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30.4.09
OS AMIGOS DE EDDIE COYLE (The Friends of Eddie Coyle, 1974), de Peter Yates
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27.4.09
Mais dois filmes...
FEMALE YAKUZA TALE - INQUISITION AND TORTURE (Yasagure anego den: sôkatsu rinchi, 1973), de Teruo Ishii
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A começar pelo próprio entrecho, que envolve um bando de traficantes que transporta a mercadoria ilícita colocando-a nos orifícios sexuais de um grupo de moças, que recebem em troca uma dose da droga. Destaque para o grande final quando um exército de mulheres nuas, sob o comando de Oshô (Ike), enfrenta os traficantes. Literalmente uma bela dose de sangreira e mulher pelada! Imperdível!
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DJANGO, O BASTARDO (Django il bastardo, 1969), de Sergio Garrone
Mudando totalmente de gênero, assisti a este bom Western Spaghetti estrelado pelo ítalo-brasileiro Anthony Steffen e dirigido por Sergio Garrone, que apesar de ter feitos muitos westerns, realizou também alguns filmes de horror. E DJANGO, O BASTARDO é uma hibrida produção que transita entre o terror e a poeira do velho oeste.
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O fato é que durante toda a narrativa, Garrone mostra o protagonista como um fantasma que surge das trevas para se vingar do crime que três sujeitos cometeram há alguns anos, durante a guerra civil. Inclusive os próprios personagens pensam que se trata de uma alma penada. Depois de uma boa quantidade de mortes e uma meia hora final que me lembrou outra mistura de western/terror, E DEUS DISSE A CAIM, do Antonio Margheriti, o filme acaba revelando se Django era realmente de carne e osso ou não. Mas eu não vou contar!
OBS: Uma dica para uma boa leitura, muito mais completa, sobre DJANGO, O BASTARDO, pode ser encontrada aqui.
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É a sequencia de SEX & FURY, de Norifumi Suzuki, agora com a direção de Teruo Ishii, de THE EXECUTIONER, mas com a mesma Reiko Ike de volta ao papel do filme anterior, mostrando todo talento, graça e beleza (leia-se os atributos físicos que Deus lhe deu). Alguns consideram FEMALE YAKUZA TALE superior, acho que são filmes bem diferentes. O filme de Suzuki é mais denso e sua força parece centrada na trama de vingança e na ação; ambos possuem uma estética carregada, mas este aqui se sai melhor como um exercício visual e muito mais apelativo no quesito “nudez gratuita”.
DJANGO, O BASTARDO (Django il bastardo, 1969), de Sergio Garrone
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24.4.09
CANNES 2009
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DAS WEISSE BAND, aka THE WHITE RIBBON, de Michael Haneke: Boto fé no diretor de FUNNY GAMES, A PROFESSORA DE PIANO e CACHÈ (mas recomendo também o 71 FRAGMENTS OF A CHRONOLOGY OF CHANCE, que já não é tão conhecido, mas é um de seus melhores trabalhos). Este seu novo filme vai se passar no início do século passado, ambientado numa escola rural no norte da Alemanha onde estranhos eventos acontecem envolvendo rituais de castigo. Segundo o imdb, Haneke questiona sobre como isso tudo afeta o sistema escolar e como a escola teve influencia sobre o fascismo.
ANTICHRIST, de Lars Von Trier: Aquela imagem que postei aqui no blog outro dia e o trailer que saiu recentemente deixa tudo bem claro: filme de horror puro com visual pictórico e tudo indica que a coisa vai ser de arrepiar! Temos Willen Dafoe e Charlotte Gainsbourg vivendo um casal com problemas que se refugiam numa cabana no meio da floresta. Não quero nem ficar imaginando o que o dinamarquês maluco vai aprontar com esses dois...
VENGEANCE, de Johnny To: Esse é mais que óbvio. Qualquer filme do To, independente de estar em festivais ou não, é motivo para comemoração. Ainda mais com um roteiro que, tudo indica, vai conter um assassino francês (Johnny Hallyday) em busca de vingança, universo da máfia mais uma vez servindo de cenário e bastante ação naquela genialidade de trabalho de câmera e composições que só o To sabe fazer atualmente!
THIRST, de Park Chan-wook: Não sei muito o que esperar deste aqui, na verdade. Park narrando uma estória de vampiros, provavelmente vai sair algo bom. Minha expectativa está bem alta pelo menos. O negócio é que fiquei um pouco decepcionado com o LADY VINGANÇA e nem tive coragem ainda de assistir I’M A CYBORG, BUT THAT'S OK. O trailer me deixou bastante animado, vamos aguardar...
INGLORIOUS BASTERDS, de Quentin Tarantino: Acho que nem precisa de apresentações. Um dos filmes mais aguardados do ano!
INGLORIOUS BASTERDS, de Quentin Tarantino: Acho que nem precisa de apresentações. Um dos filmes mais aguardados do ano!
