem e efeitos especiais com o Rodrigo Aragão, diretor de MANGUE NEGRO, me permitiram explorar um pouco da magia do cinema, além de conhecer várias pessoas legais, alguns já trabalhando na área, diretores de curtas, filmmakers, outros bem curiosos a respeito dos processos, mas todos compartilhando a mesma paixão pelo cinema fantástico, de horror, etc... algo extremamente difícil de encontrar por aqui em Vitória-ES.

Fora da oficina, tive o prazer de conhecer pessoalmente o companheiro d’O Dia Da Fúria, o grande Leopoldo Tauffenbach, que é um sujeito esplendido. Além dele, conheci o veterano blogueiro Marcelo Carrard, do Mondo Paura, os organizadores do Cinefantazy, Edu e Vivi, e ainda o Marc Price, diretor de COLIN, filme britânico de Zumbi que passou na sexta à noite. O sujeito, que se chama na verdade Marc Vincent Price, é uma figura e tanto. Eu e o Leopoldo tiramos uma foto com ele num restaurante onde fomos jantar, mas o Leopoldo ainda não me enviou a foto e assim que fizer eu coloco por aqui.

Além do COLIN, assisti THE FORBIDEN DOOR, bom filme de terror da Indonésia, e ATRAÇÃO SATÂNICA, do Fauzi Mansur. Sim, de longa só esses três, bem pouco mesmo. O restante do tempo eu estava nas oficinas, andando de metrô ou no centro me deliciando em lojas de DVD's...

Mas chega de enrolação, seguem algumas imagens de violência explícita, cortes, queimaduras e fraturas acometidas durante o fim de semana. Mas não se preocupem, eu garanto que já me recuperei de todas elas...

A primeira surra a gente nunca esquece...

Uma queimadura básica.

Lucio Fulci ficaria orgulhoso...

Esse aí é o Gustavo, gente finíssima e leitor do Dementia 13.

Me cortei fazendo a barba...

É, a maquiagem ficou boa, mas a costeleta estava precisando de uma acertada...

Amizade com alguns canibais.

Amizade com alguns suicidas.

Kakihara que se cuide!

O Mestre!

Em outro post eu comento um pouco os filmes que eu vi no festival. Até mais, crianças!

2.4.09

MANGUE NEGRO (2008), de Rodrigo Aragão


Finalmente consegui prestigiar o famigerado longa capixaba de terror MANGUE NEGRO e de quebra ainda tive o prazer de conhecer o diretor Rodrigo Aragão. Foi um encontro bem rápido – e estava em cima da hora de começar o filme – e só consegui trocar algumas palavras, mas deu pra notar que é um cara que conhece o tipo de cinema que está fazendo e que foi influenciado pelos grandes mestres do horror, inclusive ele disse que sua maior referência foi Lucio Fulci. Uma ótima referência por sinal...

A produção do filme, totalmente independente sem ajuda de leis de incentivo, é cercada de fatos interessantes. Rodrigo começou a rodar MANGUE NEGRO sem um centavo no bolso, com toda equipe trabalhando de graça. Depois de realizar 15 min de filme dessa forma, conseguiu um produtor pra bancar o restante. Teve lançamento no Fantaspoa e foi muito elogiado.

E não pra menos, MANGUE NEGRO é realmente surpreendente em vários sentidos. O filme foi inteiramente rodado num manguezal localizado em Guarapari (ES) e na trama a poluição atinge uma proporção tão intensa no mangue que acaba contaminando os habitantes locais transformando-os em zumbis. Realmente referências e elementos que remetem a Fulci, Romero e Ossório não faltam, e ainda há uma direção bem ao estilo de um Peter Jackson e Sam Raimi nos inícios de suas carreiras, além da atmosfera que lembra uma espécie de CANNIBAL HOLOCAUST tupiniquim com uma pitada de crítica ecológica!

Mas o resultado deixa bem claro que MANGUE NEGRO não tem pretensão alguma de ser algo além daquilo que realmente é: um filme de terror de qualidade – tratando de um filme de baixo orçamento feito no Espírito Santo – feito por um apaixonado pelo gênero, com um roteiro pra lá de criativo cheio de sacadas ótimas e um humor negro muito bem inserido; um trabalho técnico preciso (principalmente nas maquiagens e efeitos especiais); muita violência explicita com litros e mais litros de sangue derramados, muitas vísceras e membros decepados sem piedade e com um realismo exagerado digno de um filme de terror italiano do final dos anos 70.

Não vale a pena falar dos defeitos que o filme possui, porque grande parte deles provém da falta de recurso e muitos são perfeitamente driblados com criatividade pelo diretor. Vale mais destacar os incríveis efeitos especiais e maquiagens desenvolvidas pelo próprio Rodrigo e que são de encher os olhos, uma coisa absurda de alto nível que eu tenho certeza que faria um Gino De Rossi ficar orgulhoso.

E é uma pena que o grande público ainda não leve a sério as produções do gênero aqui no Brasil. Salas vazias são constantes e até mesmo o filme do Mojica não teve uma boa bilheteria no ano passado. Culpa das distribuidoras, de um publico preconceituoso e tantos outros fatores que precisam ser resolvidos para desmistificar esse problema de que “todo filme de terror brasileiro é piada trash”. É um desabafo, mas com um tom de esperança porque ainda temos grandes caras como o Rodrigo Aragão, o amigo Davi de Oliveira Pinheiro (diretor do aguardado PORTO DOS MORTOS), e alguns outros cabras com coragem de preencher a tela de sangue com o bom e velho filme de horror!

Rodrigo Aragão e suas criaturas...