E uma dose como esta é para derrubar qualquer um mesmo. Geralmente, só aguenta duas sessões de Dolph Lundgren em um curto espaço de tempo quem é muito fã do sujeito ou perdeu o amor próprio e resolveu praticar auto tortura. Eu me considero um grande fã do Lundgren e decidi me aventurar em algumas produções mais recentes dele como espécie de preparativo para o COMMAND PERFORMANCE, filme escrito (em parceria com Steve Latshaw) e dirigido pelo próprio Lundgren, que eu estou bastante ansioso para ver (e espero que seja bem melhor que estes dois aqui).
Dos filmes antigos do Lundgren que eu gosto (e fizeram parte da minha infância) estão os clássicos MASSACRE NO BAIRRO JAPONÊS, com Brandon Lee no elenco e SOLDADO UNIVERSAL, que possui um dos personagens mais interessantes que o sujeito já viveu, um sargento do vietnã que faz um colar com as orelhas de seus soldados após ficar doidão e ainda tem o baixinho Jean Claude Van Damme como o mocinho; ah! FUGA MORTAL! Assisti a este na Tela Quente quando passou pela primeira vez e nunca me esqueci. Eu devia ter uns 12 anos e ficava vidrado com o tiroteio sangrento entre as Ferraris; MESTRES DO UNIVERSO, claro, e devem ter mais alguns que eu não me lembro agora...
DIAMOND DOGS (2007) até que não é todo ruim. Dolph Lundgren, obviamente, nunca vai ser um Lawrence Olivier da vida, e nem pretende, eu acho, mas até que está melhorando e o que tem ajudado um pouco é a escolha e construção dos seus personagens para este tipo de produção. Aqui ele interpreta Ronson, um ex-boina verde que acabou não voltando para os Estados Unidos depois da guerra do Vietnã. Muitos anos se passaram e atualmente sua academia de seguranças e guarda costas, em algum lugar da Ásia (acho que na China, se não estou enganado), não recebe um aluno há um bom tempo, além de estar mais endividado que o Romário. Sobrevive praticando luta clandestina.
Ou seja, é um personagem, até certo ponto, profundo para este tipo de filme barato, que carrega uma carga dramática muito maior que os filmes do Steven Seagal realizados nos últimos 10 juntos. Lundgren incorpora muito bem o papel do cabra ferrado, apesar das habilidades que tem. Mas eis que a sorte chega para o nosso herói. Um sujeito chamado Chambers (William Schriver) propõe a Ronson que, por uma boa grana, ele seja o guia de uma expedição pela Mongólia em busca de um artefato adornado de diamantes. Claro que ele aceita.
DIAMOND DOGS tem clima de Sessão da Tarde, aventura de caça ao tesouro e muitas cenas de ação. Pena que tecnicamente seja tão ruim. A direção é fraca nas seqüências de ação e sem criatividade alguma durante a narrativa. Quem comanda é um tal de Shimon Dotan, mas o próprio Lundgren deu uma mãozinha atrás das câmeras. O trabalho dos atores também é péssimo, exceto o astro da parada que, como eu disse, tem presença neste tipo de personagem. No fim das contas, é um filme divertido pelo tom de Sessão da Tarde dos velhos tempos, diferente dos filmes de animais falantes que passam hoje.
O segundo filme é o mais recente lançamento do ator: DIRECT CONTACT (2009). Fica quase ao mesmo nível do anterior, embora tenha o dobro da ação e, curiosamente, é bem mais fraco. Também consegue divertir por causa do Lundgren mais uma vez tentando atuar e da sucessão de momentos frenéticos de ação descerebrada que não para nem um minuto. O problema é que o roteiro é muito ruim, mais esburacado que a cara do Andrés Sanches. A trama não tem a mínima espessura para suportar tanta ação, e este elemento básico sem uma boa justificativa cansa o espectador.
O filme segue o mesmo esquema que o anterior, mudando apenas alguns detalhes. Dolph é um americano ferrado que trabalhava no serviço secreto, mas acabou numa prisão em algum lugar do Leste Europeu por tráfico de armas. Vê a chance de sair dali com um bom dinheiro no bolso quando um representante da embaixada de seu país (Michael Paré!!!) propõe que ele resgate uma americana (Gina May) seqüestrada por um mafioso do local. Claro que ele aceita.
