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28.10.13
ESPECIAL HALLOWEEN 2013 #05: SHOCK-O-RAMA (2005)
Mais uma antologia de horror para finalizar o Especial de Halloween de 2013, que foi bem fraquinho pela minha falta de tempo, mas melhor do que nada. SHOCK-O-RAMA foi realizado por Brett Piper, diretor que tem o costume de trabalhar com orçamentos minúsculos, utilizando efeitos especiais práticos, como stop-motion, e muita mulher pelada desfilando na tela. Então, só pode resultar em coisa boa! Vamos por partes.
A trama principal gira em torno de Rebeca Raven (a vestal Misty Mundae), uma musa de produções baratas de horror cansada de participar de filmes meia boca que só querem explorar seus peitos de fora. Deixando seu produtor na mão, Raven decide dar um tempo e vai para uma casa de campo passar um fim de semana de descanso solitário. Acaba que a moça precisa encarar fortes emoções quando se depara com um zumbi de verdade. Abraçando suas raízes de heroína do horror, Raven mostra o seu potencial até mesmo longe das câmeras. Este episódio é o mais longo e é todo intercalado com outros dois segmentos, mostrando os produtores que, sentindo a ausência de sua estrela, começam a procurar uma substituta e assistem aos dois "vídeos" que compõem SHOCK-O-RAMA.
O primeiro se chama MECHARACHNIA! Um alienígena fugitivo interestelar acaba sofrendo um acidente e cai na terra. Num estaleiro de sucata, para ser mais exato. O dono do local, junto com sua ex-mulher, percebe a ameaça e começa a trocar tiros com o "visitante", que é uma criaturinha verde feito de stop-motion. Basicamente o segmento se resume a esta divertida batalha travada entre os dois, com destaque para o momento quando o alienígena constrói um robô-carro destruidor (acima) que também se movimenta com animação em stop-motion. Não dá nem pra sentir falta de efeitos de CGI de tão legal!
O único defeito do episódio é a ausência de peitos. Ah, e não sou eu quem está reclamando. Os próprios produtores comentam a falta, já que estão em busca da próxima scream queen da produtora. Isso nos leva ao outro segmento, LONELY ARE THE BRAIN. A trama se passa numa casa para moças com problemas psicológicos, onde são realizados experimentos mentais, especialmente em relação ao sonho. E é aqui que a sangueira e a putaria começam. Lesbianismo, uma cientista sexy interpretada pela deliciosa Julian Wells, sonhos macabros e um cérebro gigante comandando o local.
Como filme de horror SHOCK-O-RAMA não presta pra nada. Na verdade, fica claro que a intenção não é assustar, mas sim homenagear o gênero em suas mais variadas vertentes, especialmente o de baixíssimo orçamento, e os profissionais que trabalham duro para nos agraciar com essas tralhas. Não é o primeiro filme do tipo, outros já fizeram e até com resultados mais interessantes, como SEXBOMB (89). No entanto, como esse tipo de tralha nunca é demais, SHOCK-O-RAMA possui atrativos suficientes para não deixar os admiradores na mão. Bom Halloween a todos!
No fim de semana devo postar algumas palavras sobre ESCAPE PLAN, filmaço de ação com Stallone e Arnie. Até lá!
23.9.13
TRANCERS (1985)
Fazia tempo que eu estava querendo postar alguma coisa sobre este pequeno, mas fantástico, sci-fi movie oitentista que marcou de maneira profunda a minha formação cinéfila, deixando sequelas irreparáveis no meu mau gosto pra filmes quando eu ainda era moleque no fim dos anos oitenta. TRANCERS, que gerou mais cinco filmes depois deste aqui, combina duas das melhores coisas do universo dos filmes B daquele período: o ator Tim Thomerson e o diretor Charles Band com sua produtora Full Moon. Quando esse dois mundos colidem, as possibilidades são infinitas. E nesse caso, o resultado é um pequeno clássico do cinema fantástico independente.
Após uma investigação aprofundada, Jack descobre que o bandido está foragido e o que o separa do herói não é apenas a distância, mas também o tempo. Em outras palavras, o sujeito foi parar em 1985, no passado. O incansável Jack não vê problemas nisso e resolve ir atrás de Whistler antes que os habitantes daquela época sejam transformados em Trancers. Chegando lá, encontra uma Helen Hunt em início de carreira pagando mico nesta produção classe B, que ajuda o pobre Jack em sua busca (aliás, a ganhadora do Óscar de melhor atriz também participou das duas próximas continuação de TRANCERS, já nos anos 90). Isso tudo acontece nos primeiros vinte minutos de duração. O resto é gasto com Jack e sua "parceira" caçando Trancers e Whistler de várias maneiras possíveis...
