Antes que algum de vocês me pergunte, eu já adianto que este filme não possui qualquer relação com aquela tranqueira do Uwe Boll de 2004, estrelado por Christian Slater e que nem um fã de bagaceiras classe Z como eu conseguiria agüentar dez minutos assistindo (até hoje não passei daqueles dez minutos – que pareceu uma eternidade – e nem pretendo).
Este ALONE IN THE DARK aqui é algo completamente diferente, um divertido filme de terror do glorioso inicio dos anos 80, dirigido por Jack Sholder, e que nos presenteia pela reunião de três grandes atores do cinema americano: Donald Pleasence, Martin Landau e a “cereja do bolo”, Jack Palance.
Pleasence interpreta o Dr. Leo Bain, diretor de um hospício onde se encontram, além de pacientes comuns, figuras extremamente perigosas sob tratamento psiquiátrico. Dois deles são vividos Landau e Palance. O primeiro é um ex-padre que colocou fogo em sua igreja e o outro é um ex-prisioneiro de guerra e acabou se tornando o líder do grupo de psicopatas do tal manicômio, que ainda possui mais dois malucos para completar o time: um sujeito extremamente obeso e um perigoso assassino conhecido como Bleeder, já que seu nariz sangra toda vez que comete um assassinato.
A trama tem seu inicio quando o psiquiatra Daniel Potter (Dwight Schultz) é contratado pelo Dr. Bain (que é tão louco quanto seus internos) para substituir o Dr. Harry Merton, antigo responsável pelos pacientes mais perigosos que eu citei no parágrafo anterior e que foi transferido para outra clínica. Mas vocês sabem como são os loucos, não é mesmo? Quando colocam alguma idéia na cabeça é difícil tirar. Sendo assim, o personagem de Palance comenta que o Dr. Potter, na verdade, assassinou o Dr. Merton para tomar o seu lugar, então decidem bolar um plano para matar seu novo psiquiatra.
No “campus” do hospício, os pacientes podem vagar tranquilamente, inclusive os quatro psicopatas desvairados, embora sejam muito bem vigiados. À noite, a única circunstância que os mantém é o sistema eletrônico de segurança que depende de energia. Para nossa sorte, acontece um apagão que coloca a pequena cidade do filme num verdadeiro caos (com direito à invasão de lojas e crimes em massa) e os quatro loucos varridos aproveitam para escapar e ir atrás do Dr. e toda sua família.
A trama é bem simples, como podem perceber, mas são vários os pontos que se destacam para uma boa degustação. Uma delas consiste na direção de Jack Sholder, que está longe de ser perfeita, mas passa a impressão de que seja o trabalho de um veterano que dirigiu vários exploitations de terror nos anos setenta, com muita bagagem nas costas, etc. Só que não é nada disso. ALONE IN THE DARK é o primeiro filme do cara, que apresenta ótimo domínio de cena e na criação de atmosfera de terror. Além de saber como utilizar a áurea dos atores envolvidos sem mostrá-los demais.
Jack Palance, por exemplo, aparece em pouquíssimas cenas, mas só de saber que é o sujeito que está cercando a casa do Dr. Potter com toda sua família dentro, no meio da noite, já é suficiente para marcar, mesmo que a câmera do diretor mostre, quase sempre, dentro da casa onde estão as prováveis vítimas dos lunáticos. É o caso de uma forte presença do ator que vai além do “estar” em cena ou não. A mesma coisa acontece com o Martin Landau (que aparece um pouquinho mais).
Palance inclusive se recusou a filmar uma sequencia em que seria visto matando um motorista antes de roubar-lhe o carro. Ele disse que não era necessário expor tanto o personagem desta maneira para mostrar ao publico o quanto ele era perigoso. E estava totalmente certo. Seu personagem é de longe o mais sombrio, assustador e ameaçador e sem precisar de muito esforço. Sem dúvida alguma, seu personagem é o melhor do filme, que ainda conta com efeitos especiais do mestre Tom Savini e várias situações antológicas, como o sonho surrealista do personagem de Martin Landau ou o final com o Palance entrando no Pub punk.
Outra coisa legal é o fato do personagem Bleeder nunca mostrar seu rosto. Em determinado momento, ele utiliza uma mascara de hockey que lembra a mesma que outro famoso assassino viria a usar algum tempo depois, mas que surgiu na mesma época deste aqui... seria alguma coincidência?
Não importa, o que vale mesmo é a diversão, e é o que ALONE IN THE DARK concede com garantia. Dificilmente vou ver um filme sobre louco(s) psicopata(s) sem antes pensar nesta belezinha.