Mas nem tudo na vida é tão fácil. Após o resgate descobrimos, juntamente com o personagem, que a coisa não é bem assim e tudo não passou de uma tramóia cheia de reviravoltas estúpidas que se acham espertinhas. O que precisamos saber é que todos querem a garota: a máfia, o representante da embaixada, o exercito local, até o tio dela aparece, e Dolph Lundgren corre para todo lado em perseguições de alta velocidade tentando protegê-la. Se o argumento fosse um pouco mais seguro até dava para engolir essa hitória. E também não dá pra exigir muito da parte técnica, produção barata da Nu Image, que reaproveita cenas de outros filmes para deixar tudo mais em conta. É uma espécie de BOURNE dos pobres, digamos assim.
Claro que não recomendo umas tralhas como estas pra qualquer um. Tem que estar vacinado para tirar proveito de alguma coisa, principalmente DIRECT CONTACT, nem que seja diversão descartável sem muita pretensão em 90 minutos, para assistir com os amigos rindo das situações de humor involuntário, frases de efeitos, atuações vergonhosas, furos de roteiros, cenas de ação absurdas, etc...
Dos filmes antigos do Lundgren que eu gosto (e fizeram parte da minha infância) estão os clássicos MASSACRE NO BAIRRO JAPONÊS, com Brandon Lee no elenco e SOLDADO UNIVERSAL, que possui um dos personagens mais interessantes que o sujeito já viveu, um sargento do vietnã que faz um colar com as orelhas de seus soldados após ficar doidão e ainda tem o baixinho Jean Claude Van Damme como o mocinho; ah! FUGA MORTAL! Assisti a este na Tela Quente quando passou pela primeira vez e nunca me esqueci. Eu devia ter uns 12 anos e ficava vidrado com o tiroteio sangrento entre as Ferraris; MESTRES DO UNIVERSO, claro, e devem ter mais alguns que eu não me lembro agora...
DIAMOND DOGS (2007) até que não é todo ruim. Dolph Lundgren, obviamente, nunca vai ser um Lawrence Olivier da vida, e nem pretende, eu acho, mas até que está melhorando e o que tem ajudado um pouco é a escolha e construção dos seus personagens para este tipo de produção. Aqui ele interpreta Ronson, um ex-boina verde que acabou não voltando para os Estados Unidos depois da guerra do Vietnã. Muitos anos se passaram e atualmente sua academia de seguranças e guarda costas, em algum lugar da Ásia (acho que na China, se não estou enganado), não recebe um aluno há um bom tempo, além de estar mais endividado que o Romário. Sobrevive praticando luta clandestina.
Ou seja, é um personagem, até certo ponto, profundo para este tipo de filme barato, que carrega uma carga dramática muito maior que os filmes do Steven Seagal realizados nos últimos 10 juntos. Lundgren incorpora muito bem o papel do cabra ferrado, apesar das habilidades que tem. Mas eis que a sorte chega para o nosso herói. Um sujeito chamado Chambers (William Schriver) propõe a Ronson que, por uma boa grana, ele seja o guia de uma expedição pela Mongólia em busca de um artefato adornado de diamantes. Claro que ele aceita.
DIAMOND DOGS tem clima de Sessão da Tarde, aventura de caça ao tesouro e muitas cenas de ação. Pena que tecnicamente seja tão ruim. A direção é fraca nas seqüências de ação e sem criatividade alguma durante a narrativa. Quem comanda é um tal de Shimon Dotan, mas o próprio Lundgren deu uma mãozinha atrás das câmeras. O trabalho dos atores também é péssimo, exceto o astro da parada que, como eu disse, tem presença neste tipo de personagem. No fim das contas, é um filme divertido pelo tom de Sessão da Tarde dos velhos tempos, diferente dos filmes de animais falantes que passam hoje.
O segundo filme é o mais recente lançamento do ator: DIRECT CONTACT (2009). Fica quase ao mesmo nível do anterior, embora tenha o dobro da ação e, curiosamente, é bem mais fraco. Também consegue divertir por causa do Lundgren mais uma vez tentando atuar e da sucessão de momentos frenéticos de ação descerebrada que não para nem um minuto. O problema é que o roteiro é muito ruim, mais esburacado que a cara do Andrés Sanches. A trama não tem a mínima espessura para suportar tanta ação, e este elemento básico sem uma boa justificativa cansa o espectador.
O filme segue o mesmo esquema que o anterior, mudando apenas alguns detalhes. Dolph é um americano ferrado que trabalhava no serviço secreto, mas acabou numa prisão em algum lugar do Leste Europeu por tráfico de armas. Vê a chance de sair dali com um bom dinheiro no bolso quando um representante da embaixada de seu país (Michael Paré!!!) propõe que ele resgate uma americana (Gina May) seqüestrada por um mafioso do local. Claro que ele aceita.
