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8.10.13

ESPECIAL HALLOWEEN 2013 #02: THE FOREST (1982)


Estava com este slasher aqui num HD externo, nem lembro porque baixei ou se tive alguma referência do que se tratava, nem sabia se prestava... Bem, acabei vendo para o especial de Halloween e, se querem mesmo saber, não presta não. É um troço muito esquisito esse THE FOREST, dirigido por um tal de Don Jones, que tem apenas seis trabalhos como diretor, a maioria de horror. O filme falha miseravelmente como um slasher movie, mas acrescenta um elemento sobrenatural na trama, umas crianças fantasmas, que não sei se piora ainda mais a situação... Só sei que de tão ridículo, acabei me divertindo com essa tralha! Me lembrou um pouco o Lucio Fulci com suas viagens criativas em A CASA DO CEMITÉRIO e THE BEYOND, com a diferença de que este último uma obra prima do horror e este aqui é um desastre!


THE FOREST começa com uma longa sequência de abertura na qual um casal é brutalmente assassinado numa floresta durante uma caminhada. A criação da atmosfera de suspense é pífia aqui e já logo de cara notei na merda que tinha me metido... mas, prossegui com bom humor, até porque o filme se revelou uma ótima comédia involuntária.

Corta para a cidade grande onde dois amigos reclamam de suas esposas e decidem acampar juntos. Nada homossexual, são apenas amigos dando um tempo de suas mulheres indo para o meio do mato armar a barraca... Er... eu iria para uma boate de strip tease, mas cada um faz o que quer da vida, não? Só que o plano da dupla dá errado. Bem, parte do plano, já que a ideia de acampar no mato permanece. Só que as respectivas senhoras também querem ir junto, portanto, agora é uma viagem de casais. Decidem que vão em dois carros, eles em um e elas no outro. Elas chegam na frente, eles se atrasam e começa o slasher mais fajuto que eu já vi na vida...


Os elementos tradicionais do gênero começam a dar as caras, com os planos em primeira pessoa espreitando as duas possíveis vítimas, algumas tentativas de sustos, sabemos que algo ruim vai acontecer... Mas eis que surge um casal de crianças fantasmas, que aparece e desaparece do nada, alertando que o pai delas está a caça de carne fresca. Depois, aparece uma mulher de vermelho, também fantasma, afugentando as crianças... Claro, as moças já estão vendo a avó pela greta nessa altura, mas fazer o que? E finalmente o assassino entra em cena. Seu visual é uma beleza! Um senhor que parece um tiozão do bar da esquina. Deve ser o perfil de assassino de slasher mais cretino que existe! Enfim, uma das garotas consegue escapar, mas a outra, acaba virando churrasco.


E aí vem o toque de mestre de THE FOREST! Os dois esposos, perdidos, encontram a caverna onde o assassino está assando a carne. Como o sujeito parece inofensivo com aquele perfil pacato, eles o acompanham na ceia, obviamente sem saber de onde veio aquela saborosa picanha... Ugh!

Esta sequência ainda apresenta a história do assassino, que pegou a mulher dando para o encanador e ficou maluco... e os fantasmas são explicados. Sim, este não é daqueles slashers que os personagens "vêem coisas" e no fim descobrem que eram apenas ilusão. São fantasmas mesmo! Mas tudo mostrado de maneira muito rasteira, o roteiro é bastante estúpido... mas pelo menos há uma cena num flashback onde temos o assassino com um tridente vs o amante com um... pedaço de bicicleta!!! Que porra é essa?!?! Só essa cena já valeu ter conhecido THE FOREST!


Já no final, quando o terror toma conta daquela floresta, temos algumas cenas com um bocado de sangue, há aqui um ou outro momento mais tenso, bom uso das locações, embora Don Jones não tenha a mínima capacidade de criar um clima de suspense decente durante a maior parte do filme... Outro problema são os atores. O horror! O horror! As crianças, em especial, me dava vontade de gargalhar toda vez que apareciam em cena. E a trilha sonora é um caso a parte. Juro de todas as formas possíveis que se trata da pior que meus ouvidos já ouviram num filme do gênero!!! Portanto, depois de todas essas fortes emoções que não recomendo a ninguém, vamos torcer para que o próximo filme do especial Halloween seja um pouco melhor que THE FOREST.

22.12.11

NOITE DO SILÊNCIO, aka Silent Night, Deadly Night III: Better Watch Out! (1989)


No ano passado, no período do natal, estava planejando postar a série SILENT NIGHT DEADLY NIGHT inteira, mas só deu mesmo pra escrever sobre os dois primeiros filmes. Aqui estamos, então, um ano depois, beirado o natal, com SILENT NIGHT, DEADLY NIGHT III: BETTER WATCH OUT! (adoro este subtítulo!), que é dirigido por ninguém menos que Monte Hellman.

