A essa hora, todo mundo já deve estar sabendo da ótima notícia de que a competente Califórnia Filmes vai lançar o novo filme do Dario Argento, GIALLO, direto em DVD. Parabéns aos responsáveis desta maravilha de decisão e só espero que peguem a capinha do DVD e enfiem bem lá dentro no olho do c@#$%!
Mas enfim, já que nós temos que aturar este tipo de atitude de merda de distribuidoras Brasileiras, vamos celebrar um dos trabalhos antigos deste genial diretor, que não é um dos melhores filmes de sua carreira, mas não deixa de ser muito bom. 4 MOSCAS NO VELUDO CINZA é a terceira parte da famosa “trilogia dos bichos” que marcou o início da carreira de Dario Argento. Os outros filmes são O PÁSSARO DAS PLUMAS DE CRISTAL e O GATO DE NOVE CALDAS, todos os três estruturados no subgênero que Argento cristalizou, o subgênero do assassino de luvas pretas, chapéu fedora e sobretudo de couro, cujas vítimas quase sempre são moças indefesas e o principal suspeito, geralmente, é o herói que precisa correr contra o tempo para desvendar os mistérios e provar sua inocência, já que a polícia, na maioria das vezes, se revela incompetente. Yeah, estamos falando de giallo!
A trama envolve um baterista de uma banda de rock, interpretado por Michael Brandon, que se vê envolvido numa enrascada quando acaba matando acidentalmente um sujeito misterioso que o seguia. O problema é que alguém fotografou o crime culposo e começou a fazer chantagens com o pobre músico. Durante sua jornada, cheia de conflitos psicológicos, tentativa de resolver o caso e se segurar para não ir à policia e se entregar, o rapaz tenta contar com a ajuda de várias figuras interessantes, como o personagem vivido pelo grande ator italiano Carlo Pedersoli, mais conhecido como Budd Spencer, que fazia a alegria na Sessão da Tarde quando eu era moleque, e um detetive gay interpretado por Jean-Pierre Marielle.
Muita gente fala que 4 MOSCAS é uma prévia de PROFONDO ROSSO. E realmente eu concordo, principalmente no que confere aos procedimentos técnicos, na forma como Argento trabalha sua câmera em alguns momentos, na criação da atmosfera de suspense, são verdadeiros esboços do que ele faria em seu melhor filme. Mas isso não quer dizer que aqui ele esteja inseguro, várias seqüências são muito bem executadas e até a grande revelação do caso, por mais absurda que seja, parece plausível.
Outro destaque óbvio é a presença musical do mestre Enio Morricone, ingrediente fundamental em algumas cenas, como no desfecho, quando o belo e o brutal entram em perfeita sintonia como poucas vezes se vê por aí.
E este post eu dedico ao meu primo carcamano Stefano Zorzin, que vive enchendo meu saco pra eu falar mais sobre Dario Argento, giallo e terror italiano...
Mas enfim, já que nós temos que aturar este tipo de atitude de merda de distribuidoras Brasileiras, vamos celebrar um dos trabalhos antigos deste genial diretor, que não é um dos melhores filmes de sua carreira, mas não deixa de ser muito bom. 4 MOSCAS NO VELUDO CINZA é a terceira parte da famosa “trilogia dos bichos” que marcou o início da carreira de Dario Argento. Os outros filmes são O PÁSSARO DAS PLUMAS DE CRISTAL e O GATO DE NOVE CALDAS, todos os três estruturados no subgênero que Argento cristalizou, o subgênero do assassino de luvas pretas, chapéu fedora e sobretudo de couro, cujas vítimas quase sempre são moças indefesas e o principal suspeito, geralmente, é o herói que precisa correr contra o tempo para desvendar os mistérios e provar sua inocência, já que a polícia, na maioria das vezes, se revela incompetente. Yeah, estamos falando de giallo!
A trama envolve um baterista de uma banda de rock, interpretado por Michael Brandon, que se vê envolvido numa enrascada quando acaba matando acidentalmente um sujeito misterioso que o seguia. O problema é que alguém fotografou o crime culposo e começou a fazer chantagens com o pobre músico. Durante sua jornada, cheia de conflitos psicológicos, tentativa de resolver o caso e se segurar para não ir à policia e se entregar, o rapaz tenta contar com a ajuda de várias figuras interessantes, como o personagem vivido pelo grande ator italiano Carlo Pedersoli, mais conhecido como Budd Spencer, que fazia a alegria na Sessão da Tarde quando eu era moleque, e um detetive gay interpretado por Jean-Pierre Marielle.