Uma das grandes provilégios de assistir a TRANCERS é poder acompanhar o ator Tim Thomerson como protagonista de um filme só seu - algo relativamente raro - agindo, atirando, fazendo caras de poucos amigos, soltando frases de efeito a cada cinco minutos, numa espécie de "Dirty" Harry do futuro... É o melhor trabalho da carreira de Thomerson, junto, claro, com DOLLMAN, geralmente marcada por papéis menores. Uma pena que seja tão subestimado, nunca teve muita oportunidade de demonstrar seu talento em filmes maiores. Acabou se dedicando - com extrema competência, diga-se de passagem - a fazer filmes dirigidos pelo Albert Pyun e produzidos pela Full Moon... Sorte nossa e azar do público "normal", que não preza pelas verdadeiras obras de arte do cinema. Como TRANCERS, por exemplo... hehehe!
Mas, atenção! O filme é todo perdido na sua lógica de viagem do tempo, o roteiro é tão imprudente com isso que Jack Deth teria feito o Doc Brown de DE VOLTA PARA O FUTURO ter um ataque cardíaco em menos de dez minutos. E quem ficar se preocupando com esse tipo de detalhe corre sérios riscos de ganhar uma úlcera no estômago. O negócio é relaxar e aproveitar os vários outros atrativos que o decorrer da aventura nos apresenta. Os efeitos especiais, por exemplo, totalmente retrôs, com raios lases e luzes brilhantes, um espetáculo de efeitos old school e muito brega. O que nos faz amar ainda mais essa belezinha!
TRANCERS é altamente recomendado. O ritmo de aventura não pára nem um minuto, a ação é exagerada e engraçada, a trilha sonora oitentista é incrível e a atitude bad ass de Thomerson nunca cessa... e há ainda viagens no tempo! Quer mais diversão que isso?
23.8.13
THE LOST EMPIRE (1985)
Antes de se tornar um dos diretores mais conspícuos do cinema classe B pós-80's, Jim Wynorski ganhava experiência e bagagem cinematográfica trabalhando como roteirista, escrevendo artigos sobre filmes de gênero em publicações como a Fangoria e estando sempre envolvido em várias produções do mestre Roger Corman. Quando chegou o momento de realizar seu primeiro trabalho como diretor, pegou os clichês de seus filmes favoritos e juntou com as suas obsessões próprias. O resultado é THE LOST EMPIRE, um sci-fi muito louco que mistura ninjas assassinos, artefatos mitsticos, um feiticeiro decano, terras desconhecidas, mulheres peitudas com figurinos provocantes e um elenco bem batuta!
O enredo é tão divertido quanto bagunçado e acho que não valeria a pena ficar explicando. Mas só prá dar um gostinho, digo que três beldades vão parar numa ilha comandada por um feiticeiro chamado Dr. Sin Do para descobrir porque o irmão de uma delas foi assassinado por um bando de ninjas. Lá acontece um torneio de artes marciais, ao mesmo tempo mulheres são mantidas escravas e, por fim, o Dr. possui planos diabólicos de combinar algumas pedras preciosas antigas que lhe darão poder para conquistar o mundo!
É Jim Wynorski prestando homenagem às coisas que tanto ele quanto nós adoramos no cinema grind house e exploitation. Percebe-se em THE LOST EMPIRE influências do próprio Corman, mentor de Wynorski e produtor de vários de seus filmes (incluindo este aqui), Jack Hill, Russ Meyer (pelas várias cenas de peitos de fora), e até filmes de espionagem estilo 007. Jim nunca foi um diretor estiloso, mas sempre demonstrou habilidade para filmar cenas marcantes, sexys e engraçadas, além de muita personalidade para trabalhar com vários rostos famosos dos filmes B. Analisando a carreira do sujeito, percebe-se um sutil amadurecimento no trabalho de direção, mas é incrível como Jim já tinha pulso firme pra fazer o que queria já nesta primeira experiência atrás das câmeras.
Hoje, Jim Wynorski já possui computada uma filmografia com mais de noventa títulos. Nem todos são bons, muito menos obrigatórios. Mas para quem se interessa por cinema independente de gênero, THE LOST EMPIRE é imperdível.
Mais alguns screenshots:
2.8.13
A COLÔNIA, aka Double Team (Tsui Hark, 1997)
Outro dia me peguei pensando no Mickey Rourke e naquela fase negra da sua carreira nos anos 90, quando, além de outras coisas, chegou a ser vilão de A COLÔNIA, veículo de ação do Van Damme. Digo fase negra quando me refiro a esse momento do Rourke porque o sujeito teve um início realmente brilhante, entregando atuações magistrais como em O SELVAGEM DA MOTOCICLETA e O ANO DO DRAGÃO, e aqui resolveu "abraçar o capeta". Em outras palavras, estava na merda. Em 1997, ano de A COLÔNIA, até os filmes do Van Damme já estavam entrando em declínio após o ator ficar por algum tempo no auge, como herói de ação de produtos hollywoodianos, em TIMECOP, MORTE SÚBITA, SOLDADO UNIVERSAL, etc...