Sim, estou falando de um dos mestres do cinema independente americano, que nos brindou com obras de peso, como TWO-LANE BLACKTOP e GALO DE BRIGA, além de ser um dos responsáveis pela revolução do faroeste americano no fim dos anos 60, ao lado de Sam Peckinpah, Arthur Penn e outros. Se você é realmente fã do homem, significa que você deve ter visto todos esses filmes, inclusive este aqui, sem se importar que seja um slasher movie, terceira parte de SILENT NIGHT DEADLY NIGHT…


Agora, vamos ser francos. O fato de ser o Monte Hellman na direção não significa muita coisa por aqui. É um filmezinho chato que não tem muita ligação com o cinema do cara. Ok, os filmes dele são lentos, possuem o que chamamos de “ação reflexiva”, e funcionam perfeitamente em seus filmes mais pessoais… tentar fazer a mesma coisa aqui só resultou mesmo num terror sem criatividade e bem chatinho. Não estou dizendo que é um total desastre, mas é ruim até diante do segundo episódio, que apesar de fraco, diverte fácil.

Mas o que esperar de uma terceira parte de um slasher de segunda linha como SILENT NIGHT DEADLY NIGHT?

É o Monte Hellman, pô! É pra esperar muita coisa!!! Eu gosto de acreditar que alguém com o cacife do Hellman pode entrar no meio de uma série meia boca e fazer o melhor episódio, botar os demônios pra fora, foder com a mente do espectador! Digamos que o Ingmar Bergman por algum motivo, logo após FANNY & ALEXANDER, tivesse decidido fazer um dos episódios de SEXTA FEIRA 13, ou o Martin Scorsese optasse, no início dos anos 90, tomar o lugar do Albert Pyun em KICKBOXER IV… os fãs desses caras iam ficar malucos!!! Eu ia achar o máximo! É mais ou menos com esse pensamento que eu encarei SNDL III.


A história começa num hospital, onde um médico faz experiências com uma garota cega, que é uma espécie de vidente, colocando-a para dormir cheia de fios ligados à cabeça, tentando fazê-la ter algum contanto, através de sonhos, com o assassino do segundo filme, que está em coma no quarto ao lado… o mesmo que, pelo que eu me lembre, teve a cabeça decepada! A idéia que tiveram de trazê-lo de volta, e com vida, é absurda, mas é até interessante. O cara teve o cérebro reconstruido e agora tem uma cúpula de vidro no alto da cabeça que deixa seu cérebro à mostra, algo típico de um quadrinho ou desenho animado! Tá vendo? Nem tudo é de se jogar fora por aqui...

Bom, a cega e seu irmão, junto com a namorada, vão para a casa da vovó passar o natal, numa proprieddade afastada da cidade. Só que o assassino acordou do coma e voltou a fazer suas vítimas desenfreadamente. Uma conexão psíquica com a cega, sequelas das experiências, faz com que o sujeito vá atrás da moça, deixando um rastro de corpos pelo caminho até a casa isolada da vovó.

O problema é que quase todas as mortes são off screen, os diálogos são horrorosos e a estrutura do filme beira o amadorismo, assim como a noção de tempo, especialmente no último ato. Até sei apreciar alguns exemplares ruins assim, vocês sabem, especialmente quando dirigidos por certos diretores, notórios justamente pela falta de talento. Só não esperava algo do tipo realizado por um verdadeiro mestre.  A única cena que realmente presta é quando Laura Harring, em início de carreira, mostra os peitos dentro de uma banheira. Robert Culp, que vive o tenente encarregado no caso, também não decepciona. A protagonista é interpretada pela bela Samantha Scully, que lembra um pouco a Jennifer Connelly. Acho que as pessoas tinham uma tara por essas morenas de sobrancelhas grossas...

No fim das contas, é uma tentativa torta do Monte Hellman no universo do slasher que não deixo de sugerir ao menos uma espiada… talvez num bom dia alguém desfrute mais do que eu dessa chatice. Na época, o filme foi lançado direto no mercado de vídeo. Aqui no Brasil, recebeu o título de NOITE DO SILÊNCIO.

31.10.11

HALLOWEEN (1978)

 
Em 2010 comentei quase todos os filmes da série HALLOWEEN. O primeiro deixei de fora porque, como já disse antes, não sou muito chegado em escrever sobre as obras primas já celebradas que existem por aí, prefiro comentar umas coisas obscuras e de qualidade duvidosa. Acho mais divertido. E eu considero HALLOWEEN, do John Carpenter, um filminho simplesmente GENIAL, mas para finalizar o mês especial de horror (que foi bem fuleiro, na verdade), vou arriscar alguns comentários, já que revi pela milésima vez há alguns dias.

E só pra provar o efeito que este filme teve, basta observar o seu sucesso comercial. Com um orçamento de cerca de 300 mil dólares, arrecadou uns 60 milhões, tornando-se a produção independente mais lucrativa do cinema americano na época. Ou, como sabemos, basta assistir e comprovar que se trata de uma das experiências mais fascinantes dentro do gênero.

