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31.8.13

WEREWOLF IN A WOMEN'S PRISON (2006)


Mais um filme de lobisomem do Jeff Leroy produzido com um orçamento minúsculo, da mesma maneira que EYES OF WEREWOLF (1999), que eu comentei aqui outro dia. Aliás, recomendo uma olhada no post deste último antes de ler sobre WEREWOLF IN A WOMEN'S PRISON, para ter uma noção do que é o universo microbudget e o que esperar dos filmes de um realizador do naipe de Jeff Leroy. Só não pensem que o tema principal do sujeito se resuma ao famigerado monstro que se transforma nas noites de lua cheia. Leroy já atirou para todos os tipos de gêneros e se há um denominador comum no seu cinema é a quantidade de sangue e peitos na tela.


A trama de WEREWOLF IN A WOMEN'S PRISON é bem simples e faz uma mistura muito louca entre werewolf movie com Women in Prison, gênero no qual mulheres prisioneiras são protagonistas. Sarah (Victoria de Mare, que não chega aos pés da Stephanie Beaton, mas dá pro gasto) sai para acampar com seu namorado quando ambos são atacados por um lobisomem. A moça acaba sobrevivendo, mas acorda numa estranha prisão e descobre que seu namorado foi morto pela criatura. O problema é que Sarah foi mordida pelo lobisomem e, bom, todos nós sabemos o que isso significa. Leroy abusa de todos os clichês que se espera num filme de prisão feminina: briga de detentas, lesbianismo, guardas sádicos, nudez gratuita... O fator lobisomem entra no conjunto acrescentando um sabor a mais: doses cavalares e explícitas de gore. 


Não custa ressaltar novamente que se trata de uma produção extremamente pobre e só é recomendando para paladares finos. É preciso muita boa vontade por parte do espectador para aceitar o péssimo desempenho do elenco (se bem que com a abundância de peitos, atuação não faz muita diferença), os cenários modestos que parecem tudo, menos uma prisão, e os efeitos especiais toscos, mas eficientes e criativos, levando em conta o orçamento humilde da produção... Finalizo citando o amigo Osvaldo Neto quando diz que o charme de WEREWOLF IN A WOMEN'S PRISON "reside no roteiro cheio de referência e amor ao cinema exploitation e na mais completa cara de pau do seu realizador e equipe fazerem de tudo para o longa ser um espetáculo de sanguinolência e putaria do início ao fim." Eu não poderia concordar mais.  

29.8.13

THE BIG SWITCH (1968)


O primeiro filme dirigido pelo britânico Pete Walker começa com uma negrona biscoituda fazendo um strip tease num clube. Aliás, o que não falta em THE BIG SWITCH, nos seus quase 80 minutos, são mulheres tirando a roupa sem muita dificuldade. Walker é mais conhecido pelos exemplares de horror que realizou nos anos setenta, como FRIGHTMARE e SCHIZO, mas neste início de carreira o seu tema principal eram seios desnudos balançando na tela em thrillers policiais. No caso de THE BIG SWITCH, um playboy londrino chamado John Carter é implicado no assassinato de uma loura que ele queria comer. E por conta disso, acaba se envolvendo com o submundo do crime, sendo chantageado e etc... e a cada situação, dá-lhe mulheres com peitos de fora.

Dizem que Walker começou a escrever o roteiro de THE BIG SWITCH pela manhã e terminou na tarde do mesmo dia. Se é que podemos chamar o que temos aqui de roteiro. As filmagens demoraram menos de uma semana e tudo isso reflete no filme, que é cheio de atuações ruins (Sebastian Breaks que faz o protagonista é um tremendo canastrão), e uma direção desleixada, sem ritmo, com poucos momentos de criatividade. Então, o filme é uma porcaria? Diria que sim, mas é assistível pela quantidade de peitos, é tão curto que não dá tempo de se chatear e vale pela curiosidade de conhecer os primórdios do cinema desse diretor peculiar.