Este ALONE IN THE DARK aqui é algo completamente diferente, um divertido filme de terror do glorioso inicio dos anos 80, dirigido por Jack Sholder, e que nos presenteia pela reunião de três grandes atores do cinema americano: Donald Pleasence, Martin Landau e a “cereja do bolo”, Jack Palance.
Pleasence interpreta o Dr. Leo Bain, diretor de um hospício onde se encontram, além de pacientes comuns, figuras extremamente perigosas sob tratamento psiquiátrico. Dois deles são vividos Landau e Palance. O primeiro é um ex-padre que colocou fogo em sua igreja e o outro é um ex-prisioneiro de guerra e acabou se tornando o líder do grupo de psicopatas do tal manicômio, que ainda possui mais dois malucos para completar o time: um sujeito extremamente obeso e um perigoso assassino conhecido como Bleeder, já que seu nariz sangra toda vez que comete um assassinato.
A trama tem seu inicio quando o psiquiatra Daniel Potter (Dwight Schultz) é contratado pelo Dr. Bain (que é tão louco quanto seus internos) para substituir o Dr. Harry Merton, antigo responsável pelos pacientes mais perigosos que eu citei no parágrafo anterior e que foi transferido para outra clínica. Mas vocês sabem como são os loucos, não é mesmo? Quando colocam alguma idéia na cabeça é difícil tirar. Sendo assim, o personagem de Palance comenta que o Dr. Potter, na verdade, assassinou o Dr. Merton para tomar o seu lugar, então decidem bolar um plano para matar seu novo psiquiatra.
No “campus” do hospício, os pacientes podem vagar tranquilamente, inclusive os quatro psicopatas desvairados, embora sejam muito bem vigiados. À noite, a única circunstância que os mantém é o sistema eletrônico de segurança que depende de energia. Para nossa sorte, acontece um apagão que coloca a pequena cidade do filme num verdadeiro caos (com direito à invasão de lojas e crimes em massa) e os quatro loucos varridos aproveitam para escapar e ir atrás do Dr. e toda sua família.
A trama é bem simples, como podem perceber, mas são vários os pontos que se destacam para uma boa degustação. Uma delas consiste na direção de Jack Sholder, que está longe de ser perfeita, mas passa a impressão de que seja o trabalho de um veterano que dirigiu vários exploitations de terror nos anos setenta, com muita bagagem nas costas, etc. Só que não é nada disso. ALONE IN THE DARK é o primeiro filme do cara, que apresenta ótimo domínio de cena e na criação de atmosfera de terror. Além de saber como utilizar a áurea dos atores envolvidos sem mostrá-los demais.
Jack Palance, por exemplo, aparece em pouquíssimas cenas, mas só de saber que é o sujeito que está cercando a casa do Dr. Potter com toda sua família dentro, no meio da noite, já é suficiente para marcar, mesmo que a câmera do diretor mostre, quase sempre, dentro da casa onde estão as prováveis vítimas dos lunáticos. É o caso de uma forte presença do ator que vai além do “estar” em cena ou não. A mesma coisa acontece com o Martin Landau (que aparece um pouquinho mais).
Palance inclusive se recusou a filmar uma sequencia em que seria visto matando um motorista antes de roubar-lhe o carro. Ele disse que não era necessário expor tanto o personagem desta maneira para mostrar ao publico o quanto ele era perigoso. E estava totalmente certo. Seu personagem é de longe o mais sombrio, assustador e ameaçador e sem precisar de muito esforço. Sem dúvida alguma, seu personagem é o melhor do filme, que ainda conta com efeitos especiais do mestre Tom Savini e várias situações antológicas, como o sonho surrealista do personagem de Martin Landau ou o final com o Palance entrando no Pub punk.
Outra coisa legal é o fato do personagem Bleeder nunca mostrar seu rosto. Em determinado momento, ele utiliza uma mascara de hockey que lembra a mesma que outro famoso assassino viria a usar algum tempo depois, mas que surgiu na mesma época deste aqui... seria alguma coincidência?
Não importa, o que vale mesmo é a diversão, e é o que ALONE IN THE DARK concede com garantia. Dificilmente vou ver um filme sobre louco(s) psicopata(s) sem antes pensar nesta belezinha.
sempre confundo esse Alone in the Dark com A Blade in the Dark.
ResponderExcluirEu como sou da era do VHS e das prateleiras empoeiradas, conheço o filme por SOZINHO NO ESCURO.
ResponderExcluirCorreção : saiu como SOZINHO NO ESCURO em DVD. Em VHS foi lançado como NOITE DE PÂNICO.
ResponderExcluirEsse filme foi lançado em DVD por aqui??? Não fazia idéia...
ResponderExcluirSaiu pela Works. A qualidade é razoável.
ResponderExcluirEsse DVD da Works usa a mesma matriz legendada do VHS hehe
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