A trama, se formos parar pra analisar, é um fiapinho de nada sobre um assassino maluco e mascarado à solta numa pequena cidade na noite de Halloween, aterrorizando adolescentes. O que acontece é que essa historinha foi transformada, nas mãos de John Carpenter, numa verdadeira aula de cinema, com uma assustadora coreografia de câmeras, iluminação, trilha sonora, em uma sucessão de planos/imagens que absorve o espectador num universo de horror de maneira única.

HALLOWEEN
cria um dos principais ícones do slasher americano, o serial killer Michael Myers, que é apresentado neste primeiro filme como um garoto que, no Dia das Bruxas, resolveu pegar uma faca e descobrir como era sua irmã mais velha... por dentro. Tudo filmado num plano sequência de grande força visual, com uma câmera subjetiva onde nós adquirimos o olhar do precoce assassino. Após dez anos de confinamento num manicômio, Michael foge e retorna para Haddonfield para aterrorizar e fazer novas vítimas. Uma delas é Laurie, Jamie Lee Curtis, que consegue sobreviver, mas na sequência descobrimos que ela é a irmã de Myers. O meu personagem favorito da série é o Dr. Loomis, encarnado pelo grande Donald Pleasence. O sujeito caça Michael Myers como Van Helsing caça vampiros, porque após anos e anos de estudos como psiquiatra de Michael, Loomis parece ser o único com a noção de perigo que é ter o Myers à solta zanzando por aí e a forma como demonstra isso com o seu desempenho expressivo é sensacional. Não só neste, mas em quase todos os filmes da série em que o personagem aparece.

Mas o grande destaque de HALLOWEEN e que o eleva ao status de clássico é mesmo a direção de Carpenter, com todo o trabalho de câmera e apuro visual, que eu não canso de elogiar, proporcionado por uma das principais influências do diretor: Dario Argento. Sim, tanto pelo uso da câmera subjetiva quanto pela estilização visual das cores e iluminação, fica claro, especialmente aqui, que Carpenter toma algumas características de Argento para formar seu estilo próprio - pega muita coisa emprestado de Howard Hawks também, inspiração óbvia do Carpinteiro. E o resultado visto na tela, somado à estranha e minimalista trilha sonora, cria um clima de puro horror e tensão, praticamente estabelecendo um padrão para este tipo de produto. Quase todos os elementos que conhecemos dos slasher movies nasceram aqui, em HALLOWEEN. E, para finalizar, todos os HALLOWEEN’s em estrelinhas:

HALLOWEEN (1978) * * * * *
HALLOWEEN II (1981) * * * *
HALLOWEEN III (1983) * * * *
HALLOWEEN IV (1988) * * *
HALLOWEEN V (1989) *
HALLOWEEN VI (1995) * *
HALLOWEEN H20 (1998) * *
HALLOWEEN – RESSURREIÇÃO (2002) *
HALLOWEEN – O INÍCIO (2007) * * *
HALLOWEEN II (2009) Nunca vi

12.4.11

HATCHET II (2010)

Não achei HATCHET II tão divertido quanto o primeiro, mas tem vários bons momentos e vale uma conferida pra quem gostou dessa homenagem ao slasher oitentista feita pelo diretor Adam Green. Tenho gostado do trabalho desse cara. Não é nada impressionante, mas até agora não vi um filme ruim. Além desses dois filmes da série HATCHET (o primeiro chegou ao Brasil com o título TERROR NO PÂNTANO), eu vi FROZEN, cujas impressões eu coloquei aqui.

HATCHET II inicia no exato momento em que o filme anterior acaba, só muda a atriz principal, agora com Danielle Harris (atriz mirim nos anos 80, participou da série HALLOWEEN) interpretando a única sobrevivente do massacre no pântano cometido pelo Victor Crowley, uma espécie de entidade brutamontes e deformada que volta do mundo dos mortos para se vingar dos causadores de sua morte. Se quiserem saber mais sobre o personagem assistam ao primeiro!


Temos um problema neste aqui com o ritmo. Depois de um começo promissor, a coisa demora pra voltar a entrar no trilho, é preciso esperar um bocado pra começar a boa e velha matança de personagens descartáveis. E no quesito “mortes violentas e criativas”, o primeiro também vence fácil. Claro que ver um sujeito ter sua cabeça decepada com as próprias tripas lhe apertando o pescoço é sempre legal… mas de uma forma geral, as mortes acontecem rápidas demais, com poucas exceções, embora sempre com muito gore e exagero. E o filme é bem curtinho, não chega a 90 minutos e a enrolação logo depois do início faz com que o final, as mortes e até a construção de uma atmosfera de suspense sejam feitas às pressas. Não chega a incomodar, mas poderia ser melhor.

O primeiro também tinha a vantagem de mostrar várias mulheres nuas. Aqui, temos duas ceninhas, no máximo.