De qualquer maneira, eu gosto de A COLÔNIA. Sim, estamos falando de um suposto fundo do poço para o Rourke e um início de declínio para o Van Damme. No entanto, trata-se de um bom exemplar de ação dos anos 90. Eletrizante e exagerado na medida certa, com boa proporção de tiroteios, pancadaria e explosões muito bem distribuídas durante a narrativa. Quem comanda tudo isso é o mestre do cinema de ação oriental Tsui Hark, que trabalhou com Van Damme em GOLPE FULMINANTE. Temos uma história besta, mas sem muita frescura; um dos meus heróis de ação da infância distribuindo porrada em bandidos e um grande vilão interpretado por um grande ator. Além da ridícula, mas inesquecível, presença do ex-astro da NBA Dennis Rodman como sidekick do herói... Um elemento excêntrico que garante, no mínimo, boas risadas.
O título brasileiro se refere à uma prisão de segurança máxima que o personagem do Van Damme acaba indo parar. Cheio de aparatos tecnológicos, a prisão dá ao filme um caráter de ficção científica. Mas a trama estaciona neste cenário apenas por uns vinte minutos no máximo. Ou seja, A COLÔNIA não é sobre a Colônia. O resto é um jogo de gato e rato entre Van Damme, um agente secreto que acaba incriminado por conta de uma missão mal sucedida, e Rourke, um terrorista badass que perde o filho recém-nascido durante a tal missão. O vilão realmente tem bons motivos para encher o saco do herói...
O diretor Tsui Hark usa de toda a sua habilidade na construção de sequências de ação para criar cenas empolgantes por aqui. O meu destaque vai para a fuga da Colônia e toda a preparação para o ato; ou a porradaria no quarto de hotel, que é um dos pontos altos. Esta cena aliás, apesar de curta, é uma das que comprova uma teoria de que Van Damme sabe realizar movimentos bem coreografados de alto nível quando dirigido por orientais.
Outra sequência de ação que fica sempre na memória é a do gran finale. Menos pelo confronto entre os personagens e mais pelos exageros do cenário em volta. Vejamos: Van Damme encara Rourke sobre um terreno minado em pleno Coliseu de Roma com um tigre os rodeando e o filho recém-nascido do protagonista dentro de um cesto no meio disso tudo. A luta entre os dois nem é grandes coisas, mas a composição do ambiente é que eleva a cena a outro patamar! E o desfecho explosivo não poderia ser melhor. Coroa o cinema do absurdo que esse tipo de filme era capaz de proporcionar.
Mas voltando a falar do Rourke, digamos que A COLÔNIA não é das melhores vitrines para mostrar seus talentos dramáticos. Mas eles são bem utilizados pelo ator na medida do possível, até porque seu personagem possui um lado trágico bem definido, e ele consegue construir um vilão bem interessante, para entrar na galeria de destaque dos adversários do belga. Aliás, Van Damme também vai além da pancadaria neste aqui e demonstra segurança com seu personagem. Mas o grande destaque é a presença singular de Dennis Rodman, com suas roupas excêntricas e cabelos coloridos, que de tão ridículo acaba sendo um parceiro agradável e engraçado. Arrisca ainda uns golpes numas cenas de luta e não se sai tão mal. Hehehe!
1.8.13
LIGHT BLAST, aka Colpi di Luce (Enzo G. Castellari, 1985)
Depois de ser campeões da Libertadores o Galo já perdeu duas seguidas, então é melhor eu atualizar isto aqui e tirar logo o escudo do clube do topo. Vamos, então, de mais um Castellari, o divertido LIGHT BLAST, um dos exemplares que oferece o que há de mais absurdo e impagável em termos de ação no cinema italiano daquele período. Além disso, numa história básica e bastante funcional, temos umas três ou quatro perseguições de carro em alta velocidade, um punhado de tiroteios espalhados pela narrativa, algumas cenas de pancadaria e boas doses de explosões. Sem contar os cenários e rostos derretidos ao estilo CAÇADORES DA ARCA PERDIDA por causa de uma super arma que o vilão utiliza. Ou seja, pra que serve um roteiro mesmo?
Erik Estrada (acima) é o protagonista e encarna um policial casca grossa que não tem receio de mandar chumbo grosso pra cima dos bandidos. A trama gira em torno do seu trabalho, junto com a força policial, para impedir o tal vilão de utilizar a poderosa arma que derrete seus alvos com extrema facilidade, incluindo edifícios, veículos e pessoas. Seu plano é fazer chantagens aos governantes para ganhar uma grana fácil. O habitual colaborador de Castellari (e também seu irmão), Ennio Girolami, é quem dá vida ao personagem maquiavélico.
E é isso. Depois de realizar um trabalho introspectivo, sério e poético como TUAREG, Castellari resolveu voltar a fazer algo bem mais leve com LIGHT BLAST, seguindo a linha dos seus exemplares do início da década de 80. Um filme cuja única pretensão é divertir o público com o máximo de sequências de ação que puder colocar na tela.
E comparado com outros filmes italianos do gênero produzidos naquele período, este aqui aparenta ter um bom orçamento, o que acho muito difícil, já que neste período os italianos trabalhavam cada vez mais com dinheiro reduzido. Não sei quanto foi gasto, mas a sequência final, por exemplo, uma perseguição de carros filmada em São Francisco, me parece muito bem produzida... digo, eles precisam de licença, dublês, carros para batidas, fechar algumas ruas para filmar esse tipo de sequência, etc. Não tenho ideia de como fizeram para pagar tudo isso (ou se realmente pagaram), mas o resultado é ótimo!
