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14.1.09

últimos filmes...

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (2008), de David Fincher: Era o meu favorito daquela premiaçãozinha cretina que ocorreu no último domingo, tendo em vista que GRAN TORINO e THE WRESTLER não concorreram ao prêmio principal. Mas este aqui também é muito bom, do mesmo nível que estes dois. Lógico que é infinitamente melhor que SLUMDOG (acho que já virei o maior detrator do filme do Danny Boyle). É uma espécie de conto de fadas para adultos, brilhantemente conduzido pelo David Fincher e com roteiro de Eric Roth (o mesmo de FORREST GUMP, e já até começaram as comparações entre os dois filmes...) adaptado de um conto escrito em 1922 por F. Scott Fitzgerald sobre um sujeito que nasce velho e vai rejuvenescendo na medida em que cresce. A partir dessa premissa bizarra, Fincher constrói uma trama riquíssima em detalhes que além de manter a atenção do público integralmente, consegue induzir a reflexão sobre o tempo e a morte (ou a vida). Me peguei pensando nessas questões ainda horas depois que filme havia acabado. A maquiagem e o visual são muito interessantes, um belo exemplar de como recriar mundos e corpos artificiais de maneira funcional. Haja photoshop!

MILK (2008), de Gus Van Sant: Este aqui também é outro que poderia estar entre as categorias principais, mas foi ignorado. Porque não é só de Sean Penn que o filme sobrevive. Claro que o sujeito está excelente interpretando Harvey Milk, o primeiro político assumidamente gay eleito nos Estados Unidos, mas a direção de Gus Van Sant também é ótima! É a mistura, que uma hora aconteceria, entre aquela linguagem experimental iniciada em GERRY com a convencional da época de GÊNIO INDOMÁVEL. Uma coisa de alto nível para o “padrão Hollywood”. Principalmente com a fotografia maravilhosa do Harris Savides. O elenco é de primeira e conta com James Franco, Emile Hirsch, Josh Brolin, Diego Luna e outros que também merecem destaque. A trama acompanha o protagonista desde a época em que decide mudar de vida com seu bofe, aluga um canto na Rua Castro (bem sugestiva), em San Francisco, e inicia modestas campanhas políticas, manifestações em favor dos direitos homossexuais até se tornar um político de verdade. É um bom panorama sobre o tema nos anos setenta nos Estados Unidos e Sean Penn está sensacional, mas ainda assim, prefiro o personagem mais humano de Mickey Rourke em THE WRESTLER.

A TROCA (2008), de Clint Eastwood: Como prometido, levei a minha pequena ao cinema. Só Não entendi qual foi a dos críticos em meter o pau neste filme. Na verdade, entendi sim, mas não concordo. O problema seria a falta de equilíbrio e o foco, já que no meio de uma trama nasce outra, talvez com maior peso que a primeira. Ok. Isso de fato acontece. Inicialmente, o filme trata de uma mãe (Angelina Jolie, demonstrando que pode ser ótima atriz quando trabalha com o diretor certo) cujo filho foi seqüestrado, acaba desconfiando que o garoto que a policia encontrou e “devolveu” não se trata da mesma criança que deveria ser seu filho. Aí surge uma história paralela, uma investigação policial sobre um serial killer de crianças, que obviamente faz ligação com a outra história. Bom, é certo que nas mãos de outro diretor, o filme seria uma bagunça cheia de excessos, mas estamos falando do velho Clint. O sujeito conduz da mesma forma segura, clássica, com força narrativa como em qualquer outro filme seu e tudo flui muito bem. As suas mais de duas horas de duração passam tranquilas e o resultado é um filme belíssimo. A diferença é que, se não me engano, é o primeiro filme com ponto de vista feminino na filmografia do Clint. Mas isso também não é problema algum...