O bom é que Tony Todd não faz apenas uma apariçãozinha rápida como no filme anterior. Aqui ele é um dos principais personagens e está ótimo, como sempre! Dá pra se divertir com seus discursos e canastrice enquanto esperamos o banho de sangue. No elenco, temos também a presença de Tom Holland, que nos anos 80 dirigiu dois clássicos do horror naquele período, A HORA DO ESPANTO e BRINQUEDO ASSASSINO, e o grandalhão R.A. Mihailoff, que já encarnou o Leatherface em O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3, do Jeff Burr.

Como já disse, se colocado em comparação com o primeiro, o nível cai um pouco, mas motivos para conferir HATCHET II é o que não falta, nem que seja como um passatempo sem compromisso num domingão à tarde sem nada pra fazer. Apenas uma observação, como na minha resenha de HATCHET vários amigos demonstraram a sua indignação perante à obra, a esses eu recomendo distância deste aqui!

E HATCHET III vem aí!

28.1.11

TERROR NO PÂNTANO (Hatchet, 2006), de Adam Green

No texto sobre FROZEN, também dirigido por Adam Green, eu disse que daria uma chance a este filme aqui... percebi que havia algo neste cineasta que pudesse diferenciá-lo da grande maioria dos demais diretores “especialistas” americanos do gênero em atividade. E os amigos Herax e Otávio ainda chegaram a reforçar a idéia de que valia a pena conferir. E valeu mesmo, o filme conseguiu me fisgar de imediato. Logo nos primeiros minutos temos Robert Englund em uma pequena participação como um caçador de crocodilos – junto com o filho (do personagem, não do Englund) – sendo estraçalhados por um brutamonte deformado! Um filme que começa assim, deve valer a pena...

TERROR NO PÂNTANO tem uma trama bem simples que mistura clichês clássicos do gênero, um tom de humor que lembra UMA NOITE ALUCINANTE, com elementos da série SEXTA FEIRA 13 e etc. Ben é o nosso protagonista, um sujeito parecido com um “emo”, só que mais velho, que vai até o “carnaval” de Mardi Gras com um grupo de amigos para tentar se distrair e esquecer o fim de seu relacionamento, mas não consegue naquele ambiente pecaminoso e ofensivo. Pra quem não sabe, esta festa de Mardi Gras é aquela onde as moças se sentem mais confortáveis e mostram os peitos em troca de um colarzinho colorido... esses “emos” são meio estranhos mesmo.

 
De qualquer forma, ele consegue convencer um de seus amigos a fazer uma programação inusitada. Ao invés de ficar olhando para peitinhos a cada 3 passos nas ruas onde a festa acontece, algo bem chato, realmente, Ben arranja um passeio de barco para conhecer um local cuja lenda diz ser amaldiçoado. E lá vão eles, com mais um grupo de pessoas, se deparam uma autêntica maldição, a típica história da casa isolada no meio do pântano onde no passado um violento crime ocorreu envolvendo Victor Crowley, um menino deformado e agora seu espírito vingativo (ou será o próprio?) está a solta destroçando qualquer pessoa que se aproxime do local... por aí vai.

Tenho certeza que se TERROR NO PÂNTANO fosse realizado no início da década de 80, Victor Crowley seria um desses ícones do slasher e o filme, óbvio, seria um clássico! As mortes são lindas, exageradas, violentíssimas, criativas e, o melhor de tudo, sem efeitos de CGI. 100% de maquiagem à moda antiga e muita groselha para sujar o cenário! O desfecho também é legal. Os cinéfilos mais extremos, com certeza vão perceber que não há nada de mais, no entanto, para um filme americano de horror recente, chega a ter um grau de ousadia.

De bônus, além de Robert Englund, temos a presença de Richard Riehle e do grande Tony Todd.

Em 2010 foi lançado o segundo filme da série, também dirigido pelo Green. Espero que ele consiga manter o mesmo nível e o  excelente climão de slasher movie oitentista realizado fora de época.

20.12.10

NATAL SANGRENTO 2 (Silent Night, Deadly Night 2, 1987), de Lee Harry

O desfecho do primeiro filme deixava as coisas em aberto para uma óbvia continuação onde o “mal” do assassino fantasiado de Papai Noel teria passado para seu irmão mais novo. Dito e feito, a trama de NATAL SANGRENTO 2 segue o irmão, agora adulto e vivendo atrás das grades. Por meio de sua narração, conversando com um psiquiatra, saberemos, através de flashbacks o que o levou para o xadrez, além de um resumo do primeiro filme. E quando eu digo resumo, entra aqui uma picaretagem das boas! Incluíram sequências inteiras, diálogos inteiros, resumiram o filme inteiro nos primeiros 40 minutos deste aqui.

