24.12.09
22.12.09
AVATAR (2009), de James Cameron

Mas gostei do filme. Como uma boa aventura, um bom entretenimento, a coisa funciona tranquilamente. Mas é só. Quem esperava o velho Cameron da época de O EXTERMINADOR DO FUTURO II vai se sentir frustrado, porque a atenção do diretor aqui é somente no visual, nos efeitos especiais, em como utilizar os recursos do 3D, etc, deixando de lado a preocupação na forma, na estrutura, ritmo, conteúdo, personagens...
Mas nada disso faz muita diferença quando a pretensão do diretor era mesmo submeter o seu público a uma experiência visual impressionante e sem precedentes. De fato, Cameron cumpre o que prometeu com a ajuda da tecnologia ultra moderna. A concepção visual do universo desenvolvido por Cameron e seus artistas já pode ser considerada um marco na história dos efeitos especiais.

Aliás, meus olhos sentiam um alívio visual quando o protagonista acordava e os atores em carne e osso podiam ser vistos (porque tanta masturbação sensorial me cansou um pouco), principalmente com o Stephen Lang em cena, de longe a MELHOR coisa do filme. Se existe algo que James Cameron comprova que não perdeu foi sua capacidade em construir vilões. Lang está perfeito em todos os sentidos. Tem presença e sabe atuar. Já havia roubado a cena em INIMIGOS PÚBLICOS e aqui o faz com maestria novamente. Incrível como esse sujeito não havia se destacado antes. 2009 é o ano de Stephen Lang! Está lançada a minha campanha!

NINJA (2009), de Isaac Florentine

O único elemento que contextualiza a produção, tecnicamente, na época atual são os malditos efeitos especiais, embora sejam discretos, mais especificamente para recriar sangue artificial. No restante, NINJA funciona muito bem como filme de ação sem cérebro, divertido até o talo, com pancadarias a cada cinco minutos nos mais variados tipos de ambientes, desde becos escuros, terraço de um edifício ou o interior de um vagão de metrô em movimento.

A grande motivação que os roteiristas encontraram para dar um gás à trama é uma caixa guardada pelo sensei, interpretado por Togo Igawa, cujo interior mantém os artefatos ninjas de um lendário guerreiro da antiguidade. Bem, a caixa precisa ser transportada, Casey é o escolhido para a tarefa (juntamente com outros estudantes, inclusive a filha do sensei). É aí que Masazuka volta em cena para sua vingança.

NINJA é exatamente isso, uma diversão sem compromissos, sem grandes pretensões. Para quem não curte nem os autênticos clássicos dos anos oitenta, não suporta ver Franco Nero de bigode encarnando um ninja, não sabe o que é uma katana shinobi, não entende como aquelas pequenas estrelinhas matam tão rapidamente, etc... recomendo distância! Caso contrário, sinta-se em casa.
18.12.09
17.12.09
O VINGADOR DO FUTURO contagem de corpos...
Vídeo bem bacana contendo TODAS as cenas de morte d'O VINGADOR DO FUTURO, obra prima de Paul Verhoeven. Incluiram até a morte dos peixinhos do vilão...
16.12.09
14.12.09
CLASH OF THE TITANS - trailer
Geralmente este tipo de trailer não me enche os olhos. Por que será que estou com a impressão de que este filme vai ser massa?!?!
TERRITÓRIO INIMIGO (Enemy Territory, 1987), de Peter Manoogian

Na trama, um corretor de seguros precisa recolher a assinatura de uma cliente que vive num condomínio do subúrbio de Nova York. Chegando lá, acaba mexendo com quem não devia e coisa toma proporções enormes quando acidentalmente um membro da tal gangue dos Vampiros acaba levando um tiro. É como se o protagonista entrasse num universo paralelo, dominado por esses seres estranhos. O sujeito recebe ajuda de um funcionário da companhia telefônica que estava no prédio, o qual também passa a ser perseguido. TERRITÓRIO INIMIGO se resume na tentativa dessas duas figuras em conseguir, a qualquer custo, sobreviver e fugir do local cercado pelos Vampires.

O filme ainda conta com o grande Tony Todd, como o líder dos Vampiros, Stacey Dash e Frances Foster. A grande surpresa do filme é o Jan-Michael Vincent interpretando um veterano inválido do Vietnã, armado até os dentes, fazendo discursos impagáveis para os protagonistas. Os seus momentos são dignos de antologia e já valeriam o filme inteiro!

