5.11.11

GOLPE FULMINANTE (Knock Off, 1998)

Revisão de GOLPE FULMINANTE, segunda parceria entre o diretor Tsui Hark e um dos nossos action men preferidos, Jean Claude Van Damme. A primeira foi com A COLÔNIA, outro que eu preciso rever, mas que gosto bastante. Já este aqui, lembrava vagamente da história, que era co-estrelado pelo mala do Rob Schneider e de algumas sequências da ação final, que ocorre num navio cargueiro… ah, e claro, das explosões verdes. A única vez que assisti, foi na época do lançamento em VHS no final dos anos 90. O mais legal foi descobrir que é bem mais divertido do que eu lembrava!

A princípio, o filme se concentra nos personagens de Van Damme e Schneider, que trabalham numa empresa de jeans em Hong Kong e aproveitam para para fazer uma grana extra com produtos falsificados. Tomamos conhecimento de uma organização terrorista russa que desenvolve uma micro bomba com o objetivo de implantar em mercadorias simples e cotidianas, como bonecas, celulares, rádios, e até nas calças falsificadas vendidas pela dupla protagonista, para serem espalhadas pelo mundo. Depois, GOLPE FULMINANTE vira uma bagunça deliciosa, cheia de reviravoltas forçadas, personagens se revelando agentes da CIA disfarçados, Paul Sorvino entra em cena, muita ação ao melhor estilo Tsui Hark, explosões esverdeadas e Van Damme comprovando minha teoria de que, sob a direção de orientais, é um dos maiores performáticos em artes marciais da nossa geração.

Mas é um filme estranho. E nem me refiro à trama, que é uma maluquice. Certas sequências são bizarríssimas e sem qualquer sentido, ao ponto de você não acreditar que está vendo algo assim… o que é aquela cena da corrida de riquexós? Van Damme é quem puxa Schneider e, em determinado momento, os dois passam por uma rua estreita, cheia de comércios e Schneider pega uma enguia e começa a bater na bunda do baixinho belga, como se estivesse manejando um chicote, dizendo “Mova essa bunda linda!”. Que porra é essa?! É uma dessas imagens surtadas que só mesmo GOLPE FULMINANTE pode lhe proporcionar.

Mas a ação do filme é excelente. O Tsui Hark tem um estilo frenético no qual o mais simples diálogo é filmado e montado como uma cena de ação. Então o filme não para em nenhum instante e passa voando. Há uma sequência onde Van Damme encara uns duzentos caras empunhando facões, canos e correntes, dentro de um local fechado… o tipo de coisa que se espera de um Jackie Chan, mas realmente não lembrava que Van Damme já havia feito algo assim (apesar do belga ser substituido em vários momentos por dublês, mas isso não tira o brilho da cena). E, claro, o final que é sensacional, no navio cargueiro, tiroteio e pancadaria comendo solto no melhor estilo do cinema de ação feito em Hong Kong.

Sem contar que, segundo informações que encontrei em alguns sites, a maioria das cenas de ação coreografadas por Sammo Hung, que eu nem sabia que havia sido coreógrafo neste filme, incluindo várias sequências de lutas do final, foram cortadas. Não sei por qual motivo, mas se do jeito que ficou já estava bom, com as cenas do mestre Sammo Hung deveria ficar melhor ainda! De todo modo, se o que você busca são 90 minutos de ação de qualidade, sem muito compromisso, vale uma revisitada neste filmaço! Agora, se ainda não assistiu, GOLPE FULMINANTE se torna obrigatório pra você!

2 comentários:

  1. This is a crazy movie, it felt like the director was making it up as he went along; but it had some really nice martial arts.

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  2. Também sempre achei que o VD deveria ter trampado mais com o Corey Yuen e Tsui Hark, caras que souberam como tirar proveito do talento dele.
    Adoro Golpe Fulminante!

    Hark é impressionante... até uma adaptação de Hamlet nas mãos dele ficaria alucinante.

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