Recomendo duas opções pra quem quiser encarar a série. Ou você pula o primeiro filme e vai logo para o segundo e toma um conhecimento CLARO do que foi a primeira parte, ou assista ao primeiro e veja o segundo com o controle na mão para pular praticamente 40 minutos de picaretagem.

Mas por favor, não esqueçam de parar e assistir a TODOS os momentos em que o protagonista aparece em cena. Eric Freeman, o ator que interpreta o irmão, apresenta uma das piores atuações que eu já vi. Eu adoro atuações ruins. Geralmente isso é um motivo a mais para minha diversão quando vejo uma tralha dessas, mas esse cara ultrapassa todos os limites da vergonha alheia! A ausência de vocação em artes dramáticas fica evidente logo no início, mas a partir do momento que ele narra a sua história, um sujeito que surta como seu irmão e inicia uma onda de assassinatos agindo como um louco é uma coisa muito embaraçosa... depois ele ainda foge da cadeia e se veste de Papai Noel também, para não quebrar a tradição, e seu desempenho consegue ser pior ainda. Hour concours das atuações ruins, de longe! Só pra dar um gostinho, recomendo esse trecho para sentir a expressividade do sujeito... a força que ele possui em cena, no olhar e na risada. Um gênio, sem dúvida.


Ainda vou tentar assistir aos outros três filmes da série para postar aqui, mas não garanto nada. Já estamos no lucro por eu ter conseguido escrever sobre esses dois!

22.5.10

HALLOWEEN: THE CURSE OF MICHAEL MYERS (1995) de Joe Chappelle

Vou fechar a conta por aqui com a série original de HALLOWEEN. Os próximos seriam o H20, que eu vi na época que saiu em VHS nas locadoras e é bem fraquinho, e HALLOWEEN RESURRECTION que passou outro dia na HBO e é meia boca também. A estes dois, não vou gastar meu tempo.

Já este sexto capítulo surpreende o espectador, no mal sentido, pelo caminho que os roteiristas levaram a série. O filme tenta explicar a origem do mal de Myers e porque ele insiste tanto em matar os membros da família. Tudo envolve uma seita satânica e baboseiras desnecessárias iniciadas com o abominável HALLOWEEN 5, realizado seis anos antes.

O roteiro foi reescrito onze vezes até que chegasse a este resultado visto na tela. Idéias demais, personagens demais, muita estupidez contribuem para afundar de vez a franquia e tentar encher os bolsos de produtores que queriam se aproveitar do título. Talvez fosse mais fácil investir num filme de terror sobre seitas e assassinatos sem envolver o universo HALLOWEEN. Também não sairia nada de muito interessante, mas acho que teria um pouco mais de chance.

Até porque estamos aqui em 1995, slasher como subgênero já estava praticamente enterrado. Levando em consideração este tipo de horror neste período, o filme até que se sai bem em vários aspectos que envolvem os elementos de suspense, tem boa atmosfera de terror em alguns momentos, além de ter uma contagem de corpos altíssima, talvez a maior da série. De certa maneira, sofre o mesmo mal de HALLOWEEN III, embora este sim seja um ótimo filme. HALLOWEEN 6 não deixa de ser fraco, mas é bem melhor que o filme anterior.

Uma cena rápida, já quase no final, Michael Myers está andando no corredor escuro de um hospital com as mãos vazias. De repente ele para ao lado de uma prateleira com alguns equipamentos cirúrgicos, objetos cortantes, escolhe sua arma favorita e a pega. Volta a seguir seu rumo para fazer novas vítimas. Não preciso de mais nenhuma explicação. Essa cena define muito bem o Myers e seu mal pra mim...

Existem muitas histórias de bastidores, problemas de diferenças criativas entre o diretor Joe Chappelle e o produtor (que chegou a lançar uma versão sua), a morte de Donald Pleasence, encarnando aqui pela última vez o papel mais marcante da carreira, já bem velhinho e pouco aproveitado… poderia ter se aposentado antes, mas preferiu trabalhar até o fim da vida, mesmo em projetos medíocres como este.

15.5.10

HALLOWEEN 5 (1989), de Dominique Othenin-Girard

Fiquei puto ontem à noite, pois quando terminei de ver HALLOWEEN 5 escrevi um texto bacana sobre o filme e de repente o notebook desligou e perdi o texto. Acabei escrevendo tudo de novo, mas não é a mesma coisa. Pra piorar a situação, o filme é bem ruinzinho…

Já haviam me alertado que a partir do quinto capítulo de HALLOWEEN, a série começaria a desandar. Realmente, se for levar em conta este aqui, eles devem ter razão. O filme inicia com o final do anterior – assim como o segundo começa com o desfecho do original (nos bons tempos de John Carpenter) – e mostra de forma verossímil como Michael Myers conseguiu sobreviver aos acontecimentos que fecham o quarto filme. Logo depois, o de sempre, Myers arranja uma faca bem afiada e retorna a Haddonfield para matar sua sobrinha e todos que entram em seu caminho. Mas a coisa não funciona muito bem em HALLOWEEN 5.

