A idéia de
CHILLERAMA até que é boa: uma antologia que serve de homenagem ao universo
drive-in, juntando quatro cineastas especializados em terror de orçamento médio da atualidade. O grupo de camaradas responsáveis pelo feito é formado por Adam Rifkin, Tim Sullivan, Joe Lynch e Adam Green.
A história central se passa na noite de encerramento de um cinema
drive-in e o cronograma, comandado por Richard Riehle, é uma maratona de autênticos filmes “
trash”. Adam Rifkin (o veterano da turma de diretores) é quem solta o primeiro,
WADZILLA. É um troço no mínimo hilário, sobre um sujeito que goza um esperma mutante, que se transforma num monstro gigantesto e aterroriza a população de uma cidade, remetendo aos
sci-fi’s de monstros dos anos 50. Com participação de Eric Roberts bem canastrão e efeitos especiais tosquíssimos, o episódio é, de longe, o que temos de mais divertido na “programação” de
CHILLERAMA.
Já o segundo, puta merda, é chato pra cacete! Dirigido por Tim Sullivan (da refilmagem de 2001 MANÍACOS),
I WAS A TEENAGE WEREBEAR mistura JUVENTUDE TRANSVIADA, de Nicholas Ray, com filmes de lobisomem, sob uma temática homossexual e narrado como um musical. Sim, parece interessante, mas não é. Desnecessariamente longo e sem graça, serve apenas como um bom sonífero. Se forem realmente conferir
CHILLERAMA, podem passar a fita pra frente nessa parte...
O episódio seguinte ajuda a subir o nível do projeto novamente. Adam Green (da série HATCHET, que eu já comentei aqui no blog), embora tenha detratores, é um sujeito criativo e consegue tirar boas risadas do público com seu
THE DIARY OF ANNE FRANKENSTEIN. A história se passa na Segunda Guerra, temos um Hitler bancando o cientista maluco que resolve dar vida a uma criatura cujo objetivo é matar judeus. O resultado é um Frankenstein bizarro com costeletas de judeu ortodoxo. Filmado em preto e branco e cheio de falhas técnicas intencionais, o alvo de Green são os clássicos de horror dos anos 30, mas com os exageros habituais do diretor.
Voltamos agora à trama inicial do
drive-in, cujo responsável pela direção é Joe Lynch (de WRONG TURN 2). Intitulado
ZOM-B-MOVIE, o bicho pega por aqui também com um ataque de zumbis de sangue azul e tarados por sexo. Na verdade, descobrimos no desfecho que também se trata de um filme... Metalinguagem de boteco à parte, a sequência final dos ataques de zumbis é carregada de violência, nudez gratuita e muito efeitos especiais old school, o suficiente para alegrar os fãs de um
zombie movie sem muita exigência. O problema são as cenas que intercalam cada “episódio”, são bem fracas e prejudicam o andamento do projeto
CHILLERAMA, que, no fim das contas, obteve resultados bem abaixo do que eu esperava, apesar de ter Richard Riehle.
No entanto, um filme como
CHILLERAMA hoje é programa obrigatório para qualquer aficcionado por tralhas. De todo modo, minha recomendação é assistir apenas a
WADZILLA e
THE DIARY OF ANNE FRANKENSTEIN. Economiza tempo e pelo menos garante a diversão. Ou então, assista a esta belezinha
AQUI.
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