Finalmente adquiri o DVD de CYBORG – O DRAGÃO DO FUTURO; não perdi tempo e já coloquei na agulha para rodar e matar a saudade de mais uma pérola que fazia minha cabeça quando era um guri. Ah! E minhas lembranças não me traíram! Continua um deleite... Queria ter escrito sobre ele antes, pois já faz algumas semanas que eu assisti, mas o tempo apertou demais e acabei vendo pouquíssimos filmes. Espero que nos próximos dias tudo se regularize.
CYBORG é mais uma variação do subgênero “pós-apocalíptico”; filmes em que vislumbramos o futuro da pior maneira possível, com suas cidades destruídas por alguma catástrofe natural ou não, geralmente com um punhado de pessoas que já perderam a noção de humanidade tentando sobreviver ao caos, enfrentando as piores desgraças... e você aí reclamando da vida.
No futuro, a peste devastou com a população mundial e a esperança do que resta da humanidade é a segurança de uma cyborg detentora da cura e que precisa chegar a Atlanta, único local com estrutura para trabalhar com o material que provavelmente vai restaurar a ordem no mundo.
Mas existem grupos anarquistas que preferem deixar tudo como está. É o caso da gangue do maquiavélico Fender, que faz de tudo para impedir que a moça de lata chegue ao seu destino. Aí que entra o nosso herói, Gibson (sim, os nomes dos personagens são marcas de guitarras!), na pele do belga Jean Claude Van Damme, um mercenário que se propõe a ajudar, embora seja motivado por um instinto vingativo, rixa do passado entre ele e o Fender, o qual é muito bem explorado nos flashbacks do protagonista.
Dirigido pelo mestre dos B movies, Albert Pyun, que nunca escondeu sua predileção pelo universo pós apocalíptico e cyber punk, deve ter adorado trabalhar com todos esses elementos neste que é considerado o seu melhor filme (embora ele não tenha gostado de trabalhar com o baixinho). A principio, Pyun havia sido contratado pela Cannon para que levasse à telona o filme do Homem Aranha! Ao mesmo tempo, filmaria ainda, para a mesma produtora, a continuação de MESTRES DO UNIVERSO, aquele filme no qual Dolph Lundgren encarna o He Man. Sendo assim, foram construídos cenários, figurinos ultra bacanas (como podem observar na imagem acima) e todo o aparato necessário para as duas produções.
Sabemos que nenhum desses dois filmes chegou a ser filmado. Depois que a Cannon cancelou os projetos, Pyun apresentou uma estória que aproveitaria muito bem toda aquela estrutura e assim surgiu CYBORG. No entanto, o filme ainda chegou a ser promovido na TV carregando o nome MASTERS OF UNIVERSE 2: CYBORG!!!
O filme é bem curto, não chega a uma hora e meia, mas a ação é constante. Difícil esquecer algumas cenas antológicas, como toda aquela sequência que antecede a crucificação do protagonista – e Van Damme esparcado esperando seu oponente passar debaixo para dar o bote é genial – e a maneira em que se livra da cruz com toda aquela fúria me marcou bastante há vinte anos atrás. Hoje ainda reserva grande força para quem embarca tranquilamente na trama e neste tipo de diversão.
Além do baixinho, que se sai muito bem em cena, vale destacar o ator Vincent Klyn, o vilão Fender, que possui uma puta presença ameaçadora e poderia muito bem ter sido melhor aproveitado no cinema. O único outro filme que o ator participou e que me vem à mente no momento é NEMESIS, também do Pyun (claro que deve ter feito outros, mas estou com preguiça de ir ao imdb pesquisar, então descubra você, se estiver tão curioso assim).
Bah, eu posso estar sendo um nostálgico exagerado, mas CYBORG é um grande filme, ótimo veículo de ação para o Van Damme, de quem eu nutro uma enorme admiração desde pequeno, muito bem dirigido pelo Albert Pyun (ok, talvez eu esteja realmente exagerando!), ótimos cenários, atmosfera perfeita, efeitos especiais old school que chuta a bunda de qualquer CGI atual, trilha sonora marcante, etc e tal, mesmo sabendo que para a nova geração tudo isso não passa de uma tranqueira sem qualquer interesse...