No entanto, para quem tem acompanhado o ciclo Castellari por aqui já sabe que falar bem de sequências de ação filmadas pelo diretor é chover no molhado. Nem preciso dizer, portanto, que os tiroteios são bem coreografados e as situações que colocam o protagonista em movimento são criativas, o que é sempre habitual na carreira do italiano. O fator novidade que aparece na por aqui é a tal super arma e as imagens de pessoas sendo derretidas, com efeitos especiais toscos pra cacete! Mas muito legais!
O mesmo pode ser dito sobre Erik Estrada. Até que Castellari conseguiu transformá-lo, pelo menos aqui em LIGHT BLAST, num homem de ação competente, capaz de convencer empunhando uma escopeta ou dirigindo velozmente pelas ruas perseguindo os meliantes. E são acontecimentos dessa espécie que definem a obra, mais uma divertida sandice italiana que merecia ser redescoberta por mais cinéfilos de “bom” gosto!
8.1.13
JOHN DIES AT THE END (2012)
Don Coscarelli tem total respeito da minha parte. Ser o culpado por uma das séries de horror mais geniais do cinema americano ajuda abundantemente. Estou falando de PHANTASM e suas continuações, embora até hoje espere pelo desfecho desta saga que possui as famigeradas esferas mortais... e Coscarelli deveria se apressar antes que Angus Scrimm bata as botas!
O último filme do diretor foi o peculiar e engraçado BUBBA HO-TEP, lançado há mais de dez anos. Sim, demorou pra caceta, mas finalmente saiu algo novo do homem. Saiu JOHN DIES AT THE END, baseado no livro de um sujeito que atende pelo nome de James Wong, que oferece um mundo de bizarrices alucinógenas para que Coscarelli se aproprie e recrie em seu imaginário pessoal, que já é estranho suficiente, da maneira que bem entender. Quem já viu PHANTASM e BEASTMASTER sabe do que o sujeito é capaz.
Na trama, seres de outra dimensão planejam invadir a terra utilizando uma droga poderosíssima como portal entre os mundos. Dois loosers, Dave e John, após o contato com o entorpecente, acabam se deparando com a possibilidade de se tornarem os defensores do universo, enfrentando diversas criaturas que cruzam seus caminhos. Há uma cena logo no início do filme na qual John e Dave estão no porão de uma casa, diante do perigo, e um deles tenta sair na primeira porta que vê pela frente. Só que no momento de pegar na maçaneta, ela se transforma num pênis grande! What the fuck!? Isso é a coisa mais arrepiante que eu já vi na vida... É um pesadelo filmado! o que mais esses dois vão encarar daí pra frente? E, para minha felicidade, momentos WTF aconteceram várias vezes durante a narrativa (não, eu não gosto de pênis, momentos WTF não se resumem a isso, estamos entendidos?).
Mas será que tudo não passa de uma viagem lisérgica dos protagonistas? A verdade é que o filme não está nem um pouco interessado em responder esse tipo de pergunta. Nem deixa margem para refletir sobre a possibilidade do que é real ou se é real. Também não consigo imaginar alguém considerando JOHN DIES AT THE END uma espécie de drug movie, pois o filme abraça o lado sci-fi de maneira tão forte que pra mim é impossível não assistí-lo como uma odisséia desprovida de qualquer racionalidade. Apesar de ser interessante a maneira com a qual a juventude atual é retratada, numa espécie de apatia e alienação. E nesse sentido me peguei pensando no cinema de John Carpenter, na questão do personagem marginal que fica responsável por salvar o presidente dos Estados Unidos, ou deter uma invasão alienígena, ou impedir que o demônio encarne na terra, ou enfrentar um velho feiticeiro que pretende dominar o mundo... todo esse paralelo Carpenteriano pode ser refletido nos dois jovens sem futuro que acabam se tornando na esperança da terra.
A indagação sobre realidade e fantasia pouco importa pra mim também. O que vale é o que é mostrado na tela, uma sucessão de situações das mais absurdas, alucinantes, violentas, engraçadas suficientes para fazer JOHN DIES AT THE END uma belíssima experiência fora do convencional. Pretendo assisti-lo outras vezes, não porque seja complexo ou algo assim, mas porque além de ser realmente divertido, é daquele tipo de filme rico em elementos, simbolismos e detalhes visuais que podem ser descobertos a cada assistida, sem contar os diálogos filosóficos e viajantes que fazem um bom acompanhamento às imagens.
Outro destaque é o elenco. A dupla protagonista é formada por rostos desconhecidos do público em geral, Chase Williamson e Rob Mayers, que dão conta fácil do trabalho, são bastante convincentes. Já os mais aficcionados vão encontrar algumas figuras familiares em papéis coadjuvantes, como Clancy Brown e Glynn Turman. Paul Giamatti é o mais famoso e, exatamente por isso, tornou-se o “garoto propaganda” e produtor do filme. O ator, que faz uma ótima participação por aqui, declarou que sempre foi fã do trabalho de Coscarelli, que ele deveria estar fazendo mais filmes, etc, e resolveu investir em JOHN DIES AT THE END. Já o Coscarelli, que demonstra total segurança como contador de histórias fantásticas, provando que nunca deixou de ter talento para a coisa, já anunciou que tudo depende do sucesso do filme para que haja novas aventuras com os personagens. Mas antes, parece que vamos ter BUBBA NOSFERATUS! Mas bem que podia ser o desfecho de... ah, vocês já sabem.
