Queria escrever sobre WATCHMEN, mas ainda não assisti. Adiei para hoje (sábado). Sei que tem muita gente que já meteu o pau sem assistir e que não gosta do Zack Snyder, etc. Até entendo o ponto de vista, mas eu estou curiosíssimo. Amanhã (domingo) saberemos as minhas impressões. Por enquanto, andei vendo este ótimo filme de lobisomem, dirigido pelo mestre Joe Dante, que havia se reunido mais uma vez com o roteirista de PIRANHAS, John Sayles, para entregar GRITO DE HORROR.
É um filme visionário no campo da licantropia. Até então, os lobisomens eram mostrados no cinema como homens um pouco mais peludos que o normal, com suas roupas rasgadas, os caninos mais afiados e as unhas pontudas. Dante e Sayles, juntamente com uma equipe técnica excelente, desenvolveram umas criaturas monstruosas e inovadoras que devem ter feito muito moleque pedir pra dormir no meio dos pais durante a noite (e ainda por cima assistiram escondidos, já que uma criança não deveria ver esse tipo de filme... brincadeira!).
É que o tema é trabalhado no roteiro de uma maneira bem moderna, inteligente, sensual, séria, com os elementos e a atmosfera do horror sendo mantidas ao longo de toda duração, diferente da abordagem de John Landis em UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES, que foi rodado no mesmo ano e mistura comédia de humor negro na salada.
Na verdade, os dois filmes são tão diferentes que fazer comparações seria algo estúpido, a não ser é claro nos quesitos técnicos em que ambos são sensacionais, especialmente a transformação dos condenados em lobisomens. A do filme de Landis, feita por Ricky Baker é genial em todos os sentidos, mas a de GRITO DE HORROR, por Rob Bottin (de THE THING, do Carpenter), é muito mais sombria e assustadora, assim como o filme todo é, em comparação estúpida com o do Landis.
Baker até chegou a trabalhar em GRITO DE HORROR, mas quando Landis disse que iria fazer o seu, ele trocou de time. Mas foi bom pra mostrar que existiam outros mestres dos efeitos especiais à moda antiga tão competentes quanto o Baker. A cena em que mostra todos os detalhes da transformação do lobisomem, com aquela luz maravilhosa e expressionista sob os acordes de Pino Donaggio, é uma coisa linda e perturbadora! E a protagonista lá estática e assustada vendo aquilo tudo acontecer lentamente... por que diabos ela não saiu correndo?
É o tipo de pergunta que não se deve fazer e que guarda a essência de toda essa era do cinema de horror americano...
OBS 1: GRITOS DE HORROR tem um elenco bem legal composto de gente do calibre de John Carradine e Dick Miller em papéis especiais e algumas aparições que valem a pena procurar enquanto se assiste, como Forrest J. Ackerman, Roger Corman e o roteirista John Sayles.
OBS 2: Observação estúpida, mas eu particularmente prefiro UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES...
É um filme visionário no campo da licantropia. Até então, os lobisomens eram mostrados no cinema como homens um pouco mais peludos que o normal, com suas roupas rasgadas, os caninos mais afiados e as unhas pontudas. Dante e Sayles, juntamente com uma equipe técnica excelente, desenvolveram umas criaturas monstruosas e inovadoras que devem ter feito muito moleque pedir pra dormir no meio dos pais durante a noite (e ainda por cima assistiram escondidos, já que uma criança não deveria ver esse tipo de filme... brincadeira!).
Na verdade, os dois filmes são tão diferentes que fazer comparações seria algo estúpido, a não ser é claro nos quesitos técnicos em que ambos são sensacionais, especialmente a transformação dos condenados em lobisomens. A do filme de Landis, feita por Ricky Baker é genial em todos os sentidos, mas a de GRITO DE HORROR, por Rob Bottin (de THE THING, do Carpenter), é muito mais sombria e assustadora, assim como o filme todo é, em comparação estúpida com o do Landis.
É o tipo de pergunta que não se deve fazer e que guarda a essência de toda essa era do cinema de horror americano...
OBS 1: GRITOS DE HORROR tem um elenco bem legal composto de gente do calibre de John Carradine e Dick Miller em papéis especiais e algumas aparições que valem a pena procurar enquanto se assiste, como Forrest J. Ackerman, Roger Corman e o roteirista John Sayles.
OBS 2: Observação estúpida, mas eu particularmente prefiro UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES...