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19.5.13
MARTIAL LAW (1990)
Então para acabar com a preocupação de todos, resolvi aproveitar um intervalo nesse domingo para escrever sobre qualquer tralha. Isso mesmo, tralha... Confesso que exagerei no último post. Esbravejei ódio sobre “filmes que de tão ruim chegam a ser bom”, e acabei percebendo que, na verdade, ainda amo esse tipo de coisa. Sim, criei outro blog para um determinado tipo de cinema, mas para esclarecer de uma vez, as coisas no Dementia 13 não vão mudar... talvez o template mude de novo... vamos ver...
Por isso, escolhi um dos piores filmes que vi nos últimos tempos (e não é do tipo que chega a ser bom). MARTIAL LAW é um filmeco de ação policial que mistura artes marciais e tem como protagonistas o sósia do Mickey Rourke, Chad McQueen (filho do grande Steve), e a musa da pancadaria, Cynthia Rothrock. E mais, David Carradine fazendo o grande vilão, um chefe do sindicato do crime que gosta de cair na porrada contra seus desafetos. McQueen e Rothrock são um casal de namorados e também policiais e estão na cola de Carradine. O problema é quando o irmão mais novo do herói começa trabalhar para o mafioso.
Mesmo com um plot básico e besta como esse em mãos, os realizadores tiveram a capacidade de fazer um filme tosco, sem foco, travado... Que desperdício! É tão ruim que nem encontrei imagens para ilustrar o post. então vai um trailer... dublado em alemão, que, acreditem, é melhor que o filme inteiro:
Mas ainda assim é muito bom poder ver o velho David Carradine como um típico vilão clássico dos filmes de ação dos anos 80 e 90. Não basta ter apenas o coração duro, cheio de maldade e chefiar uma rede de crimes, o sujeito ainda conhece técnicas proibidas de artes marciais, que matam com o poder das mãos. É o toque da morte! O personagem usa essas qualidades mortais em algumas ocasiões, no grandalhão Professor Toru Tanaka, por exemplo. MARTIAL LAW tem várias sequências de pancadaria e até são bem feitas. Mas parece que falta algo, falta um elemento de diversão, uma graça (não diria humor, mas realmente se leva muito à sério), uma trama mais bem definida, até uma perseguição de carro talvez contribuísse para o andamento...
MARTIAL LAW teve ainda duas continuações. E apesar desta primeira parte ser um tanto medíocre, algumas coisas são corrigidas nas sequências. Mas ainda assim, este filme me traz algumas reflexões... Por que há duas continuações dessa porcaria? Será que o público da época ao se deparar com esta obra prima clamou por outros filmes? Vai saber... mas é por isso que eu adoro os filmes B de ação dos anos 90. E se eu parar de escrever sobre esse tipo de coisa em língua portuguesa, quem é que vai escrever? É por isso que eu vou me manter firme e forte por aqui. Obrigado a todos que comentaram no último post, e também os que não comentaram, são vocês que fazem isso aqui acontecer.
24.8.12
NO RETREAT, NO SURRENDER 2 (1988)
Este aqui é uma lindeza de filme, mas prefiro o título original no qual fora produzido: RAGING THUNDER. Genérico, clichê e sem qualquer sentido! Mas quem se importa? Depois, no entanto, os produtores tiveram a "brilhante" ideia de encorporá-lo como um exemplar da série NO RETREAT, NO SURRENDER, que já comentei por aqui no blog, cuja principal importância para a história do cinema mundial foi ter apresentado ao mundo um certo ator belga que faria a alegria da moçada na década seguinte. Só que RAGING THUNDER, ao menos, torna a fita mais “independente”, já que não possui nada que faça ligação com o filme anterior. Em outras palavras, fiquem à vontade para assistir a este aqui sem se preocupar em conferir o primeiro. Não vai fazer diferença alguma.