2.7.12
TOQUE RÁPIDO
REVISÃO DE ALIEN³ (1992)
Queria ter escrito umas coisinhas sobre ALIEN³ antes de postar algo sobre PROMETHEUS, mas precisava rever e não deu tempo. E como vocês devem ter reparado, tempo tem se tornado muito escasso ultimamente (e as atualizações aqui no blog vão continuar lentas por mais um tempinho ainda, até tudo voltar ao normal). Bom, depois de uns quinze anos, finalmente revi este primeiríssimo trabalho de David Fincher como diretor, que só aceitou o cargo após alguns nomes (Renny Harlin, Walter Hill, que é o produtor) abandonarem o barco durante a pré-produção. Aliás, é um filme que até hoje possui uma carga de polêmicas de bastidores, problemas com o roteiro (que fora reescrito trocentas vezes), interferências dos executivos dos estúdios pra cima do Fincher, e o resultado final, por muito tempo, foi considerado a ovelha negra da série, até, é claro, surgir o quarto filme, que assumiu esse posto…
Hoje, tenho certeza de que ALIEN³ é uma obra equivocadamente subestimada. Tá certo que não chega a ser melhor que os dois filmes anteriores, dirigidos pelo Ridley Scott e James Cameron, respectivamente, mas basta aquelas cenas da baratona alienígena perseguindo os personagens pelos corredores apertados da prisão espacial para colocá-lo entre os melhores filmes de horror dos anos noventa. É uma autêntica aula de tensão e horror atmosférico, que se aproxima bastante do filme de 78, embora seja o mais sombrio e melancólico exemplar da série. O final deve ter feito muitos fãs ferrenhos deixarem as salas de cinema da época xingando a mãe do diretor, mas eu adoro e acho que fecha a trilogia de maneira sublime. Mas, inventaram de fazer um quarto filme… agora preciso rever também antes de crucificar o francês maluco que dirigiu.
TIM BURTON SEM SURPRESAS: SOMBRAS DA NOITE (Dark Shadows, 2012)
Primeiro, uma afirmação indiferente. DARK SHADOWS é o melhor trabalho de Tim Burton em muitos anos. Indiferente porque isso não quer dizer nada quando nos referimos a um diretor que há mais de dez anos vem lançando filmes de nível fraco (PLANETA DOS MACACOS, FÁBRICA DE CHOCOLATE, ALICE) à exemplares simpáticos sem muita expressão (PEIXE GRANDE, SWEENEY TODD) e que encontram-se à milhas de distância de seus grandes feitos dos anos noventa (EDWARD – MÃOS DE TESOURA, MARTE ATACA, CAVALEIRO SEM CABEÇA e, principalmente, ED WOOD, uma obra prima excepcional).
Dito isso, DARK SHADOWS também é uma baita perda de tempo.
Baseado na antiga série de TV dos anos sessenta, criada pelo mestre Dan Curtis, e com Johhny Depp em mais uma parceria com Burton, DARK SHADOWS conta a história de um vampiro libertado de seu caixão, após ficar quase duzentos anos aprisionado, em plena década de 70. Enquanto se adapta ao mundo “moderno”, tenta reerguer o prestígio e fortuna de sua família, se vingar da bruxa que o amaldiçoou, além de se apaixonar por uma moça cujas feições são idênticas à da sua amada de dois séculos atrás. O problema é que a trama aborda tudo isso (e muito mais) sem conseguir definir um foco e acaba possuindo alguns momentos com um pouco de interesse (Depp tentando se adaptar) e outros extremamente pedantes, numa narrativa bagunçada que me aborreceu muito. E o final, o climax, a “batalha” entre o vampiro e a bruxa, é filmada com uma peguiça desanimadora, cheia de soluções equivocadas… Onde se meteu o Tim Burton que sabia fazer cenas legais de ação como a do final de A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA?!
Apesar disso tudo, para ser o "melhor" trabalho do diretor em muitos anos, deve ter alguma coisa boa. Temos o visual bem feitinho de sempre; Johnny Depp se repetindo mais uma vez, embora funcional; Eva Green, que é um colírio (temos uma bela participação do Chistopher Lee também); as músicas e algumas fagulhas do velho Tim Burton contador de fábulas, como o prólogo é digno das antigas produções da Hammer… pena que ele não consiga fazer essas qualidades durar muito tempo na tela.