Outros textos do Albert Pyun: VIAGENS RADIOATIVAS e NEMESIS
OBS: Enquanto postava, me lembrei que o Klyn também participou de CAÇADORES DE EMOÇÃO. Ele faz um dos mal-encarados que leva porrada na praia do Keanu Reeves e do recém falecido Patrick Swayze...
Ronald, ta aí um filme do "João Cláudio" que eu não vi. Heresia minha ... eu sei rsrs.
ResponderExcluirAdorava isso aí quando tinha uns 12.
ResponderExcluirPreiso rever.
Assisti esse filme no cinema em 89, realmente muito marcante, tem todo uma atmosfera bizarra, que é dificil de ser reproduzida hoje em dia. MARCANTE
ResponderExcluirOk, dessa vez estou definitivamente inspirado a rever o filme! Esse dvd que voce adquiriu é nacional?
ResponderExcluirSim, é o nacional mesmo!
ResponderExcluirPorra! Deve ter sido o primeiro filme do Van Damme que me agarrou fortemente. Ainda hoje é dos meus filmes favoritos no âmbito dos pós-apocalípticos. Adoro o texto narrado na abertura do filme, acho que na época em que o vi até decorei o texto...
ResponderExcluirFico feliz por ver que há mais gente que se interessem por isto!
Grande abraço Perrone!
Um dos melhores filmes B de todos os tempos.
ResponderExcluirE Fender entra na lista dos grandes vilões do Van Damme facilmente.
A propósito, esse foi meu primeiro filme do Van Damme no cinema. Emocionante.
ResponderExcluirVincent Klyn tb é um dos traficantes junto com o cara do Red Hot Chili Peppers que tomam um pau do Keanu Reeves e Swayze em Caçadores de Emoção na praia.
ResponderExcluirO cara do Re Hot, é o vocalista Anthony Kiedis
ResponderExcluirAlguém aqui mais achou interessante o filme usar o vilão como narrador? Achei um toque diferente e macabro pra esse tipo de filme.
ResponderExcluirÉ um detalhe bem diferente mesmo. E o Klyn tem uma voz muito sinistra!
ResponderExcluirNotícia fresquinha: o Albert Pyun vai fazer um comentário em áudio para o Cyborg e vai disponibilizar num site para download. Fiquem atentos que eu coloco aqui o link quando sair.
ResponderExcluirEsse filme consegue um dos visuais mais desanimadores, realmente "down" dos filmes pos apocalípticos. Em materia de porrada acho legal ateh, mas nao sou fã do Van Damme. So curto msm ele em Retroceder Nunca e Render-se Jamais e, em O Grande Dragão, mais no sentido das palhaçadas e piadinhas do filme, pq aqueles socos e chutes em camera lenta que iriam permear os filmes dele, desde então, até o fim da vida, eu realmente acho um saco.
ResponderExcluirSim sim, o vilão do filme e o visual realmente me causam mau estar ateh hj... consegue ser uma realidade ateh pior que a do Filhos da Esperança. hehehe
ResponderExcluir"consegue ser uma realidade ateh pior que a do Filhos da Esperança", eu era mais imaturo quando eu disse isso. Comparação idiota. A realidade em Filhos da Esperança eh fudida... pq eh mais proximo de nós. Mas sim, continuo a achar a do Cyborg tbm foda... e Fender, um dos dos vilões mais assustadores do cinema marcial.
ResponderExcluirEi Perrone, o ator que faz o Fender tá no "Caçadores de Emoção", com o Keanu Reeves e o finado Patrick Swayze. Ele é um dos surfistas lá que quase trucida o rosto do Keanu num cortador de grama. Lembro dele também no Kickboxer 2, fazendo um cinegrafista que filma as lutas.
ResponderExcluirPra quem não lembra, o Ator que faz o fender, tá no "Caçadores e Emoção", co o Patgrick Swayze e o Keanu Reeves. Ele é um dos surfistas que quase trucida o rosto do Keanu num cortador de gramas.
ResponderExcluirÒtimo filme ainda com uma Beleza Natural daquela femea que morri no final ( Um pouco triste) Por uma beleza daquela morrer , devia ter ficado com o Vandame
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