Mostrar detalhadamente como Myers sobrevive já começa com uma decisão infeliz. É totalmente desnecessário e retira o tom sobrenatural do personagem. No início do quarto filme, um sujeito apenas diz que Myers sobreviveu à explosão que aparentemente o matou no segundo, e isso basta. Não tem porque mostrar. É apenas uma das várias mancadas e incoerências que vamos acompanhando no decorrer do filme.

A ligação psíquica entre Myers e sua sobrinha, que culminou no magnífico desfecho do quarto filme, é muito mal utilizada aqui. Os personagens são extremamente burros, não da forma divertida como sempre temos no gênero, mas de maneira que ofende a inteligência do espectador. Até mesmo o Dr. Loomis age como um completo idiota em alguns momentos. Aliás, o próprio Donald Pleasence está meio deslocado e pouco à vontade no personagem que viveu tantas vezes. A atuação da garotinha Danielle Harris é a única que posso elogiar, embora a personagem não escape da estupidez.

O suspense é outro problema sério, porque o diretor Dominique Othenin-Girard parece não ter a mínima noção de construção atmosférica e de como fazer suspense. A sequencia do celeiro é uma teste de paciência. É tão demorada que quando Myers finalmente resolve entrar em ação, a cena já perdeu a força. O único momento que apresenta algum esforço criativo e que me causou alguma tensão é perto do final. Jamie (Harris) se vê sozinha sob a mercê do serial killer na casa, agora abandonada, onde Myers vivia quando era pequeno e cometera os seus precoces assassinatos. Especialmente a cena na tubulação da roupa suja, cujas filmagens foram muito complexas. O resultado é bom, mas não é suficiente pra compensar o restante que é muito fraco.

Já estou até desanimado em continuar essa peregrinação à série HALLOWEEN…

12.5.10

QUEM MATOU ROSEMARY? (The Prowler, 1981), de Joseph Zito

O diretor Joseph Zito pode estar um tanto esquecido atualmente, mas para um certo grupo de apreciadores de cinema de ação casca grossa oitentista, seu nome ainda possui muita representatividade no gênero (não é pra menos: MISSING IN ACTION, RED SCORPION e o clássico dos clássicos, o inesquecível INVASÃO USA). Mas vale destacar sua contribuição no terror, gênero que, na verdade, abriu caminho para ele no mundo do cinema.


THE PROWLER é o terceiro trabalho de Zito, mas deu a ele a oportunidade de dirigir a quarta parte de SEXTA FEIRA 13, um dos meus capítulos favoritos. Aliás, o sucesso do primeiro filme desta série foi um (entre vários) dos responsáveis pela chuva de slasher movies que surgiu no início da década de 80. E é exatamente isso que THE PROWLER é, um típico slasher, com trama, personagens, direção, atmosfera, ritmo e elementos muito bem caracterizados pelo subgênero. E o filme é ótimo em todos esses sentidos. Mas o que realmente me impressionou foi o genial trabalho do mestre em efeitos especiais Tom Savini. O próprio considera este seu melhor resultado.

A trama começa em 1945, final da Segunda Guerra, quando um soldado retorna para casa frustrado porque sua noiva, a tal Rosemary do título nacional, havia encontrado um novo amor. Um ótimo motivo para pegar um tridente e espetar tanto a danada quanto o novo amante. Você não faria a mesma coisa? O crime chocante ocorre no dia do baile de formatura, desde então o evento deixou de acontecer na pequena cidade de Avalon Bay e ninguém nunca ficou sabendo a verdadeira identidade do assassino, já que no momento os únicos que poderiam ter visto alguma coisa foram perfurados, além do assassino vestir um uniforme do exército muito sinistro, com capacete e máscara para camuflar o rosto.

Passa-se o tempo e estamos agora no presente (início dos anos 80) e pela primeira vez o baile de formatura está sendo novamente preparado na cidade depois de tanto tempo. O xerife fica apreensivo, paranóico, temendo uma onda de assassinatos ou algo parecido, mas não se preocupa ao ponto de não sair da cidade na noite do baile pra pescar, deixando seu jovem ajudante responsável pela cidade inteira. Quem interpreta o velho xerife é Farley Granger, veterano ator que trabalhou com Hitchcock em FESTIM DIABÓLICO e PACTO SINISTRO.

Bom, não seria nada absurdo se eu disser que um serial killer vestindo a mesma fantasia de 35 anos atrás retorna para fazer novas vítimas na noite do baile, afinal, não teria sentido algum o filme existir se isso não ocorresse. É nesses momentos que THE PROWLER ganha uma força extraordinária. Temos uma excelente variação de mortes criativas, sangrentas e violentas, com direito a gargantas cortadas, corpos perfurados, principalmente na cena do chuveiro, um dos melhores momentos, sem dúvida. O final é de uma atmosfera arrepiante de tensão e contém uma das cenas mais chocantes do filme.