23.8.13

THE LOST EMPIRE (1985)


Antes de se tornar um dos diretores mais conspícuos do cinema classe B pós-80's, Jim Wynorski ganhava experiência e bagagem cinematográfica trabalhando como roteirista, escrevendo artigos sobre filmes de gênero em publicações como a Fangoria e estando sempre envolvido em várias produções do mestre Roger Corman. Quando chegou o momento de realizar seu primeiro trabalho como diretor, pegou os clichês de seus filmes favoritos e juntou com as suas obsessões próprias. O resultado é THE LOST EMPIRE, um sci-fi muito louco que mistura ninjas assassinos, artefatos mitsticos, um feiticeiro decano, terras desconhecidas, mulheres peitudas com figurinos provocantes e um elenco bem batuta!


O enredo é tão divertido quanto bagunçado e acho que não valeria a pena ficar explicando. Mas só prá dar um gostinho, digo que três beldades vão parar numa ilha comandada por um feiticeiro chamado Dr. Sin Do para descobrir porque o irmão de uma delas foi assassinado por um bando de ninjas. Lá acontece um torneio de artes marciais, ao mesmo tempo mulheres são mantidas escravas e, por fim, o Dr. possui planos diabólicos de combinar algumas pedras preciosas antigas que lhe darão poder para conquistar o mundo!



É Jim Wynorski prestando homenagem às coisas que tanto ele quanto nós adoramos no cinema grind house e exploitation. Percebe-se em THE LOST EMPIRE influências do próprio Corman, mentor de Wynorski e produtor de vários de seus filmes (incluindo este aqui), Jack Hill, Russ Meyer (pelas várias cenas de peitos de fora), e até filmes de espionagem estilo 007. Jim nunca foi um diretor estiloso, mas sempre demonstrou habilidade para filmar cenas marcantes, sexys e engraçadas, além de muita personalidade para trabalhar com vários rostos famosos dos filmes B. Analisando a carreira do sujeito, percebe-se um sutil amadurecimento no trabalho de direção, mas é incrível como Jim já tinha pulso firme pra fazer o que queria já nesta primeira experiência atrás das câmeras.


Outro detalhe que salta aos olhos neste debut é a quantidade de celebridades do cinema independente que conseguiram juntar em THE LOST EMPIRE. Isso é que dá ter Roger Corman como padrinho. Do lado feminino, várias musas do cinema classe B que nunca tiveram receio de tirar a blusa, como Melanie Vincz, Raven De La Croix (que trabalhou com Russ Meyer), Angela Aames, Linda Shayne e a deusa exuberante Angelique Pettyjohn. Na ala carrancuda temos Blackie Dammett (também conhecido por ser pai de Anthony Kiedis, vocalista da banda Red Hot Chilli Peppers), o fortão Robert Tessier e o grande Angus Scrimm, que faz o vilão Dr. Sin Do.

Hoje, Jim Wynorski já possui computada uma filmografia com mais de noventa títulos. Nem todos são bons, muito menos obrigatórios. Mas para quem se interessa por cinema independente de gênero, THE LOST EMPIRE é imperdível.

Mais alguns screenshots:






22.8.13

EYES OF THE WEREWOLF (1999)


Esse lance de cinema de orçamento minúsculo é especialidade do meu amigo Osvaldo Neto, do blog Vá e Veja, o guru dos B movies, a maior autoridade no Brasil sobre cinema independente de gênero feito nos Estados Unidos. Como ele me incentiva a ver esse tipo de produção com tanto entusiasmo, lá vou eu conferir algumas coisas. Resolvi escrever sobre um dos exemplares em especial que vi esses dias: EYES OF THE WEREWOLF.

Mas antes de começar a falar sobre o filme, é preciso que o leitor tenha em mente que estamos entrando no universo do microbudget e falamos sério sobre o quão irrisório é o montante dessas produções. Não se trata de cinema de baixo orçamento, mas de filmes feitos literalmente SEM orçamento algum! Pelas próprias screenshots do post já dá pra ter uma noção da qualidade dos cenários, do visual pobre, dos efeitos especiais caseiros....