Hoje, tenho certeza de que ALIEN³ é uma obra equivocadamente subestimada. Tá certo que não chega a ser melhor que os dois filmes anteriores, dirigidos pelo Ridley Scott e James Cameron, respectivamente, mas basta aquelas cenas da baratona alienígena perseguindo os personagens pelos corredores apertados da prisão espacial para colocá-lo entre os melhores filmes de horror dos anos noventa. É uma autêntica aula de tensão e horror atmosférico, que se aproxima bastante do filme de 78, embora seja o mais sombrio e melancólico exemplar da série. O final deve ter feito muitos fãs ferrenhos deixarem as salas de cinema da época xingando a mãe do diretor, mas eu adoro e acho que fecha a trilogia de maneira sublime. Mas, inventaram de fazer um quarto filme… agora preciso rever também antes de crucificar o francês maluco que dirigiu.
TIM BURTON SEM SURPRESAS: SOMBRAS DA NOITE (Dark Shadows, 2012)
Primeiro, uma afirmação indiferente. DARK SHADOWS é o melhor trabalho de Tim Burton em muitos anos. Indiferente porque isso não quer dizer nada quando nos referimos a um diretor que há mais de dez anos vem lançando filmes de nível fraco (PLANETA DOS MACACOS, FÁBRICA DE CHOCOLATE, ALICE) à exemplares simpáticos sem muita expressão (PEIXE GRANDE, SWEENEY TODD) e que encontram-se à milhas de distância de seus grandes feitos dos anos noventa (EDWARD – MÃOS DE TESOURA, MARTE ATACA, CAVALEIRO SEM CABEÇA e, principalmente, ED WOOD, uma obra prima excepcional).
Dito isso, DARK SHADOWS também é uma baita perda de tempo.
Apesar disso tudo, para ser o "melhor" trabalho do diretor em muitos anos, deve ter alguma coisa boa. Temos o visual bem feitinho de sempre; Johnny Depp se repetindo mais uma vez, embora funcional; Eva Green, que é um colírio (temos uma bela participação do Chistopher Lee também); as músicas e algumas fagulhas do velho Tim Burton contador de fábulas, como o prólogo é digno das antigas produções da Hammer… pena que ele não consiga fazer essas qualidades durar muito tempo na tela.
18.6.12
PROMETHEUS E CUMPRIUS!
Dizer que a parte técnica de PROMETHEUS é impecável, é chover no molhado. O visual é arrebatador do início ao fim; os efeitos especiais são deslumbrantes; o design de produção, de som, 3D, e o caralho à quatro, tudo em perfeita sincronia de acordo com as nossas necessidades sensoriais. No elenco (que é muito bom), destaco o desempenho da sueca Noomi, que faz uma protagonista forte e expressiva, além de ter uma beleza exótica de encher os olhos; e o Michael Fassbender, ator magnífico, que apesar de ser o andróide sem emoção da parada, consegue ser, de longe, o personagem mais tridimensional e interessante.
O veredito: Ignore por uns instantes a série ALIEN e suas baratas espaciais e aprecie PROMETHEUS sem moderação, um belíssimo sci-fi como há muito tempo não tinhamos, que te coloca para pensar e, de quebra, diverte à valer! Ridley Scott deve ter surpreendido até seus detratores com PROMETHEUS (que não fica devendo em relação às suas obras mais aclamadas, OS DUELISTAS, ALIEN e BLADE RUNNER), filmando com um rigor cinematográfico extraordinário que muita gente não esperava. Agora, quando o assunto for ficção científica, espero que o sujeito seja levado em consideração entre os grandes diretores do gênero.
16.6.12
ALIENS - O RESGATE (1986)
Os produtores David Giler e Walter Hill chegaram ao pobre Cameron através do roteiro de O EXTERMINADOR DO FUTURO (que ainda não havia sido realizado) e resolveram marcar um encontro para trocar idéias. Lá pelas tantas, depois de algumas doses de whisky, comentaram o desejo de realizar a continuação de ALIEN e Cameron se interessou subitamente. Após vários roteiros recusados, James Cameron, que mal havia dirigido PIRANHA 2 e trabalhou apenas na parte técnica de algumas produções de ficção, conseguiu colocar na mesa dos executivos uma história que finalmente chamou-lhes a atenção. O roteiro ainda não estava pronto (e muita coisa foi mudada com outras pessoas metendo o bedelho), mas já era meio caminho andado; a base desse script eram idéias que o diretor estava desenvolvendo para um filme chamado MOTHER.
No entanto, era um risco colocar nas mãos de James Cameron a direção de um filme que exigia muito investimento, muita estrutura, muita coisa que aquele sujeitinho ainda não havia trabalhado. Ninguém podia assegurar que ele era realmente capaz de administrar todo o aparato que seria colocado em suas mãos. A prova de fogo foi o filme que Cameron estava realizando, ainda em fase de pré-produção. Se conseguisse ser bem sucedido, teria o emprego na continuação de ALIEN. Mas todos nós sabemos que O EXTERMINADOR DO FUTURO foi um sucesso, então…
Sendo assim, o diretor de AVATAR tomou um caminho diferente ao de Ridley Scott. O primeiro filme da série era um exercício de claustrofobia, atmosférico ao extremo e trabalha muito bem o suspense. Sem dúvidas é um dos filmes contemporâneos mais eficazes nesse sentido. Já o filme de James Cameron segue uma proposta que impõe um ritmo mais frenético à narrativa, com bastante ação, tiroteios, explosões, correrias, muita carnificina, etc (Cameron estava trabalhando também no roteiro de RAMBO 2 antes de começar este aqui, talvez estivesse muito focado nesses elementos…). O mais impressionante disso é que o respeito de Cameron pelo original é fundamental para balancear o tom entre os dois filmes. ALIENS possui atmosfera suficiente para permanecer ao lado de ALIEN e possui ação de tirar o fôlego suficiente para garantir a proposta de Cameron.