12.12.09
THE BAD LIEUTENANT: PORT OF CALL - NEW ORLEANS (2009), de Werner Herzog

Sendo a disparidade entre os dois filmes tão evidente, não é justo fazer comparações entre as versões, mas como filmes policiais, ainda prefiro o do Ferrara, uma das experiências mais deprimentes que já tive com um filme, aquela atmosfera e a atuação do Keitel são elementos difíceis de igualar. Ah, e aquele desfecho niilista! Demais!

Seu retrato do personagem central é extremo, politicamente incorreto, construido no limite, à beira de um ataque de nervos numa New Orleans suja e devastada pelo furacão Katrina. Deve-se tirar também o chapéu para Nicholas Cage, com uma performance de respeito, compondo um protagonista nos mínimos detalhes. É sua melhor atuação desde... er, quando mesmo? Enfim, o que importa é que o homem está genial e protagoniza um dos momentos mais bad ass do ano, na cena em que ele tenta tirar informações de duas velhinhas!!! Grande Cage...

Portanto, para quem ainda estava com o pé atrás com este novo trabalho do alemão maluco só por causa da ligação com o filme do Ferrara, pode conferir sem medo, porque além de ser um filmaço policial bem acima da média atual, consegue ter substância suficiente para trabalhar com autoridade a dramaticidade e profundidade de seu protagonista, que é a verdadeira pretensão do enredo. E Herzog tem atitude e moral pra isso! Está em crédito comigo e totalmente perdoado pelos 10 minutos finais de O SOBREVIVENTE...
11.12.09
7.12.09
CYBORG - O DRAGÃO DO FUTURO (Cyborg, 1989), de Albert Pyun

CYBORG é mais uma variação do subgênero “pós-apocalíptico”; filmes em que vislumbramos o futuro da pior maneira possível, com suas cidades destruídas por alguma catástrofe natural ou não, geralmente com um punhado de pessoas que já perderam a noção de humanidade tentando sobreviver ao caos, enfrentando as piores desgraças... e você aí reclamando da vida.
No futuro, a peste devastou com a população mundial e a esperança do que resta da humanidade é a segurança de uma cyborg detentora da cura e que precisa chegar a Atlanta, único local com estrutura para trabalhar com o material que provavelmente vai restaurar a ordem no mundo.


Sabemos que nenhum desses dois filmes chegou a ser filmado. Depois que a Cannon cancelou os projetos, Pyun apresentou uma estória que aproveitaria muito bem toda aquela estrutura e assim surgiu CYBORG. No entanto, o filme ainda chegou a ser promovido na TV carregando o nome MASTERS OF UNIVERSE 2: CYBORG!!!




Outros textos do Albert Pyun: VIAGENS RADIOATIVAS e NEMESIS
OBS: Enquanto postava, me lembrei que o Klyn também participou de CAÇADORES DE EMOÇÃO. Ele faz um dos mal-encarados que leva porrada na praia do Keanu Reeves e do recém falecido Patrick Swayze...
1.12.09
30.11.09
HONKYTONK MAN (1982), de Clint Eastwood

Clint interpreta Red Stovall, um músico tuberculoso em plena depressão americana que parte numa jornada com seu sobrinho (Kyle Eastwood, filho do diretor) para Nashville, demonstrar seus dotes musicais em sua última tentativa de ser alguém na vida, última chance para deixar sua marca.
O enredo é bem simples, mas Eastwood é capaz de pegar o mais banal dos materiais e transformar numa bela obra de arte, e não digo apenas na estética, ele consegue colocar substância na trama e nos personagens, com os quais passamos a nos importar, e a forma como aborda toda a ambientação utilizando-se dos elementos de road movie é tão delicada quanto sua compreensão do período. O roteiro pode ter sido escrito por Clancy Carlile, adaptação de seu próprio livro, mas o coração do filme é a visão de Clint com seu estilo combinado às suas recordações da época. Eastwood nasceu em maio de 1930, em São Francisco, e passou a infância nas estradas empoeiradas ao lado de seu pai. Isso permitiu a ele uma atenção extrema aos detalhes, o que resulta em momentos antológicos, algumas das mais belas seqüências que o sujeito já filmou na carreira. Trabalho de alto nível este do Clintão...
27.11.09
McTiernan vs Wynorski
Em clima de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI, o meu amigo Osvaldo Neto me manda esta pequena amostra de picaretagem do diretor Jim Wynorski, que faz com que os italianos dos anos oitenta pareçam extremamente éticos e honestos... inacreditável.
25.11.09
O ÚLTIMO GRANDE HERÓI (Last Action Hero, 1993), de John McTiernan

