Mostrando postagens com marcador Fantasporto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fantasporto. Mostrar todas as postagens

10.3.13

FANTASPORTO 2013 #3: Os vencedores

O FANTASPORTO chegou ao fim e eu só consegui assistir a mais alguns poucos filmes, como ACE ATTORNEY, do Takashi Miike, (que é muito bom) e o espanhol MAMA (que tem uns bons sustos e uma ideia central interessante, mas o roteiro é muito frouxo). Ano que vem, se eu ainda estiver por aqui, talvez consiga comparecer com mais frequência. Em todo caso,  já valeu a pena. Os vencedores:

COMPETIÇÃO CINEMA FANTÁSTICO
Grande Prémio Fantasporto 2013 - Melhor Filme
MAMA, de Andrès Muschietti Prémio

Especial do Júri
O APÓSTOLO, de Fernando Cortizo

Melhor Direção
Andrès Muschietti por MAMA

Melhor Ator
Toby Jones em BERBERIAN SOUND STUDIO

Melhor Atriz
Jessica Chastain em MAMA

Melhor Roteiro
FORGOTTEN, de Alex Schmidt

Melhores Efeitos Especiais/Fotografia
IRON SKY, de Timo Vuorensola

Melhor Curta-Metragem
HOTEL, de José Luis Aleman
SEMANA DOS REALIZADORES
Melhor Filme
PIETA, de Kim Ki-Duk

Prémio Especial do Júri
WHITE TIGER, de Karen Shaknazarov

Melhor Diretor
Karen Shaknazarov por WHITE TIGER

Melhor Roteiro
Boudewijn e Jolein Laarman por KAWBOY

Melhor Actor
Aleksey Vertkov em WHITE TIGER

Melhor Actriz
Lee Jung-Jin em PIETA

ORIENT EXPRESS
Melhor Filme
THE GRAND HEIST, de Kim Joo-Ho 

Prémio Especial do Júri
THE WEIGHT, de Jeon Kyu-Hwan

PRÉMIOS NÃO-OFICIAIS
Prémio da Crítica
THE SEASONING HOUSE, de Paul Hyett

Prémio do Público
THALE, de Aleksandre Nordaas

2.3.13

FANTASPORTO 2013 #2: RED SHOES (1948)

Às onze e meia da noite o Teatro Rivoli no centro do Porto estava cheio e a platéia ávida para receber uma carga do mais puro cinema. O filme? RED SHOES, conhecido no Brasil como SAPATINHOS VERMELHOS. Assistí-lo na tela grande foi uma experiência inesquecível, um espetáculo visual de rara grandeza, valorizado pela exacerbada paleta de cores em Technicolor fotografado pelo genial Jack Kardiff (que supervisionou a restauração do filme). Uma homenagem que o festival faz ao diretor Michael Powell que conduziu esse clássico absoluto de 65 anos em parceria de Emeric Pressburger.

O único filme do Powell que eu havia assistido antes foi PEEPING TOM (60), talvez mais propício ao FANTASPORTO por se tratar justamente de um suspense de serial killer. Mas RED SHOES possui seu toque mágico, surreal e enebriante na maneira de interpretar o conto de Hans Christian Andersen, construindo um estudo sobre obsessão ao narrar a ascensão de uma jovem bailarina e um promissor compositor no momento em que entram numa grande companhia de balé internacional. Mas o centro do filme é o empresário controlador da compahnia, Boris Lermontov, interpretado por um devastador Anton Walbrook. O ápice de RED SHOES é o deslumbrante número musical, a apresentação do balé que dá nome ao filme, colocado no meio da história. São dez minutos de um magistral exercício poético visual que descarta a linha que separa a fantasia da realidade criando imagens impressionantes. A explosão cromática, a performance dos atores, os efeitos especiais da época, um momento que não perdeu a força do seu impacto com o passar das décadas, dos mais arrebatadores que já presenciei dentro de uma sala de cinema.

FANTASPORTO 2013 #1: THE LAST WILL AND TESTAMENT OF ROSALIND LEIGH (2012)

Infelizmente, mesmo estando na cidade onde acontece um dos principais festivais de cinema fantástico do mundo, não vou conseguir fazer uma cobertura decente, da maneira como gostaria, porque o mestrado tem sugado meu precioso tempo. Não vou deixar de ir a algumas sessões, mas queria poder participar mais.

Mas, vamos lá. O filme de estreia, ontem, foi o aguardado MAMA, apadrinhado pelo Guilermo Del Toro e dirigido por Andres Muschietti. Mas como vai estrear semana que vem aqui em Portugal, resolvi assistir outro no mesmo horário, em outro auditório. O filme assistido, então, foi THE LAST WILL AND TESTAMENT OF ROSALIND LEIGH (2012), uma produção canadense de um tal Rodrigo Gudiño.
A trama é sobre um sujeito que herda uma antiga casa de sua mãe recém falecida e resolve passar um tempo no local. A casa é toda enfeitada de artigos religiosos e aos poucos o rapaz descobre que no local era praticado um culto misterioso. Além disso, tudo indica que o espírito da mãe permanece vagando pelos cômodos e corredores e tenta fazer contato com o filho, usando objetos e criando situações que o faz investigar vários enigmas que a casa esconde... O problema é que a busca do protagonista se dá de maneira extremamente lenta, cansativa e pouca coisa de fato acontece para prender a atenção do espectador. E quando acontece, nunca é totalmente satisfatório, com poucas exceções. A duração é de 80 minutos, mas a impressão é de que tem duas horas. Filme muito chato para começar o FANTASPORTO. Não chega a valer nem pelo visual bizarro da decoração nem pela forma como o diretor passeia sua câmera tentando tirar proveito das imagens (na verdade, em alguns momentos isso chega até a contribuir para o clima de chatice). Conta ainda com a participação da Vanessa Redgrave.

Ainda bem que logo depois teve uma homenagem ao Michael Powell, com o clássico RED SHOES (1948), para desintoxicar...