TAKING WOODSTOCK, Ang Lee: Não consegui nem ver ainda o LUST, CAUTION, algo que vou tentar corrigir nos próximos dias, mas Lee já retorna com uma comédia no mínimo interessante, uma espécie de origem histórica do Woodstock, festival que definiu uma geração nos anos 60, contada sob o ponto de vista de um rapaz que trabalha no motel de seus pais. Muito Rock, hippies, e aquele visual lisérgico dos anos 60.
SOUDAIN LE VIDE, aka ENTER THE VOID, de Gaspar Noé: O diretor de IRREVERSÍVEL retorna com um projeto que eu não faço a menor idéia do que se trata, e também prefiro deixar assim e descobrir na hora em que estiver assistindo. Mas só pelas imagens que saíram dá pra perceber que, pelo menos no visual, o sujeito continua apurado (sim, eu adoro seus filmes anteriores)! Desde 2002, que Noé não lança um longa metragem. Vocês podem encontar várias fotos do filme aqui.
SOUDAIN LE VIDE, aka ENTER THE VOID, de Gaspar Noé: O diretor de IRREVERSÍVEL retorna com um projeto que eu não faço a menor idéia do que se trata, e também prefiro deixar assim e descobrir na hora em que estiver assistindo. Mas só pelas imagens que saíram dá pra perceber que, pelo menos no visual, o sujeito continua apurado (sim, eu adoro seus filmes anteriores)! Desde 2002, que Noé não lança um longa metragem. Vocês podem encontar várias fotos do filme aqui.
E ainda teremos os novos de Pedro Almodóvar, Marco Bellocchio, Ken Loach, Tsai Ming-liang, Alain Resnais e outros...
Fora de competição, eu gostaria de estar lá (vai sonhando) pra conferir THE IMAGINARIUM OF DOCTOR PARNASSUS, do Terry Gilliam, definitivamente o ultimo filme com participação do Heath Ledger. Além de DRAG ME TO HELL, novo trabalho do Sam Raimi e MOTHER, do Bong Joon Ho, o mesmo de THE HOST.
Fora de competição, eu gostaria de estar lá (vai sonhando) pra conferir THE IMAGINARIUM OF DOCTOR PARNASSUS, do Terry Gilliam, definitivamente o ultimo filme com participação do Heath Ledger. Além de DRAG ME TO HELL, novo trabalho do Sam Raimi e MOTHER, do Bong Joon Ho, o mesmo de THE HOST.
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23.4.09
MANHUNT IN THE CITY (L'Uomo Della Strada Fa Giustizia, 1975), de Umberto Lenzi
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Bom filme do Umberto Lenzi, embora seja mais reconhecido pelos filmes de terror, principalmente por ter praticamente criado o subgênero de horror canibal com o filme DEEP RIVER SAVAGES (me corrijam se eu estiver enganado!), acabou realizando inúmeros exemplares de poliziotteschi como este aqui, ALMOST HUMAN, NAPOLI VIOLENTA, MILANO ROVENTE, etc...
Henry Silva está ótimo na pele de um sujeito pacato, homem de negócios, que vai se transformando gradativamente num vingador depois um acontecimento trágico na sua vida. Pode até parecer mais um entre tantos “filmes de vingança”, mas Umberto Lenzi prefere fazer um filme meio “bunda mole” dentro do gênero, com um tom mais realista, mostrando essa transformação de forma bem lenta.
Mas quando finalmente o personagem de Silva toma uma atitude, o filme engrena. Não que a narrativa lenta e burocrática fosse ruim, de forma alguma. Lenzi sabia muito bem o que estava preparando e a grande revelação no final deixa isso bem claro, por isso a participação da policia é essencial e não somente Henry Silva empunhando a garrucha pra estourar os miolos dos bandidos com a sede de vingança que acumulou durante um bom tempo.
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Mas é justamente disso aí que vem a energia do filme, não tem jeito... quem não gosta de uma boa dose de ação com um dos maiores astros do poliziotteschi?
MANHUNT IN THE CITY não deixa de ser, afinal, um belo tratado sobre o desejo de vingança precisando ser vomitada a qualquer custo.
MANHUNT IN THE CITY não deixa de ser, afinal, um belo tratado sobre o desejo de vingança precisando ser vomitada a qualquer custo.
21.4.09
LUTADOR DE RUA (Hard Times, 1975), de Walter Hill
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19.4.09
Mais dois filmes de porrada!
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Ainda tentando falar de todos os filmes que vi no ultimo final de semana. É que fazia muito tempo que eu não via tantos filmes em curto espaço de tempo. THE 36TH CHAMBER OF SHAOLIN (78) foi um deles. E o que dizer? É um dos maiores clássicos dos estúdios Shaw Brothers, verdadeiro épico das artes marciais. Impressionante em todos os sentidos. Principalmente Gordon Liu, mostrando extremo potencial físico e expressivo para dar vida ao seu personagem, San Te, um jovem fugitivo que se refugia entre os monges para aprender a lutar kung fu. Anos mais tarde, Liu viria trabalhar com Quentin Tarantino em KILL BILL interpretando o mestre Pai Mei. O filme conta também com a presença de Lo Lieh, famoso por inúmeros papéis em filmes do gênero. Aqui ele encarna um general que desperta o ódio de toda a população, que vive amedrontada sob sua tirania.