Um dos motivos que me fez gostar tanto de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI foi a condução narrativa através do ponto de vista de um garoto, com seus 13/14 anos, movie geek, apaixonado pelo bom e velho cinema de ação da mesma forma que muitos de nós éramos na mesma época. Que garoto não gostaria de vivenciar a libertação dos reféns em DURO DE MATAR acompanhado de John McLane, ou ter ido a marte em uma aventura sensacional com Douglas Quaid em O VINGADOR DO FUTURO? É esse tipo de sensação que o filme proporciona (O EXTERMINADOR DO FUTURO II é um bom exemplo também, mas não o faz como análise, mas como elemento dramático).





23.11.09
BURIAL GROUND (Le Notti del Terrore, 1981), de Andrea Bianchi

BURIAL GROUND é uma coisa linda, já está entre os meus zombie movies favoritos! A estória é bem tola, sobre três casais e um adolescente que visitam um cientista que trabalha em sua propriedade escavando e estudando alguma coisa que, pra falar a verdade, nem me recordo o que era... Só lembro que no início ele diz algo como “Sou o único que conhece o segredo!”. Mas acho que este detalhe não chega a ser muito importante na trama, já que 2 minutos depois, de volta às suas escavações, o cientista é atacado por um bando de zumbis e o tal segredo nunca é revelado no decorrer da estória . Enfim, seus convidados chegam ao local e sem muita enrolação (a não ser pra mostrar algumas cenas de sexo, o que eu chamo de uma boa enrolação) os zumbis põem-se a perseguir os personagens.


Dois detalhes geniais sobre BURIAL GROUND: primeiro, os zumbis, que possuem as maquiagens mais bizarras e mal feitas que eu já vi em algum filme do gênero. Claro que isso concede um charme muito legal ao filme, principalmente porque Bianchi faz questão de filmar com orgulho os seus zumbis em closes de uma maneira de fazer inveja ao Sergio Leone, acentuando todas as falhas das maquiagens. É bem engraçado. Os zumbis de Bianchi seguem a mesma linha de locomoção das criaturas de George Romero e Lucio Fulci, lentos e fáceis de escapar, mas possuem um nível de inteligência um pouco acima. São capazes de usar ferramentas, subir em lugares difíceis para conseguir “alimento” e em certo momento um zumbi utiliza um prego como se fosse uma arma ninja! Coisa de louco...



21.11.09
CUT AND RUN (Inferno in Diretta, 1985), de Ruggero Deodato

Se funciona essa mistureba? Depende muito de cada um, mas ajuda bastante se você for fã do diretor. O negócio é que é impossível ficar indiferente tendo um sujeito como Ruggero Deodato atrás das câmeras. Nunca vai ser uma simples aventura na selva e o diretor possui criatividade suficiente para realizar um filme singular, e não mais um rip off de CANNIBAL HOLOCAUST como surgiam aos montes na época. Embora tenhamos aqui um menu bem recheado para satisfazer os apreciadores de um bom cinema extremo: violência explícita, decapitações, corpos abertos ao meio, torturas, crocodilos devorando cadáveres, nudez gratuita e claro, a mídia sem muito escrúpulos... da mesma forma que em CANNIBAL HOLOCAUST.



Mas a grande sacada dos roteiristas é a referencia a APOCALYPSE NOW, ou melhor, a O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, representado no papel do coronel Horne e magnificamente interpretado por Richard Lynch. A cena em que o ator discursa deitado na rede tem a mesma força que as sequências de Marlon Brando no filme de Coppola, guardando as devidas proporções, obviamente, pelo amor de Deus!!!