Mas nem tudo na vida é tão fácil. Após o resgate descobrimos, juntamente com o personagem, que a coisa não é bem assim e tudo não passou de uma tramóia cheia de reviravoltas estúpidas que se acham espertinhas. O que precisamos saber é que todos querem a garota: a máfia, o representante da embaixada, o exercito local, até o tio dela aparece, e Dolph Lundgren corre para todo lado em perseguições de alta velocidade tentando protegê-la. Se o argumento fosse um pouco mais seguro até dava para engolir essa hitória. E também não dá pra exigir muito da parte técnica, produção barata da Nu Image, que reaproveita cenas de outros filmes para deixar tudo mais em conta. É uma espécie de BOURNE dos pobres, digamos assim.
Claro que não recomendo umas tralhas como estas pra qualquer um. Tem que estar vacinado para tirar proveito de alguma coisa, principalmente DIRECT CONTACT, nem que seja diversão descartável sem muita pretensão em 90 minutos, para assistir com os amigos rindo das situações de humor involuntário, frases de efeitos, atuações vergonhosas, furos de roteiros, cenas de ação absurdas, etc...
DIRECT CONTACT eh tao desleixado que nem na edicao os caras se importaram se o `stock footage` encaixava. Numa cena de perseguicao com o Lundgren e a garota no carro, mas quando a camera pega o carro do lado de fora soh tem uma pessoa nele hehehe
ResponderExcluirPS
Teclado desconfigurado sux
E ai Perrone, por gostar do seu blog, te indiquei para receber esse selo: http://mundodarkness.blogspot.com/2009/07/selos-e-memes.html. Leia as Regras e participe! Abração!
ResponderExcluirDolph Lundgren surrou o Stallone em Rocky 4, não precisava fazer mais nada depois disso, mas ele ainda foi o Justiceiro e o He-man em versão "pouca grana", bateu no Van Damme em Soldado Universal e apanhou do James Bond em 007 Na Mira dos Assassinos.
ResponderExcluirAgora, se eu tivesse que elencar meu momento mais memorável do Lundgren, com certeza seria o fanático religioso cyborg assassino (!!!) que caça Keanu Reeves e Takeshi Kitano (!!!!!!) em Johnny Mnemonic.
Termino esse depoimento deixando uma dica: o Lundgren tem dois filmaços no seu histórico que se chamam RED SCORPION e COVER UP (Força Vermelha).
Valeu BLOB! depois vou postar sobre o selo.
ResponderExcluirFelipe, como pude me esquecer de Justiceiro?! Acho muito legal. E também a participação dele em Johnny Mnemonic que é a melhor coisa do filme.
Red Scorpion eu já tenho aqui e devo ver em breve. Força vermelha eu vou correr atrás. Valeu!
Na verdade ele não chegou a lutar com o Bond nesse filme, apenas fez uma ponta como um dos guardas-costas do General Gogol, já que era namorado da Grace Jones na época.
ResponderExcluirMas ele não toma nem um tabefe do Bond? Então estou confundindo ele com outro... Achei que ele era um dos capangas que invadem a casa da loira atrás do Bond.
ResponderExcluirNão, pelo que eu me lembro, ele não aparece nessa cena aí não. Ele aparece naquela cena em que a Grace Jones levanta um homem nos braços (!), se lembra?
ResponderExcluirSe bem que se formos analisar friamente, tanto ROCKY 4 quanto 007 NA MIRA DOS ASSASSINOS são filmes bem fracos.
qual é aquele em que o dolph é um policial e enfrenta um cara que é um alienígena que veste uma roupa preta de coro eu acho?Passo a esses tempos atras na globo
ResponderExcluirO GRANDE ANJO NEGRO!
ResponderExcluirhttp://www.imdb.com/title/tt0099817/
E como é que o forte Dolph Lungredon ia apanhar de um Roger Moore com quase 60 anos e já um pouco acabado?
ResponderExcluirLaurence Olivier?? Não acho que o velho Dolph tem pretensões até de ser um Laurence Tierney. Mas eu era fã dele do final dos anos 80 e começo dos 90. Ele chegou a trabalhar com John Woo, Kitano e Reeves. E ele rouba o show em Soldado Universal. Esse O GRANDE ANJO NEGRO foi um barato na época, não sei como reagiria vendo hoje. Até o título é puxado do Grande Dragão Branco do Van Damme.
ResponderExcluirSó vi o "diamond dogs", que seca! Acho que depois de finais de 90 o homem eclipsou-se. Está na hora de um ponto final Dolph...
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