Os efeitos especiais de Savini são realmente incríveis, realistas e ainda hoje funcionam depois de quase trinta anos. Claro que como todo bom slasher, tem-se que ter um bocado de paciência para esperar que algo aconteça, mas no caso de THE PROWLER isso não é muito difícil. A trama é interessante de acompanhar, apesar dos atores não apresentarem nenhum desempenho notável. Mas quando o filme engrena, é uma delícia! Um dos melhores slashers que eu já vi.

8.5.10

HALLOWEEN 4 - THE RETURN OF MICHAEL MYERS (1988), de Dwight H. Little

A idéia de realizar um filme de terror diferente para ser lançado a cada Halloween era bacana e acabou gerando o divertido e intrigante HALLOWEEN III. Mas como eu disse no post sobre o filme, o público não embarcou no projeto o qual não tinha relação alguma com os dois filmes anteriores. Eles queriam o serial killer Michael Myers de volta e os produtores acabaram atendendo a solicitação.

John Carpenter chegou a escrever um roteiro que foi logo rejeitado pelo teor psicológico, retratando mais as consequências e os efeitos nos cidadãos de Haddonfield em relação aos assassinatos ocorridos dez anos antes. Ao invés disso, os produtores optaram por um slasher movie comum, como muitos daquele período, embora já desse indícios de seu declínio. Carpenter abandonou a franquia e este foi o primeiro que não teve seu nome nos créditos (a não ser no tema musical criado para o primeiro filme).

Mas isso não siginifica que HALLOWEEN 4 seja ruim. Muito pelo contrário.

A trama se passa dez anos após os acontecimentos do segundo filme. Tanto Myers quanto o Dr. Loomis (Pleasence) sobreviveram milagrosamente à explosão que fecha HALLOWEEN II. Um personagem chega a comentar o assunto logo no início, quando alguns paramédicos vão transportar o moribundo Myers para um outro local. O sujeito aparentemente não oferece perigo algum, mas basta estar em movimento dentro da ambulância para demonstrar que ainda não perdeu a velha forma de matar pessoas violentamente.

Dr. Loomis, agora desfigurado, velho e acabado, novamente se encarrega em tentar deter Michael Myers que retorna a Haddonfield para acabar com a vida de sua sobrinha de uns seis anos (Danielle Harris) e de qualquer um que entre em sua frente, como de costume… O filme não explica claramente o que aconteceu com Laurie Strode, tudo indica que tenha morrido, mas em futuras continuações ela retorna. Se bem que isso não faz muita diferença para esses roteiristas picaretas. Enfim, sua filha vive com outra família agora.

Na verdade, o roteiro não é dos que podemos considerar entre os melhores do gênero. As falhas saltam aos olhos, mas podem ser relevadas facilmente, principalmente porque a atmosfera de suspense é ótima. Dwight H. Little não é um John Carpenter, mas sabe criar um clima, só lamento que grande parte das mortes aconteçam off screen. Aliás, o resultado ficou tão leve que foi preciso chamar o técnico de efeitos especiais John Carl Buechler (responsável por muitos filmes de terror e sci-fi daquele período e até hoje encontra-se em atividade) para deixar o filme mais violento.

Little futuramente dirigiria dois bons filmes de ação: MARCADO PARA MORTE (1990), onde Steven Seagal enfrenta uma gangue de jamaicanos adeptos ao vodu, e RAJADA DE FOGO (1992), que comentei aqui outro dia, veículo para Brandon Lee demonstrar o que sabia.

HALLOWEEN 4 vale muito também pela presença do Donald Pleasence, sempre a vontade neste que provavelmente seja o personagem mais marcante de sua longa filmografia. Ele ainda faria mais duas continuações na pele do Dr. Loomis antes de falecer em 1995.

O produto final é um bom slasher movie, bem dirigido, inferior aos dois primeiros (ao terceiro também, embora este não seja um slasher) na minha opinião, mas ainda capaz de gelar a espinha em alguns momentos. Até porque uma garotinha de seis anos totalmente indefesa como alvo do psicopata mais tranquilo do cinema é algo bem desconfortável de se ver. E aquele desfecho é sensacional!

29.4.10

HALLOWEEN II - O PESADELO CONTINUA (Halloween II, 1981), de Rick Rosenthal

Primeiro, uma confissão: da série HALLOWEEN original (e não essa bobagem do Rob Zombie, cujo segundo não me dei nem o trabalho de assistir ainda) os únicos filmes que realmente vi foram os dois primeiros. O do John Carpenter é uma belezura, puta aula de suspense, trabalho atmosférico sensacional, além da utilização magistral de vários elementos que serviram de base para toda uma cadeia de filmes de terror que brotou nos anos 80. Estou sempre revendo. Aliás, toda a obra do velho Carpinteiro deveria ser vista e revista incontáveis vezes...