O diretor Liu Chia-Liang, que depois faria DRUNKEN MASTER II (e mais um monte de coisa que eu não vi ainda), trata o filme de maneira muito especial e não sentiu necessidade de apelar para artifícios como violência gráfica ou outros tipos de manipulação. Mas diverte fazendo um grandioso trabalho de “filme de treinamento”. Apesar de ótimas seqüências de lutas, como todo bom filme do gênero tem de ter, o prato principal em THE 36TH CHAMBER OF SHAOLIN é a transformação do personagem em um grande mestre shaolin (e que ocupa boa parte da projeção).
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Depois disso é só porradaria das boas. San Te lutando sozinho contra mais de vinte soldados do general e depois contra o próprio. Sem grandes mensagens, significados, mas ganha fácil o espectador pelo seu estilo e o modo sincero de fazer cinema de artes marciais de qualidade!
Já O MESTRE DA GUILHOTINA VOADORA (75) é um caso bem diferente. Pende para um lado bizarro e fantasioso dos filmes do gênero, é tosco e exagerado, mas não deixa de ser excelente! Sem dúvida, um dos melhores já produzidos. Na verdade, o enredo é meio bobo, mas isso não importa. O diretor Jimmy Wang Yu dá conta do recado tranquilo com o pouco que tem: monge cego decide se vingar do sujeito que matou seus dois discípulos – o grande mestre boxeador de um braço só!!!
Um plot simples, mais um punhado de seqüências de lutas de alto nível e uma das galerias de personagens mais fantásticas que eu já vi, é mais que suficiente. O monge cego é quem utiliza a tal guilhotina do título, uma arma realmente de dar medo; e o próprio diretor interpreta o boxeador de um braço. E nada melhor que um torneio de luta inserido à narrativa para fazer a coisa fluir e apresentar os outros personagens, um mais bizarro que o outro (até um lutador indiano com a capacidade de esticar os braços!!!).
Cabeças rolando, muita porrada comendo solta em sequencias bem filmadas e um final antológico! O confronto entre o mestre boxeador de um braço contra o cego da guilhotina voadora é de deixar arrepiado qualquer fã de cinema de artes marciais! Me deixou feliz a semana toda! O filme, de um modo geral é muito criativo e divertido. Dá gosto de ver.
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17.4.09
FACA NA GARGANTA (Switchblade Sisters, 1975), de Jack Hill
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Dia desses vi esta belezura do Jack Hill, que é um diretor dos mais criativos e ousados dos anos 60 e 70 no cinema americano de baixo orçamento e merecia um reconhecimento maior entre os cinéfilos de hoje, além de ser essencial para qualquer pessoa que deseja se aventurar no mundo do cinema de exploração. Desabafos à parte, FACA NA GARGANTA é um autêntico clássico do “gênero” e um de seus melhores trabalhos que ainda incluem COFFY, FOXY BROWN, THE BIG BIRD CAGE, THE BIG DOLL HOUSE, SPIDER BABY, etc (um cara com um currículo desse é um gênio!).
FACA NA GARGANTA Faz parte também de uma lista imaginária dos filmes-referência de Quentin Tarantino, que é fã confesso da obra e chegou a comprar os direitos de lançamento para o seu selo de DVD’s, a Rolling Thunder, em meados dos anos 90. E tem tudo a ver com o universo que o diretor de PULP FICTION desenvolveu a partir de suas influências.
A premissa básica de FACA NA GARGANTA trata da disputa pelo poder dentro de uma gangue feminina entre a líder Lace (Robbie Lee) e a recém chegada no pedaço Maggie (Joanne Nail). Mas para deixar tudo mais profundo e divertido, o roteiro inspirado de F.X. Maier tece uma complexa teia de guerra entre gangues, subtramas psicológicas que funcionam e uma galeria de personagens interessantes que só enriquecem o resultado.
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Isso sem contar com os momentos dignos de um exploitation, afinal, estamos falando de um filme com rixas de gangues; temos brigas de mulheres, tiroteios no estilo do final de DESEJO DE MATAR 3, lutas de facas, conflitos verbais com muitas frases de efeitos e muito mais!
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As atuações são acima da média para um filme de baixo orçamento e Jack Hill demonstra porque é um dos grandes autores do ramo com um estilo único. Consegue ainda combinar elementos de vários subgêneros incluindo uma sequencia “Women in Prison”, quando as garotas vão pra cadeia e têm de enfrentar a robusta carcereira lésbica e suas subordinadas, e “blaxploitation”, quando pinta em certo momento uma gangue de mulheres negras que dispõe de um verdadeiro arsenal! É por isso que é impossível não virar fã de Jack Hill!
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15.4.09
O VÔO DO DRAGÃO (The Way of the Dragon, 1972), de Bruce Lee
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