A trama de ALIENS se passa 57 anos após os acontecimentos do primeiro filme. Ripley desperta do seu sono criogênico depois de ter sua nave encontrada pela companhia pela qual trabalhava; toma conhecimento de que toda sua família morreu; mal se recupera e já é persuadida para retornar ao planeta alienígena numa missão para averiguar a situação dos colonos que habitam o planeta, já que a comunicação com eles fora interrompida. Ela se faz de difícil, etc, mas acaba aceitando e desta vez terá ajuda de um grupo de fuzileiros carregando um grande poder de fogo.
Além de Weaver, que recebeu uma indicação ao Oscar pela sua atuação, o restante do elenco merece uma atenção à parte. Temos Michael Biehn voltando a trabalhar com o diretor, Lance Henriksen fazendo um andróide para o desespero de Ripley (quem não se lembra de Ian Holm no primeiro filme?), Bill Paxton como alívio cômico involuntário, Paul Reiser, William Hope, Jenette Goldstein e outras feras que compõem um excelente time. E é curioso como grande parte deles são subestimados atualmente.
A versão que revi e recomendo fortemente é a estendida, na qual James Cameron realiza um estudo humano muito interessante com a personagem de Sigourney Weaver e ajuda bastante na compreensão de seus atos, no instinto materno com o qual ela acolhe e protege a garotinha, única sobrevivente dos colonos, enxergando a oportunidade de ter uma família novamente, já que a verdadeira se perdeu ao longo dos 57 anos. O confronto final entre Ripley e a alien rainha toma proporções épicas visto dessa forma. A protagonista tentando proteger sua “filha” e a criatura também com um instinto de proteção pelos seus ovos.
“Get away from her, you bitch!”
Aliens é um filme inovador nos quesitos técnicos, afirmativa que pode ser reaproveitada em qualquer texto sobre os filmes dirigido pelo Cameron. Todas as suas obras seguintes revolucionaram o cinemão americano comercial de alguma maneira, seja nos efeitos especiais, sonoros ou até mesmo na forma como contar uma história, transformando seus trabalhos em experiências únicas para o público. Este aqui não foge à regra. É um espetáculo em todos os sentidos.
13.6.12
ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (1979)
Ainda não assisti a PROMETHEUS, mas revi ALIEN - O OITAVO PASSAGEIRO. Serve?
Em 1974, o jovem Dan O’Bannon escrevia um roteiro de ficção científica que acabou se transformou em filme, DARK STAR, dirigido pelo então marinheiro de primeira viagem, John Carpenter. Eu adoro o filme, mas O’Bannon parece não ter ficado muito satisfeito com o resultado. A trama, entre outras coisas, é sobre a tripluação de uma pequena nave atormentada por um alien feito de bola de praia… é de rolar de rir!
Então o sujeito resolveu pegar alguns elementos de DARK STAR para escrever um novo roteiro. Além disso, O’Bannon aproveitou sua aproximação com o artista H.R. Giger da época em que estavam preparando a adaptação de DUNA, que seria sob a direção de Alejandro Jodorowski, para trabalhar na concepção visual desse novo projeto. Ainda teve o dedo de Walter Hill na produção… Então qualquer coisa que saísse dessa combinação de mentes seria, no mínimo, interessante, mas calhou de sair ALIEN, ou seja, um dos maiores clássicos do horror espacial.
Ao contrário de vários amigos, não compartilho do mesmo desprezo pelo Ridley Scott. Não é mestre, mas quando acerta, demonstra que realmente sabe o que faz. Especialmente nesse início de carreira, o sujeito estava em estado de graça! OS DUELISTAS, BLADE RUNNER e este aqui são obras de grande vigor cinematográfico… o problema é quando lembramos de coisas como ATÉ O LIMITE DA HONRA ou o novo ROBIN HOOD.
Algumas sequências são célebres. A visita de parte da tripulação à nave alienígena abandonada cheio dos famigerados ovos estranhos; Ian Holm se revelando após a violenta pancada na cabeça desferida por Yaphet Kotto; Sigourney Weaver de calcinha se preparando para a peleja final; e claro, o sensacional parto de John Hurt, dando à luz a uma lombriga de dentes afiados. Sem contar o aspecto incrível do monstro espacial, que me deixava arrepiado quando era criança.
E vou parando por aqui, fiz esse post apenas para comentar brevemente a revisão deste filmaço na semana em que estréia o retorno de Ridley Scott ao universo ALIEN. Tempo se tornou algo precioso nesses dias e ficou complicado de postar. Depois tudo volta ao normal… Amanhã republico meu post sobre ALIENS, de James Cameron, para quem ainda não leu.