A continuação de HALLOWEEN, até onde me lembro, foi um dos primeiros filmes de terror que assisti, antes até do que o original. Mas para um pirralho medroso isso não fez diferença alguma, borrei de medo de qualquer forma. Hoje, revendo depois de tanto tempo, continuo achando um bom filme, inferior ao primeiro, mas não deixa de possuir sua força dentro do gênero.

Escrito pelo próprio John Carpenter em parceria com a sua colaboradora, Debra Hill, HALLOWEEN II continua no mesmo ponto onde o primeiro filme termina. Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), depois de quase comer capim pela raiz nas mãos do louco varrido Michael Myers, vai parar num hospital praticamente deserto sobre o qual o filme transcorre como seu cenário principal. Enquanto isso, o Dr. Loomis (Donald Pleasence), que descarregou seu 38 em Myers, procura o corpo do sujeito, o qual simplesmente levantou, fugiu e desapareceu. O roteiro ainda aproveita para criar um laço familiar entre Myers e Laurie para botar mais lenha na fogueira.

Logo no início, seguimos os passos de Myers espreitando entre aquelas casinhas americanas sem muros. Essas sequências já apresentam o tom do filme, cheio de câmeras subjetivas e uma lentidão quase poética que faz todo sentido em relação ao seu assassino. Michael Myers é daqueles que nunca correm atrás de suas vítimas, deixando o espectador com os nervos à flor da pele com suas perseguições perturbadoras. Enquanto a criatura desesperada sai quebrando tudo pela frente numa correria desenfreada, Myers segue dando seus passinhos calmamente e, exceto os "mocinhos", sempre alcança o alvo onde menos se espera.

Uma das melhores cenas de HALLOWEEN II se caracteriza justamente pela situação acima (tirando o desfecho, claro), quando Laurie corre freneticamente pra não ter a carcaça perfurada e tem de esperar o elevador abrir a porta enquanto Myers vem tranquilo em sua direção. Se ele tivesse apertado os passos um pouquinho, teria cortado mais uma garganta para a sua coleção, mas não seria também uma cena magnífica de puro suspense que simboliza a essência de um dos grandes elementos do slasher movie.

Acho que elogiar a direção de Rick Rosenthal é um tanto equivocada. Não sou o mais indicado a falar sobre o assunto, mas li em alguns lugares que após várias discussões e muitas diferenças de opiniões, Carpenter meteu um pé na bunda de seu diretor e assumiu o posto. Não seria surpresa se ele tivesse dirigido a cena do elevador, mas realmente HALLOWEEN II tem muito de John Carpenter. Se foi mesmo o Rosenthal que dirigiu a maioria das cenas, meus sinceros elogios a ele. Fez um ótimo trabalho!

Só sei que em 2002, Rosenthal dirigiu HALLOWEEN: RESURRECTION, cuja cara não é nada promissora...

Jamie Lee Curtis retorna ao papel que praticamente a lançou no cinema, mas fica meio apagada, até porque sua personagem é uma moribunda na cama do hospital em grande parte do filme. Quem se destaca mesmo é o sempre genial Donald Pleasence em performance inspirada e muito participativo.

Em tempos de HALLOWEEN’s de Rob Zombie, SEXTA FEIRA 13, de Marcus Nispel, e outras tralhas pretenciosas que aparecem nos cinemas atualmente, fico com qualquer slasher menor dos anos 80. Agora que revi esta segunda parte da série iniciada pelo Carpenter, vou procurar assistir logo as partes seguintes que ainda não tive o prazer (ou desprazer) de conferir.

16.1.10

PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR (The Funhouse, 1981), de Tobe Hooper

Havia pelo menos uns 150 anos que não assistia PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR, do Tobe Hooper, um diretor que adoro, mas preciso começar a rever algumas coisas dele que estão se apagando da memória, como foi o caso deste aqui. Não me lembrava de quase nada, apenas o essencial para dizer que gostava.

O filme ainda é muito bom, embora a narrativa seja um pouco lenta demais para o padrão, mas é um slasher elegante que merece ser celebrado. Na abertura Hooper cita PSICOSE, de Hitchcock, e HALLOWEEN, de John Carpenter, de maneira muito divertida. O filme se passa num parque de diversões onde um grupo de adolescentes fica preso e a mercê de uma criatura bizarra (concebida pelo genial maquiador Rick Baker).

Além da citação do inicio e cenários que parecem ter saídos de um filme de Mario Bava ou Dario Argento, THE FUNHOUSE ainda faz referências a vários símbolos conhecidos dos clássicos filmes de terror da universal. Hooper extrai um universo muito interessante do parque de diversões e que proporciona vários momentos perturbadores com clima de terror que só o cinema oitentista era capaz de nos brindar.

Tobe Hooper, taí um bom nome para iniciar uma peregrinação... rever alguns filmes, assistir o que ainda não vi... o problema é que sou desorganizado demais e nunca consigo ir até o fim.