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16.10.10

PIRANHA 3D (2010), de Alexandre Aja



Assisti ao original, do Joe Dante, há muito tempo e até queria fazer uma revisão antes de assistir a este novo. A única coisa que me lembro é que havia piranhas assassinas almoçando turistas de uma pequena cidade à margem de um lago, ou seja, o plot básico. Os detalhes da trama, personagens, etc, não faço a menor idéia se bate uma versão com a outra, só sei que neste remake o francês Alexandre Aja entregou um espetáculo doentio de encher os olhos com as doses cavalares de violência explícita e mulheres gostosas... o cara realmente tem colhões! Depois daquele pequeno deslize que foi ESPELHOS DO MEDO (e que eu não acho ruim), Aja demonstra que ainda tem pulso firme pra coisa, ainda é o diretor insano de HAUTE TENSION e VIAGEM MALDITA. Fazia tempo que eu não via um produto de Hollywood com tanto gore e atrocidades com os personagens. O próprio diretor já vinha preparando o terreno e alertando que PIRANHA 3D seria um banho de sangue, mas ainda assim consegue surpreender. Aja não desvia a câmera em nenhum momento para mascarar o estrago que essas pobres bichinhas fazem à carne humana. E os efeitos especiais e maquiagens são simplesmente GENIAIS! Claro que não se pode exigir do roteiro meia boca, mas quem liga pra isso quando só se vê peitos e violência sem pudor a cada 5 minutos na tela?

26.6.10

THE TOURNAMENT (2009), de Scott Mann

A cada sete anos, em uma cidade diferente, um grupo de jogadores do alto escalão executa apostas numa competição onde os maiores assassinos profissionais do mundo todo se reúnem para matar uns aos outros. Só pode haver um sobrevivente e este recebe um prêmio de dez milhões de dólares. O problema é que depois deste evento, o comércio de assassinatos por encomenda fica carente de bons profissionais, mas isso não é da minha conta.

Com essa premissa apelativa, o título genérico THE TOURNAMENT, Ving Rhames e Robert Carlyle no elenco, não entendi porque o filme não teve lançamento comercial nos cinemas americanos. Chegou a passar em algumas mostras, mas foi lançado direto no mercado em DVD e isso poderia ser mal sinal. A não que fosse intenção dos realizadores, mas estariam perdendo uma boa oportunidade de arrecadar mais.

De qualquer forma, fui sem grandes expectativas, mesmo com a indicação do amigo BLOB, que possui extremo bom gosto e havia gostado deste aqui. Mas uma das coisas que me chamou a atenção logo de cara é a presença de Scott Adkins no elenco, o ator habitual do diretor Isaac Florentine, que nos últimos anos nos brindou com bons filmes de ação casca grossa, como UNDISPUTED 2 e NINJA. O terceiro filme da série UNDISPUTED já tenho em mãos e o amigo Otávio Pereira confirmou que é uma beleza!

THE TOURNAMENT começa muito bem e se impõe como aquele tipo de produção que se você tiver estômago fraco, é melhor trocar de filme! Vá assistir TOMATES VERDES FRITOS. É o final de uma dessas competições, acontecendo aqui no Brasil, Ving Rhames é um dos três ultimos sobreviventes e mesmo sem arma alguma consegue se tornar campeão matando seus oponentes sem piedade e de forma brutal.

Mas a trama principal ocorre sete anos depois, na Inglaterra, quando se inicia um novo torneio. Ving está de volta porque quer se vingar do responsável pela morte da esposa, que é um dos participantes. Só que a estória não gira em torno do personagem de Ving, para minha surpresa. Na verdade, o roteiro desenvolve dois protagonistas: o britânico Robert Carlyle, que vive um padre alcóolatra que acaba entrando acidentalmente no torneio após engolir o dispositivo de localização de um dos participapantes, e Kelly Hu, uma assassina sentimental que percebe que o padre não faz parte do jogo e decide protegê-lo. Apesar de Ving Rhames não ser protagonista, é muito legal vê-lo novamente num personagem badass como este aqui.

Infelizmente alguns outros personagens poderiam ser melhor aproveitados, mas pelo menos suas presenças rendem bons momentos. O próprio Adkins sai logo de cena muito rápido, mas o quebra pau com Kelly Hu na igreja abandonada demonstra porque ele é um dos melhores atores do cinema de porrada ocidental atualmente. O mesmo para o assassino francês praticante do parkour que tem um pouco mais de tempo que o Adkins.

Mas a maioria dos vilões serve apenas para fazer número mesmo, para aumentar ao máximo a quantidade de ação e de corpos cravados de balas ou explodidos. E THE TOURNAMENT possui uma bela dose de violência explícita! O climax do filme é uma perseguição com Ving em um caminhão atrás de um ônibus guiado pelo padre de Carlyle, enquanto Kelly Hu troca socos com o francês do parkour em seu interior.

A direção de Scott Mann é do tipo em que a câmera treme freneticamente e a edição picota as cenas de ação em planos que não duram mais de um segundo, da mesma forma como estamos cansados de ver neste tipo de filme atualmente e isso é um problema que pode incomodar, embora essas cenas não sejam totalmente descartáveis. Ao menos dá pra entender o que acontece na tela nas sequências de ação. O que é difícil de aguentar é o melodrama da persoangem de Kelly Hu, principalmente porque ela não tem a mínima capacidade de expressar qualquer sentimento mais dramático. Como atriz de ação, se sai muito bem, mas é só.

