Não era exatamente o filme que eu esperava para um domingão de Halloween, mas valeu muito a pena.
CANNIBAL APOCALYPSE não deixa de ser terror, embora também seja uma bizarra combinação de gêneros, com um roteiro deliciosamente desconexo que começa na selva do Vietnã, passa pelo drama de veteranos com trauma de guerra, desemboca num horror canibal cujo desejo pela carne humana é transmitida por vírus, até virar um filme de ação policial! Mesmo sem pé nem cabeça, o filme aposta na sua originalidade. Só a idéia de haver um vírus que “transmite canibalismo” através de mordidas e arranhões dos infectados é suficiente pra tirar o filme do lugar comum. Mas não poderia faltar também uma boa dose de violência e todo o tipo de efeito gore criado pelo genial Giannetto De Rossi. Margheriti (que assina o filme como Anthony M. Dawson) não tem a virtuose de um Bava ou Argento, mas já transitou em todos os gêneros do cinema popular italiano e conduz com firmeza e bom senso rítmico para comportar toda essa confusão. O fato é que Margheriti não está nada preocupado com a lógica narrativa de seu filme, e é isso que dá a ele a liberdade em tornar cada situação um momento único.
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