O orçamento de EYES OF THE WEREWOLF, por exemplo, gira em torno de cinco mil dólares, segundo o imdb. CINCO MIL dólares!!! Não dá nem prá pagar o almoço do Tom Cruise num dia de filmagem numa produção Hollywoodiana. E esses caras fazem um filme inteiro com esse dinheiro, na raça e por amor ao cinema de gênero!

E é preciso fazer essa introdução porque esse tipo de cinema, infelizmente, não é pra qualquer um. Pode parecer arrogância, mas são poucos os que possuem paciência e boa vontade para encarar exemplares que parecem filmados com câmera de VHS... Na verdade, muitos filmes desse universo são realmente realizados com esse tipo de equipamento. No entanto, quem conseguir entrar no clima e aproveitar as boas coisas que esses filmes tem a oferecer, será bem recompensado. Eu acho...


Bom, estão avisados. Vamos ao filme. EYES OF THE WEREWOLF é sobre Rich Stevens, um cientista que sofre um acidente de laboratório que o deixa completamente cego. Graças a um milagroso transplante de olhos o sujeito consegue enxergar novamente. O problema é que o médico responsável pela operação compra órgãos do mercado negro e, por uma grande coincidência, os novos olhos do protagonista pertenciam a alguém que nas noites de lua cheia se transformava em lobisomem. É claro que não demora muito e o sujeito começa a uivar, assumir a forma meio lobo, meio humano, e atacar as pessoas durante as noites que a lua brilha mais forte. Rich conta com a ajuda de uma galeria de personagens interessantes, entre eles a enfermeira gostosa Sondra, interpretada pela robusta Stephanie Beaton, e um anão aleijado especializado em ocultismo, além de uma detetive lésbica que fica dando em cima da enfermeira o tempo todo...


O filme foi escrito e dirigido por Tim Sullivan, que também faz o papel do médico. Na verdade, Sullivan é ator e pode ser visto em várias produções do "gênero" microbudget. Embora não seja creditado, o imdb aponta Jeff Leroy também como diretor. Acredito que atualmente Leroy seja a mente mais criativa no cenário independente de gênero, trabalhando em diversas incumbências atrás das câmeras, como diretor de fotografia, edição e efeitos especiais. Neste último item, quase sempre p faz à moda antiga, bem artesanal, evitando ao máximo o uso de CGI, mesmo em trabalhos mais recentes.

Alíás, um dos principais destaques de EYES OF THE WEREWOLF é justamente os efeitos especiais de maquiagem nas cenas dos ataques violentos do lobisomen. Apesar de toscos, são cheios de gore e demonstram a criatividade de Leroy para driblar os evidentes problemas orçamentários.


Mas o principal atrativo do filme se chama Stephanie Beaton, a enfermeira que se apaixona pelo protagonista. Uma ruiva maravilhosa de corpo exuberante e que não tem receio algum em botar os peitões prá fora. E os diretores fizeram muito bem em explorar a boa vontade da moça em tirar a blusa. Os nossos olhos agradecem. Há duas longas cenas de sexo softcore (nem a calcinha ela tira) na qual os atributos de Beaton ficam em expostos por um bom tempo na tela.



Agora, em outros departamentos a coisa complica. O visual dos cenários é bem simples, o trabalho de câmera é pobrezinho, as cenas noturnas são claramente filmadas durante o dia e são porcamente adicionados filtros que imitam a noite; as atuações de todo o elenco são péssimas, com exceção do anão aleijado que parece levar seu personagem à sério. hehehe! Beaton está perdoada pela dose de nudez. Mas tudo isso faz parte do charme desse tipo de produção e seria estranho se não fosse assim. EYES OF THE WEREWOLF é uma boa maneira de entrar com o pé direito nesse universo do microbudget. Há boas ideias, peitos, violência, um lobisomem à solta e cumpre a missão de ser uma despretensiosa diversão.

OBS: Se o imdb estiver correto e Jeff Leroy tiver mesmo participação na direção, trata-se da sua estreia nessa função.

OBS2: Leroy aproveitou exatamente a mesma maquiagem de Lobisomem utilizada aqui em EYES OF THE WEREWOLF em outro filme seu: WEREWOLF IN A WOMEN'S PRISON, outra belezinha que pretendo comentar depois.