18.11.09
A NOITE DO TERROR CEGO (La Noche del Terror Ciego, 1971), de Amando de Ossorio

A mitologia desses zumbis, na qual rendeu uma saga que ainda possui mais três filmes além deste aqui, narra que os tais cavaleiros templários, ainda na idade média, foram condenados por heresia e tiveram seus olhos arrancados, mas por possuírem um conhecimento secreto de magia negra, conseguiram perpetuar seus corpos ao longo do tempo, escondidos nas ruínas onde no passado foram condenados.

Então, em uma excursão de trem, quando rapidamente fica claro que as intenções carnais de Roger estão pendendo pro lado de Betty, Virginia tem um ataque de nervos do nível de uma adolescente de 14 anos e salta do trem emburrada. Um pouco antes disso, porém, um flashback mostra o tipo de relação que as duas amigas haviam tido no colégio: aquela em que se colocam as aranhas para brigar, se é que me entendem. Esse simples flashback é uma das cenas mais sofisticadas do filme, com uma atmosfera de sonho, e o som do trem que permanece constante de background... o resultado é bem interessante.

É nesta sequência que podemos contemplar os cavaleiros pela primeira vez, com suas roupas medievais de soldados templários já bem envelhecidas pelo tempo e o crânio sinistro protuberante no lugar da face. A produção de A NOITE DO TERROR CEGO é bem independente, com baixíssimo orçamento, e um dos grandes trunfos do filme é fazer acontecer sabendo evitar os problemas de recursos com bastante criatividade. Outros momentos bacanas que demonstram isso é a cena do necrotério e, em especial, o ataque à casa de moda, com um uso de cores, luzes e espaço, cercado de manequins, que remete a atmosfera de SEI DONNE PER L’ASSASSINO, do mestre Mario Bava.
Com o sucesso deste primeiro filme, Amando de Ossorio se sentiu obrigado a continuar contando a saga dos zumbis sem olhos, dos quais não tive ainda a oportunidade de assistir, mas espero que sejam, no mínimo, uma boa diversão como este aqui.
17.11.09
Aventuras sangrentas de um cinéfilo capixaba na capital paulista...
O fim de semana em SP foi uma experiência fascinante. Os três dias de oficina de maquiagem e efeitos especiais com o Rodrigo Aragão, diretor de MANGUE NEGRO, me permitiram explorar um pouco da magia do cinema, além de conhecer várias pessoas legais, alguns já trabalhando na área, diretores de curtas, filmmakers, outros bem curiosos a respeito dos processos, mas todos compartilhando a mesma paixão pelo cinema fantástico, de horror, etc... algo extremamente difícil de encontrar por aqui em Vitória-ES.
Fora da oficina, tive o prazer de conhecer pessoalmente o companheiro d’O Dia Da Fúria, o grande Leopoldo Tauffenbach, que é um sujeito esplendido. Além dele, conheci o veterano blogueiro Marcelo Carrard, do Mondo Paura, os organizadores do Cinefantazy, Edu e Vivi, e ainda o Marc Price, diretor de COLIN, filme britânico de Zumbi que passou na sexta à noite. O sujeito, que se chama na verdade Marc Vincent Price, é uma figura e tanto. Eu e o Leopoldo tiramos uma foto com ele num restaurante onde fomos jantar, mas o Leopoldo ainda não me enviou a foto e assim que fizer eu coloco por aqui.
Além do COLIN, assisti THE FORBIDEN DOOR, bom filme de terror da Indonésia, e ATRAÇÃO SATÂNICA, do Fauzi Mansur. Sim, de longa só esses três, bem pouco mesmo. O restante do tempo eu estava nas oficinas, andando de metrô ou no centro me deliciando em lojas de DVD's...
Mas chega de enrolação, seguem algumas imagens de violência explícita, cortes, queimaduras e fraturas acometidas durante o fim de semana. Mas não se preocupem, eu garanto que já me recuperei de todas elas...
Além do COLIN, assisti THE FORBIDEN DOOR, bom filme de terror da Indonésia, e ATRAÇÃO SATÂNICA, do Fauzi Mansur. Sim, de longa só esses três, bem pouco mesmo. O restante do tempo eu estava nas oficinas, andando de metrô ou no centro me deliciando em lojas de DVD's...
Mas chega de enrolação, seguem algumas imagens de violência explícita, cortes, queimaduras e fraturas acometidas durante o fim de semana. Mas não se preocupem, eu garanto que já me recuperei de todas elas...
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