B movie de porrada feito diretamente para o mercado de vídeo que me surpreendeu bastante. O diretor é Jeff King, que realizou DRIVEN TO KILL, um dos bons trabalhos de Steven Seagal em 2009, mesmo ano deste aqui. O filme é bem mais que um veículo de ação estrelado pelo truculento Steve Austin, que foi recentemente visto trocando sopapos com Sylvester Stallone em OS MERCENÁRIOS, é um belo estudo de personagem dentro de um gênero rejeitado. A trama, basicamente, é muito parecida com outro filmaço direct to vídeo que eu vi este ano, BLOOD AND BONE, com o excelente Michael J. White.
John Brickner (Austin) sai da prisão e entra no circuito de lutas clandestinas. Até aí, tudo bem. A diferença é a motivação e alguns detalhes na construção da trama e dos personagens. Pela arte promocional do filme dá pra perceber que a coisa aqui é diferenciada, não se vê ninguém fazendo pose de luta, suado e sem camisa, com aquelas cores quentes ou azuladas que esses filmes geralmente possuem. Apenas Austin refletindo sobre as pancadas que vai desferir sobre seus oponentes (depois sairam uns posters mais tradicionais)...
John Brickner (Austin) sai da prisão e entra no circuito de lutas clandestinas. Até aí, tudo bem. A diferença é a motivação e alguns detalhes na construção da trama e dos personagens. Pela arte promocional do filme dá pra perceber que a coisa aqui é diferenciada, não se vê ninguém fazendo pose de luta, suado e sem camisa, com aquelas cores quentes ou azuladas que esses filmes geralmente possuem. Apenas Austin refletindo sobre as pancadas que vai desferir sobre seus oponentes (depois sairam uns posters mais tradicionais)...
Brickner tenta levar uma vida normal em liberdade, mas os problemas começam a surgir quando a esposa do sujeito que ele matou antes de parar na cadeia lhe informa que precisa de uma grana preta para pagar o caríssimo transplante de coração da sua filha de oito anos e ele é quem vai arranjar. Encontra então no submundo das brigas uma forma de ganhar dinheiro e “fazer a coisa certa”.
O filme traça um retrato mais humano daquilo que estamos acostumados a ver neste tipo de filme, ainda que o protagonista não passe de um brutamontes e que o roteiro não se preocupe em mencionar detalhes do passado do personagem, onde ele aprendeu a lutar ou quem era o cara que ele matou, como a coisa aconteceu, não temos nada de background. A trama tem apenas a intenção de mostrar um cara fodido tentando se redimir de um passado que ele próprio procura ignorar.
As cenas de luta em DAMAGE são boas. O espectador enxerga o que se passa na tela, a câmera não treme e a edição é tranquila, mas nada muito excitante como no já citado BLOOD AND BONE ou nos filmes do Isaac Florentine, que este ano lançou UNDISPUTED III, outro filmaço do gênero lançado diretamente em DVD. Tem algumas sacadas legais, como o dente de um oponente que fica cravado na mão de Brickner, após um murro na boca muito bem dado. As lutas dão pro gasto, o negócio é que o foco é outro, apesar de superficialmente ser um genérico filme de luta. Os personagens e a trama são tão interessantes que eu não conseguia desgrudar os olhos da tela.
Eu ainda prefiro BLOOD AND BONE, mais visceral e divertido, um dos meus filmes prediletos de porrada em 2010, mas DAMAGE conseguiu me surpreender de uma maneira muito agradável. Steve Austin tem carisma, apesar da cara de malvado, e contribui bastante para este sólido filme de porrada. Austin pode seguir por este caminho, talvez da próxima vez até encontre um coreógrafo de lutas mais talentoso, que saiba explorar o seu tamanho, o tipo de luta que pratica, com certeza teremos mais um grande ator para os fanáticos por filmes B de ação acompanharem.
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