
Finalmente assisti a este ótimo filme de Matteo Garrone, baseado no homônimo de Roberto Saviano. Trata-se de um filme que procura de alguma forma denunciar, analisar ou simplesmente mostrar o funcionamento de uma das organizações mafiosas mais perigosas do mundo, a “camorra”, que é algo um tanto complexo de se abordar tendo em vista a grande variedade de veias que funcionam dentro da organização.
Mas até que Garrone se sai muito bem, principalmente pelo tom realista, cru, sem trilha sonora nem o glamour de algumas fases dos filmes de gangsters americanos (sem desmerecer, obviamente, estas fases, que eu tanto adoro). Tudo gira em torno dos tentáculos da organização e o diretor tenta abocanhar um pouco de tudo. Optou por uma narrativa entrecortada por várias histórias e que gera um certo desequilíbrio no seu decorrer, pois alguns fragmentos não têm o peso de outros.
Coisinha boba de delimitação e quebra de ritmo, na verdade. As situações mais interessantes têm força suficiente para compensar a falta das outras. Num balanço geral, GOMORRA é desconcertante, sério e renova o vigor cinematográfico italiano sem precisar de manifestos, anacronismos ou se deslocar demais de todo resto.
Mas até que Garrone se sai muito bem, principalmente pelo tom realista, cru, sem trilha sonora nem o glamour de algumas fases dos filmes de gangsters americanos (sem desmerecer, obviamente, estas fases, que eu tanto adoro). Tudo gira em torno dos tentáculos da organização e o diretor tenta abocanhar um pouco de tudo. Optou por uma narrativa entrecortada por várias histórias e que gera um certo desequilíbrio no seu decorrer, pois alguns fragmentos não têm o peso de outros.
Coisinha boba de delimitação e quebra de ritmo, na verdade. As situações mais interessantes têm força suficiente para compensar a falta das outras. Num balanço geral, GOMORRA é desconcertante, sério e renova o vigor cinematográfico italiano sem precisar de manifestos, anacronismos ou se deslocar demais de todo resto.