Muita gente fala que 4 MOSCAS é uma prévia de PROFONDO ROSSO. E realmente eu concordo, principalmente no que confere aos procedimentos técnicos, na forma como Argento trabalha sua câmera em alguns momentos, na criação da atmosfera de suspense, são verdadeiros esboços do que ele faria em seu melhor filme. Mas isso não quer dizer que aqui ele esteja inseguro, várias seqüências são muito bem executadas e até a grande revelação do caso, por mais absurda que seja, parece plausível.
Outro destaque óbvio é a presença musical do mestre Enio Morricone, ingrediente fundamental em algumas cenas, como no desfecho, quando o belo e o brutal entram em perfeita sintonia como poucas vezes se vê por aí.
E este post eu dedico ao meu primo carcamano Stefano Zorzin, que vive enchendo meu saco pra eu falar mais sobre Dario Argento, giallo e terror italiano...
Obra-prima isso ae. Acho genial demais como ele descobre quem é o assassino e claro, a forma que o assassino morre.
ResponderExcluirUma emrda essa noticia de Giallo, tomará que eles lancem o dvd no formato orginal do filme, porque Sleepless tbm lançado pela california está em fullscreen.
Ronald, sorte tua, queria eu ter algum parente que me enchesse o saco pra falar dos filmes italianos, principalmente os de terror que são as melhores coisas do cinema de lá, MALS AE PRA QUEM NÃO CONCORDA.
nem gosto tanto desse, apesar de ter seus momentos.
ResponderExcluirah, e o descaso com o cinema no brasil está se tornando caso gravíssimo, de cadeia, etc. é tanta coisa absurda acontecendo ao mesmo tempo que só pode terminar com Se Eu Fosse Você 2 em primeiro nas bilheterias de 2009.
A Califórnia Filmes é competente em relação a trazer filmes para o Brasil com rapidez, mas Giallo mereceria passar nos cinemas e os DVDs dessa distribuidora são de chorar, em relação aos extras. Mas posso citar exemplos de filmes recentes que já se encontram nas locadoras brasileiras: Ongbak 2, Shinjuku Incident (Novo do Jackie Chan, muito bom por sinal) e 13° Distrito: Ultimato, que será lançado nos próximos meses.
ResponderExcluirQuanto ao filme comentado, não vi ainda. Da trilogia só vi O pássaro das plumas de cristal, excelente.
Preciso ver mais filmes do Argento. Ainda não vi La Terza Madre e Mansão do Inferno da outra trilogia.
Aliás, tá previsto pra quando o Giallo aqui no Brasil?
ResponderExcluirpra lembrar que O GATO DE NOVE CAUDAS foi lançado em DVD pela Platina! Uma boa dica!
ResponderExcluirÉ verdade, embora não tenha extras ta 20 reais, não é baratinho mas é compravel, ate porque o filme é otimo e é um Argento de qlq forma.
ResponderExcluirNa verdade, alguém comentou esses tempos que o DVD nacional do Gato tem extras sim, e também está em widescreen, ao contrário do que diz nos anúncios de venda (fulscreen e sem extras). Alguém que já comprou teria que confirmar, mas foi o que andei lendo nas quebradas da internet...
ResponderExcluirA 2001 Video diz que está em Wide e com extras (na verdade spots de TV e rádio e trailer)
ResponderExcluirE a capa é linda. E tem áudio em italiano! E lá se vai meu DIVX! :D
http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=19349
Eu acho dos melhores.
ResponderExcluirBaixei dia desses O GATO DE NOVE CAUDAS. Preciso pegar uma cópia desse 4 MOSCAS. A que eu tenho é bem ruim.
ResponderExcluirEsse filme realmente vale a pena assistir. Interessante a forma que Argento utilizou da trilha e dos efeitos sonoros para nos deixar atentos e perturbados no início do filme, como por exemplo as cenas do ensaio da banda do personagem principal, onde o barulho da bateria chega a doer o ouvido.
ResponderExcluirMestre é mestre, e neste filme ele não deixou de dar seu toque. O final por mais que possa ser previsível (claro, para os que já tem costume de assistir filmes do Argento), é curioso, intrigante.
Com certeza mais uma obra, indispensável para quem gosta de filmes do gênero. Por fim, gostaria de agradecer meu primo Roninho por ter dedicado à mim esse post, gostei muito da redação e da lembrança à minha pessoa! Abraços!