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22.12.11
27.11.09
McTiernan vs Wynorski
Em clima de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI, o meu amigo Osvaldo Neto me manda esta pequena amostra de picaretagem do diretor Jim Wynorski, que faz com que os italianos dos anos oitenta pareçam extremamente éticos e honestos... inacreditável.
25.11.09
O ÚLTIMO GRANDE HERÓI (Last Action Hero, 1993), de John McTiernan
Revi outro dia O ÚLTIMO GRANDE HERÓI, um dos filmes mais importantes da minha pré-adolescência, que me fez compreender, ainda muito cedo, sobre questões que envolvem a magia do cinema, sobre a linha tênue que separa a fantasia da realidade, sobre os heróis de ação que fizeram minha cabeça ainda muito jovem, como Stallone, Van Damme, Steven Seagal, e claro, Arnold Schwarzenegger! E o mais legal é que esta verdadeira aula não soa chata nem pretensiosa, mas diverte a valer com uma narrativa embalada à doses de ação, muito humor, trilha sonora esperta, referências cinematográficas, enfim, é sempre um prazer rever essa jóia dos anos 90.
Um dos motivos que me fez gostar tanto de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI foi a condução narrativa através do ponto de vista de um garoto, com seus 13/14 anos, movie geek, apaixonado pelo bom e velho cinema de ação da mesma forma que muitos de nós éramos na mesma época. Que garoto não gostaria de vivenciar a libertação dos reféns em DURO DE MATAR acompanhado de John McLane, ou ter ido a marte em uma aventura sensacional com Douglas Quaid em O VINGADOR DO FUTURO? É esse tipo de sensação que o filme proporciona (O EXTERMINADOR DO FUTURO II é um bom exemplo também, mas não o faz como análise, mas como elemento dramático).
Na trama, o garoto recebe um bilhete mágico que misteriosamente o transporta para dentro do filme de ação cujo personagem principal é o famoso Jack Slater (vivido pelo Arnie), um policial durão bem ao estilo STALLONE COBRA. E todo o conceito do filme é trabalhado com o garoto tentando convencer Slater que todo aquele universo é, na verdade, uma mentira, um filme, gerando situações antológicas, como a sequência da vídeo locadora, onde Stallone é o ator estampado numa peça promocional de O EXTERMINADOR DO FUTURO II. Uma das minhas cenas favoritas é como o garotinho imagina a adaptação de Hamlet, de Shakespeare, com o Schwarzenegger no papel título, soltado a célebre "ser ou não ser?" para, logo depois, sair atirando com armas de fogo e lançando granadas para vingar a morte de seu pai, o rei da Dinamarca... Hahaha!
Arnoldão, aliás, está ótimo com seu personagem, muito à vontade, a todo momento soltando frases de efeito, brincando com a essência e a mitologia do herói dos filmes de ação. O sujeito consegue imprimir de maneira exata aquilo que o filme propõe: ser uma brincadeira das mais inteligentes sobre o mundo do cinema. O garotinho também contribui com isso, e os vilões são um conjunto de todos os estereótipos desta espécie, aliás, O ÚLTIMO GRANDE HERÓI vai buscar alusões, elementos e fundamentos dos filmes do gênero para enriquecer o discurso, como os exageros intencionais em sequências de ação, personagens extremamente caricatos, e se alguém aí não entender a piada, fica difícil gostar (e se você não gosta de filmes de ação, então esqueça).
O elenco é um destaque a parte, em especial na galeria de vilões, os quais inclui Anthony Quinn, Charles Dance, Tom Noonam e F. Murray Abraham (“Ele matou Mozart!”). Ainda temos Art Carney e Ian McKellen encarnando a Morte que sai do filme O SÉTIMO SELO, de Ingmar Bergman, e começa a vagar pelas ruas de Los angeles. A direção de O ÚLTIMO GRANDE HERÓI também é muito boa, ajuda muito ter um John McTiernan comandando a produção. Já havia dirigido Arnoldão em PREDADOR, revolucionou o gênero com DURO DE MATAR e é um mestre com muita consciência naquilo que faz.
O ÚLTIMO GRANDE HERÓI talvez seja até perspicaz em demasia para seu público alvo, embora um putinho de 13 anos consiga entender tranquilamente, ou pelo menos sentir a experiência divertidíssima que é, embora a crítica na época, ao que parece, não entendeu muito bem a piada (já li algumas críticas que são verdadeiras palhaçadas ignorantes). Dedico este post ao leitor "Demofilo Fidani", que já me pediu duas vezes para escrever sobre o filme.
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