THE TOURNAMENT diverte tranquilamente, não me entediou em momento algum, apesar de alguns detalhes, é bom filme de ação desenfreada e exagerada. Só não acho que chega ao mesmo nível de algumas belezinhas do gênero que também não passaram nos cinemas, como THE BUTCHER, ICARUS, BLOOD AND BONE e SOLDADO UNIVERSAL: REGENERATION.

6.5.10

O IMBATÍVEL (Undisputed, 2002)/O LUTADOR (Undisputed 2: Last Man Standing, 2006)

No útlimo fim de semana procurei outros filmes recentes do Michael Jai White para vê-lo distribuindo porrada em meliantes como em BLOOD AND BONE e BLACK DYNAMITE. Me deparei com UNDISPUTED 2, continuação de um filme dirigido pelo Walter Hill em 2002 e que, por pura negligência da minha parte, ainda não havia assistido. Enfim, foi uma experiência interessante, além de poder ver um ótimo filme de luta estrelado pelo Jai White ainda tirei o atraso com o filme Hill, que é obrigatório para os fãs do sujeito.

Ambos os filmes se passam em prisões e envolvem lutas “profissionais” entre os encarcerados, mas o resultado de cada é bem diferente um do outro. UNDISPUTED é puro Walter Hill! Cinema classudo, sério, focado em personagens bem talhados e com direção extremamente segura. Temos Wesley Snipes na pele de Monroe Hutchen, campeão de boxe de Sweetwater, uma prisão de segurança máxima que promove legalmente lutas entre presos. Ving Rhames é George Iceman Chambers, o campeão mundial dos pesos pesados que acabou de ser condenado por estupro e encarcerado em Sweetwater. É claro que dois sujeitos desse calibre não dividem o mesmo espaço pacificamente e para nossa alegria vão ter que trocar alguns socos pra decidir quem realmente é o melhor.

Wesley Snipes está ótimo, mas seu personagem não é tão explorado quanto o Iceman de Rhames. Este aproveita para entregar uma excelente performance. Arrogante, cínico e violento, logo estamos torcendo para que o Sr. Hutchen lhe meta a mão na fuça. O elenco ainda conta com nomes de peso, como Michael Rooker, o carcereiro chefe e juiz das lutas; Wes Studi, companheiro de cela de Iceman Chambers; Fisher Stevens, o “técnico” de Monroe; o velho Peter Falk, uma das figuras mais interessantes em cena, um prisioneiro com certas regalias, profundo conhecedor de boxe, aquele tipo de personagem que gostamos de encontrar em certos tipos de filmes...

Walter Hill já possui certa experiência em filmes de luta. Dirigiu o clássico LUTADOR DE RUA, com Charles Bronson distribuído murros em brigas clandestinas. Aqui temos poucas seqüências de ação, mas todas muito bem cuidadas e editadas, garantem um bom espetáculo para acompanhar as excelentes atuações.

Produzido pela Nu Image e dirigido por Isaac Florentine, UNDISPUTED 2 é mais focado no quebra pau mesmo. Não esperem personagens muito complexos, densidade na trama ou certas coerências, mas se você estiver num daqueles dias em que estes probleminhas não fazem muita diferença e o que vale mesmo é uma boa coreografia entre lutadores trocando sopapos, então este aqui é uma excelente pedida!

Iceman Chambes, agora encarnado por Michael Jai White, está na Rússia fazendo comercial vagabundo em troca de dinheiro para pagar as contas. Após uma armação desgraçada pra cima dele, vai parar no xadrez novamente por posse de grande quantia de drogas. Uma desagradável prisão russa é o cenário onde um campeão de artes marciais local quer desafiá-lo. Tudo faz parte de um plano da máfia russa para ganhar uma boa grana em apostas por esta luta.

Pela proposta deste segundo filme, Jai White substitui Rhames a altura, até porque exige muito mais do físico do ator do que de uma atuação brilhante como foi a do Rhames no primeiro. E Jai White faz aquilo que sabe, não é lá muito expressivo, mas está tão a vontade no personagem que não chega a fazer falta uma interpretação mais exigente. Uma diferença drástica que o personagem sofre é que agora ele é o “mocinho” do filme.

Quem está surpreendente é o Scott Adkins, habitual colaborador de Florentine, mandando muito bem nas cenas de ação. Ele vive Uri Boyka, o oponente com o qual Iceman terá de enfrentar. As sequências de luta de UNDISPUTED 2 são de encher os olhos. Os movimentos dos atores, coreografia, edição e principalmente o olhar do diretor contribuem para o ótimo resultado!

Por falar em Florentine, assisti ainda no domingo a outro filme realizado por ele, THE SHEPHERD: BORDER PATROL, estrelado por Jean Claude Van Damme e novamente Scott Adkins como o vilão. O baixinho belga é um patrulheiro de fronteira às voltas com um grupo organizado de traficantes de drogas. O filme não é tão bom quanto UNTIL DEATH, SOLDADO UNIVERSAL: REGENERETION, JCVD, mas consegue divertir tanto quanto esses títulos, principalmente porque comprova o talento de Florentine como diretor de ação.

E para finalizar, um boa notícia aqui.
E a ótima parceria se repete.