Não sei a que fim levou Kurt McKinney (que trocou o cinema de luta por um casamento), o protagonista do primeiro NRNS, mas aqui é substituido pelo Loren Avedon, que interpreta um kickboxer americano (saudade dos tempos quando os heróis dos filmes de ação ainda possuiam a profissão “kickboxer” e isso quase bastava para desenvolver uma trama) que viaja até a Tailândia e se vê envolvido numa situação perigosa quando sua namoradinha à distância (para os mais novos, naquela época não havia internet e as pessoas se correspondiam através de um papel escrito à mão, chamado carta) é sequestrada por uns russos que, dentre várias atividades, traficar humanos parece ser uma das mais rentáveis. Avedon, então, une forças com a Cynthia Rothrock e um outro americano maluco e enfrenta um verdadeiro exército para salvar a vida da mocinha.
Saudade, também, do tempo em que o herói deveria apenas salvar a mocinha… É que 80% dos filmes de ação da atualidade é protagonizado por metrossexuais com conflitinhos psicológicos banais, cheio de complexidades e missões exacerbadas, mas não aguentariam 30 segundos com um Loren Avedon, Jeff Speakman ou Billy Blanks no mano a mano (o Liam Neeson não faz parte dos 80%, Kurt).
Depois do desabafo habitual, me lembrei que NRNS 2 também foi dirigido pelo Corey Yuen, então existe ao menos essa relação com o filme anterior, que apesar de ser legalzinho, este aqui o supera com folgas, é bem melhor em todos os sentidos. Yuen utilizou a mesma equipe do departamento de ação de BLONDE FURY, com a Rothrock, e que arrebenta nesse tipo de cena. O diretor desta vez foi às favas com aquela mensagenzinha de “acreditar em si mesmo e blá blá blá” do filme anterior e substituiu com doses brutais de pancadaria e ação.
Loren Avedon nunca vai ganhar um Oscar pelo conjunto da obra, mas o sujeito é um lutador extremamente talentoso e não fica muito atrás dos especialistas no assunto lá do oriente. Da mesma forma Rothrock, que dispensa apresentação (aliás, eu sou o único que acha ela uma tetéia?). Mas para os apreciadores da moça, já aviso que se estão procurando performances interessantes dela por aqui, vão sair desapontados. Recomendo o já citado BLONDE FURY ou RIGHTING WRONGS (ambos do Yuen) para conferir do que a bichinha é capaz! O “chefão dos bandidos” da imagem aí de cima é o alemão fortão Matthias Hues, fazendo sua estréia no cinema, substituindo o papel que seria de Jean Claude Van Damme (que pulou fora para fazer O GRANDE DRAGÃO BRANCO). Responsabilidade! Mas a luta final entre ele e Avedon é épica! Um dos momentos dignos de antologia da era dos kickboxer movies!
Uma curiosidade é que Hues não era bem um especialista em lutas. Nunca havia feito cenas desse porte, contracenando com lutadores e encarando coreografias elaboradas. Era apenas um cara visualmente forte... Então, colocaram o sujeito para treinar intensivamente com o lendário ator e coreógrafo Hwang Jang Lee. Passado algumas semanas, chegou o momento de filmar a tal luta final e... bom, basta conferir no filme o belíssimo resultado.
Pretendo continuar escrevendo nos próximos posts sobre as “continuações” de NO RETREAT NO SURRENDER. O terceiro filme da série chegou aqui no Brasil com o título de OS IRMÃOS KICKBOXERS, é um autêntico clássico do gênero e possui papel importante na minha formação cinéfila (foi o primeiro kickboxer movie que assisti na vida!). O quarto capítulo nunca recebeu o título NO RETREAT, NO SURRENDER, mas chegou a ser lançado em alguns países como KARATE TIGER 4 (mais uma maneira na qual a série NRNS foi veiculada). Estamos falando de THE KING OF THE KICKBOXERS. E como também possui o Loren Avedon, não dá para não considerar parte da franquia.
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