Assisti pela primeira vez a POLTERGEIST (1982), de Tobe Hooper, há poucos dias. Sei que é um clássico da infância de muita gente, mas é que quando eu era pequeno meu negócio era ação (Stallone, Arnoldão, Van Damme, Seagal, Lundgren, etc) e não achava muita graça em filmes de terror, por incrível que pareça. Só fui me interessar bem mais tarde, especialmente o horror europeu, então esses clássicos americanos modernos do gênero realizados nos anos 70 e 80 acabei esquecendo.
Bom, corrigi o erro e aproveitei pra ver também HORROR EM AMITYVILLE (1979), do Stuart Rosenberg, outra lacuna que estava aberta pelos mesmos motivos.
Vou tentar falar um pouco sobre os dois, apesar de estar me sentido a última pessoa do mundo a vê-los, então nem tenho muito a acrescentar, a não ser que gostei bastante de ambos. POLTERGEIST foi o que me surpreendeu mais. Mesmo sendo creditado Tobe Hooper como diretor, ainda se discute a influência na direção do produtor Steven Spielberg, que também escreveu o roteiro. Realmente o resultado está mais para Spielberg que para o Hopper, mas o filme possui vários momentos brilhantes e assustadores que só um especialista do gênero terror impetraria.
Um espetáculo à parte dentro do filme são os efeitos especiais criados pela Light and Magic, com seus truques à moda antiga e não aquela coisa sem emoção gerada atualmente por CGI. Algo caro, que o Hopper só conseguiria se fosse mesmo explorado pelo diretor de TUBARÃO. De qualquer maneira, é um ótimo terror que eu gostaria muito de ter visto na infância, mas não me arrependo, pois deveria estar vendo RAMBO ou COMANDO PARA MATAR...
O tema da família aterrorizada por uma casa mal assombrada também serve para o mote de AMITYVILLE. Embora seja um belo exemplar de terror fantástico, em comparação com outros filmes do gênero ele é bem pé no chão, mais realista, o roteiro foca bastante no drama e transformações dos personagens, não é que não tenha momentos assustadores e etc, até porque o tom realista pode causar uma experiência ainda mais arrepiante.
A direção é bem segura do veterano Stuart Rosenberg, mais conhecido por seus dramas policiais, constrói um bom clima atmosférico aqui. Temos também a inspirada presença de Rod Steiger fazendo o papel de padre e só a sequência em que ele entra na casa já vale por 90% dos filmes de terror feito atualmente. Enfim, é um bom filme que não é considerado um dos clássicos modernos do terror americano a toa, mas quero assistir logo a continuação que parece ser mais porrada, com direção do italiano Damiano Damiani ainda por cima…
Eu prefiro Amityville ao Poltergeist.
ResponderExcluirPoltergeist me surpreendeu mais porque achava que seria uma porcaria. Amityville eu já esperava algo bom.
ResponderExcluirAh, e o Amityville 2, que na verdade é uma prequel, é realmente MUITO superior ao original - um daqueles raros casos. Copia O Exorcista na maior cara-de-pau, mas mesmo assim tem um climão tenebroso, ainda mais quando se sabe que parte do filme foi baseada em um episódio verídico.
ResponderExcluir"Poltergeist" arruinou minha infância, pura e simplesmente. Sobre a polêmica "foi Spielberg ou foi o Hooper ?", é bem claro pra mim quais as cenas foram feitas sob a influência (ou comando) do menino de ouro e quais tem a cara do texano doido.
ResponderExcluirHum, bom saber, Felipe! Devo assistir ainda essa semana!
ResponderExcluirPô, Leandro, arruinou a infância em que sentido? Espero que seja no bom... ;)
Eu nunca assisti o Amytville original (só aquela refilmagem desastrosa com o Ryan Reynolds!). Já Poltergheist eu vi no SBT e gostei muito. Anos depois veio aquela história da morte da atriz que fez a Carol Anne (não era esse o nome da protagonista?) em circunstâncias misteriosas e o filme virou cult. Mas confesso a você que há suspenses melhores.
ResponderExcluirCultura? O lugar é aqui:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Eu revi Poltergeist há alguns meses atrás. É um excelente filme de terror, também fiquei surpreendido pela sua qualidade, além de ser delicioso de assistir. Provavelmente é o meu filme de terror predileto. E o filme transborda Steven Spielberg em cada frame. Filmaço!!!
ResponderExcluirDepois de ver o filme, não consegui mais dormir com bonecos e árvores próximas à janela. :(
ResponderExcluirA única coisa que envelheceu foi o excesso de efeitos coloridos.
Poltergeist suplanta épocas, não importa o quanto carros, TVs e móveis envelheçam. É um filmaço, e a trilha do Goldsmith também tem muito a ver com isso. Ainda tem gente que diminui o filme porque tem Spielberg envolvido e muitos efeitos, como se isso não pudesse casar com um bom filme de terror.
ResponderExcluirÉ o filme que apavorou minhas noites de infância.
Aliás, demorou hein cara?!!! (hehe)
E o Amityville é legalzinho. O livro é muito melhor e tem cenas muito mais arrepiantes do que mostradas no filme, vale a pena ler - mesmo eles tentando vender o engodo da realidade e colocando fotos do verdadeiro casal Lutz no final do livro.
Caralho depois de Poltergeist bonecos nunca mais foram os mesmos. Assisti a primeira vez no Supercine, assim como o reze Para Entrar... e O Quadrilha de Sádicos original (para quem se lembra: a primeira parte passou num sábado e a continuação passou na semana seguinte!, bons tempos que não voltam mais.
ResponderExcluirpior que não vi Amityville ainda, mas Poltergeist a última vez que revi não curti muito não, sei que é um filme querido pra todo muito mas eu acho bem + ou -
ResponderExcluirDeve fazer uns dois anos que tenho Amityville para assistir, e ainda não o fiz. Já Poltergeist também é meu clássico de infância, mas não sei o que acharia o revendo hoje em dia.
ResponderExcluirPoltergeist é foda.
ResponderExcluirE de qlq forma Hooper / Spielberg, o segundo é melhor diretor.
E AMITYVILLE a melhor coisa é a trilha sonora do Lalo Schifrin.
Estou meio na contramão de quase todo mundo aqui, pois acho que POLTERGEIST piora a cada revisão. Acho um conceito meio infantilóide de horror, com cenas que só funcionam pelo efeito barato que causam no momento, sem qualquer aprofundamento psicológico. Acho que são esses momentos que o Leandro Caraça identifica como tipicamente spielberguianos; pelo menos é a impressão que me causa.
ResponderExcluirPor outroo lado, gosto muito do AMITYVILLE original. Li o livro na época e me apavorei ainda mais. Ronald, caso não tenha visto ainda o AMITYVILLE II, faça uma experiência e assista em seguida o A HORA DO PESADELO 2 numa sessão dupla. ;)
Grande abraço!
Ainda não vi o Amityville 2. Vou preparar então essa sessão dupla, pois já faz muito tempo que não vejo A Hora do Pesadelo 2 e não melembro de muita coisa. Já está mesmo na hora de rever...
ResponderExcluirAté hoje não vi o Amityville. Só vi as continuações. Essa parte 2 que já comentaram é muito boa.
ResponderExcluirEu tenho aquele DVD do AMITYVILLE 2/3 fazem séculos e ainda nem toquei direito nele. Já tinha visto o 3 antes (fraquíssimo por sinal).
ResponderExcluirGosto bem mais de AMITYVILLE que POLTERGEIST, que achei bem bola murcha logo na primeira vez que assisti há poucos anos atrás.