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28.5.10
FÚRIA DE TITÃS (Clash of the Titans, 2010), de Louis Leterrier
Tinha boas espectativas com esta refilmagem, talvez este tenha sido meu erro. Não que esta recauchutagem seja um desastre, possui alguns momentos divertidos, personagens interessantes (como o Draco, de Mads Mikkelsen, uma das melhores coisas do filme), mas o resultado final não deixa de ser fraco. Tenho impressão que os realizadores se perderam em algum ponto entre a adaptação do roteiro, filmagem ou edição. O peso que a trama, seus detalhes e alguns personagens possuem nunca recebem a importância necessária devido ao ritmo que atualmente o público parece exigir e que o filme impõe para agradá-lo. Acaba tudo acontecendo rápido demais, sem profundidade alguma e a narrativa cadenciada do original ganha essa roupagem "videoclíptica" pós-SENHOR DOS ANÉIS. Algo inevitável nos dias de hoje, mas não abro mão de uma reclamação. Isso sem contar certas alterações desnecessárias que não fazem sentido algum. Não gosto de fazer comparações, mas o FÚRIA DE TITÃS de 1981 é infinitamente superior em todos os sentidos.
22.12.09
AVATAR (2009), de James Cameron

Mas gostei do filme. Como uma boa aventura, um bom entretenimento, a coisa funciona tranquilamente. Mas é só. Quem esperava o velho Cameron da época de O EXTERMINADOR DO FUTURO II vai se sentir frustrado, porque a atenção do diretor aqui é somente no visual, nos efeitos especiais, em como utilizar os recursos do 3D, etc, deixando de lado a preocupação na forma, na estrutura, ritmo, conteúdo, personagens...
Mas nada disso faz muita diferença quando a pretensão do diretor era mesmo submeter o seu público a uma experiência visual impressionante e sem precedentes. De fato, Cameron cumpre o que prometeu com a ajuda da tecnologia ultra moderna. A concepção visual do universo desenvolvido por Cameron e seus artistas já pode ser considerada um marco na história dos efeitos especiais.

Aliás, meus olhos sentiam um alívio visual quando o protagonista acordava e os atores em carne e osso podiam ser vistos (porque tanta masturbação sensorial me cansou um pouco), principalmente com o Stephen Lang em cena, de longe a MELHOR coisa do filme. Se existe algo que James Cameron comprova que não perdeu foi sua capacidade em construir vilões. Lang está perfeito em todos os sentidos. Tem presença e sabe atuar. Já havia roubado a cena em INIMIGOS PÚBLICOS e aqui o faz com maestria novamente. Incrível como esse sujeito não havia se destacado antes. 2009 é o ano de Stephen Lang! Está lançada a minha campanha!

8.6.09
O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO (Terminator Salvation, 2009), de McG

Mas, vamos lá. Comparando com os outros filmes da série, este novo capítulo não chega nem no dedinho do pé dos dois primeiros filmes do James Cameron. Mas é superior ao terceiro, de 2003, dirigido pelo Jonathan Mostow. Contextualizando ainda mais no painel dos caça níqueis dos últimos anos, O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO não decepciona. E entre os blockbusters que eu vi este ano, fica atrás apenas do novo STAR TREK.

O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO se passa no futuro apocalíptico previstos nos filmes anteriores, onde John Connor (Christian Bale) é um dos principais nomes da resistência dos humanos contra as máquinas que dominam o mundo. O filme explora o drama de Connor que, ouvindo as fitas deixadas por sua mãe, Sarah Connor (na voz de Linda Hamilton), tenta encontrar Kyle Reese (Anton Yelchin) para enviá-lo ao passado para proteger sua mãe, o que se estabelece um conflito psicológico extremamente complexo, já que Connor tem consciência de que aquele rapaizinho é seu pai.

Outro personagem chave na trama é Marcus Wright (Sam Worthington), sujeito que em 2003 foi executado por assassinato, mas doou seu corpo para um projeto experimental. Acaba acordando em 2018 cheio de surpresas pra moçada que assiste ao filme, e que eu não vou contar. Mas vale ressaltar que seu personagem é bem bacana e rouba o filme do Bale, e talvez por isso este último tenha ficado tão nervozinho nos sets de filmagens...

E nisto, acho que não tenho do que reclamar. Além de ser uma constante, McG surpreende com a segurança em que filma este tipo de sequencia, contando com a ajuda, é claro, do bom uso dos efeitos especiais e um excepcional trabalho de som! A cena do helicóptero caindo no início é sensacional, seguido de uma luta ferrenha entre Connor e um exterminador partido ao meio, mas que ainda assim dá um trabalho danado para o herói. Outra sequencia magnífica é aquela em que Marcus, Kyle e a menininha muda tentam escapar das “motos exterminadoras”, numa referencia ótima a MAD MAX II.

Finalizando, todo o elenco está muito bem para um filme como este, não dá pra ficar analisando interpretações a fundo, mas temos participação de um ator que eu gosto muito, Michael Ironside. Gostei de vê-lo na telona. O roteiro utiliza alguns elementos e frases dos filmes anteriores e até a música do Guns N’ Roses, que faz parte da trilha do segundo capítulo, aliás, o melhor da série e um dos grandes filmes de ação que o cinema concebeu. O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO pode não ser do mesmo nível, mas não afeta a integridade da saga.
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