
Mas o andamento da estória nunca deixa muito claro quais são as verdadeiras intenções do médico, inclusive, a principio, eu cheguei a pensar que o personagem de Perkins fosse homossexual (e era, na vida real), mas logo o próprio enredo descarta essa possibilidade mostrando a esposa do sujeito (Ireland) que se prepara para sair em uma viagem habitual. Então os planos são outros, e a coisa é intrigante, isso eu garanto. Mas não digo mais nada para não estragar a surpresa.

Perkins está estranho e ótimo como sempre, mas a grande maioria vai se surpreender é com a atuação do velho Bronson, em plena fase européia (o filme é uma produção francesa), numa performance de verdade, convencendo como um homem que sofre de amnésia. É um filme perfeito para calar a boca de qualquer um que só viu as tralhas da Cannon que o Bronson fez nos anos 80 e pensa que ele só fez aquele tipo de filme / personagem (e que eu também adoro, diga-se de passagem, por pior que sejam).
Outros filmes que vi no feriado incluem A ILHA DOS HOMENS PEIXES, do Sergio Martino; RATOS: A NOITE DO TERROR, do Bruno Mattei; INFERNO CARNAL, do Mojica e uma revisão de THE TOXIC AVENGER, do Lloyd Kauffman.