12.12.11

EM NOME DO REI, aka In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale (2007)


Resolvi fazer uma revisão de EM NOME DO REI antes de conferir a continuação, lançada recentemente lá fora no mercado de DVD, estrelado por um dos action heroes favoritos do blog, Dolph Lundgren. Mas mantenham a ansiedade por mais alguns dias, em breve faço o post de EM NOME DO REI 2, que aparentemente não possui qualquer ligação com este aqui. Por enquanto, fiquemos com o filme de 2007 que se revelou uma bela surpresa! Na minha cabeça, era uma tralha ruim de doer, mas divertido à beça pelos motivos errados. Na verdade, continua sendo isso mesmo, mas as suas virtudes se destacaram com mais ênfase dessa vez.

Ok, falar em virtudes num filme do Uwe Boll talvez seja um exagero, mas eu gosto de EM NOME DO REI! A história é simples, os diálogos são de rachar o bico de tão ridículos, tem muita ação, um elenco impressionante de rostos famosos fazendo cara de “que roubada que eu me meti!” e, claro, a direção do alemão maluco, pretensiosa até o talo, achando que está filmando um episódio da série O SENHOR DOS ANÉIS! Porra, Boll, coloque-se no seu lugar! Isso aqui é muito MELHOR que o O SENHOR DOS ANÉIS!!!


Baseado em um jogo de video game, pra variar, a trama é uma típica aventura de fantasia comum, sem nenhuma complexidade, com um Rei precisando defender seu reino de uma mago maléfico e seu exército de Krogs, criaturas semelhantes aos Orcs, abalando a vida de um simples fazendeiro, que entra na situação para se tornar herói, mudar o seu destino e se descobrir como alguém muito mais importante do que esperava. Relevando a desnecessária longa duração, o negócio é meio que desligar o cérebro e embarcar neste universo criado pelo Boll e, naturalmente, observar os sub-astros de Hollywood pagando mico…

Boll aprova!
Começando pelo protagonista, vivido pelo Jason Statham, que na verdade até que se sai bem como herói de ação, com aquela mesma expressão facial de todos os seus filmes. Ainda assim, acho o Statham um bom herdeiro das truculentas figuras de ação dos anos 80 e 90. Lhe falta um pouco de carisma, mas gosto do trabalho dele em algumas coisas. Prosseguindo ainda com a lista de atores que o Boll, milagrosamente, conseguiu reunir aqui, temos Ron Perlman, Leelee Sobieski, John Rhys-Davies, Claire Forlani, Matthew Lillard, e as cerejas do bolo: Burt Reynolds, encarnando o Rei, e Ray Liotta, vivendo o mago malvado que deseja o trono.

Estes dois últimos merecem um parágrafo à parte. Quando Reynolds surge em cena, vemos um ator deixar claro o quão empolgado ele está por fazer parte do filme. O sujeito mal se mexe na cadeira e cospe as falar com um desânimo subversivo... é de dar pena! A maior parte do tempo, Reynolds fica sentado ou deitado, mas até que participa um pouco de umas sequências de batalha. Aliás, sua participação é até maior do que eu esperava, especialmente depois da primeira aparição, com o olhar de arrependimento, mas louco pra receber o cheque logo e voltar pra casa. Mas a canastrice rola solta mesmo é com Ray Liotta! O sujeito está engraçadíssimo e bem à vontade! Diferente de Reynolds, percebe-se que Liotta se diverte com seu personagem, soltando aquelas gargalhadas que só ele faz... não tem como não se divertir com ele.


Eu só não consigo entender de onde tiraram que o Uwe Boll é, ou foi, o pior diretor do mundo! Tá certo que fez ALONE IN THE DARK e HOUSE OF THE DEAD, mas pera lá! O cara também fez BLOODRAYNE, TUNNEL RATS, POSTAL e outros, que não são obras primas, mas demonstra um diretor com colhões e que sabe o que faz. Existem vários diretorzinhos de estúdios americanos que não chegam aos pés do Boll. São tão sem personalidade que nem são lembrados na hora de apontar o pior diretor da atualidade.

As sequências de guerra e confronto corpo a corpo de EM NOME DO REI, por exemplo, não fazem feio diante das realizadas pelos grandes estúdios. São bem elaboradas e executadas, embora não tenha muito sangue. Mas é realizado à moda antiga e sem frescuras, quase não se vê CGI sendo desperdiçado… No meio da batalha na floresta, há um longo travelling que mostra a extensão da batalha, com vários figurantes e muita noção de espaço e arquitetura de ação. Perto de algumas coisas que vi no cinema nos últimos anos, isso aqui é uma aula de direção.

Vamos ver agora como o Dolph Lundgren se sai sob a direção do Boll. Se for tão divertido quanto este aqui, já fico muito satisfeito.

7 comentários:

  1. Podem me chamar de maluco, mas eu concordo com vc Ronald, Boll tem feito filmes divertidíssimos! Tem o recente Rampage que é uma ótima diversão passageira. Esse do texto eu não vi, mas já que pela sua crítica ele não pareçe tão ruim eu vou dar uma conferida.

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  2. Eu depois de ter visto o HOUSE OF THE DEAD marquei-o na lista de "nem lhe toco com um pau de 5 metros". Mas já não és a primeira pessoa a falar bem deste filme pelo que me parece que o vá conferir em breve. É que não como pular por cima de mais um filme do amigo Dolf e não seria bonito começar a "saga" pelo fim...


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    Pedro Pereira

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  3. Olha Perrone, eu odeio o Boll com tudo que há de mais sagrado nesse mundo - mas também sou daqueles que parou no House of Dead e Alone in the Dark - vou dar uma chance a ele por sua causa heim rapaz

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  4. Vá com calma, Ivo! hehe Não crie grandes expectativas e tente se divertir com as coisas engraçadas que o filme tem para oferecer... haha!

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  5. isso tava passando aonde e qual dia haha eu vi isso. mas desculpa ae, não da pra aguentar.

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  6. poderia rolar um texto sobre o tunnel rats.o trailer desse filme me deixou animado mais quando vi que era do boll eu acabei desistindo de assistir, sou mais 1 que parou no house of dead.

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