22.1.12
IN THE NAME OF THE KING 2: TWO WORLDS (2011)
Como eu havia prometido, aqui está a continuação do épico de fantasia de Uwe Boll, EM NOME DO REI 2, estrelado pelo Dolph Lundgren. O filme pode ser BAIXADO facilmente e já possui legendas em português. É só fazer uma pesquisa no google que vocês encontram fácil. E estou dizendo isso, incentivando o download, como forma de protesto contra essa babaquice de SOPA e PIPA que tem gerado discussões já faz um tempo, mas que explodiu de vez essa semana, por causa do fechamento do site Megaupload. Pau no c#$% de produtoras e senadores americanos que vem com essas idéias de jerico para acabar com a pirataria.
Mas enfim, os Anonymous já botaram o terror, por enquanto. Então vamos aproveitar e falar de coisa boa… er, nem tão boa assim, na verdade, porque diferente do primeiro filme, EM NOME DO REI 2 é bem fraco, apesar do Dolph como protagonista. Ele interpreta Granger, um policial, instrutor de artes marciais dos dias atuais, que é levado ao passado para cumprir uma profecia daqueles tempos. Seu objetivo é matar uma necromancer que lidera um exército que coloca em risco o trono do Rei, vivido por Lochlyn Munro.
E tanto personagem quanto ator parecem reagir da mesma forma diante do absurdo. Granger aceita com extrema facilidade o fato de ter viajado séculos no passado, bem longe de sua “casa”, sem saber se conseguirá retornar, fazendo piadinhas, aceitando na boa uma missão perigosa, enquanto o próprio Dolph Lundgren não parece se importar muito com o fato de estar nessa produção meia boca, com um orçamento bem abaixo que o do primeiro filme, que possuia um grande elenco de nomes conhecidos, boa produção, efeitos especiais convincentes…
E é exatamente pelo Dolph que EM NOME DO REI 2 vale ao menos uma espiada. O sujeito está engraçadíssimo, parece ter se divertido muito com as filmagens, deixado o filme com uma leveza, ao mesmo tempo, ele consegue ser badass, chutando bundas de cavaleiros de armadura, escudo e espada. Uwe Boll deve ter percebido isso e se aproveita muito do carisma e da força que o ator sueco transmite na tela. Tanto que a trama nem importa tanto. O filme é curto e a todo instante Boll joga o personagem em situações de ação.
E embora não sejam tão reconhecíveis assim, alguns integrantes do elenco mandam bem, na medida do possível, como Munro encarnando o Rei e a gata Natassia Malthe, do péssimo BLOODRAYNE 2, também do Boll. Além disso, temos um dragão em CGI que, como disse meu amigo Osvaldo Neto, parece trazido de um filme da The Asylum!
Não estou querendo empurrar pra ninguém que EM NOME DO REI 2 é uma maravilha do cinema moderno, pois não é mesmo, mas eu achei bem divertido. Se você é desses fãs ferrenhos que não deixa escapar nenhum filme do Dolph Lundgren, ou já é expert em curtir umas tralhas, então acho que vale a pena uma conferida.
Mas enfim, os Anonymous já botaram o terror, por enquanto. Então vamos aproveitar e falar de coisa boa… er, nem tão boa assim, na verdade, porque diferente do primeiro filme, EM NOME DO REI 2 é bem fraco, apesar do Dolph como protagonista. Ele interpreta Granger, um policial, instrutor de artes marciais dos dias atuais, que é levado ao passado para cumprir uma profecia daqueles tempos. Seu objetivo é matar uma necromancer que lidera um exército que coloca em risco o trono do Rei, vivido por Lochlyn Munro.
E tanto personagem quanto ator parecem reagir da mesma forma diante do absurdo. Granger aceita com extrema facilidade o fato de ter viajado séculos no passado, bem longe de sua “casa”, sem saber se conseguirá retornar, fazendo piadinhas, aceitando na boa uma missão perigosa, enquanto o próprio Dolph Lundgren não parece se importar muito com o fato de estar nessa produção meia boca, com um orçamento bem abaixo que o do primeiro filme, que possuia um grande elenco de nomes conhecidos, boa produção, efeitos especiais convincentes…
E é exatamente pelo Dolph que EM NOME DO REI 2 vale ao menos uma espiada. O sujeito está engraçadíssimo, parece ter se divertido muito com as filmagens, deixado o filme com uma leveza, ao mesmo tempo, ele consegue ser badass, chutando bundas de cavaleiros de armadura, escudo e espada. Uwe Boll deve ter percebido isso e se aproveita muito do carisma e da força que o ator sueco transmite na tela. Tanto que a trama nem importa tanto. O filme é curto e a todo instante Boll joga o personagem em situações de ação.
E embora não sejam tão reconhecíveis assim, alguns integrantes do elenco mandam bem, na medida do possível, como Munro encarnando o Rei e a gata Natassia Malthe, do péssimo BLOODRAYNE 2, também do Boll. Além disso, temos um dragão em CGI que, como disse meu amigo Osvaldo Neto, parece trazido de um filme da The Asylum!
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